Aurora
Após o horizonte curvar
diante a Aurora
e as estrelas estabelecerem uma nova era,
os famintos se levantaram das mesas
ainda indigestos,
saboreando o vinho da boa safra
que escorria
de suas bocas secas.
O espelho das casas
refletia as vertigens etéreas
que habitavam atrás dos olhos.
Na maior parte do tempo
apenas súplicas esquecidas eram ouvidas
de dentro dos corações
soterrados pela areia movediça.
Havia, entretanto,
haveria de ter
a fantasia,
o conforto que a poesia prometera
em delírios desesperados,
na hora da amargura,
em que todos os amores se rompem
e se espalham em faíscas
que incendeiam esse dia.
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