Chapter 13 - May, 9th
Jeon Jungkook's P.O.V
— Você, Jungkook, foi a melhor coisa que aconteceu a mim durante meus 19 anos de existência. — Ela suspirou. Sua respiração estava minimamente entrecortada, como se precisasse soltar aquelas palavras o mais rápido possível. Senti seus dedos descerem por minha bochecha e controlei a vontade que tive de fechar os olhos perante aquele ato. — Você pode não ter sido rápido o suficiente para evitar que eu me machucasse, mas... — ela hesitou — você... você, Jungkook... É o motivo pelo qual eu ainda vou viver.
O que ela queria dizer com aquilo? Então, realmente eu estava certo? Minhas suspeitas eram, de fato, reais? Engoli em seco, sentindo meu peito se apertar com a possibilidade de perdê-la. Eu pensei em questioná-la, mas me sentia incapaz de proferir algo coerente naquele momento.
— Você me ensinou a enxergar o melhor de mim. A ver beleza na vida. E mesmo que eu tenha cometido todos os erros do mundo no passado e ainda não consiga fazer tudo que você diz pra fazer, eu... Eu quero muito fazer o certo agora e ficar do seu lado pelo tempo que os céus permitirem.
Oh, Ayumi, você não faz ideia do quanto eu também quero isso!
— Porque eu te amo, Jungkook, e eu só estou aqui hoje graças a você. — Ela fechou os olhos e encostou sua testa na minha. Deslizei minha mão até sua nuca, sentindo uma lágrima escorrer por minha bochecha ao pressionar minhas pálpebras uma contra a outra. — E eu amo tanto você, Jungkook, que estou começando a aprender a me amar também.
Eu podia jurar que senti meu coração parar. Não o suficiente para fazer meu metabolismo vital entrar em colapso, mas o suficiente para me fazer sentir tontura e uma breve sensação de garganta seca. Engoli a saliva, afastando Ayumi de perto de mim e encarando-a com uma expressão um pouco séria demais.
Entretanto, não era raiva ou preocupação. Era a euforia desregulada que eu estava sentindo mesmo sem ter certeza de que o que eu havia escutado era real. Quero dizer, eu tinha completa certeza das palavras de Ayumi, mas...
Eu queria escutá-las mais uma vez. Talvez mais algumas poucas milhões de vezes.
— Você o quê?
Ela sorriu, mesmo que os olhos estivessem transbordando lágrimas.
— Eu amo você, Jeon Jungkook. — Sussurrou, pressionando levemente as mãos em minha nuca. — Amo tanto!
Eu sempre fui o tipo de pessoa que não era surpreendido e fazer algo que eu já não achasse que fosse provável estava fora de cogitação. Mas, naquele momento, eu realmente me sentia em choque.
Quer dizer, escutar alguém que você ama dizendo que lhe ama também... talvez fosse compreensível para mim ter uma reação diferenciada daquelas. Porque, mesmo que eu tivesse total certeza de que Ayumi também me amava tanto quanto eu a amava, é totalmente diferente saber de escutar.
Perceber que de alguma maneira eu havia ajudado Ayumi a ser alguém mais completa e apaixonada por si fazia com que meu coração se enchesse de orgulho. Porém, ouvi-la dizendo que me amava fazia com que meu coração transbordasse.
— Jungkook-san... — A voz de Ayumi me despertou e eu pisquei brevemente antes de encarar seus olhos novamente. — Você... não vai dizer que me ama também?
Eu ainda não tinha dito isso? Jeon Jungkook!
— Ahn, desculpe! — Eu soltei uma risada nervosa, vendo seu rosto se transformar em tristeza. Ela me cortou.
— O que tem de engraçado em...
— Eu amo você, Ayumi. — Não deixei terminá-la de falar, percebendo sua insegurança por conta de minha hesitação em respondê-la. — Me perdoe por não dizer logo, eu... eu fiquei um pouco chocado.
— Você ficou chocado? Bingo! — Ela riu baixo. Deslizei minha mão pela lateral de seu rosto, afastando seus cabelos para trás da orelha e repousando minha palma ali.
— É. Não por eu não saber o que falar, mas sim porque tive a confirmação de algo que eu queria muito ter certeza. — Engoli em seco. Ayumi me encarava com o semblante doce e um sorriso envergonhado nos lábios. — Eu amo você, Ayu-chan. — Repeti.
Eu sabia que seu coração estava tão acelerado quanto o meu, mas só pude senti-lo quando a beijei e envolvi seu tronco com meus braços, juntando nossos corpos o máximo que consegui. A batida dos nossos corações desesperados combinava muito bem com a sincronia de nossos lábios apaixonados.
— Eu acho que temos uma comida pra fazer ainda, não? — Ela se afastou um pouco, com o olhar baixo antes de fixar suas íris nas minhas.
Eu ri.
— É, temos. — Concordei, acariciando suavemente seu cabelo antes de me levantar e estender minha mão para ela fazer o mesmo. — O que você quer comer?
— Não sei... — Respondeu, erguendo os ombros e olhando para o gatinho que estava deitado de maneira preguiçosa no chão, sorrindo e me acompanhando para fora do quarto. — O chefe de cozinha aqui é você, eu só ajudo a bagunçar.
Ponderei por alguns segundos sobre o que poderíamos preparar.
— Você tem ingredientes pra fazer sushi?
— Não tenho... Sei que disse que não sabia o que queria comer, mas eu realmente estou afim de algum doce.
— Ahn... doces não são a minha praia. E também não são janta, Ayumi-chan. — Disse, com um leve tom de repreensão na voz.
— Já sei! — Ela pareceu se lembrar de algo e então, foi até a geladeira, retirando de lá dois pratinhos de isopor contendo sushis e colocou-os sobre a mesa. — Temos sushi pra janta. — Em seguida, ela puxou uma cesta embrulhada em plástico brilhoso do canto da bancada, mostrando-me alguns doces. — E também temos doces pra janta. Tudo bem assim pra você?
Franzi o nariz, realmente chateado porque queria gastar um tempo cozinhando ao lado de Ayumi, mas concordei depois de vê-la enfiar um shukurimu entre os dentes e sorrir para mim enquanto mastigava o doce, feliz.
— Quem deu isso a você? — Questionei, depois de analisar a cesta que obviamente havia sido um presente e me sentar ao lado de Ayumi no balcão.
— Tia Teruko. Ela veio hoje cedo me parabenizar por ter voltado a falar com você. — Ela riu, um pouco envergonhada.
— Sua tia gosta de dar forças aos outros. — Ri, achando graça pelo ato peculiar de Teruko-san. — Quando ela descobrir que eu dormi aqui, vai dar mais algum presente? Eu gosto de manju. — Arqueei uma das sobrancelhas em sua direção, sorrindo e querendo de alguma maneira persuadí-la a fazer com que sua tia me desse doces também.
— Jeon Jungkook! — Ela riu, negando com a cabeça e revirando levemente os olhos. — Deixa de ser bobo, não precisa pedir pra minha tia dar doces pra você. Eu mesma posso comprar.
Ela fez um biquinho, como se estivesse ofendida com as minhas palavras.
— O que foi? — Perguntei, pegando um sushi entre os dedos e comendo-o.
Ela suspirou, encarando seu doce e entortando a boca.
— Por que você nunca me pede coisas, Jungkook?
Pisquei, realmente pego de surpresa com aquela pergunta repentina de Ayumi. Engoli o sushi que havia comido e franzi as sobrancelhas antes de respondê-la, tomando outro sushi nas mãos.
— Como assim?
— Por que você não fala coisas do tipo "eu realmente queria comer um manju agora, você poderia comprar para mim?" ou "pode me dar mais um beijo"? — Sua bochecha adquiriu um tom avermelhado ao terminar a frase, enquanto sua voz soou mais como um grunhido repleto de chateação. — Não que eu me sinta mal por você não me pedir coisas bobas assim, não mesmo. Só que... — Ela desviou o olhar até o meu, encarando-me. — Parece que você sempre acha que vai incomodar os outros com os seus pedidos ou que precisa fazer tudo sozinho. Eu não gosto disso.
Engoli em seco, refletindo sobre o que havia acabado de escutar. Ela não estava errada em seu parecer. Eu tinha crescido e me tornado independente muito cedo, adquiri responsabilidades muito cedo, amadureci muito cedo. Tudo sobre a vida adulta havia chegado cedo demais para mim. Eu sempre imaginei que precisava estar um passo à frente de tudo, para prever possíveis problemas tanto na minha vida pessoal, quanto na empresarial. Se eu tinha uma prova muito difícil para fazer, eu estudava noite adentro apenas para não ver minha mãe triste com uma possível nota vermelha. Se algum cliente ficava insatisfeito com o nosso serviço, eu tentava ao máximo deixá-lo confortável e feliz, evitando, assim, mais um estresse na cabeça de meu pai.
Sempre fui autossuficiente porque não queria causar descontentamento às pessoas que eu amava. Tudo porque não suportava a dor de vê-las machucadas — ainda que, na maioria das vezes, aguentar tudo sozinho fosse muito doloroso.
— Eu também não gosto disso em mim. — Travei o maxilar, engolindo em seco. Então, Ayumi colocou sua mão em cima da minha que estava sobre a mesa. E, quando eu ergui novamente o meu olhar até ela e nossas íris se encontraram, a sensação que preencheu o meu peito me fez querer protegê-la de qualquer dor possível. Vê-la triste seria algo que me doeria tanto quanto ver meus pais chateados. Por Deus! — Mas, nós dois estamos em um processo de reconstrução, não? — Sorri de canto, passando a língua nos lábios para molhá-los. — Eu ainda vou melhorar muito ao seu lado, Ayu-chan. E tudo graças a você.
Ela abriu um sorriso envergonhado, tímido.
— Você fala como se fosse possível você ser alguém melhor do que já é. — Ela falou, enfiando metade de um shukurimu na boca e desviando o olhar.
— Sempre é possível ser alguém melhor, Ayu-chan. — Eu disse, tomando sua mão e selando-a carinhosamente. — Principalmente quando temos uma pessoa do nosso lado que nos faz desejar ser o melhor do mundo para ela. Aí é muito mais fácil. — Ela sorriu abobalhada em minha direção e eu aproveitei para beijar sua bochecha rapidamente antes de voltar a comer meu sushi.
Nós terminamos de jantar e nos sentamos em frente à TV para assistirmos alguma coisa até a hora de dormir. Eram quase dez da noite, e Ayumi já mostrava alguns sinais de que estava com sono. Ela provavelmente não tinha dormido muito bem durante a semana, o que lhe dava uma desculpa para estar bocejando de tempos em tempos e conversando comigo em um tom sonolento e baixo. Eu ainda a questionei sobre ir dormir logo, entretanto, ela comentou algo sobre terminarmos o filme que estava passando na TV e somente aí subirmos para o quarto. Eu concordei.
Era algum filme clichê romântico trágico, já que o casal principal era composto por um garoto saudável e uma garota com uma doença incurável fictícia. Os dois acabaram separados no final — já que a menina morreu — e eu ri respeitosamente depois de escutar Ayumi fungar quando os créditos começaram a rolar na tela.
Eu decidi ficar mais um pouco no sofá com ela enquanto a TV anunciava o próximo filme. Achei que Ayumi havia dormido ao meu lado até escutar sua voz baixa ecoar pelo ambiente, chamando-me.
— Jungkook-san?
— Hm? — Acariciei seu ombro levemente, virando um pouco o rosto para olhá-la. Ela encaixou a cabeça em meu peito, abraçando os joelhos.
— Você sabia que eu queria... Que eu queria me matar, não é?
Um arrepio percorreu minha espinha e demorei alguns milésimos de segundo para processar aquela pergunta.
— Eu imaginava que sim. — Fechei os olhos, engolindo em seco ao finalmente escutá-la dizendo aquilo.
Por Deus...
— E o que você faria se eu chegasse a esse ponto?
Eu pensei em perguntar por que raios ela estava querendo saber sobre aquilo, entretanto sabia que era melhor respondê-la do que questioná-la. Então, senti sua mão tocar a minha e respirei fundo antes de começar a falar.
— Eu não sei o que faria se você fosse embora... — Senti minha garganta fechar apenas por pronunciar aquela sentença. Eu não gostava de pensar naquilo, muito menos falar sobre. — Quero dizer... — Soltei uma risada fraca, mordendo os lábios em uma tentativa falha de evitar que uma pequena lágrima caísse de meu olho. — Eu viveria, seguiria em frente sim, mas... tudo seria tão sem graça sem você. — Confessei. Comecei a acariciar seus dedos entrelaçados aos meus, mordendo os lábios. — Eu disse que você me ensinou a viver, porque eu descobri que a vida é mais do que livros e trabalho depois que te conheci. Você sabe, eu só ficava no quarto horas e horas estudando ou trabalhando. — Sorri ao me lembrar do dia em que Ayumi visitou minha casa e me tirou do meio dos livros para sujar a cozinha junto com Murakami-san. — Eu realmente não sentia nada de especial na minha vida, até conhecer você e andar de metrô pela primeira vez. Ou ficar tão feliz simplesmente por ver você comendo algo que eu preparei. Ou sorrir só de lembrar da risada única que você possui. — Dei uma pausa, fungando. — Ou de perceber que cada segundo do meu dia parecia mais alegre quando eu lembrava que você estava sob o mesmo céu que eu.
Eu a amava tanto. Como podia?
— Se você fosse embora, eu não teria mais alguém pra comprar doces, ou pra mandar mensagem perguntando se queria fazer alguma viagem louca de várias horas comigo. Não veria mais motivo para aprender novas receitas de café da manhã ou passar naquela lanchonete perto do ginásio só pra comprar um petit gateau e ver que a garçonete tinha vergonha de olhar nos meus olhos. — Ri, ainda que em minha bochecha escorressem lágrimas. — Você trouxe apenas coisas boas quando entrou em meu mundo, Ayumi. Você sempre me fascinou, e te conhecer melhor me deixou além do fascínio. Me deixou apaixonado. Completamente apaixonado por cada detalhe, cada sorriso, cada imperfeição perfeita que você possui. — Eu puxei seu ombro para mim, a aproximando mais e escutei um soluço ecoar pelo ambiente. Eu não era o único chorão ali. — Você também foi a melhor coisa que me aconteceu nos meus 19 anos de existência, e eu quero muito aproveitar cada segundo que me permitirem de viver ao seu lado.
Então, Ayumi sentou-se em minhas pernas sem falar nada, de frente para mim, e deitou a cabeça em meu peito, abraçando-me em seguida. Permanecemos calados por um tempo enquanto eu, com os olhos fechados e os braços envoltos naquela figura feminina utópica, focava minhas atenções nas batidas ritmadas de seu coração tão próximo do meu. Era um calmante único e me dava a certeza de que eu não estava sonhando com tudo daquilo.
— Jungkook... — Ela sussurrou. Eu respondi no mesmo tom, acariciando suas costas. — Eu estou seriamente me questionando sobre por que você demorou tanto pra entrar na minha vida. — Ela riu fraco, aproximando os lábios de meu pescoço e dando um beijo ali enquanto se aconchegava mais no meu abraço. — Mas, eu não quero ser alguém ingrata, então vou deixar as dúvidas de lado e aproveitar o que estamos vivendo agora porque sei que foi a melhor forma possível de acontecer. — Ela suspirou, dando uma pausa em sua fala. — E eu estou muito feliz. Muito feliz mesmo por tudo que está acontecendo com a gente. Obrigada por me ajudar a esquecer meus momentos ruins, superar meus problemas e trabalhar em uma "eu" melhor. Muito obrigada, Jungkook-san. Eu amo você. Tanto! — Ela ergueu o tronco apenas para sorrir para mim, demonstrando sua alegria, e me abraçar novamente.
Era lindo.
O jeito que ela conseguiu absorver tudo aquilo em tão pouco tempo. O jeito que conseguia ser forte mesmo que estivesse tão fraca. O jeito que sua boca se movia para formar um dos mais belos monumentos que eu já havia visto: o seu sorriso.
Era lindo.
Ela me apertou mais, e eu ri pelo jeito que ela parecia um pequeno coala em meus braços.
— Eu também amo tanto você... — Sussurrei tão baixo que, se não fosse o fato de estarmos sozinhos e a televisão não estar tão alta, eu duvidaria que Ayumi tivesse escutado minhas palavras.
Então, ela se afastou, olhando para o relógio de parede.
— Vamos dormir?
Concordei. Ayumi beijou meus lábios por um tempo antes de se levantar e seguir até a escada. Eu sorri, travesso, e aproveitei seu descuido para agarrá-la e colocá-la em meu colo, ouvindo seu grito e, após, suas risadas envergonhadas.
— Jungkook-san, me coloca no chão!
Eu fiz que não com a cabeça, começando a subir os degraus até seu quarto.
— Agora não.
Ela envolveu meu pescoço com o braço, me dando apoio, e eu fiquei um pouco tímido com o jeito que ela me encarou o caminho inteiro, sem permitir que o pequeno sorriso saísse de seu rosto.
— Você é meio louco, Jungkook. — Sentenciou quando a coloquei na cama.
— E você descobriu isso só agora? — Arqueei as sobrancelhas em sua direção, entrando em sua brincadeira.
Ela revirou os olhos e se levantou, pegando um pijama rosa de dentro de seu closet e se dirigindo ao banheiro para trocar de roupa.
— Pode se ajeitar na cama, eu já volto.
Observei-a fechar a porta e aproveitei o tempo que ela estaria no banheiro para me trocar também. Eu raramente usava pijama por achá-los estranhos e desconfortáveis, então apenas troquei minha calça por uma mais larga e macia e me sentei na cama à espera de Ayumi.
Poucos minutos depois ela saiu de lá e eu passei a língua pelos lábios, vendo-a sorrir.
Eu sei que havia dito que pijamas eram estranhos, mas Ayumi conseguia ficar extremamente bonita até com aquelas mangas compridas e calças largas.
— O que foi? — Ela questionou enquanto se aproximava, tomando meu rosto nas mãos. Abracei sua barriga e dei de ombros.
— Você é muito linda, Ayumi. — Foi tudo que consegui dizer. — Só.
Ela riu, revirando os olhos e engatinhou até o centro da cama, puxando os edredons para si e batendo no espaço ao seu lado.
— Vem.
Eu me deitei no local que ela indicou, colocando meu braço embaixo de sua cabeça e aproximando seu corpo do meu. Ayumi se ajeitou, repousando a mão em minha barriga e dando um beijo em meu maxilar. Ela parecia contente com o fato de estarmos juntos e aquilo significava o mundo para mim.
— Hoje de manhã eu acordei triste porque minha mente confundiu as coisas durante o sono e eu tinha certeza que você estava do meu lado, dormindo comigo... — Ela sussurrou e deu uma pequena pausa, tocando meu rosto com uma das mãos. — Mas, agora, eu vou dormir e acordar feliz porque você realmente está aqui comigo. — Continuou, encaixando sua cabeça em meu pescoço.
Sorri, sentindo meu coração se aquecer com aquelas palavras. Eu podia não ter confundido as coisas enquanto sonhava, mas eu tive um sério problema para dormir porque não encontrava uma posição suficientemente confortável na minha cama. Diferente de Ayumi, eu tive problemas para dormir porque não encontrava nenhum travesseiro que se assemelhasse ao pequeno corpo da garota que eu amava. E eu queria muito abraçá-la enquanto dormia.
Exatamente como estava fazendo agora. E senti-la tão próximo de mim me trazia uma calmaria inexplicável.
Droga, eu queria dormir com ela todos os dias.
— Ayumi-chan... — Chamei-a, escutando seu grunhido sonolento logo após. — Se acordar sozinha te deixa triste, eu posso fazer com que nunca mais você passe por isso de novo.
Ela soltou uma risada fraca, e então, caçou por meus lábios, selando-os suavemente antes de dizer:
— Você não vai dormir longe de mim nem se quiser, Jeon Jungkook.
Senti Ayumi se aconchegar mais em meus braços e fechei os olhos, sabendo que, na manhã seguinte, nós dois teríamos um dia mais feliz.
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