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Capítulo 7


Largado na cama e adormecido depois do prazer que lhe foi fornecido de muito bom grado, Jimin sequer tinha noção que era observado.

Taehyung vestiu sua camisa, e colocou seu boné, sem tirar os olhos de Jimin. Se aproximou da cama e beijou sua testa.

— Falo com você depois. Descanse bem. — cobriu Jimin e saiu.

— O que houve, onde está Jimin? — Adam perguntou assim que Taehyung apareceu na sala.

— Você deveria arrumar uma namorada, assim para de cuidar da vida dos outros. — abriu a porta e saiu, sem dar mais atenção ao intercambista.

Taehyung cruzou a entrada da faculdade com um humor contido. No dia anterior Jimin não foi à aula. Taehyung pensou em procurá-lo antes de ir para casa, mas deixou que ele aproveitasse o tempo sozinho que ainda lhe restava, pois, depois que marcasse o encontro, e ele se desse conta de seus verdadeiros sentimentos, seria difícil se manterem afastados.

Ele estava ansioso para ver Jimin e perguntar quando ele estaria disponível para o encontro, mas tinha que se controlar. Não era novidade para ele o que sentia por Jimin, mas saber que agora teria uma chance de falar sobre seu amor por ele, o deixava ansioso demais.

Taehyung percebeu uma movimentação estranha entre os alunos da faculdade. Quando ele passava, eles o encaravam sem dizer nada. Quando estava longe, cochichavam alguma coisa, sem tirar os olhos dele.

Pensou consigo que poderia ser algo relacionado ao que aconteceu entre ele e Jimin. Mas quem poderia ter dito alguma coisa se Jimin não havia ido à aula no dia anterior?

Taemin, claro!

Por um momento ele soube exatamente como Jimin se sentia ao ser motivo de olhares tortos e bochicho. Não que ele se importasse em ser esse tipo de alvo, mas era desconfortável essa atenção toda. Para qualquer lado que olhasse, tinha alguém com um olhar recriminador sobre ele. Decidiu não dar ibope para quem quer que fosse. Continuou andando e encontrou seus colegas no corredor dos armário.

— Songtae, Junhyun...! — cumprimentou os colegas. Eles encararam o Kim e compartilharam um olhar cúmplice. Taehyung tinha certeza que eles já tinham ouvido alguma coisa também, mas se fez de desentendido. — O que foi?

Songtae olhou por um lado do corredor e Junhyun pelo outro. Em ação conjunta, Songtae pegou Taehyung por um braço, o arrastando. Junhyun, por trás, o empurrava pelas costas.

— O que está acontecendo? — entraram com Taehyung em uma sala, ainda vazia e Junhyun fechou a porta.

— É verdade o que estão dizendo? — questionou Songtae.

— Claro que não é verdade. Taehyung não é assim, Songtae. — Taehyung deu um suspiro entendiado.

— Taehyung, o que aconteceu entre você e o Jimin?

— Não é verdade o que estão dizendo, certo? Diga a ele Taehyung! — o Kim sentou parcialmente na mesa atrás de si e cruzou os braços.

— É verdade, sim! — foi sincero. — Há dois dias, Jimin e eu...

— Eu não acredito que você foi capaz de algo assim! — Junhyun exclamou histérico.

— Não é a coisa mais absurda desse mundo, gente.

— Com tantas garotas gostosas sempre te dando mole, como pôde...e com um cara? Ou melhor, com aquele viadinho nojento?

— Ei, veja como fala, Songtae. — Taehyung ficou de pé, na defensiva. Se fosse preciso, ele calaria o amigo com as próprias mãos.

— A faculdade toda está sabendo. Só falam disso pelos corredores e em qualquer lugar fora daqui. — acrescentou Junhyun.

— Sinceramente, eu não me importo. E, em breve, sei que o Jimin também não se importará.

— E quando o seu pai ficar sabendo?

— Ele terá que aceitar. Não vou mais me curvar para ele. Nunca mais. — caminhou até a porta e segurou a maçaneta.

— O nome da sua família vai para a lama, sabe disso, não é?  E isso será o menor dos seus problemas. — Junhyun parecia mais preocupado do que o próprio Kim.

— Vai ser um escândalo quando isso sair na mídia. Imagina só, o filho de um dos maiores advogados civil do país, acusado de estrupo. — informou Songtae.

— Seu pai vai te matar, antes mesmo de você ser preso.

— O quê? — atônito, Taehyung arregalou os olhos e praticamente pulou em cima de Songtae, agarrando-lhe os ombros com força. — De que merda você tá falando?

— Dos boatos que todo mundo tá comentando, e que você acabou de confirmar.

— Sinto muito Taehyung, mas não podemos ser vistos com você depois disso. Eu custei a acreditar que era verdade, mas...

— Eu não estuprei ninguém! — quase gritou. Os dois amigos ficaram calados, esperando que ele acrescentasse mais alguma coisa. Mas Taehyung não conseguiu dizer nada, estava atordoado.

— Se você não...fez o que dizem por aí, do que exatamente você estava falando?

Taehyung soltou Songtae e passou as mãos pelos cabelos, imerso em muitas dúvidas. Como aquele boato havia se espalhado? De onde tiraram um absurdo como aquele? Jimin não faria tal coisa, mesmo que a relação deles sempre tenha sido conturbada.

— De quem ouviram isso? — os dois trocaram olhares confusos.

— Bom, todo mundo só fala nisso hoje. E pelo que eu soube, o boato começou a se espalhar desde ontem...

— Songtae! — impaciente, Taehyung queria saber a origem de toda aquela mentira, para saber as medidas que deveria tomar.

— A Heejin disse que o Adam comentou com...

Taehyung abriu a porta com violência e saiu a passos rápidos pelo corredor. Songtae e Junhyun foram atrás dele.

Chegando ao pátio, bufando mais pela raiva do que pelo esforço que fez para chegar ali, ele vasculhou o local, à procura de Adam. Assim que o encontrou, Taehyung passava pelos outros estudantes sem se preocupar em pedir licença para passar,  ou se derrubou alguém pela frente.

A poucos metros de alcançar o desgraçado, Jimin apareceu diante do outro. Com um sorriso animado no rosto, Adam o cumprimentou. Mas Taehyung não se conteve, afastou Jimin e agarrou Adam pelo colarinho.

— Seu maldito filho da puta! — o puxou mais, amarrotando a camisa do estrangeiro. — Que mentiras você andou espalhando sobre mim?

— Taehyung, o que está fazendo? — Jimin tentou intervir, mas Taehyung estava visivelmente fora de controle. — Solta ele!

— Seu bastardo! Diga a ele a porra da mentira que você andou espalhando! — acuado, Adam tentou se livrar da fúria do Kim, temendo por sua integridade.

— De que merda você está falando? — quase aos berros, Jimin tentava afastar Taehyung de Adam.

— Me solta, seu estuprador de merda! — se debateu o estrangeiro.

Os olhos de Jimin dobraram de tamanho quando ouviu o termo que Adam usou ao se referir a Taehyung. Incrédulo, Jimin se afastou do Kim, temendo aquela acusação.

— Eu vou arrebentar a sua cara, seu desgraçado! — Taehyung tentou avançar em Adam de novo, mas seus amigos o seguraram pelos braços. Jimin puxou Adam, colocando-o atrás de si. — Você ouviu o que ele disse? Do que me acusou? — o Kim estava em fúria.

— Você pode me ameaçar o quanto quiser, mas irei convencê-lo a denunciar você! — foi quando Jimin soube que Adam sabia de alguma coisa que ele não estava sabendo.

— Do que está falando, Adam? Do que você sabe?

Jimin sabia que Taehyung não era confiável, mas ser acusado de estupro, ia além do que ele imagina que o outro seria capaz de cometer.

— Tudo bem, Jimin, sei que como vítima, você prefere que as coisas fiquem escondidas. Mas eu, assim como todos que já sabem o que ele fez, estamos ao seu lado e te daremos todo o apoio que precisar. —jimin começou a ficar nervoso. De que diabos Adam estava falando?

— Adam... — se virou para o amigo, assim que viu Taehyung se acalmar um pouco e reagir apenas com indignação ao que estava sendo dito. — Me explica, de uma vez por todas, o que está acontecendo. Do que é que você está falando?

— Jimin, eu sei o que ele fez com você naquela noite que esteve em nosso apartamento. — Jimin empalideceu. — E você não precisa ter vergonha, como vítima, você não tem culpa do que ele fez. Nada daria a ele o direito de abusar de você.

— Meu Deus, Adam...do que é que você sabe? — Jimin encarou os olhos do colega de quarto e murmurou a pergunta com uma vergonha explícita.

— Eu te vi quando ele foi embora. Não sei se ele te agrediu ou se, de alguma forma, te drogou. Mas você estava desacordado e... — Adam olhou em volta, se certificando de falar sobre o assunto apenas para quem estava bem próximo. Não queria que Jimin se sentisse humilhado. — Nu. Completamente apagado. E o jeito como ele saiu de lá, sem falar nada, ou sem se preocupar contigo, era evidente que é culpado.

Um imenso buraco se abriu no estômago de Jimin.

Puta merda!

Ele não queria que ninguém soubesse de seu envolvimento com Taehyung. Deixaria o episódio de lado e agiria como se não fosse nada — coisa que ele insistia em dizer para si mesmo que não era. Mas não tinha ideia de que o acontecido fosse chegar aos ouvidos de todo mundo com uma proporção dessa.

Jimin poderia negar até o fim da vida que aquele envolvimento aconteceu, e zombar de Taehyung sempre que possível, em seus confrontos cotidianos. Porém, a repercussão que isso tomou, não tinha como varrer a história para debaixo do tapete. Por mais que não suportasse a presença do Kim, aquilo era grave demais para se abster em dar um esclarecimento.

— Seu cretino desgraçado! — Taehyung avançou outra vez. Adam recuou, mas Jimin se manteve no lugar.

Jimin se virou para Taehyung e encarou longamente seus olhos. Ele não disse nada, mas sua reação conteve o descontrole do Kim. Voltando para Adam, Jimin disse simples:

— Adam, o que você está dizendo por aí é mentira. — foi firme.

— Eu sei que sua primeira reação seria negar o que esse crápula fez. Mas você não precisa ter medo, Jimin. Precisa fazer o que é certo, para evitar que ele faça novas vítimas.

— Adam...

— Você é retardado ou surdo? Não ouviu ele dizer que essa história maluca que você está espalhando é mentira? Como é que você simplesmente deduz algo assim e sai espalhando por todo o campus?

— Taehyung, por favor. — Jimin virou apenas o rosto de lado, advertindo o Kim de esguelha.

— Então como você explica o que aconteceu lá, hm?

Jimin estava sendo ignorado pelos dois. O interesse deles era trocar acusações, não resolver o problema. Aquilo enfureceu Jimin.

— Mais que porra! — gritou impaciente. — Adam, seu imbecil, nada do que você está espalhando é verdade. Taehyung não me estuprou! — um silêncio mórbido atingiu todo o pátio. O rubor dominou a face e pescoço de Jimin.

Adam o fitou confuso.

Desde que conheceu Jimin, Taehyung era um inimigo declarado dele. E não foi surpresa o jeito como o Kim invadiu sua casa naquela noite. Como adentrou o quarto de Jimin e enxotou Taemin. Adam ficou preocupado ao saber que seu amigo estava trancafiado no quarto com seu inimigo tão evidente. Pensou em chamar a polícia, mas havia silêncio dentro do cômodo, então ficou em dúvida.

Quando Jimin lhe disse que estava tudo bem, ele não ficou aliviado. Ainda temia que algo ruim acontecesse. Mas o silêncio perdurou por alguns instantes. Depois, a conversa baixa acalmou mais seu coração desenfreado.

Contudo, quando Taehyung saiu e Adam viu Jimin largado na cama, completamente apagado, se amaldiçoou por não ter ligado para a polícia quando teve a chance.

Ele correu até o Park, queria conferir que ele ainda estava vivo. Mas Jimin apenas resmungou e virou para o outro lado. Dormiu a noite toda. Coisa que Adam não conseguiu fazer.

Pela manhã, Jimin foi evasivo com as perguntas do colega. Respondeu somente com sim ou não. Estava evidentemente envergonhado. Então, Adam presumiu que o que houve naquele quarto o deixava desconfortável.

Jimin fugiu de Adam o dia todo. Não respondia mais suas perguntas e as poucas interações eram vagas ou evasivas.

Foi então que Adam concluiu que Taehyung tinha agredido Jimin do pior jeito que ele poderia ter feito: tomando-o contra sua vontade. Sendo assim, ele fez um comentário com alguns colegas de curso. Outros chegaram até ele lhe cobrando uma afirmativa. E com Jimin ainda se recusando a falar sobre, ele bateu o martelo em relação às próprias conclusões.

— Então me diga o que realmente aconteceu naquele quarto, Jimin. — ele mordeu o interior da bochecha depois de engolir em seco, e permaneceu calado.

— Nós tivemos...um lance. — Taehyung disse simples.

Os olhos de Jimin e Adam fixaram em Taehyung e ele deu de ombros.

— O que isso quer dizer? — indagou Adam.

Jimin não conseguia esconder a vergonha em admitir que esteve com Taehyung por vontade própria. Era vergonhoso demais assumir que, depois de tudo o que já tinha passado com ele, se rendeu a algumas carícias.

Ainda assim, era melhor passar por tal vergonha, do que perpetuar uma mentira que destruiria a vida do outro. Independente da relação dos dois, Jimin não era esse tipo de pessoa.

Ao olhar em volta, todo mundo cochichava alguma coisa com quem estivesse ao lado. Os olhares perfuraram Jimin de um jeito profundo. Ele não poderia estar mais arrependido do que permitiu que acontecesse entre eles, do que naquele momento.

— Isso quer dizer que...

— Calem a boca! — bradou Jimin, com os olhos ardendo e o rosto queimando em brasa.

Ninguém parecia encarar Taehyung com o mesmo olhar julgador como para Jimin. Quão repugnante ele era por ter se permitido tal envolvimento? Por que caralho as pessoas não tomavam conta da própria vida e o deixavam em paz? Por que ele, que foi vítima de todo o preconceito do outro, recebia julgamento enquanto Taehyung, que deveria ter vergonha de tudo o que fez, não recebia o mesmo tratamento?

Jimin caminhou às pressas para longe de tudo aquilo. Detestava fazer aquela cena, mas não ficaria e serviria de prato cheio para mais falatório e olhares tortos.

Taehyung correu até ele e tentou detê-lo, mas Jimin gritou para que o deixasse em paz. Ele não insistiu e deixou Jimin ir.

No decorrer do dia, Taehyung começou a sentir os efeitos que Jimin sentiu de pronto no pátio pela manhã. Seus amigos preferiram se manter distantes. Quando ele passava, sentia os olhares fixos. E ninguém cochichava ou comentava na frente dele, mas sentia que quando virava as costas, as línguas eram afiadas.

Entretanto, os olhares, burburinhos e julgamentos, não eram por ele provavelmente ser gay, e sim por ter cuspido para o alto tantas vezes, e acabar se revelando um "apreciador" de tudo o que julgava tão abertamente.

Ele sempre se achou superior a Jimin por ser normal, e no final das contas, não passava de uma bichinha incubada.

Algumas das garotas com quem Taehyung já havia se envolvido, passava por ele e lhe dirigia um olhar de nojo evidente. Ele tentou conversar com algumas das pessoas que mais tinha contato, mas ninguém queria se aproximar dele. Não depois do que foi revelado naquela manhã.

Ninguém, de fato, o condenava por possivelmente ser bissexual. Elas o julgavam por suas ações. E não estavam errados. Ele nunca pegou leve com Jimin. Sempre o confrontou com os piores xingamentos, e agora, se rendia  aos calores dos braços do viadinho de merda.

Taehyung não se importava mais com nada disso. Queria ser livre e viver do jeito que sempre sonhou: cursando medicina e saindo com rapazes. Bom, rapazes não, Jimin, na verdade.

Ele nunca se sentiu atraído por outro homem na vida. Mas Jimin era diferente.  Ele tinha ciência de que não era pelo fato dele ser homem, e sim pela pessoa que Jimin era. E agora, ele não abriria mão do Park por nada. Não importava o que dissessem. Ou até o que seu pai pensasse sobre.

Sabia que estava errado em tratar Jimin como tratou, e faria tudo o que estivesse ao seu alcance para se redimir.

Taehyung não viu Jimin durante todo o período de aula. Não sabia se ele tinha ido embora ou se estava evitando todo mundo. Ele tinha certeza que Jimin não queria contato consigo, mas ele precisava vê-lo, falar com ele. Assegurar-se de que ele estava bem.

No final das aulas daquele dia, ele viu Jimin no corredor dos armários, com uma carranca enorme, mas nunca de cabeça baixa. Ele encostou no início do corredor e admirou seu querido Park. Era inegável que ele conseguia manter um controle sobre a própria postura. Isso deixava Taehyung orgulhoso.

Todas as vezes que eles se encontravam e trocavam os elogios mais profundos, Taehyung passava horas lembrando como Jimin não se deixava abater por uma única vírgula que ele usava em suas frases encantadoras. Contudo, ele não tinha ideia de quantas vezes Jimin se magoou com elas. Pelo menos no início.

Ele avançou pelo corredor, determinado a conseguir algumas palavras com o Park. Ninguém o impediria de ter aquela conversa, nem mesmo o próprio Jimin.

Os olhares se moviam conforme os passos de Taehyung. Ele sabia que estava chamando atenção, e que todos queriam ver uma interação entre os personagens principais de uma história longa e cheia de controvérsias, segundo os últimos boatos. Ainda assim, ele não estava preocupado com os outros ou suas opiniões.

— Jimin? — parou às costas dele. Jimin se virou devagar. Os olhos surpresos e irritados. Não, ele não queria ver Taehyung. — Preciso falar com você. — ao redor, um silêncio desconfortável.

— E quem disse que eu me importo com o que você precisa? — sua reação já era esperada. Então Taehyung se aproximou do ouvido dele e murmurou:

— Ou você vem numa boa, ou te carrego comigo.

— Você não ousaria fazer isso.

— Eu ter vindo falar com você na frente de todos não é prova suficiente que eu faria muito mais do que você pensa?

O Kim se afastou e ambos se encararam por alguns instantes. Nenhum dos dois acrescentou mais nada. Taehyung se virou e partiu. Jimin o observou ainda mais irritado.

Maldito desgraçado! Não se cansa de foder com a minha vida.

Jimin chegou ao local do encontro anterior — em baixo da arquibancada — já que não tinha dito nada sobre onde deveriam se ver. E, obviamente, ele não iria até seu apartamento. Não depois do que Adam articulou.

— Eu sabia que você viria.

— Não entendo porque estava tão confiante. — Jimin se aproximou um pouco e jogou a mochila no chão, impaciente. — Eu poderia não ter vindo e te mandado para o inferno.

— Mas aqui está você. — caminhou até ele os poucos passos que faltavam. — Eu mal podia esperar para te ver outra vez.

Taehyung o agarrou e beijou os lábios dele. Jimin resistiu.

— O que está fazendo? — espalmou as mãos em seu peito.

— Matando a saudade! — beijou o pescoço dele.

— Qual é o seu problema? — se afastou rápido, indo para o outro lado. — Depois de tudo o que aconteceu você ainda age desse jeito?

— Agora todo mundo já sabe que temos um lance, não precisamos mais esconder de ninguém. Mas sei que você é reservado, por isso preferi te ver aqui.

— Você realmente enlouqueceu! — incrédulo, Jimin bufou de raiva. — Você tem ideia do quanto ferrou minha vida aparecendo daquele jeito na minha casa, porra? — impaciente, Jimin vagou de um lado para o outro, evitando olhar para o Kim e acabar degolando o desgraçado. — Tem noção de tudo o que me fez perder? Minha reputação era intacta, agora o que vão pensar de mim, me envolvendo com meu próprio inimigo?

— Reputação? Inimigo? — Taehyung cruzou os braços, repetindo as palavras como se fossem meras bobagens.

— Sim, eu tinha uma reputação. Na verdade, a única coisa que tinha por aqui era isso. As pessoas me respeitavam, não ousavam encarar meus olhos por mais de meio segundo, elas me temiam de alguma forma.

— Elas não te respeitavam, sempre falavam mal de você pelas costas.

— Exato! Pelas minhas costas, não na minha cara, pois não tinham coragem para isso. Agora, fui reduzido a um relés inseto que sua presença incomoda.

— Por que você fala como se a culpa fosse toda minha? — Jimin se calou e engoliu em seco. — Eu não te obriguei a nada, como você mesmo deixou claro. Não fiz nada contra sua vontade.

— Se maldito desgraçado! — rápido, Jimin foi até ele e o empurrou. Ele queria mesmo era socar a cara de Taehyung com toda a sua força, mas não sabia porque se contia tanto.

Taehyung o segurou pelos braços, deu um giro rápido e o colocou contra a parede, prendendo seus pulsos ao lado da cabeça.

— Eu não sei porque tenho a impressão que você não está realmente preocupado com isso. Acho que está é com medo.

— Medo? — desdenhou, forçando os braços na tentativa de se soltar. — Meu Deus, com que maluco eu fui cruzar mesa vida.

— Não sou maluco, nem nada do tipo. Park Jimin é conhecido por não se importar com o que os outros pensam, se o condenam ou o bajulam.

— Você não me conhece!

— Conheço mais do que qualquer outra pessoa nesse campus. O verdadeiro Jimin prefere uma tarde de conversas bobas e pipoca quentinha, no lugar de uma roda de risos falso e comentários frívolos. Opta por qualquer passeio arborizado ou no campo, do que ser destaque no corredor da faculdade ou do shopping. — com os olhos vidrados nos de Taehyung, Jimin se calou e parou de resistir. — O Jimin de verdade trocaria toda essa atenção desnecessária que recebe, por apenas um amigo verdadeiro. Alguém com quem ele possa contar e desabafar em momentos mais vulneráveis. O Park Jimin que eu conheço adoraria passar um dia inteiro admirando uma paisagem silvestre, do que ser admirado por qualquer rapaz que não entenda o quanto isso significa para ele.

Taehyung soltou os braços dele. Jimin não tinha capacidade para rebater as afirmativas do outro. Sua voz sumiu, sua garganta secou e seus olhos marejaram. Havia muito, muito tempo que alguém não demonstrava o quanto o conhecia de verdade.

Ele precisou montar um personagem há muito tempo. Era necessário esconder seus medos, desejos e anseios. Sempre que mostrava um pouco mais de si, Jimin sentia o baque de ser traído, menosprezado ou ignorado.

Com o tempo ele aprendeu que fazia parte da vida enfrentar vez ou outra essas três coisas. Contudo, ele não entregaria mais seu coração para qualquer pessoa. Fosse numa tentativa de relacionamento amoroso ou amizade.

Porém, Taehyung ainda se lembrava de tudo o que ele era, amava e desejava encontrar em uma pessoa que o aceitaria e permaneceria ao seu lado até o fim de seus dias.

Mas essas lembranças não mudaria nada entre eles. Eles não são iguais, não têm os mesmos objetivos e não passam de meros rivais.

— Aquele Jimin não existe mais. Então não se iluda pensando que me conhece.

— É o que veremos. — disse baixo, se afastando um pouco. — Eu ainda tenho a chance de te provar que, mesmo que você tenha se esquecido como é ser você mesmo, sua essência ainda está aí dentro. — apontou para o peito dele. — Apenas me diga quando estará livre e eu farei todo o resto.

— Do que está falando?

— Do nosso encontro. — Jimin franziu as sobrancelhas. — Temos um acordo, e eu não pretendo desistir dele.

— Você só pode estar pirando se acha mesmo que vou sair contigo.

— Quer que eu detalhe o acordo que fizemos e como você, dignamente, fracassou?

— Isso foi antes...

— Antes de quê?

— De toda essa merda acontecer! — Jimin foi até sua mochila e a apanhou do chão.

— O que aconteceu não muda nada.

— Pelo contrário, muda tudo. — colocou a mochila no ombro e encarou Taehyung. — Eu não quero ser visto contigo sob hipótese alguma.

— Tenho planos que não envolve ninguém que conhecemos ou algum lugar nas proximidades.

— Sinto muito por você, mas não vai rolar. — se virou para a saída.

— Jimin! — Taehyung o alcançou, impedindo sua saída. — Você não pode fazer isso. Foi um acordo justo.

— Tem algum documento que comprove que eu aceitei alguma coisa, Sr Futuro Advogado? — ficou mudo. — Foi o que eu pensei. Agora se me der licença...

— Jimin, por favor, preciso de uma única chance. Apenas isso. — implorou. — Eu disse a você, se esse encontro for menos que bom, nunca mais o procuraria outra vez.

— Não estou interessado. E estou cansado, quero ir para casa. — desviou dele e foi embora.

Taehyung ficou preocupado. E angustiado. Ele precisava desse encontro. Precisava revelar a Jimin seus sentimentos, suas frustrações e como acabaram se tornando tão opostos com o tempo.

Seu coração apertou, e ele estava a ponto de ceder às lágrimas. Porém, agora que estava determinado a tomar as rédeas da própria vida, não seria uma primeira recusa que o afastaria de seu maior objetivo. Nem que fosse preciso vencê-lo pelo cansaço.

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