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☪ . ☆ THIRTY ☆ . ☪

Estremeci de leve enquanto os dedos de Rindou deslizavam de forma suave pelas minhas costas nuas, meus pelos se arrepiando completamente com seu toque. Ele tocou cada cicatriz nas minhas costas com um carinho que fez minha garganta fechar. Eu apenas fechei os olhos, afundando o rosto contra o travesseiro macio, sem nenhuma vontade de sair dali. Sinceramente, talvez eu devesse me arrepender de ter cedido novamente aos beijos e toques de Rindou, mas a verdade é que não importava; não importava, não quando esconder o que eu sentia por ele era muito mais trabalhoso do que dizer a verdade. E a verdade é que não importa quanto tempo tenha se passado, eu nunca o esqueci, nunca deixei de sentir o que eu sentia por ele.

-Achei que você fosse tentar tirar as cicatrizes. - ele disse e eu abri os olhos, me virando um pouco apenas para fitar os olhos roxos de Rindou. Eu apenas suspirei. -Você odiava essas marcas.

-Sim.- eu disse, me afastando um pouco dele para olhar Rindou melhor. -Mas não tenho mais vergonha delas. É parte de quem eu sou, de tudo o que aconteceu comigo. E eu não quero apagar minha história, por pior que ela seja. Isso é uma lembrança constante de que eu não devo nunca, jamais, aceitar que alguém me machuque dessa forma. De qualquer forma.

Rindou apenas me encarou, sequer parecendo respirar. Eu revirei os olhos, me inclinando para perto dele e enrolando uma mecha de seu cabelo roxo e preto no dedo.

-Eu não estou falando de você, seu babaca. Não precisa me olhar com essa cara.- eu disse com um sorrisinho e ele revirou os olhos, uma mão deslizando pelas minhas costas e me puxando para mais perto dele.

-Eu falei com o Sanzu.- ele soltou, os olhos cravados nos meus, e, sim, fechei a cara na hora que escutei o nome desse filha da puta.

-Falou ou você só se livrou dele?- eu resmunguei e Rindou revirou os olhos.

-Falei, mas se quiser que eu o mate, eu mato.- Rindou disse me encarando e eu fiz uma careta, o empurrando de leve.

-Não quero que mate ninguém, Haitani. Já não basta você ser extremamente procurado pela polícia, quer ter mais motivos para ser preso?- eu disse e Rindou deu de ombros, como se não fosse nada demais. Bem, claro que não seria nada demais para alguém como ele, não é?

-Sanzu não vai mais te incomodar. - Rindou disse, com tanta certeza que me fez fazer uma careta. Eu apenas o encarei, sem ter muita certeza quanto a isso, e Rindou suspirou, levando uma mão até meu cabelo. -Ele estava mexendo com você só pra me irritar e te ameaçou pra saber que tipo de pessoa você é. Mas não ousaria machucar você ou Violeta. Querendo ou não, Sanzu é meu amigo, e me conhecê bem o suficiente pra saber que se ele tocar em um fio de cabelo de vocês, ele morre.

Olhei seriamente para Rindou antes de revirar os olhos, tentando me afastar dele, mas Rindou me agarrou com força.

-E você mataria fácil assim o segundo no comando dessa sua gangue de merda aí?- eu disse dando um peteleco na testa dele e Rindou me deu um sorriso sarcástico.

-Sim, e você deveria saber muito bem disso.- ele retrucou, me fazendo fazer uma careta.

-Eu, honestamente, não quero falar desse bosta.- eu resmunguei e Rindou apenas assentiu, me puxando para mais perto dele.

Eu apenas suspirei, deitando a cabeça no peito de Rindou e passando os dedos com calma pela tatuagem do lado direito de seu corpo.

Ele fez um carinho suave no meu cabelo e eu fechei os olhos, sentindo todo o cansaço daquelas semanas de merda me atingindo em cheio.

-Me acorda daqui duas horas.- eu resmunguei e Rindou deu uma risada. Eu não esperei ele dizer algo antes de cair em um sono profundo. E foi o melhor que tive em muito, muito tempo.

-Como você pode andar na rua tão tranquilamente quando sua cara tá estampada em todos os jornais e passando todo dia na televisão?- eu resmunguei para Rindou que me olhou e franziu o cenho antes de dar de ombros.

-Como se a polícia funcionasse pra porra, né, Asuka. Se funcionasse de verdade, todos nós já estaríamos presos.- ele soltou e eu torci o nariz.

-Está bem. Mas mantenha distância enquanto pego Violeta, tudo o que eu menos preciso agora é que descubram que o pai dela é o cara mais procurado do Japão.- eu disse e Rindou revirou os olhos, o que me fez sorrir com divertimento. -Eu sei que você não vive sem mim, mas são só alguns minutos e eu já volto.

-Você é ridícula. - ele reclamou e eu ri, dando as costas para Rindou e o deixando para trás enquanto caminhava em direção a escola de Violeta.

Tinha algumas outras mães ali conversando, mas estava tão concentrada tentando achar minha filha no meio daquelas crianças que não prestei atenção em mais nada que não nisso. E talvez esse tinha sido meu maior erro, pois quando menos esperei, uma mão tinha se fechado ao redor do meu ombro, me fazendo dar um pulo.

Eu me virei, preparada para tentar socializar com quem quer que fosse, mas minha cara fechou na hora que fitei olhos castanhos.

-Asuka.- Shiori disse, a voz num sussurro, parecendo que tinha acabado de ver um fantasma. E, bem, de qualquer forma, eu deveria ser mesmo, já que a última vez que vi Shiori foi dez anos atrás, no dia do meu quase casamento com Kazume. -Então você voltou mesmo pra cá.

Ela estava diferente; mais crescida, parecendo menos aquela idiota que era antes. Os cabelos ruivos estavam compridos, batendo um pouco abaixo dos seios. Shiori estava bem vestida, como sempre, mas algo em seus olhos me fez vacilar. Um olhar perdido, vazio, que ia muito além do que eu podia compreender.

-O que você está fazendo aqui?- foi a única coisa que consegui dizer, piscando os olhos lentamente. Shiori me olhou confusa, o cenho se franzindo.

-Meu filho estuda aqui.- ela respondeu e então foi como se tivesse ganhado vida no momento que seus olhos encontraram com os de alguém. Eu me virei um pouco, apenas para ver um garotinho exatamente igual a Shiori correndo até ela e a abraçando com força. Ele deveria ter seus sete anos. E eu sabia muito bem quem era o pai daquela criança, porque Kazume fez questão de mandar um convite de seu casamento com Shiori para mim e Koji, anos atrás. E claro que nós não fomos. -Esse é o Dai.

Eu apenas sorri de forma simpática para a criança que me analisava com certa curiosidade, ainda agarrado com força a sua mãe.

-E você, Asuka? Porque está aqui?- Shiori perguntou, franzindo as sobrancelhas. Abri a boca, mas, então, senti braços rodeando minha cintura e me apertando.

-Mãe, você veio!- Violeta disse animada, abrindo um imenso sorriso para mim. Eu levei a mão até o cabelo dela, acariciando de leve.

-Sim, meu amor, estamos indo pra casa.- eu disse, antes de me virar para Shiori.

Shiori, que estava com os olhos arregalados em puro choque. Shiori, que não fazia a menor ideia que eu tinha tido uma filha. Ela abriu a boca algumas vezes, mas nada saiu. Então:

-Ela não é filha do Koji, né?- foi o que ela disse, os olhos cravados nos de Violeta, que a olhava com um bico irritadiço. -Sua filha parece aquele delin...

-E isso importa?- eu a cortei. Shiori, sabiamente, ficou quieta. -Tenha um bom dia, Shiori.

Eu me virei, pronta para dar o fora dali, mas Shiori segurou meu braço. Eu me virei, e o que encontrei em seus olhos... Aquilo me deixou assustada.

-Você não deveria ter voltado, Asuka.- ela disse, os olhos repletos de um medo que eu não era capaz de entender. -Kazume vai caçar você, ele nunca esqueceu a humilhação que você o fez passar. E ele não é mais aquele mesmo cara de antes, ele... Kazume é perigoso. Você deveria tomar muito, muito cuidado, ou dar o fora daqui.

-Como assim, Shiori? Do que está falando?- eu disse e agarrei a mão dela com força. -Shiori, ele está machucando você? É isso?

Shiori não disse nada, mas seus olhos sim. Merda. Eu sempre, sempre soube que Kazume não valia de absolutamente nada, mas Shiori, por pior que ela tivesse sido comigo, não merecia uma merda dessas. Nenhuma mulher merecia passar por uma merda dessas, e vendo o quão desesperada por ajuda Shiori parecia... Isso era assustador.

Abri a boca para dizer algo, para dizer que poderia ajuda-la, qualquer merda que fosse, mas o que saiu foi um grito quando um carro foi jogado para cima de mim. Apenas consegui puxar Violeta para longe e pular fora da direção do carro antes que me atingisse.

Pisquei os olhos lentamente enquanto entendia o que estava acontecendo ali, enquanto olhava para o homem com um sorriso puramente maldoso direcionado para mim.

Kazume.

Dez anos, e ele continuava a porra de um nojento do caralho. Senti meu sangue ferver e agarrei Violeta com força, a colocando atrás de mim para impedir que minha filha se machucasse.

-Ficou doido, Kazume?- Shiori gritou, olhando com irritação para o marido. -Você podia ter machucado ela e a filha dela!

-Filha, é?- Kazume disse me analisando e dando uma risada cruel. Ele direcionou o olhar para Shiori. -Entra aí.

-O que acha que tá fazendo? Podia ter acertado a criança!- Shiori gritou novamente e Kazume a lançou um olhar que a fez se encolher. Certo, chega.

-Qual o seu problema, babaca?- eu disse num sussurro, parando ao lado da janela do carro. Kazume me analisou, aquela malícia cruel brilhando nos olhos.

-Parece que a vadiazinha voltou. - ele riu. -E aí, já voltou a colocar chifres no Koji e abrir as pernas para qualquer um que passa na sua frente?

Eu arfei chocada com aquele comentário e estava bem perto de dizer alguma coisa quando aquele sorriso zombateiro sumiu do rosto de Kazume quando ele encarou algo atrás de mim. Algo não, alguém.

-Você deveria tomar cuidado com o que fala.- Rindou disse, a voz tão cruel que me fez estremecer. -Ou não vou ser tão bonzinho com você como fui da última vez.

-Vamos embora daqui, Kazume.- Shiori disse, os olhos arregalados em puro horror. Kazume, sabiamente, começou a dar ré. Porém, antes de desaparecer, seus olhos cravaram nos meus.

-Isso não é o fim, Asuka.

E então, eles foram embora. E eu estava tremendo de tanta raiva a medida que me virava para encarar Rindou e Violeta, ambos me olhando do mesmo jeito.

-Asuka...- Rindou começou, mas eu apenas balancei a cabeça, tentando ignorar tudo o que tinha acabado de acontecer. Segurei a mão de Violeta com força na minha, começando a caminhar pelas calçadas.

-Quem era?- ela perguntou, me fitando com os olhos roxos. Eu fiz uma careta.

-Não importa. E nós vamos conversar seriamente quando chegarmos em casa, mocinha. Onde já se viu, ficar mordendo os outros, Violeta?- eu disse a olhando seriamente e Violeta fez uma careta, olhando para Rindou em busca de ajuda. Sério mesmo?

-Nem olhe pra mim, sua mãe tem razão.- Rindou disse arqueando a sobrancelha para ela. -Não é assim que você resolve um problema, Violeta.

Ela fez a maior cara feia para nós dois e, sim, Violeta começou a nos ignorar, o que me fez ficar perplexa. Rindou me olhou com um sorrisinho e eu o dei um beliscão. Ele chiou antes de agarrar minha mão livre na dele, não a soltando mais.

Eu apenas respirei fundo. E, por mais que eu tentasse, ainda assim... Não consegui tirar a ameaça de Kazume da cabeça pelo restante do dia.

Porque parece que todo mundo resolveu querer foder minha vida logo agora.

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