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☪ . ☆ FIFTY FOUR ☆ . ☪

Achei que Shiori tivesse quebrado minha perna por conta da dor, mas a vadia não servia nem para isso. Ela apenas tinha trincado meu osso, motivo pelo qual eu não estava conseguindo andar direito e estava com a porra da perna enfaixada. Mas o pior não era o estado físico que ela tinha me deixado, as marcas que todos podiam ver. O pior era o que ela tinha feito comigo, com quem eu era. Porque eu não podia dizer que era a mesma Asuka de antes, aquela que não tinha medo de nada ou ninguém. Agora, até mesmo minha sombra era o suficiente para me assustar, fazer eu me desesperar e ficar com medo. E meu coração bater tão forte que parecia que saltaria para fora.

No fim das contas, descobri que estava na porra da mansão de Ran e Rindou. Mas eu não dava a mínima para onde eu estava, porque não importava; não importava, porque os sentimentos ruins continuavam os mesmo.

Ver Violeta tinha sido pior. Porque eu não queria que ela me visse desso jeito e, ainda assim, lá estivera ela, me abraçando com força e chorando, pedindo pra eu nunca mais deixar ela sozinha. E isso me quebrou muito mais do que eu imaginava ser possível.

Eu estava sozinha; porque era insuportável estar com outras pessoas. Ver Violeta chorando por minha causa ou ver Rindou me olhando com preocupação, eu não suportava aquilo, não suportava olhar para eles. Ainda mais sabendo que eu tinha desistido. Desistido de viver, desejado tanto morrer, e consequentemente desistido deles.

Olhar para mim mesma no espelho daquele banheiro era pior. A constatação do quão na merda eu estava agora. O quanto eu estava fraca, pálida e parecendo bem perto da morte. A marca do corte na minha bochecha esquerda que nunca, jamais, sairia dali. Nunca me deixaria esqucer do que Shiori tinha feito comigo.

Com as mãos tremendo, eu tirei a camiseta. As marcas nas minhas costas era uma coisa; mas as marcas que Shiori tinha deixado em mim, a começar pela queimadura no meu braço daquele incêndio que quase me matou... Eu sequer conseguia olhar para mim mesma. As marcas roxas pelo meu corpo, as marcas de corte que ficariam ali mesmo depois que se curassem.

Raiva; eu senti raiva, e senti nojo, e me senti um lixo. Olhar para mim mesma era insuportável, trazia tudo aquilo de volta, e trazia a comprovação que Shiori estava certa! Ninguém realmente nunca mais olharia para mim do mesmo jeito. Tudo o que eles sentiriam seria pena ou nojo de alguém toda marcada e cheia de cicatrizes.

Peguei a primeira coisa que vi e atirei com força contra o espelho, que quebrou em milhares de pedaços. E aí, caí de joelhos no piso gelado enquanto as lágrimas escorriam pelos meus olhos, enquanto um soluço escapava pelos meus lábios.

Me assustei um pouco com o barulho da porta se abrindo, mas não precisava olhar para saber quem era, ainda mais quando braços me cercaram.

Não era justo. Não era justo que eu tivesse passando por um merda como aquelas, depois de tudo o que eu tinha enfrentado pra superar o que fizeram comigo ao longe da minha vida. E não era justo que Rindou me visse daquela forma, tão... Quebrada.

Ainda assim, eu deixei que ele me apertasse contra si. Afundei o rosto em seu peito, me permitindo chorar tudo aquilo que eu não tinha chorado até aquele momento. Deixei que ele fizesse carinho no meu cabelo, que tentasse, de alguma forma, me acalmar, mesmo que ele não pudesse.

Rindou me afastou apenas o suficiente para me olhar. Olhar para meu rosto, olhar para as marcas no meu corpo. Vi a raiva nos olhos roxos dele, mas também... Lágrimas. Porque ele estava chorando também, e eu nunca, nunca, tinha visto ele chorar. Aquilo me deixou em choque o suficiente para que eu parasse de soluçar.

-Sinto muito, Asuka.- ele disse, baixinho, passando a mão pela minha bochecha, limpando minhas lágrimas. -Deveria ter te protegido, e não protegi.

Não, não era justo. Não era culpa dele, era culpa de Shiori. Do porra do Akira. Mas não dele, nunca, jamais, seria culpa dele.

Segurei o rosto de Rindou em minhas mãos trêmulas e encostei a testa na dele, fechando meus olhos e respirando fundo.

-Tá tudo bem, meu amor.- ele disse baixinho, me abraçando com força, como se eu pudesse sumir de novo caso ele me soltasse. -Você tá segura agora.

E eu queria, desesperadamente, acreditar nisso.

Arranjar um jeito de escapar daquela mansão foi a coisa mais difícil que já fiz na vida. Ainda mais quando eram quatro da manhã, estava tudo escuro, minha perna machucada e eu não conhecia aquele lugar.

Mas eu não conseguia ficar ali.

Olhar Rindou e olhar Violeta era insuportável. Fazia eu me sentir uma covarde, porque eu tinha desistido de tudo, estava preparada para morrer enquanto eles sofreram por minha causa, passaram dias com medo por minha causa. Eu não conseguia ficar perto deles, porque era simplesmente impossível respirar vendo o amor que eles sentiam por mim.

E eu sabia que sentiria exatamente a mesma merda caso acabasse dando de cara com Aya ou Ran. Seria até mesmo pior, porque não existia uma única coisa que eu conseguia esconder deles. Aya saberia o quão perto de desistir eu estive, e ela saberia também que a única coisa que se passava na minha cabeça era morrer. Ela me chamaria de fraca, e eu era fraca, mas não estava preparada para enfrentar Aya.

Foi difícil pra porra sair daquele lugar, ainda mais sem chamar a atenção de ninguém. Eu não era Aya, eu não era Ran e não era Rindou, então eu não sabia como roubar coisas, invadir lugares ou fugir sem ser vista por ninguém. Mas eles eram meio burros também de largarem as chaves do carro onde qualquer um podia pegar e se mandar.

E foi ali que fui parar. Sentada em uma das rochas da praia vendo as ondas baterem nas pedras e o sol nascer, o vento gelado da manhã batendo contra meu rosto e fazendo meu cabelo balançar.

Abracei minhas pernas contra meu peito, piscando os olhos para afastar as lágrimas que surgiram ali.

Eu não sabia se me achariam ali, mas levando em conta que roubei um carro deles, provavelmente achariam, mas eu não me importava. Porque pelo menos por um tempo ficaria longe daquela casa, dos olhares de pena e preocupação que estavam me matando cada vez mais. Pelo menos... Poderia ficar sozinha com minha dor e meu sofrimento. Tudo aquilo que eu não sabia lidar e nem sabia como fazer para dar um jeito.

Escutei o meu celular tocando e, em uma olhada rápida para tela, percebi que era Rindou. Ligando, ligando e ligando sem parar. Sabia que ele estava bravo e preocupado, mas não tinha nada que eu pudesse fazer a respeito. E aquele som, o toque do celular, estava me deixando ainda mais maluca, então não pensei nem duas vezes antes de atira-lo em direção ao mar com toda minha força.

Paz; eu precisava de paz e precisava só...

E se o mar pudesse apenas me levar para um lugar melhor que aqui? Se ele apenas pudesse apagar tudo isso que eu estava sentindo...

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