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☪ . ☆ TWENTY SIX ☆ . ☪

Não sei quanto tempo fiquei ali, sentada naquela calçada, tremendo. Não conseguia parar de pensar nas palavras de Sanzu, na sua clara ameaça não só a minha vida, mas como a vida de Violeta também. E a troco do quê? Ele achava que Rindou se importava o suficiente, mas estava enganado. Porque se Rindou se importasse de verdade, teria ido embora comigo, dez anos atrás. É praticamente impossível acreditar que Rindou tenha mudado para algo que não uma versão pior que seu eu de dezenove anos. Um dia eu tinha acreditado e confiado em Rindou, e a única coisa que essa confiança cega, estúpida e apaixonada tinha me dado havia sido dor. E eu não era mais a Asuka de dezenove, apaixonada por um delinquente que se divertia em escutar os outro gritando quando fodia as suas articulações.

Eu era Asuka Nakamura, uma mulher que tinha ganhado o Nobel, que tinha um nome conhecido na minha área e eu era a porra de uma cientista que muitos dariam a alma para trabalhar junto. Eu não aceitaria mais essas merdas na minha vida, nunca mais.

Mas, ainda assim... Ainda assim, foi difícil respirar. Difícil, tão, tão difícil quando tudo o que conseguia pensar era no como eu protegeria minha filha, como manteria Violeta a salvo de toda essa merda de caos que havia se instalado em nossas vidas. Aya tinha razão; eu não deveria ter voltado para o Japão.

Com as mãos tremendo, tirei meu celular da bolsa, tentando me lembrar daquele número. Uma única ligação era preciso para me tirar desse buraco de país e voltar para casa. Mas eu não conseguia me lembrar o número, não conseguia sequer enxergar o celular, não quando as lágrimas de ódio estavam borrando completamente minha visão.

Eu não voltei para o Japão para vivenciar esse tipo de coisa. Caralho! Caralho!

Mãos se fecharam ao redor dos meus ombros e eu gritei com o susto, arregalando os olhos. Mas olhos roxos me fitaram e eu pisquei, notando Rindou ali, agachado na minha frente, me segurando. Me olhando com preocupação.

-Me solta.- eu disse, tentando me levantar, mas Rindou não se afastou.

-Você tá bem? O que Sanzu fez com você?- ele disse. Eu balancei a cabeça, dando uma risada sarcástica, me afastando dele.

-E desde quando você se importa com o que acontece comigo, Rindou?- eu disse, passando as mãos pelo cabelo e os puxando com força até demais. Rindou abriu a boca para dizer alguma coisa, mas eu o cortei. -Ele me ameaçou de morte, porra! Ameaçou Violeta, e fez isso por sua causa, sua causa!

Eu empurrei Rindou e ele agarrou minha mão, me impedindo de sair de perto dele. Os olhos dele escureceram e eu senti medo. Medo porque sabia muito bem que essa era a cara que Rindou fazia antes de toda a merda explodir de uma vez, antes dele perder completamente aquele controle que já quase não tinha.

-Vou mata-lo.- Rindou disse, e o jeito que o disse... Me afastei de Rindou, quase caindo no chão no processo.

-Não.- eu disse num sussurro, levando as mãos até meus cabelos novamente. -Caralho, porque pra você isso é a solução pra tudo?

-Ele tá ameaçando minha filha e a mãe da minha filha, porra. - Rindou rosnou com irritação, aqueles olhos roxos prometendo uma morte lenta e dolorosa para quem ficasse em seu caminho. -Você quer que eu espere ele te matar, Asuka, é isso?

-Não, caralho, não é! - eu disse e balancei a cabeça. Tombei a cabeça para trás, olhando o céu noturno. Eu ri. Uma risada cheia de mágoa e dor. -Eu quero você longe de mim.

Rindou nem mesmo abriu a boca e nem sei dizer se ele estava respirando. Eu fitei os olhos roxos de Rindou com seriedade.

-Não tenho o direito de te proibir de ver a Vi, mas te quero longe de mim, Rindou. E quero que dê um jeito nessa merda do caralho. Não quero nem saber como você vai resolver isso, problema seu! Mas se Violeta se machucar, eu juro por Deus, eu acabo com sua vida, Rindou, eu juro pra você.- eu falei e nem notei em que momento voltei a chorar. Eu estava tremendo, tremendo tanto, tanto que nem sabia dizer como ainda estava conseguindo me manter em pé. -E eu vou voltar pra Inglaterra.

-Caralho, Asuka.- Rindou disse, não com irritação, mas com desespero. Ele deu um passo na minha direção, mas eu me afastei. Rindou colocou as mãos entre os cabelos, os puxando com um pouco de força demais. -Espera. Eu vou dar um jeito nisso, só... Não vai embora, por favor.

Eu olhei Rindou e pisquei os olhos antes de dar uma risada sarcástica.

-Você está mesmo me dizendo isso? - eu falei, avançando contra ele. -Quando fui embora, dez anos atrás, porque não me pediu pra ficar? Caralho, porque você não ficou comigo?- eu gritei, empurrando Rindou. -Cadê aquela sua pose de desgraçado que não se importa com nada nem com ninguém, aquela porra de bipolaridade do caralho? Ou o que, você só tá esperando eu ser uma otária por você de novo pra acabar comigo mais uma vez? - dei um soco no ombro dele e Rindou segurou minha mão. Eu estava chorando, chorando tanto que nem sabia de onde estava tirando forças para continuar falando. -Você me machucou. - eu murmurei. -Você disse que me amava, mas você me machucou. Eu não sei quem é você, talvez nunca tenha descoberto. Naquela época, você era tudo o que eu tinha, e você não pensou nem duas vezes antes de me mostrar que eu era só uma qualquer na sua vida. Você era tudo pra mim e eu era nada pra você. Mas eu não sou mais essa imbecil querendo o seu amor.

Eu tentei me afastar dele, mas Rindou agarrou meu rosto com força em suas mãos, me forçando a olhar para ele.

-Você está errada.- ele disse, a voz falhando. -Você nunca foi e nem nunca vai ser uma qualquer pra mim. Não digo isso porque você é a mãe da minha filha, mas porque eu amo você. Se você acha que não teve um dia sequer que não me arrependi de ter te deixado, está enganada. E eu te disse, te disse que eu não era bom, Asuka, e eu não sei ser algo que não... Essa merda toda que eu sou. Mas eu te amo, e eu sinto muito por ter te feito tão mal.

Por um tempo, ficamos em silêncio, apenas nos encarando. Mas então...

-Ah, por favor.- eu disse, tentando me esquivar dele. -Não vou cair nessa porra de novo, Rindou!

Os olhos dele brilharam de irritação e esse sim era o desgraçado que eu conhecia. Abri um sorriso sarcástico para Rindou.

-Então vai se fuder!- ele disse, puto da vida e eu dei risada da cara dele. Ele me olhou com ainda mais irritação e, sim, eu estava muito preparada para brigar com ele a porra da noite inteira, mas Rindou se inclinou na minha direção, grudando a boca na minha.

Por um segundo, fiquei chocada demais para sequer reagir a isso. Porque tinham se passado dez anos.

Dez anos sem ver ele, dez anos sem sentir a boca dele contra a minha, dez anos sem tocar Rindou.

Dez anos tinham se passado, e eu ainda sentia a mesma maldita coisa o beijando que sentia há dez anos atrás. Era um maldito efeito do caralho esse que ele tinha sobre mim, um simples beijo capaz de fazer meu corpo esquentar completamente, meu estômago se revirar, o coração disparar. Eu sentia como se eu tivesse ficado dormente por todos esses anos, e no momento que Rindou pressionou a boca contra minha, foi como se eu tivesse despertado completamente.

Então, por mais raiva que eu sentisse naquele momento, eu levei minhas mãos até os cabelos de Rindou, o puxando para mais perto de mim e aprofundando aquele beijo. Porque precisava daquilo, precisava sentir a língua dele contra a minha, precisava saber que mesmo que dez anos tivessem se passado, mesmo que muita coisa tivesse mudado... Ainda assim, nada estava diferente.

As mãos de Rindou deslizaram pelas minhas costas antes dele me puxar para ainda mais perto dele, grudando nossos corpos um no outro.

Eu me afastei dele, respirando com dificuldade. E apenas fitei os olhos roxos de Rindou, olhos que me olhavam com malícia e, ao mesmo tempo, com amor. Um amor que eu não entendia, nunca tinha entendido, mas que ainda assim era bem real. E que eu certamente ignoraria.

Me afastei ainda mais de Rindou, desgrudando meu corpo do dele e pegando minha bolsa que tinha ficado largada no chão. Respirei fundo, arrumando meu cabelo. Olhei para ele com irritação.

E, antes de ir embora sozinha, deixando Rindou com a maior cara de idiota, eu disse: 

-Vai se fuder você também.

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