Capítulo 2
Oi, galerinha, tudo bem?
Só passando aqui para um adendo, já que esqueci de mencionar entre os outros avisos. Esta fic será como "Online", ou seja, uma fic curtinha, com apenas dez capítulos (pelo menos a ideia inicial é essa). Por isso, pode parecer que as coisas estão um pouco corridas, mas é só porquê eu não vou ficar esticando diálogos ou situações, menos ainda, atrasando demais a interação entre os Vmin.
É isso, boa leitura!
Taehyung estava na boate com seus dois colegas de curso: Junhyun e Songtae. Esses estavam sempre juntos, dificilmente alguém os via separados. Além de estarem cursando direito, eles dividiam o apartamento. Como Taehyung tinha uma condição financeira melhor, optou por um apartamento mais longe do campus, aos quais eram mais amplos. Seu amigos, vindos também de família mais estável, tinham condições de morar em um lugar assim.
Eles chegaram cerca de uma hora antes. Circularam pela boate, conferindo a galera que estava no local, cumprimentando a maioria e recebendo bebidas que muito se disponham a lhe pagar. Por ser conhecido e ter boas relações com todo mundo, Taehyung era cativado.
Sentado em uma banqueta, do outro lado da boate, Taehyung viu quando Jimin se aproximou do bar e pediu uma tequila. Ele virou a primeira dose de uma vez e pediu uma segunda. Taehyung bebeu de sua cerveja e apenas observou Jimin de longe.
Junhyun e Songtae estavam pela boate, à procura de garotas para trocarem uns amassos, ou suarem seus lençóis. O Kim já tinha uma bela moça entre os braços, balançando levemente o corpo no ritmo da batida da música.
— Você não quer dançar um pouco? — murmurou no ouvido dele.
— Daqui a pouco nós iremos, gatinha. — beijou o colo dela, entre os seios. — Agora eu preciso ir a um lugar. Fique aqui.
— Tudo bem. — Taehyung se despediu dela com um beijo fogoso, deixando-a ansiosa por mais.
Taehyung cruzou a boate em direção a Jimin. O Park estava encostado no bar, agora com uma cerveja na mão, curtindo a música e olhando ligeiramente para os dançantes.
— Procurando um pau pra chupar, Park? — chegando por trás de Jimin, Taehyung sussurrou em seu ouvido.
Jimin se virou e encarou o Kim com deboche. Ele deu um gole em sua cerveja, e então sorriu. Taehyung não perdoa uma oportunidade de tirar Jimin do sério. E imaginar que o rapaz que ele conheceu no ensino médio costumava ser gentil e amigável com ele.
— Que porra você quer, Kim? Não pode me deixar em paz? — se virou para sua posição inicial, ignorando a presença dele.
— As pessoas aqui são de boa família, Park, não vai conseguir seduzir um pobre rapaz e profaná-lo com sua boca suja. — sem um pingo de paciência, Jimin se virou para ele.
— Não sei porque você está tão preocupado com isso, não é como se eu tivesse interesse em trocar qualquer palavra contigo. Eu só quero ficar em paz e curtir a minha noite. Por que você não faz o mesmo?
— Só estou protegendo a honra das pessoas daqui, evitando que elas tenham contato com aberrações como você.
— Honra? — Jimin zombou. — Você vem falar comigo sobre honra, quando você será o primeiro a levar alguma garota para o seu quarto e ser tão sujo quanto eu?
— Exatamente, eu estarei com uma garota, o que é natural. Bem o contrário de você, que não perde a oportunidade de ser imundo e nojento, correndo feito uma puta atrás de um pau qualquer. — Jimin finalizou sua cerveja e colocou a lata vazia sobre o balcão.
— Já acabou? — suspirou pleno. — Por que você não volta para sua garota então, bonitão? — pronunciou a última palavra com aspereza. — Eu quero ficar em paz, curtir minha noite e sim, encontrar um pau muito gostoso para eu sentar com muito gosto e gozar feito um louco, e ficar olhando para essa sua cara está me deixando enjoado. Tenho medo vê-lo por mais tempo que o necessário, e acabar broxando mais tarde. — Jimin virou para o bar, fazendo sinal ao pedir outra cerveja.
Taehyung se aproximou mais de Jimin, encostando seu peito largo nas costas dele. Aproximou sua boca do ouvido dele e disse:
— Você é mesmo uma puta que não se dá ao respeito mesmo, não é?
O corpo de Jimin arrepiou todo com aquela voz rouca e seu hálito quente tocando seu pescoço. Chegou a tremer.
Deus, como a voz de alguém poderia ser tão sexy com palavras tão sujas e cheias de ódio?
— Eu tenho certeza que essa sua bunda gulosa já sentou em várias pirocas, desejando que fosse a minha. — Jimin ficou tenso quando a mão grande do Kim apertou firme seu quadril. — Aposto que já bateu muita punheta pensando em mim. Vamos lá, Park, admita. Nós dois sabemos o quanto você se excita imaginando meu pau deflorando esse seu cu fogoso e impuro.
Jimin estava a ponto de ceder, suas pernas moles e trêmulas. Aquela voz máscula e envolvente sussurrando obscenidades em seu ouvido, o fez fechar os olhos e imaginar cada uma das coisas que ele dizia, em um sexo selvagem e impaciente. Estava ficando excitado, e havia muito tempo que ele não se excitava apenas com alguns "gracejos" desse.
Jimin virou de repente, olhando nos olhos do Kim, a poucos centímetros dos seus. Taehyung, vacilou. Olhou para os lábios do Park e engoliu em seco.
— Esse é o seu desejo mais obscuro? Foder meu cu fogoso até esquecer seu próprio nome? — ousou aproximar ainda mais seus lábios dos dele, passando a língua para umidecelos. Taehyung hesitou, repetindo seu ato. — Você sempre procura um jeito falar comigo, mesmo podendo se manter o mais longe possível. É sua vez de ser verdadeiro agora, Taehyung, você me deseja tanto que não consegue se controlar, não é mesmo? Não consegue ficar longe, tem a necessidade de ouvir a minha voz, quando não pode arrancar de mim os gemidos em uma foda carregada de luxúria. Estou errado?
Taehyung se manteve calado, os olhos ainda mais escuros e sem dar sinais de que pretendia se afastar. Mas quando sua mão afrouxou no quadril do Park, Jimin atacou mais uma vez.
— Nós dois sabemos que toda essa sua pose de hétero, é só porque eu não te dei uma chance ainda, pois no dia em que você experimentar da "minha fruta", você vai rastejar aos meus pés. — ele levantou a mão e passou levemente no rosto do Kim, provocando-o. — Vai implorar por mais uma oportunidade de me comer, e eu serei o único em seus pensamentos.
Jimin foi longe demais. Sabia que estava se gabando o suficiente para deixar o outro espumando de raiva, ainda assim, a reação dele não foi a que Jimin esperou. Ele ficou parado, calado. E isso era muito diferente do que estavam acostumados quando se encontravam.
Jimin desceu a mão pelo peito de Taehyung, sentindo o calor que emanava de sua pele sob a camisa. Seu coração batia acelerado, quase trotando dentro do peito, mas nada mudou. O olhar do Kim permanecia o mesmo, escuro e fixo em seus lábios.
Jimin ficou confuso, o que significava aquela falta de reação dele? A guerra entre os dois tinha finalmente acabado? Ele seria mais prudente com suas palavras? Seria empático com ele depois desse silêncio?
A mão do Park continuou descendo, estava sobre as costelas do kim quando finalmente sentiu sua mão agarrar seu pulso, impedindo-o de descer ainda mais.
— Taehyung! — a voz de Junhyun despertou o Kim do "transe". Ele deu um rápido passo para trás e apertou o pulso de Jimin. — Encontramos você.
— Nunca mais encoste essa sua mão nojenta em mim, seu viadinho. — rosnou entre dentes.
Taehyung se virou e foi embora com seus amigos. Jimin não disse nada, não retrucou, apenas suspirou entendiado. Porém, o comportamento do outro o deixou intrigado.
Os poucos momentos que compartilharam a sós, cara a cara, tão próximos, não revelaram um Taehyung tão avesso assim ao seu toque. Pelo contrário, Jimin podia jurar que o Kim ficou nervoso, ansioso. Aqueles olhos sobre ele, o quão quente seu corpo ficou e o quão rápido seu coração batia.
Entretanto, Jimin já tinha bebido o suficiente para acabar interpretando tudo errado. Ainda mais depois que ele voltou para o lugar que estava antes, e passou a próxima meia hora enfiando sua língua na boca da garota, como se tivessem transando em público. Jimin foi obrigado a revirar os olhos para a cena desnecessária que via.
— Acho que está na hora de uma aventura. — Jimin abriu sua cerveja e foi para o meio da pista.
No corredor, próximo aos banheiros, Jimin estava envolto em braços firmes e fortes. Uma língua audaciosa brincava em sua boca e dentes branquissímos mordiam levemente seu lábio inferior vez ou outra. Era adorável como Chahoon — ou era Johoon, Jimin não lembrava ao certo de seu nome —, o excitava e acendia todo seu corpo.
— Que tal se a gente fosse para o meu apartamento? — o rapaz propôs, deixando uma leve chupada no pescoço de Jimin.
O Park o afastou um pouco e o encarou.
— Olha, Johoon...
— O meu nome é Taejoon.
— Desculpe, Taejoon, você é lindo, tem um beijo maravilhoso e uma pegada marcante, mas hoje eu vou para minha casa.
— Jiwan, não faz assim... — beijou outra vez os lábios de Jimin. — Vamos ficar confortáveis em minha casa, hm?
— Talvez na próxima. — Jimin puxou o celular do bolso e conferiu a hora. — E, olha só, está bem tarde. Eu preciso ir. — deu um último beijo no rapaz.
— Jiwan, por favor, não vai. — Jimin começou a se afastar. — Jiwan!
Jimin alcançou rápido a porta de saída entre as poucas pessoas que ainda estavam na boate e saiu na rua.
Jimin gostava muito de dar uns beijos em rapazes aleatórios que tinham uma boa pegada. Mas quando não estava afim de algo mais que isso, nem seu nome verdadeiro ele falava.
Na rua, a brisa fria tocou o rosto dele. Faltava pouco para amanhecer e próximo à boate, muitas pessoas ainda conversavam em pequenos grupos. Jimin continuou pela calçada, caminhando devagar, e chegou a se distrair com um casal de pássaros que faziam voos sincronizados a poucos metros acima de sua cabeça.
Voltando a sua caminhada, seguindo para o ponto de táxi mais próximo, Jimin notou um carro preto vindo muito devagar, ao lado da calçada que ele estava. Achou que o carro ia parar, mas acelerou um pouco, assim que uma mão pegou no braço de Jimin.
— Ei, Jiwan!? — Jimin se assustou.
— Que merda, cara, o que você tem na cabeça para se aproximar sorrateiro assim de alguém?
— Desculpe, eu não quis te assustar. Só achei que, se eu falasse com você aqui, talvez você aceitasse o meu convite. — Jimin encarou o rapaz com impaciência.
— Cara, eu já disse que não estou interessado. — Jimin se virou e começou a andar.
— Calma, meu bem, vamos só nos divertir mais um pouco. — puxou Jimin e o envolveu em seus braços. — Vai ser legal, vamos lá.
— Me solta, seu imbecil! — Jimin se debateu nos braços alheios. — Eu já disse que não quero!
— Mas nós nos beijamos, demos uns amassos e agora você vai me deixar na mão? — com ironia, o rapaz se mostrou desgostoso.
— Às vezes essas coisas acontecem. — Jimin disse simples, empurrando-o para longe. — Agora me deixe em paz!
O rapaz puxou Jimin pelos braços e antes que conseguisse agarrá-lo de novo, Jimin levantou o joelho e lhe acertou entre as pernas, fazendo o rapaz se encolher murmurando um palavrão com a dor aguda.
— Mais que merda! Você vai querer que eu arrebente a sua cara para que entenda que eu não estou afim? — o rapaz negou se afastando bem devagar. — Muito bem. Espero não te ver nunca mais!
Jimin voltou a caminhar, vez ou outra olhando para trás, se certificando de que não estava sendo seguido. Virando a esquina, ele soltou um longo suspiro de alívio, ao se encostar em uma parede.
— Você se vira muito bem sozinho. — Jimin se assustou.
— Porra, qual é o problema de todo mundo? — berrou Jimin.
— Está assustado, donzela? — recostado no carro, Taehyung estava com os braços cruzados no peito e um sorriso bem cafajeste no rosto.
— Por que você não vai tomar no cu, Taehyung? Te garanto, quem pratica não cuida da vida dos outros. — emburrado, Jimin o ignorou e voltou a caminhar.
— Você nunca decepciona mesmo, arisco como sempre. — Jimin revirou os olhos sem interromper seu trajeto. — Ei, eu te dou uma carona para casa. — Jimin parou e olhou para ele com desdém.
— Você tá achando que eu sou idiota de entrar no seu carro?
— Então você vai voltar de ônibus? — arqueou uma sobrancelha.
— Eu vou pegar um táxi, mas, obrigado por se preocupar. — zombou.
— Você não vai achar um táxi agora. Tem muita gente indo embora e está difícil encontrar algum. — Jimin olhou atentamente para o carro do Kim.
— E você sabe disso...?
— Porque tive que levar Junhyun e Songtae com as acompanhantes deles para casa justamente por não conseguirem um. — se aproximando devagar, Jimin foi irônico.
— E você acha que eu vou entrar com você nesse carro depois de ter bebido e sabendo o quanto você me odeia? Você só pode ter perdido a noção mesmo.
— Eu não...te odeio. E acho que você está mais sóbrio do que eu. — deu de ombros. Jimin gargalhou.
— Ah, eu já entendi, você está procurando por um motorista particular.
— Olha, você não veio de carro, vai ser difícil arrumar um táxi e seria conveniente para nós dois irmos juntos.
Jimin pensou por um instante. Ele estava certo, seria mais cômodo para os dois. Sem falar que o transporte público ainda era escasso naquele horário, não tem nem ideia de que horas chegaria em casa, e ambos não moravam muito longe um do outro.
— Bom, se você precisa de mim, de alguma forma, eu tenho uma condição. Nada de ficar me provocando...
— Jimin, para com isso e vamos logo.
— Nada disso. Só depois de você aceitar meus termos. — cansado, Taehyung baixou a cabeça e coçou a nuca.
— Tudo bem. — ele abriu a porta do carona e encarou Jimin. — Você vem ou não?
— Mas eu não disse quais são minhas condições.
— Não me importo. Só quero ir pra casa. — Jimin permaneceu parado, analisando-o. Taehyung pegou a chave do bolso e jogou para Jimin, que pegou no ar. — Vamos lá. — entrou e fechou a porta.
Jimin deu a volta no carro e entrou. Colocou o cinto e ligou o carro. Arrumou o espelho retrovisor e encarou o Kim. Ele estava com o banco reclinado, os braços ainda cruzados no peito e a cabeça pendendo no vidro da janela. Jimin suspirou baixo.
— Tudo bem, vamos lá. — partiu para casa.
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