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☪ . ☆ THIRTY ONE ☆ . ☪

Tudo o que eu conseguia sentir era dor. Acho que não tinha uma parte do meu corpo que não estivesse doendo, e antes mesmo de abrir os olhos, eu já queria voltar a chorar. Era um sentimento de merda, e eu me sentia um lixo do caralho, incapaz até mesmo de me defender. E eu queria chorar de novo e de novo e de novo, de dor, de raiva e de tristeza porque eu era a porra de um desperdício de vida. Eu só queria que tudo isso acabasse, só queria que a dor pelo meu corpo sumisse e que tudo desaparecesse.

A primeira coisa que eu vi quando abri os olhos, foram os olhos roxos de Rindou me fitando com uma preocupação que achei que jamais fosse existir dentro dele. Ao menos, não por minha causa.

Gemi de dor enquanto tentava me levantar dali, mas claro que não consegui, e também não é como se Rindou tivesse deixado eu me mexer. Apenas desisti, resmungando e voltando a afundar a bochecha contra o travesseiro macio que tinha o cheiro de Rindou.

Me sentia patética e extremamente humilhada. Sim, até mesmo nessas horas eu sentia meu orgulho sendo ferido, ainda mais com Rindou me olhando desse jeito preocupado que só fazia eu me sentir ainda pior.

-Você tá bem?- Rindou perguntou, franzindo o cenho para mim.

-Tô ótima, Rindou, me sinto incrível. - eu murmurei fechando os olhos e o escutei bufar.

Silêncio de novo, um silêncio que era desconfortável para um caralho. Odiava quando Rindou fazia isso, ficava quieto demais, sem seus incríveis comentários de idiota, apenas me analisando. Odiava quando ele me olhava com pena, porque eu não precisava da piedade dele.

-Não me olha assim.- eu reclamei e nem precisava olhar ele para saber que estava indignado.

-Você nem sabe que jeito estou te olhando.- ele reclamou de volta e eu abri meus olhos, apenas para fitar o roxo dos dele.

-Como se você tivesse pena de mim.- eu disse. Rindou torceu o nariz.

-Não estou te olhando assim, sua imbecil. - ele disse, me fazendo o olhar com irritação. Rindou respirou fundo, deitando de frente para mim, seu rosto bem perto do meu. -O que você quer escutar, Asuka? Que na verdade eu tô é preocupado com você?

-Porque você se importa, já que sou uma qualquer?- eu disse arqueando a sobrancelha e ele revirou os olhos para mim.

-Se você fosse uma qualquer, eu não ia ter me apaixonado por você. - ele soltou. Pisquei os olhos. Rindou pareceu perceber o que tinha acabado de soltar tarde demais. Ele abriu a boca uma vez, duas, mas nada saiu. E, sim, eu dei risada da cara dele, o que o fez ficar irritado. -Você é uma desgraçada do caralho. - ele murmurou.

Eu pisquei os olhos com força para afastar as lágrimas que surgiram nos meus olhos. Não por essa revelação dele, mas sim ao me dar conta que antes eu não tinha ninguém, mas agora eu tinha pessoas que se importavam comigo. Bom, mesmo que essas pessoas fossem delinquentes que facilmente me colocariam em uma furada, mas não importava. Porque eles não tinham pensado nem duas vezes antes de irem atrás de mim. E me tirarem daquele inferno.

-Obrigada.- eu disse baixinho e Rindou torceu o nariz para mim.

-Não precisa me agradecer por fazer o mínimo. - ele disse e eu apenas suspirei, tentando, falhamente, me aproximar dele. Como o grande imbecil que era, ele apenas ficou me olhando sem nem se mexer, esperando que eu pedisse para ele, o que só me irritava ainda mais.

-Caralho, como você é um babaca, Rindou.- eu murmurei e depois gemi de dor o que foi o suficiente para fazer ele se mexer. Um grande otário, eu diria. -Podia ter me ajudado antes!- eu reclamei, passando o braço ao redor da cintura dele e apoiando o rosto no peito dele. Rindou bufou.

-Se você tivesse pedido, eu teria ajudado.- ele disse arqueando a sobrancelha. Eu tive forças o suficiente para mostrar a ele o dedo do meio.

-Porque as coisas com você tem que ser assim?- eu disse e ele piscou os olhos, confuso. -Oito ou oitenta, uma hora lá no topo e na outra lá na merda.

Rindou franziu o cenho e piscou os olhos, parecendo finalmente entender que ele era um puta bipolar do caralho.

-Não sei.- ele disse e eu apenas suspirei, fechando os olhos. -Você quer ir para o hospital?

Eu neguei, sentindo um nó se formar na minha garganta quando tudo o que tinha acontecido nas últimas horas me atingiu em cheio. E eu não queria chorar, pelo menos não na frente dele, mas era difícil segurar, ainda mais quando estive guardando isso por tanto tempo.

-Asuka.- Rindou me chamou e, sim, eu notei a preocupação em sua voz, mas também não consegui abrir os olhos para encarar os dele. Passei a mão pelo meu cabelo, o que só me fez chorar mais ainda ao perceber que tava uma porra.

-Eu tô tão cansada.- eu admiti, baixinho. -Tão, tão cansada, Rindou.

Ele ficou quieto e eu não sabia dizer se Rindou estava respirando. Senti a mão dele acariciando meu cabelo com calma, de uma forma carinhosa, e ao mesmo tempo que aquilo fazia eu me acalmar o suficiente, era estranho. Era estranho porque Rindou nunca demonstrava que se importava ou que podia ser carinhoso, mas aqui estava ele, me provando o contrário.

-Eu queria matar seu pai pelo que ele fez com você.- Rindou disse de forma baixa e todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, principalmente lembrando do olhar que prometia morte que ele havia lançando para minha mãe. -Eu teria matado seu pai, Asuka, se Ran não tivesse me impedido.

Dessa vez, consegui me afastar o suficiente para olhar Rindou nos olhos. E sabia que ele não estava mentindo, sabia que por muito pouco ele não tinha acabado com meus pais.

-Achei que seu irmão fosse um sádico maluco que nem você. - eu murmurei. Rindou apenas suspirou.

-Não pense que ele liga se seu pai vive ou morre. Ele disse que... Não valia a pena ter o prazer de matar seu pai se em resposta eu perderia você. E ele tem razão. - Rindou murmurou, tão baixo que nem sei dizer se escutei certo. -O que eu disse pra você não é verdade. E falei merda.

-Vai ter que ser mais específico que isso, Rindou.- eu disse franzindo o cenho, estremecendo um pouco e fazendo uma careta quando outra onda de dor me invadiu. Toda vez que eu fazia uma careta, Rindou me olhava de um jeito estranho, como se estivesse bem perto de jogar tudo para o espaço e ir terminar o que não tinha terminado mais cedo na casa dos meus pais. Por isso, apenas o apertei com um pouco mais de força, pelo menos a força que eu tinha. Ele apenas bufou e eu dei a ele um sorriso sarcástico. -Já que você tá sempre falando merda.

Ele parecia bem perto de me jogar para fora da cama, mas se contentou em apenas me olhar feio. Rindou ficou em silêncio por um tempo, olhando o teto, como se sequer conseguisse olhar na minha cara agora.

-Quando disse que você não é do tipo que namora.- ele soltou e eu fiquei quieta, imóvel. Sequer sabia dizer se eu estava respirando. Rindou me olhou. -Eu disse isso só pra te magoar porque estava irritado. E talvez com ciúmes.

-Porque você é babaca.- eu disse baixo. -E parece gostar de me magoar.

-Eu não gosto de te magoar, Asuka, eu só não sei... Me relacionar com pessoas, tá beleza?- ele soltou e eu pisquei os olhos, o encarando. Bem, isso era meio óbvio. -Não deveria ter dito isso, porque gosto de você, e te ver puta, irritada ou chateada é uma merda.

-Você só tá me dizendo isso porque tô toda fodida.- eu resmunguei. Rindou me olhou de uma forma tão cortante que me fez estremecer.

-Não vai achando que só porque você tá toda quebrada e os caralhos todos que eu magicamente passaria a te tratar bem só por isso. - ele soltou, me fazendo torcer o nariz.

Ficamos em silêncio de novo por um tempo. Senti vontade de chorar de novo e sentia tanta dor que queria chorar por isso também. Tudo parecia uma puta bosta do caralho e minha vida parecia a porra de uma piada.

-Ele acabou com minhas costas e com meu cabelo.- eu disse chorosa. Rindou me olhou de um jeito que terminou de quebrar todo o autocontrole que eu estava tentando ter.

E quando eu comecei a chorar, chorar de verdade mesmo por tudo o que tinha acontecido, Rindou não disse nada. Não fez nenhum comentário sarcástico, idiota ou babaca. Ele apenas me puxou para perto dele com delicadeza e me abraçou com um carinho que jurava que jamais receberia vindo dele. E, naquele momento... Aquilo bastava.

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