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☪ . ☆ SIXTY EIGHT ☆ . ☪

Rindou apareceu ali horas depois que Aya foi embora, e eu ainda estava com todas as palavras dela martelando na minha cabeça. Ele apareceu ali, mesmo quando tinha me dito que não voltaria ao Japão. Quando ele me disse que Violeta ficaria com Koji e viria pra cá, fui burra o suficiente pra acreditar que fosse pra me apoiar, e não por qualquer outro motivo que fosse, mas agora... Agora me perguntava se isso sequer era verdade. Me perguntava qual era o real motivo pra Rindou ter arriscado sair de Londres e vir pra cá, porque claramente ele não ia arriscar ser preso só pra "me dar suporte".

Cada palavra que saiu da boca de Aya me atingiu como um soco. Por todo aquele tempo, desejei poder ver minha amiga de novo, e pra que? Apenas para me dar conta que Aya já não era mais Aya, que ela e eu nunca mais...

Fitei os olhos roxos de Rindou quando abri a porta. Ele teve coragem o suficiente de sorrir para mim, dando um passo na minha direção pra me beijar, mas virei o rosto.

Um Haitani sempre será um Haitani.

-Asuka? - ele chamou, franzindo o cenho em confusão. Bati a porta atrás de Rindou.

Tudo bem, eu... Eu precisava...

Passei as mãos com irritação pelo meu cabelo, sentindo meus olhos queimarem.

Porque isso sempre continua acontecendo comigo, afinal?

-Porque você tá aqui, Rindou? - eu disse o olhando seriamente. Ele piscou os olhos para mim, torcendo o nariz.

-Como assim, Asuka? Eu já te disse isso.- ele falou, tentando se aproximar, mas eu me afastei. Enfiei as mãos entre os cabelos, os puxando com um pouco de força demais.

-Diga a verdade. Eu quero a verdade, puta que pariu.- eu falei o encarando. Rindou ficou quieto, me olhando como se eu estivesse louca. -Você tá mentindo pra mim?

-Quê? Claro que não!- ele falou com indignação. Eu apenas olhei para ele.

-Não entendo. Porque voltou, quando disse que nunca mais ia voltar pra cá?- eu falei e ele franziu o cenho. -Em que merda você tá metido agora, me diga.

-Eu não...

-Para de mentir pra mim! - eu gritei, sentindo as lágrimas queimando nos meus olhos. -Eu já sei da verdade. Você não consegue sair dessa vida, não é? Tem sempre que se enfiar nessas merdas, né?

Por um tempo, Rindou ficou quieto. Afinal, o que ele sequer ia dizer? Era verdade, era tudo verdade.

-O que você fez? - eu disse, baixo. Ele apenas balançou a cabeça e suspirou.

-Isso importa?

Por incrível que pareça, essas duas palavras já esclareciam coisa o suficiente. Esfreguei meu rosto com força; queria que Aya estivesse errada, mas... No fim das contas, a única otária aqui sou eu.

-Você...- eu ri, sem nenhum humor. -Você deve achar que eu sou uma imbecil, né, Rindou. Que você pode me manipular, que pode...

-Para com essa merda, Asuka.- ele começou, tentando me segurar, mas eu o empurrei para longe de mim.

-Eu te avise. Te avisei que se você continuasse com essa merda, era o fim. Você me enganou, esse tempo todo! Me fez acreditar que tinha mudado, que não era mais... Esse tipo de merda que você é. Me fez achar que a gente pudesse ter uma família juntos. Mas adivinha só uma coisa, Rindou? Eu tava errada pra caralho! - eu falei, olhando para os olhos roxos dele. Ele parecia triste; eu não podia me importar menos.

-Mas eu mudei, Asuka.

-Não, não mudou.- eu disse com uma risada. -Continua mentindo pra mim, continua me fazendo de otária. Você me prometeu, Rindou! Porque sempre faz isso, hein?

-Sinto muito. Sinto muito, Asuka, mas se você...

-Se eu o que? Se eu te escutar? Der outra chance? Você vai o que, fazer diferente? Que piada. - eu disse com uma risada sarcástica. -Eu tô sempre te dando chances, Rindou. Sempre! Mas você tá sempre estragando tudo, já percebeu? Eu cansei de ficar sofrendo por sua causa, cansei de aceitar o mínimo vindo de você. Porque eu não posso ser o suficiente? Porque Violeta não é o suficiente? Porque você sempre tem que ir atrás dessa merda toda?

-Asuka...- ele começou, mas eu não queria escutar. Estava cansada de escutar Rindou, cansada de amar ele e não receber nada em troca. Apenas fui até ele, tirando aquela aliança do dedo e colocando em sua mão.

-Acabou, Rindou. - eu disse, mesmo que isso machucasse pra caralho. -Pode fazer o que você quiser agora.

-Espera, Asuka, vamos conversar. - ele disse, tentando me segurar, mas eu apenas me afastei, balançando a cabeça.

-Não tenho mais nada pra falar com você. Só vai embora. Por favor. Não quero mais olhar pra você.

Ele me encarou, parecendo inclinado a discutir. Mas, por fim, Rindou apenas balançou a cabeça e foi embora. Como eu sempre soube que faria no final. E senti como se tudo o que ainda me mantinha no lugar tivesse acabado de quebrar pra sempre.

Eu estava completamente e totalmente bêbada. O que era maravilhoso! Porque assim, não precisava ficar pensando em Rindou e na sua cara de cachorro sem dono antes de ir embora ou no como ele tinha mentido e me manipulado mais uma vez (simplesmente sensacional, né?). E também não precisava ficar pensando no como minha melhor amiga tinha virado uma vadia mal amada do caralho!

Pensar nisso me fez dar risada enquanto eu apagava todas as fotos com Aya ou com Rindou do celular. Eles que fossem se fuder. Eu ia apagar os dois da minha vida pra sempre e que s e  f o d a.

A Aya que eu amava tinha morrido, então estava na hora de enterrar ela e seguir com minha vida. Não vou ficar assim, sofrendo, por causa de uma pessoa que tá cagando pra mim. Que deixou bem claro o desdém e o desinteresse que sente por mim. Passei esse tempo todo pensando e sofrendo por ela quando ela sequer se lembrou que eu existia. Aya Takahashi que fosse para o inferno, que queimasse junto com os Haitani.

Sequer sabia se o número de Aya ainda era o mesmo ou se ela apenas não respondia as minhas mensagens, mas não podia me importar menos enquanto mandava áudios para ela. Sinceramente, nem sei exatamente o que eu falei, já que eu estava bêbada pra caralho.

-Você é uma puta de uma desgraçada, sabia, Aya?- eu disse, com uma risada, virando mais um gole de vodka na garganta. Já nem sentia mais o líquido descer queimando. -Não contente em estragar nossa amizade e me tratar como se eu fosse um monte de lixo, estragou meu "casamento". Sei lá que porra era aquela, mas tanto faz. Deve estar feliz pra caralho, né? Você sempre quis isso mesmo! Então, parabéns, você conseguiu. Nunca mais vou olhar Rindou na cara, tá satisfeita?

Dei outra risada e senti meus olhos queimarem, não sei porque. Aquilo deveria ser divertido, não? Então porque tudo o que eu mais queria era chorar e morrer e sumir?

-Achei que a gente fosse amigas. Que mesmo que a porra do mundo todo tivesse contra a gente, ainda teríamos uma a outra. Pois adivinha! Também tava errada sobre você. Porra, eu tô sempre cometendo erros sobre as pessoas.- eu ri, sem nenhum humor. -Tem um buraco dentro de mim que não sei como consertar. Me machucaram, fisicamente e psicologicamente. Perdi meu filho, perdi minha melhor amiga, perdi tudo e todo mundo ao mesmo tempo, e eu nem quero mais estar viva, mas aqui tô eu. Viva. Porque não tenho coragem o suficiente nem pra me matar!

Fechei os olhos com força por um instante.

-Parabéns, Aya. Pelo prêmio de amiga mais filha da puta do ano.- eu murmurei, misturando inglês e japonês. -Espero que eu acabe morrendo, por ser tão burra ao ponto de achar que pudesse ser amada por delinquentes.- eu ri. -Vocês nem sabem o que é isso. Nunca vão saber. Uma pena.

Meu celular deslizou pelos meus dedos e caiu no chão. E ali, sozinha no escuro, chorei tudo o que eu não tinha chorado até então.

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