Floresta
À minha frente sopra o vento gélido de agosto vindo das montanhas densas
e suas florestas azuis e negras,
as árvores imóveis e eternas
guardam segredos que queremos
e buscamos por séculos e séculos.
É esse caminho seco,
atalho para toda desesperança e desespero,
o abrigo das sombras.
As folhas que cobrem o chão escuro e úmido têm o cheiro de abandono e o formato de solidão.
As luzes, verde e violeta, se jogam sobre as árvores,
as folhas e o reflexo das demais coisas,
como suicidas.
O frio que ocorre em meus nervos e percorre meu íntimo,
(as) sensações primitivas, imagens alucinadas, penitência perpétua.
Mais adiante
se ouvia o choramingar pungente dos esquecidos,
o lamentar infortúnio das suas almas gastas e infinitas,
as súplicas que insistiam em subornar nossas crenças.
Eram vozes docemente rígidas
e que nunca mais teriam unidade e forma outra vez.
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