☪ . ☆ FIFTEEN ☆ . ☪
Meu dia tava uma bela de uma merda do caralho. Além de ter que aguentar Shiori me perguntando que porra de marcas vermelhas eram aquelas no meu pescoço (muito obrigada, Rindou Haitani, por me marcar, filho da puta do caralho), ainda tinha Kazume analisando cada passo que eu dava. Sinceramente, ele podia ir se foder e se explodir junto com a porra da minha família inteira! Contanto que ele permanecesse bem, bem longe de mim, eu ficaria imensamente feliz! Porque ele simplesmente não podia namorar Shiori? Ela certamente gostava dele, isso estava escrito na testa dessa imbecil do caralho, mas não! Claro que não, claro que Kazume tinha que grudar em mim só porque seus pais e os meus achavam que um dia formariamos um belo casal. Só se for na puta que pariu!
-Acha que ele vai te pedir em casamento?- Shiori perguntou, os olhos grudados em Kazume. Eu me engasguei com o suco que estava bebendo e comecei a tossir desesperadamente. Shiori fez uma careta e arregalou os olhos antes de me dar um tapa nas costas. -Asuka!
-Nunca mais diga uma coisa dessas, vai atrair coisa ruim pra cima de mim!- quase gritei. Deus, o que eu fiz para merecer tal coisa? Me diga, o que eu fiz?
Tudo bem, eu logo iria para longe desse inferno. Minhas aulas já tinham acabado, eu só ia terminar de comer e tchau Universidade de merda, tchau Shiori chata do caralho e tchau Kazume arrombado da porra!
-Coisa ruim? Kazume é um cara legal. - Shiori resmungou irritadinha. Revirei os olhos. -Ele é bem bonito também. - bem, sim, isso ninguém podia negar, nem mesmo eu já que tinha caído na burrice de transar com ele aos dezesseis anos. Ainda assim, Kazume era um arrombado, e ter rostinho bonito, olhos azuis e cabelo loiro não ia mudar isso. -Vocês eram amigos quando éramos mais novos.
-Ai eu descobri que ele é mais podre que lixo.- eu resmunguei, mas não tenho muita certeza se Shiori me escutou, perdida demais nos próprios pensamentos.
Nós todos costumávamos ser amigos; Shiori, Kazume e eu. Em uma época em que as imposições dos nossos pais eram simplesmente ignoradas por nós e quando tudo era mais fácil. Agora... Agora, eles faziam exatamente tudo aquilo que eu mais odiava. Shiori fazia exatamente tudo o que era mandado pelos pais dela, como se ela não tivesse a porra de uma opinião própria. Kazume... Bem, o imbecil ainda achava que eu ficaria com ele, e a insistência dele nesse assunto foi o suficiente para que eu passasse a odiar ele. Além do fato dele ter sido o arrombado a espalhar boatos sobre mim no ensino médio depois que caí na burrice de dar pra ele. E olhe só pra todos nós agora, juntinhos na mesma porra de Universidade! Isso só pode ser a porra de uma piada.
Estava tão perdida nos meus próprios pensamentos que nem mesmo percebi Kazume se aproximando até ele estar sentado ao meu lado, aquele sorriso de cobra nos lábios. Senti vontade de enfiar um soco nas bolas dele, mas me contive, enfiando todas as batatas fritas na minha frente de uma vez na boca.
-Oi, meninas.- ele disse, ignorando completamente o sorriso imbecil do Shiori e grudando os olhos em mim. Fiz questão de torcer o nariz com nojo para ele. -Tudo bem?
Shiori começou a tagarelar, tentando ter a atenção de Kazume. Eu, sabiamente, me levantei para dar o fora dali. Mas claro que Kazume ia deixar a pobre Shiori sozinha para vir encher a caralha do meu saco.
Praticamente correndo, coloquei a mochila no ombro e apertei o passo para sair do campus e ir embora. Claro que esse bosta estava me seguindo, gritando meu nome. É claro que eu o ignorei. Ele que fosse dar o cú e enchesse os saco de outra pessoa que não o meu!
-Ei, eu tô falando com você, Asuka!- ele rosnou com irritação, assim que cheguei na rua, puxando meu braço com força e fazendo eu me virar. Olhei com raiva para Kazume.
-Me solta, Kazume.- eu disse, trincando os dentes. -Ou vou começar a gritar.
-Grita o quanto quiser, ninguém vai ligar.- ele riu. Seus olhos brilhavam em pura crueldade, e eu sabia exatamente o que ele queria comigo. Kazume aproximou uma mão do meu cabelo e eu me afastei bruscamente daquele nojento, o que o fez rir. -Quando a gente casar, Asuka, você vai ter que me deixar te tocar. Não tem pra onde fugir.
-A gente não vai casar. Achei que já tivesse parado com essas fantasias. - eu ri com deboche. Os olhos dele brilharam de irritação.
-Bom, você não tem opção nisso, não é? Seus pais já te venderam, como se você fosse um animalzinho.- Kazume riu. -Eles planejam nosso casamento desde que tínhamos dez anos, e você sabe. Não tem pra onde fugir.
-Bem, você pode ir se foder, você, seus pais e os meus!- eu praticamente gritei, erguendo o dedo do meio para ele.
Me virei para me afastar de Kazume, mas um puxão forte no meu cabelo me impediu, me fazendo gritar enquanto cambaleava para trás. Kazume apertou meu pulso com tanta força que sabia que aquilo ficaria roxo mais tarde.
-Me larga, seu bosta do caralho!- eu gritei, tentando o acertar de alguma forma. Kazume me agarrou pelos braços, tentando me parar. -Me larga agora, caralho!
-Você vai vir dar uma voltinha comigo. - ele disse com um sorriso que me fez estremecer. Dele sim eu tinha medo; porque Kazume podia até ser todo riquinho e mimadinho, mas ele definitivamente não era o tipo de cara que parava quando uma mulher dizia "não".
-Me solta, Kazume.- eu disse, sentindo o pânico tomar conta de mim. -Me solta agora.
Eu sabia que ele não ia soltar; estava bem perto de começar a chorar de desespero quando, no segundo seguinte, alguém tinha agarrado Kazume e o prensado contra o muro. Pisquei os olhos. Porque caralhos...
-Ela te mandou soltar, não foi não?- a voz de Rindou era tão baixa e fria que me fez estremecer. Kazume teve o bom senso de parecer abalado. -Ninguém nunca te ensinou que quando uma mulher diz não, é não?
-Quem é você, porra? Eu trato ela como quiser, é minha noiva.- Kazume cuspiu. Se Rindou ficou chocado com aquilo, certamente não demonstrou.
-Sua noiva só se for nas suas fantasias sexuais, seu merda do caralho!- eu disse irritada. Rindou parecia bem perto de quebrar uns ossos de Kazume, e por mais tentador que isso soasse, eu também não queria que aquilo desse mais merda ainda. Por isso, agarrei o braço de Rindou e o puxei. Tive que conter um suspiro aliviado quando o delinquente me deixou puxar ele pra longe de Kazume. -Vamos embora.
-Sim, vamos embora.- Kazume disse e eu pisquei os olhos.
-Eu tava falando com o Rindou, não com você, seu imbecil. - eu disse torcendo o nariz. Kazume me analisou e depois analisou Rindou antes de dar uma risada sarcástica.
-Agora você tá dando pra delinquente também, sua puta?- Kazume disse com um sorriso de cobra. Rindou paraceu bem perto de quebrar o nariz de Kazume, mas eu apertei o braço dele com força.
-E se eu estiver? Pelo menos ele me faz gemer, já você, nunca foi grande coisa.- eu disse estalando a língua. Vi a raiva brilhando nos olhos de Kazume, mas também não esperei mais um segundo antes de segurar a mão de Rindou na minha e o puxar para longe dali.
Fiquei em silêncio enquanto andávamos para longe. Fiquei em silêncio porque sabia que se abrisse a boca para falar qualquer coisa, ia começar a chorar. Não sabia porque caralhos Rindou estava ali, mas também não importava. Não quando ele era o motivo para Kazume não ter feito algo comigo. Algo ruim.
-Asuka.- Rindou me impediu de continuar andando, me segurando pelos ombros. Ele me fitou com aqueles olhos roxos antes de torcer o nariz. -Você está tremendo.
Me afastei dele, dando uma risada sarcástica. Voltei a andar, deixando Rindou para trás. Bem, que se foda. Eu já tinha lidado com um babaca hoje, lidar com outro? Não estava com muita paciência para isso no momento, sinceramente.
Mas é claro que não seria tão simples assim me livrar desse delinquente que facilmente foderia minha vida. Rindou segurou meu pulso, me impedindo de continuar, e eu me virei para encarar os olhos roxos dele. Ele parecia bem perto de me falar alguma de suas merdas habituais mas, então, suspirou.
-Vem comigo.
Não sei dizer se foi pedido ou ordem, mas também não me importei conforme deixava que Rindou me levasse dali.
-Você me trouxe para seu quarto, sério?- eu disse piscando os olhos e torcendo o nariz. Rindou me olhou como se eu fosse idiota enquanto eu analisava o lugar. Fiz uma careta. -Não parece o quarto de um delinquente.
-Você esperava o que, que eu dormisse em uma masmorra?- ele zombou com um sorriso cruel. Mostrei o dedo do meio para ele, caminhando até a cama e me sentando na beirada. Rindou veio até mim, parando na minha frente e me analisando. -Então, aquele é seu noivo.
Não pensei muito antes de erguer meu pé e enfiar a sola do meu tênis no estômago dele. Rindou me olhou perplexo, agarrando meu tornozelo e me puxando para perto dele, me fazendo soltar um grito surpreso.
-Não pode dizer uma merda dessas e esperar que eu não te chute.- eu resmunguei com irritação, sentindo meu corpo estremecer quando ele levou as mãos até minhas coxas. -Ele não é meu noivo porra nenhuma, mas meus pais estão doidos para me casar com ele.
-Então é esse tipo de coisa que a garota riquinha mimada sofre, então? Casamento arranjado?- ele zombou. Senti raiva, raiva verdadeira, e me afastei de Rindou, dando um soco no peito dele.
-Você não faz a menor ideia dos problemas que eu tenho, então cala essa sua boca. - eu disse irritada, fazendo ele piscar surpreso com meu tom. Eu me levantei. Apenas para que ele me empurrasse de volta na cama.
-Você tem razão. - ele disse, me fazendo piscar os olhos, chocada. Rindou se inclinou sobre mim, um sorriso malicioso nos lábios. -Eu não sei o que você passou ou passa. - Rindou deslizou as mãos para dentro da minha camiseta, começando a acariciar minha pele, e eu já nem sabia mais dizer se estava respirando ou não. -Mas sei que posso te fazer esquecer.
-Você é arrogante pra um caralho.- eu murmurei e ele riu. -Se queria tanto transar, deveria ter arrumado uma puta. Não sou uma puta.
-Nunca disse que você é.- ele cantarolou, puxando minha camiseta e a tirando. Rindou deu uma risada maliciosa quando notou que eu estava sem sutiã, seus olhos cravados nos meus peitos. Revirei os olhos e empurrei o ombro dele. -Se eu achasse que você é uma puta.- ele começou, descendo os beijos até meu peito, me fazendo prender a respiração. -Eu não teria te trazido até meu quarto, não é?
Tudo bem, isso até podia fazer sentido. Mas também parei de pensar em qualquer coisa quando senti a língua dele deslizando pela minha pele. Porra...
Tinha uma grande chance daquilo dar merda. Não; aquilo certamente ia dar uma merda do caralho, mas quer saber? Foda se. Um grande foda se.
Envolvi as pernas ao redor da cintura de Rindou, o puxando para perto de mim, agarrando com força o cabelo loiro dele, incapaz de conter um gemido quando a língua dele acariciou minha pele. Podia sentir o sorrisinho malicioso de Rindou quando ele se esfregou contra mim. Eu o apertei com força, descendo a mão até a camiseta dele e a tirando com rapidez, o fazendo rir com malícia.
-Que impaciência.- ele disse se afastando de mim para me olhar. Eu bufei com irritação e estava bem perto de mandar ele ir a merda quando Rindou colocou a mão dentro da minha calcinha, me fazendo arfar. Que filho da puta...
Tudo bem, percebi que ele estava falando sério mesmo quando disse que ia me fazer gemer o nome dele. Ele parecia bem empenhado nisso enquanto seus dedos deslizavam para dentro de mim. Porra, ele podia ser um babaca de merda, mas pelo menos Rindou sabia como tocar uma mulher.
Puxei Rindou para mais perto de mim, grudando minha boca na dele, o que o fez dar uma risada maliciosa antes de lentamente puxar minha calça pra baixo. Desgraçado filha da puta, onde eu tava me metendo?
Rindou se afastou de mim subitamente, me deixando até meio sem fôlego. Pisquei os olhos meio tonta, preparada para me levantar e perguntar que porra ele tava fazendo quando o senti deslizar pra dentro de mim. Ah, sim, eu certamente não consegui conter o gemido que escapou da minha boca.
E a medida que ele se movimentava, me dando um prazer que nunca tinha sentido antes, tive bastante certeza que estava bem, bem fodida. E que ele terminaria de foder meu psicológico já muito fodido.
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