Capítulo 6
Galerinha, demorou, mas chegou atualização!
Esse capítulo é mais longo, mas garanto que vai valer muito a pena. Hehehe!
Boa leitura!
Jimin sabia muito bem o que Taehyung pensava dele. Entre acha-lo fresco, afeminado, promíscuo entre outras "qualidades" memoráveis, a única que ele sabia que Taehyung não lhe atribuía, era a de tolo.
Espalmou as mãos no peito do Kim e o afastou, o encarando com desdém.
— Você não acha que eu sou idiota de acreditar nisso, não é? — o Kim franziu as sobrancelhas, confuso. — Tenho certeza que até o reitor da faculdade conhece de cor a lista de garotas com quem você já saiu. Então, jogar essa conversa de primeira vez pra cima de mim não vai colar. — ele riu. — Acha isso engraçado?
— Qualquer coisa que fizermos aqui será minha primeira vez, Jimin. Nunca estive com um homem antes. — Jimin ficou mudo. O cretino era ardiloso com as palavras. Também, cursando advocacia, ele tinha que ter lábia para lidar com as pessoas. O Kim se aproximou de seu ouvido e murmurou: — Você é o único homem com quem tenho fantasias loucas e uma vontade enorme de foder. — a sorte de Jimin era que ele não estava olhando em seu rosto, pois sabia que estava vermelho como um tomate. — Me diz, vai me deixar provar um pouquinho do que você tem, não vai? — a voz rouca em seu ouvido, fez Jimin soltar lentamente o ar pela boca, com os olhos fechados.
— Taehyung... — o Kim tocou os lábios abaixo de sua orelha e soprou bem devagar, fazendo os pelos de seu corpo eriçar. — Espera.
— Sabe qual meu maior desejo? — desceu uma mão pelo corpo dele, subindo devagar por sua coxa e pousando-a sobre seu membro. — Tudo o que eu mais quero é te chupar.
Jimin voltou a si e escorregou por entre os braços dele, se afastando.
— Que porra você está fazendo? — arrumou as próprias roupas e passou as mãos pelos cabelos, tentando mantê-los no lugar. — Está ficando louco, por acaso? Primeiro aquela conversa de que não se importa com o que vão pensar de você. Chega aqui e diz que precisa se livrar de um pouco da dor do luto. Agora me vem com isso? Perdeu o juízo? É assim que gente como você supera uma perda? — desabafou incrédulo.
— Primeiro: eu realmente não me importo mais com o que pensam de mim. — cruzou os braços e encostou-se na viga. — Segundo: eu nunca disse que a minha dor era pelo luto. — Jimin estranhou. — Sim, dói muito ver você saindo com todos aqueles caras e não comigo. — o queixo de Jimin quase caiu. — Terceiro: sou mesmo louco pra te chupar, não tenha dúvida. — Jimin desviou o olhar. Não sabia onde enfiar a cara com aquela revelação. — E por último, não tenho ideia de como as pessoas como eu lidam com uma perda. — voltou a se aproximar de Jimin e passou a mãos por sua cintura. — Agora podemos continuar de onde paramos? — beijou o pescoço dele quando ele desviou.
— Cara, você não vai fazer esse jogo comigo. — se afastou novamente.
— Cara?
— É, cara! — exclamou. — Desde que nos reencontramos, você me trata super mal. É sempre rude, grosseiro e faz uso constante de termos pejorativos para me "definir". É um maldito homofóbico do caralho, e agora quer que eu acredite que... — ele não ousou repetir as palavras. — nessa merda toda?
— O que você quer que eu faça? Que peça desculpas?
— Isso seria o mínimo! Mas não o suficiente.
— Tudo bem, me desculpe. O que mais quer que eu faça? Que me ajoelhe? Que diga perante aos outros estudantes que me arrependo de como tenho te tratado? Que diga que sou louco para sair contigo e que a maioria das vezes que te tratei mal foi por sentir ciúmes de como se comporta com os outros rapazes? É isso que quer que eu faça? — Jimin riu, ainda desacreditado.
— Você é um idiota.
— Eu sei disso.
Com olhares fixos, nenhum dos dois disse mais nada.
Taehyung sabia que não seria de uma hora para outra que Jimin aceitaria seu pedido de desculpas, que esqueceria tudo o que ele disse ou fez, mas tinha que começar de alguma forma. Só não poderia mais viver escondendo seus sentimentos. Principalmente de si mesmo.
— Seja lá que merda está acontecendo com você, me deixe fora disso. — Jimin pegou sua mochila e colocou no ombro.
— Espera, Jimin, tem algo que eu preciso te falar. — pegou o braço dele, mas Jimin puxou rápido.
— Eu não quero saber o que pensa, o que acha que deve fazer ou o que imagina que preciso ouvir. Eu quero que fique longe de mim.
— Jimin...?
— Não, Taehyung. Nossa conversa acaba aqui. E eu não quero mais falar sobre isso ou qualquer outra coisa com você. E se me vir pelos corredores, finja que não me conhece. Me deixe em paz, ou eu vou foder com você, e não vai ser de um jeito bom. — finalizou e foi embora.
— Merda!
Taehyung sabia que precisaria ser mais incisivo se quisesse ser ouvido e compreendido.
Não que ele achasse que o que tinha para dizer anularia todo o resto, mas precisava tentar chegar a um acerto com Jimin, ou se arrependeria para o resto da vida por não ter tentado.
Duas batidas na porta fizeram Adam suspirar entendiado. Teria que deixar o jogo para atender, pois Jimin estava no quarto com Taemin, se arrumando para sair.
Levantou praguejando e abriu a porta.
— Taehyung? — sem esperar ser convidado, Taehyung entrou.
— Onde está o Jimin? — surpreso, Adam nem se deu ao trabalho de fechar a porta, sabia que o "convidado" sairia tão logo quanto entrou.
— O que você quer? — perguntou impaciente.
— Jimin?
— Que droga, cara, você me fez sair de um jogo online pra isso? — se jogou de volta no sofá, pegando o joystick.
— Puta que pariu! — mais impaciente do que Adam, Taehyung entrou pelo corredor, chamado pelo outro. — Jimin? — deu duas batidas em uma porta antes de abrir, mas era o banheiro. — Jimin! — bateu em outra, até ouvir um burburinho em uma que estava entreaberta.
Taehyung foi até lá, e sem pedir licença, abriu a porta e viu Jimin com Taemin diante do espelho, finalizando os cabelos.
— Taehyung!? — Jimin sequer acreditava no que, ou quem, estava vendo parado na sua porta.
— Taehyung? Tipo, aquele Taehyung? O cuzão? — Taemin perguntou, com as sobrancelhas franzidas.
— Sim, esse Taehyung. — respondeu. — Que porra você quer, Taehyung? Já disse que não tenho nada para falar com você.
Zangado, o Kim abriu mais porta e, com um gesto de cabeça, indicou que Taemin saísse. Ele olhou para Jimin, para se certificar que estava entendendo o que o Kim queria dizer com aquilo.
— Fora!
— O quê? — indagou Taemin. Sem paciência, Taehyung agarrou Taemin pelo braço e o colocou para fora.
— Eu disse para sair, porra! — bateu a porta.
— O que pensa que está fazendo?
— Você senta aí! — apontou para a cama.
— Quem você pensa que é para falar assim comigo? E onde pensa que está para tratar meu amigo assim?
— Senta! — rosnou entre dentes. Jimin sentou bem devagar, sob o olhar fulminante do Kim.
Taehyung puxou uma cadeira para perto da cama e sentou. A princípio não disse nada, esperou sua irritação passar e Jimin ficar menos tenso. Sabia que a abordagem não foi a correta, mas pedir que Jimin lhe desse uma chance para conversarem não surtiria o efeito desejado, então precisou apelar.
— Que droga, Jimin. — apoiou os braços nas coxas e suspirou. — Você parece que só me entende quando eu sou rude.
— Eu não quero entender nada que venha de você. Sequer quero a sua presença, achei que tinha deixado isso claro mais cedo.
— Jimin, está tudo bem aí? Precisa que eu chame a polícia? — a voz de Adam veio do outro lado da porta.
— Diga a ele que está tudo bem e que nos deixe conversar em paz. — sugeriu Taehyung.
— Ou eu posso gritar para ele chamar a polícia.
— Pelo amor de Deus, Jimin. Se eu quisesse te fazer algum mal, não teria medo de sentar um pouco mais perto de você, não acha?
— Medo de mim? — debochou o Park.
— Acredite, tenho mais medo do que você pode me dizer, do que o que pode fazer com essas mãos.
Jimin se lembrava que ele presenciou sua autodefesa naquele fatídico dia, e que certamente lhe daria algum trabalho, caso ele quisesse lhe infringir alguma agressão física. No final das contas, se quisesse se livrar de vez do Kim, só precisaria ouvir o que ele tem a dizer. Depois não precisaria vê-lo outra vez.
— Tudo bem, Adam. — silêncio.
— Tem certeza?
— Sim. Diga ao Taemin que eu o encontro na loja de ttaebokki em breve.
— Ok. — finalizou Adam, deixando o cômodo em um silêncio total em seguida.
Taehyung levantou e caminhou pelo quarto. Jimin se remexeu desconfortável em seu lugar, estava tenso com a presença do outro em seu espaço pessoal. Ainda assim, o acompanhava com os olhos, de um lado para outro.
Depois de pensar um pouco, Taehyung sentou-se outra vez, arrastando a cadeira para mais perto de Jimin. Suspirou longamente e olhou para ele. Precisava dizer algo, mas não sabia por onde começar. Optou pelo que parecia ser o mais fácil.
— Jimin, saia comigo. — o arquear das sobrancelhas e o revirar dos olhos dele já indicavam sua negativa. — Apenas uma vez, se você não curtir, não precisamos fazer de novo. Apenas uma chance.
— O que está tentando provar, Taehyung? Que você mudou de repente?
— Na verdade, nunca quis ser como meu pai, mas era exatamente isso que estava me tornando?
— Seu pai? O que ele tem a ver com tudo isso?
— Esqueça. História muito longa. Quero apenas uma chance, Jimin.
O Park levantou da cama e foi até a janela, pensativo. Havia muita coisa que precisava dizer, mas, do que tudo aquilo adiantaria?
— Sabe, Taehyung, o jeito como você me tratou nos últimos tempos, a forma como falava comigo e seus olhares de pura repulsa, machucavam.
— Jimin...
— Eu não terminei! — Jimin observava o movimento da rua, mas suas ideias estavam firmes. — Só porque você não me via fugindo, ou porque jamais ousei dedicar uma única lágrima às suas infâmias, não significa que não doía. Eu tive uma vida difícil, e isso me ensinou a não baixar a cabeça para ninguém. Isso pode até ter me tornado forte, mas não tenho um coração impenetrável para isso. Fui humilhado diversas vezes por ser quem sou, mas jamais dei o sabor da vitória para aqueles que ousavam zombar de mim. E, as pessoas não mudam assim. — virou-se para ele, encarando seus olhos. — Não faz sentido algum eu saber disso e aceitar sair com você. Só para depois ser jogado de volta à realidade e estarmos nos constantes confrontos outra vez? Não vou me arriscar nisso. Não importa o que diga.
— Jimin... — levantou rápido e o alcançou. — Espera um pouco, não precisa decidir isso agora. Até porque, fazendo uso desse mesmo raciocínio, você deve se lembrar que éramos amigos nos primeiros anos do colegial, você já me conhece, sabe como sou.
— Eu achava que te conhecia, mas sua verdadeira face só veio à tona depois. Eu me enganei muito a seu respeito.
— Não, minhas convicções ainda são as mesmas. Só fiz escolhas erradas e pensei que certas doutrinas faziam parte de quem eu sou. Mas não é assim.
— Do que está falando?
Taehyung soltou um longo suspiro e pegou a mão de Jimin. O Park apenas desviou o olhar, observando como o outro acarinhada seu dorso com o polegar. Puxou de volta a mão.
— Precisamos de tempo para conversar sobre tudo isso.
— Você tem esse tempo agora. — Taehyung colocou a mão no rosto dele, apreciando suas feições.
— Agora eu não consigo.
— Por que não?
— Porque a única coisa que consigo pensar é no quanto eu quero te beijar. — Jimin engoliu em seco.
— Não se atreva. — Taehyung chegou mais perto.
— Sabe uma coisa que eu prestei bastante atenção? — encarava determinado os lábios rosados do Park. — Você gosta quando eu te beijo. — Jimin bufou sarcástico.
— Andou bebendo outra vez?
— Não. Mas eu percebo como seu corpo reage quando eu te beijo. Você se entrega a mim, Jimin. — ele não pode emitir uma resposta, e Taehyung continuava a avançar. — Seu corpo treme quando meus lábios tocam sua pele. Você perde a razão quando eu te abraço e seu corpo ferve quando eu possuo sua boca. Estou errado? — arqueou uma sobrancelha.
— Nunca esteve mais errado. — sua respiração estava descompassada e seus olhos miravam a boca do Kim, tão próxima a sua.
— Sério? Então vamos fazer um acordo. — os olhos Jimin agora estavam fixos aos dele. — Eu te darei um beijo, e se você não sentir nada, eu esqueço tudo isso e deixamos para lá o encontro. — Jimin ia argumentar, mas o Kim prosseguiu: — E...ainda farei um pedido de desculpas diante de todos e nunca mais tentarei falar com você outra vez. — essa última parte certamente era mentira, Taehyung não tinha intenção alguma de desistir de ter uma conversa franca com ele. Mas Jimin não tinha como saber. — Quer acrescentar mais alguma coisa?
Jimin não tinha nada que realmente gostaria de acrescentar, mas não o deixaria pensar que tinha alguma chance dele sair vencendo.
— Vai pagar pela minha refeição pelos próximos semestres. E me apresentará ao seu primo, Jungkook. — afrontoso como era, esperava mesmo que o Kim fizesse aquela cara feia ao ouvir seus termos.
— Jungkook? — franziu as sobrancelhas.
— Ele é um gato, e parece ter uma pegada incrível.
— Ele é hétero.
— Todos eles são até me provarem. — inflamou o ego, principalmente quando viu Taehyung contorcer os lábios de raiva. Mas, Jimin não contava com o sorriso cafajeste que surgiu logo em seguida.
— Feito! — se afastou e foi até a cama dele, tirando o boné e jogando na cadeira.
— O que está fazendo? — Jimin ficou perdido ao vê-lo tirar também a camisa.
— Eu disse que seria um beijo, mas não disse que teríamos que fazê-lo vestidos. — com as mãos no quadril, Taehyung alargou o sorriso pretensioso.
— E você acha que eu vou mesmo aceitar fazer isso sem roupa? Eu não sou idiota, sei bem o que está tramando.
— Você não é obrigado a nada. — abriu o cinto e começou a desabotoar a calça.
— Está falando sério que ficará nu? — Taehyung não parou o que estava fazendo. — É só um beijo, Taehyung, não precisamos de tanto. — o olhar dele escureceu ao encarar Jimin.
— Pode até ser um beijo, mas eu quero sentir por todo o meu corpo quando o seu começar a arder de desejo. — Jimin corou. Foi então que o Kim teve a ideia de amenizar um pouco as coisas, assim seria mais fácil que tudo começasse. — Tudo bem, eu posso deixar a parte de baixo, se você concordar em tirar a sua camisa. — Jimin cobriu o peito com as braços.
No entanto, o que Jimin tanto temia? Estava na cara que o Kim perderia aquele acordo. Porém, ele teria que fingir muito bem e resistir o quanto pudesse. Ele sabia em seu íntimo que o desgraçado estava certo. Foram dias desejando aquele beijo novamente; fantasiando com seus toques e indo além de uma pegação fervorosa no banco de trás de um carro.
De um jeito ou de outro, Jimin estava sem saída. Se o beijasse e confirmasse o que ele disse, teria que aceitar uma saída com ele. Se recusasse, daria a ele a certeza de seu fraquejo por aquela boca e corpo ardentes. Sem falar que ele não sairia do seu pé de qualquer jeito. Teria que ser forte, como sempre foi, e resistir o máximo que pudesse. Assim alcançaria sua tão desejada paz. E ainda sairia no lucro, podendo comer à vontade todos os dias. O faria se arrepender de ter lhe proposto tal acordo.
Enquanto divagava, o Kim se aproximou e colocou as mãos em sua cintura, levantando sua camisa.
— Ei! — deu um passo para trás. — Eu posso fazer isso sozinho.
— Tudo bem pra mim. — se rendeu o Kim, se afastando mais, para observar Jimin tirar parte de sua roupa.
— Você vai se arrepender de ter me proposto isso. Pode ir preparando seu bolso, pois não vou pegar leve contigo. — Taehyung riu. — Não vai achar engraçado quando ver o quanto eu como.
— Não estou preocupado com isso. — um vinco se formou entre as sobrancelhas de Jimin. — A única coisa que eu sei é: não sairei perdendo de forma alguma nesse acordo.
Taehyung, como um bom estudante de direito, não fazia acordos que não visasse benefício próprio. E Jimin devia ter pensado nisso antes.
Ele sabia bem como Jimin se rendia a suas carícias, e tirar a camisa foi uma ideia preliminar muito fortuita. Dando ao Park a chance de não tê-lo totalmente despido, abriu uma brecha para que o próprio Kim tivesse mais contato com o corpo dele. Sendo assim, Jimin estava assinando sua rendição sem ter noção alguma disso. Sem falar que, sentir as mãos dele arranhando sua pele, seria um bônus muito bem vindo. Para qualquer acordo feito com ele, todos os pontos devem ser pensados de antemão, caso contrário, ele sempre viraria o jogo a seu favor. E não seria diferente nesse caso. Ele não quer mais se afastar de Jimin, e essa noite lhe garantirá isso.
— O que quer dizer com isso? — Taehyung sentou na cama e estendeu a mão para Jimin, que se aproximou devagar e a segurou.
— Em todos os casos, eu ainda ganharei um beijo seu.
— O último da sua vida. Não sei onde está a vantagem disso. — Taehyung passou suavemente o braço pela cintura dele, encostando o rosto em seu peito.
— Pode até ser, mas eu o farei ser um beijo inesquecível em sua vida. — levantou o olhar e encarou Jimin. — E o mais longo também, já que não estabelecemos um tempo para isso. — Jimin franziu as sobrancelhas e arregalou os olhos.
Rápido, Taehyung envolveu o outro braço no corpo dele e o virou depressa, jogando-o sobre a cama e sobrepondo-o com o seu.
— Taehyung! — deu um gritinho assustado.
— Ah, Jimin... você pode se achar esperto como for, mas para mim não passa de pura inocência. E eu adoro isso.
— Eu...
Taehyung finalmente partiu para o ataque. Com a mão no rosto de Jimin, deslizou-a suavemente até a nuca, enquanto sua boca executava o acordo sem a mesma leveza da mão que subia pela lateral do corpo dele. Não importava o quanto ele teria de Jimin, teria que ser o suficiente para saciar sua necessidade de consumi-lo. Pelo menos por hora.
Sua língua se movia dentro da boca de Jimin e suas pernas separavam as dele, afim de se encaixar nele. Taehyung não tinha grandes ambições de obtê-lo por inteiro naquela noite, mas o deixaria desejando mais momentos assim consigo, de um jeito ou de outro.
Jimin sentia o juízo se esvair de seu corpo e um fogo enlouquecedor tomava seu lugar. Ainda sutil, mas ele sabia que não demoraria muito para gemer o nome do outro. Taehyung era especialista em deixá-lo afoito e necessitado, e já se arrependia de ter aceitado esse acordo. Porém, será que as coisas ainda seriam ruins entre os dois depois que cedesse? Com o juízo indo para a puta que pariu, Jimin já estava cogitando a ideia de as coisas serem realmente diferentes entre os dois.
O arrepio que espalhou pelo corpo do Park deixou sua pele ainda mais atraente para o Kim. E deixou seus mamilos duros também. Taehyung mordeu levemente o lábio de Jimin, dando um riso nasalado. Ele soltou o lábio de Jimin e olhou em seus olhos.
— Acho que já posso planejar nosso encontro. — ofegante, Jimin devolveu:
— Você disse que seria só um beijo, não que tocaria desse jeito.
— Acho que depois de hoje, você vai aprender a colocar bem seus termos em um acordo, não é mesmo? — passou a língua entre os lábios alheios.
— Você joga baixo para quem pretende ser um advogado. A prioridade não é seguir as regras?
— A prioridade de um advogado é defender seu cliente. E nesse caso, meus próprios interesses.
— Chega, eu não quero mais fazer isso. Você é covarde demais para fazer um jogo limpo e justo.
— Tudo bem, podemos tentar de novo. Nos seus termos. — Jimin o encarou desconfiado.
— Nada de mãos. — Taehyung apoiou os braços ao lado dos ombros de Jimin. — Apenas a sua boca pode tocar em mim. — erguendo o corpo, o Kim equilibrou o peso sobre os joelhos, se afastando de Jimin. Ele sorriu divertido. Independente do que Jimin decretasse, o importante era ele não se dar conta que poderia acabar com tudo a qualquer momento.
— Não estou te tocando agora, ainda assim, não acho que isso te ajude de alguma forma. — foi a vez de Jimin sorrir.
— Vamos ver.
Jimin passou a língua entre os lábios, esperando pela ação do Kim, mas ele apenas o observou por algum tempo. Olhos nos olhos, face a face.
— Você é tão lindo. — Jimin estranhou. — É impossível alguém te ver e não desejar te beijar. — olhou para os lábios dele. — Olha só para essa boca incrível. Já me imaginei fazendo tantas coisas com ela... Ahh, Jimin, se você soubesse o quanto já me masturbei só fantasiando com a sua boca. — Jimin piscou atordoado e corado.
Os toques eram um termo restrito do Park, mas Taehyung sabia que as palavras, sussurradas, possuíam o mesmo efeito se ditas nas circunstâncias certas, e com a expressão e o olhar igualmente sincronizados. E era exatamente o que ele estava fazendo. Deixando Jimin imaginá-lo sozinho, acariciando seu membro duro e direcionando seu prazer aos lábios dele, enquanto seu olhar penetrante prescrutava sua boca, que soltava leves arfares.
Mesmo com o olhar fixo nos lábios de Jimin, Taehyung podia ver perfeitamente a pele dele arrepiada. Estava conseguindo o que queria. Deixando-o zonzo de prazer com meros sussurros.
— Tem ideia do que me deixa mais excitado? — Jimin negou devagar, fechando lentamente os olhos. — Imaginar seu rosto enquanto me observa te chupando. — Jimin emitiu um grunhido baixo ao evitar um arfar. — Agora sim, eu preciso te beijar.
Taehyung tocou os lábios dele, mas não o beijou de imediato. Mordiscou seu lábio, muito leve, só então começou com um beijo calmo. Mas isso não durou um minuto sequer. Por mais que tenha provocado o outro deliberadamente, não pôde evitar ficar igualmente excitado.
Sua boca exercia o ato que seu corpo implorava. A língua impaciente deflorava a boca de Jimin com impureza e sagacidade.
Oh, Deus... Como ele consegue fazer isso comigo apenas com um beijo?
Jimin já não pensava mais no que estava em jogo naquele acordo, queria mais do que apenas um beijo.
Com uma delicadeza extrema, Jimin colocou as mãos nas costas de Taehyung. Ele estava quente. Sua pele pegava fogo, e Jimin não resistiu. Passou as mãos por toda a extensão de suas costas. Não satisfeito, envolveu os braços e o puxou para si, queria sentir aquele calor em contato consigo.
Devagar, Taehyung foi baixando o corpo e logo seu peito estava sobre o de Jimin. O Park abriu mais as pernas e ele se encaixou perfeitamente ali.
Game over, Park Jimin.
Taehyung deixou os lábios de Jimin, permitindo que ele retomasse o fôlego. Seguiu beijando seu rosto, a lateral de seu maxilar, até seu pescoço. Jimin gemeu e Taehyung pressionou sua ereção na dele.
— Porra, se você continuar gemendo assim, serei obrigado a te foder. — murmurou no pescoço dele.
— Eu...odeio...você! Odeio o que...faz com o meu...corpo. — Taehyung riu na clavícula de Jimin, sentindo ele impulsionar o quadril no seu.
Estava na hora de seguir para o próximo passo, e Taehyung não estava para brincadeira. Com uma mão ligeira, ele seguiu entre os dois corpos e abriu a bermuda de Jimin. Foi um processo rápido, mas ele teve tempo de sentir o quão duro Jimin estava.
É maravilhoso, e extremamente excitante, saber que você me deseja do jeito que eu te desejo, pensou consigo.
A boca alcançando o mamilo de Jimin, a mão dentro de suas vestes, apalpando sua nádega e o ardor do desejo exalando por cada poro de seu corpo. Taehyung estava enlouquecendo.
Ele abriu espaço entre a virilha de Jimin e passou a mão por seu quadril, agarrando seu pau duro. Envolveu o mamilo do Park com sua língua, em movimentos circulares, enquanto o masturbava bem devagar. Essa era sua oportunidade de chegar onde queria. Criou coragem quando Jimin agarrou seus cabelos e jogou a cabeça para trás, gemendo baixinho.
Soltou o pau dele e posicionou as mãos ao lado do quadril dele, ainda descendo. Jimin nem se dava conta que estava cedendo cada vez mais. Ele só queria que o prazer o envolvesse por completo e seu corpo desfalecesse com o ápice.
Todos aqueles dias de fantasia persistente finalmente estava se tornando realidade, e ele não estava mais se importando com acordo, com o quão errado tudo poderia ser ou na loucura que estava cometendo deixando Kim Taehyung maculá-lo daquele jeito. Foda-se, só queria gozar. E queria que fosse esse mesmo Kim que lhe proporcionasse isso.
Taehyung puxou a bermuda dele até o joelho. Não se preocupou com o resto, Jimin mesmo fez questão de puxar as pernas e se livrar das peças. Taehyung jogou para longe e voltou ao mamilo de Jimin, desta vez chupando, e sem delicadeza alguma. Não havia mais desejo, só a pura luxúria.
Taehyung deixou o mamilo de Jimin, que arrastou um gemido baixo, quase uma lamúria, e arqueou levemente as costas, ao senti-lo descer por seu abdômen, deixando um rastro de más intenções. Jimin o queria embaixo. E mais embaixo, explorando seu corpo com aqueles lábios que deixaram sua boca dormente com tamanha euforia.
O Kim segurou novamente a ereção do Park e beijou sua virilha, Jimin quase chorou com a expectativa. Porém, ele parou. Jimin conseguiu recuperar o fôlego e baixou a cabeça, o encarando.
— É assim que eu quero que você permaneça agora, olhando para mim. — Jimin soltou um grunhido débil.
Quando Taehyung passou a língua pelo membro ereto, Jimin arfou e quase fechou os olhos. Era a cena mais erótica que ele participava. Ninguém nunca fez questão de chupá-lo, acontecia por mera troca de "favor". Menos ainda, o fizeram apreciar o prazer que recebia. Chegava a ser doloroso de tão excitante. E seu pau pulsava com o contato da língua do Kim.
Outra vez, Taehyung passou a língua da base até a cabeça, chupando levemente a glande. Por mais que pensasse que seria o correto "engolir" os sons do prazer, Jimin queria mais que se fodesse quem pudesse ouvi-lo, gemeu livremente. Voltando a base, Taehyung passou os lábios pelo contorno do pau de Jimin e o lambeu outra vez.
No geral, em rodas de héteros que desferiam as mais diversas ofensas aos homossexuais, Taehyung sempre ouviu que os homens que "optavam" por dar a bunda, era porque tinham o pau tão pequeno, que não satisfazia nenhuma mulher. Agora, ele tinha certeza absoluta que isso não se aplicava a Jimin. Ele era gay porque sim, e pronto. Não porque tinha um pau pequeno.
Na verdade, Jimin tinha um pau bastante conivente com sua estatura. Qualquer mulher ficaria satisfeita em tê-lo na cama. E, para sorte de Taehyung, ele não queria mulher alguma. Então ele teve a chance de provar do corpo mais atraente e desejável do mundo.
Taehyung envolveu o membro duro com a boca, o máximo que pôde. E Jimin apertou seus cabelos, arqueando ainda mais as costas. E assim ele seguiu, chupando, lambendo, sugando.
Quando Taehyung o masturbou e chupou suas bolas, Jimin quase gritou. Puxou mais os fios entre seus dedos e abriu mais as pernas. O pau de Taehyung pulsou dentro da calça, implorando por um pouco de atenção. Mas isso poderia ficar para depois, agora ele só queria a plena satisfação do Park.
Voltou a chupar o pau dele, movendo delicadamente sua mão nas bolas dele. Jimin começou a empurrar Taehyung, não podia deixá-lo ali por mais tempo.
— Taehyung, espera! — apertou os olhos, sentindo seu corpo estremecer. Algo estava vindo, e rápido. — Taehyung! — gemeu agudo.
Foda-se, nada poderia para-lo. Não agora.
Ele sugava Jimin com dedicação, enquanto observava sua cabeça inquieta sobre o travesseiro e sentia suas mãos tentar afastá-lo.
Moveu mais rápido a boca no pau pulsante e ficando mais duro.
— Ahh..porra, Taehyung! — Jimin soltou o ar pela boca e seu peito subiu e desceu com urgência quando finalmente gozou.
Jimin afrouxou as mãos nos ombros de Taehyung e seu corpo todo tremeu.
Taehyung passou o dorso da mão pelo queixo e apreciou a cena mais excitante de todo o mundo: Park Jimin tremendo e o rosto corado pelo prazer. Ele jamais queria que outra pessoa tivesse esse privilégio. Jimin, a partir de hoje, seria só seu. Tinha que ser.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro