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quando eu te conheci

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Anna só precisava aguentar mais 5 meses do último ano escolar e estava tão feliz que não podia acreditar que não teria que passar tanto tempo no colégio.

Enquanto If I were a boy da diva Beyoncé soava alto entre seus fones estilizados com um cupcake em cada parte do par de fones (estes que  estavam escondidos em suas orelhas graças ao capus que a pequena usava), ela caminhava sem muita pressa pelo corredor do colégio, afinal de contas faltava 10 minutos pra aula começar e ela não estava tão longe de sua sala de aula.

Anna tinha lá seus 17 anos de idade e não se envergonhava de dizer que seu shampoo e condicionador eram da Tralálá. Nem ligava pra nenhum manual adolescente (se é que existia) que ditasse quais tipos de produto deveria continuar utilizando ou não.

Ela estava distraída com algum edit que estava há dias trabalhando para seu ig (que consistia em uma fanbase criada pela própria e outras três meninas), sobre o que se tratava? Eram posts sobre a banda One Direction. Mesmo após o término da banda, continuou acompanhando os garotos (como inúmeras fâs), estes que estavam trilhando suas carreiras solos.

É aquela coisa: uma vez directioner, directioner pra sempre.

Onde ela havia visto isso? Não se recordava ao certo, mas antes de tentar se recordar, algo terrível ou não tão terrível acidente foi ela dar de testa no ombro de alguém que vinha do lado contrário do corredor.

-Ah, meu Deus! Me perdoe, não vi que tinha alguém vindo... Eu sou muito distraído, normalmente tento não ser tanto... Mas se eu tivesse visto você eu juro que não... -Jura que faria de tudo pra passar longe de uma invisível feito eu, certo?

Anna balançou a cabeça ao pensar em tal resposta e com um sorriso pequeno no rosto, e as bochechas que no geral eram rosadas mas estavam levemente atenuadas por conta do blush básico que usava naquela manhã de sexta-feira, apenas disse "tudo bem" e o que fez em seguida? Seguiu em frente sem prestar tanta atenção nos detalhes do novo estudante do colégio que estava tão perdido quanto cego em tiroteio.

Min Yoongi estava morando há umas duas semanas no Rio de Janeiro, embora seus traços não negassem que ele é descendente coreano, falava português fluentemente. (Efeito de passar 5 anos morando em outras duas regiões do Brasil).

Aquela era uma manhã de segunda-feira em que os raios solares não apareceram muito cedo, pois as nuvens cinzentas de chuva apontavam que logo mais iria cair um toró.  Min Yoongi continuou sua busca incessante pelo colégio, porém não achava sua sala de aula. Até que ele cansou de procurar, aquela sala do primeiro ano do ensino médio parecia de repente inexistente já que o mesmo só encontrava as salas do segundo e terceiro ano.

Decidiu descansar num banquinho perto da porta de saída, o ambiente escolar não era o mais desejado da sua vida, ele mal via a hora de poder ir pra casa. Não demorou muito a diretora apareceu e perguntou o motivo dele não estar na sala de aula e ele explicou, a diretora sorriu e disse que a sala dele era a que ficava no último corredor do colégio, no terceiro andar. Yoongi sorriu por fora como se tivesse descoberto um novo mundo só dele mas por dentro chorou de preguiça.

No caminho ele foi reconhecendo onde estava e consequentemente do que acontecera mais cedo: o esbarrão que ele deu com a primeira garota que ele falou naquele colégio.

A diretora deu três toques na porta e deu espaço para que o coreano entrasse, com os olhos fitando o chão, bolsa posta no ombro direito e mãos no bolso da jeans de cores desgastadas, Yoongi deu cinco passos e a diretora o acompanhou. O garoto parecia ter saído de algum anime, não demorou muito pra que alguns suspiros e gritinhos abafados aparecessem no recinto.

Quando ele levantou a cabeça seus olhos foram de encontro ao canto esquerdo da sala, a menina que ele tinha visto mais cedo, que parecia tão confusa quanto ele. "O que você tá fazendo aqui?". Subitamente, Anna sentiu um misto de vergonha e mal jeito, tipo quando você recebe uma visita inesperada e a casa tá toda bagunçada. Mas assim que a viu, Yoongi pela primeira vez deu um sorriso, um doce sorriso de alívio. "Pelo menos caí na sala de algum não tão desconhecida".

A professora de História estava encantada também, tanto que demorou uns segundos antes de falar que Yoongi se apresentasse para turma (alguns alunos ainda ficaram repetindo o nome dele de forma pejorativa, numa dessas Anna acabou escutando e jogou uma bolinha de papel na cabeça de um deles, o que mais falava, a diretora quase pegava ela no ato). Mas mesmo que fosse pega, ela teria desdobrado a situação, além de corajosa, a pequena era perspicaz.

Depois das apresentações já feitas, Yoongi tinha cinco opções de se sentar naquele dia.

Diferente de outros países não é só porque você senta em determinado lugar, que em todos os outros dias aquele será seu trono, esses são os efeitos de estudar em escola pública. Nada é inteiramente seu, porém, aquela sala em específico levava isso muito a sério. Embora fosse considerada a sala mais barulhenta e "atentada" da instituição.

Dos cinco, um: sentar ao lado da filha da professora, ao lado do garoto que passa mais tempo dormindo durante as aulas, ao lado da "mais bonita instagramer da sala", ao lado do mais inteligente ou ao lado da graciosa e doce Ana.

Com passos não muito devagar, e meio que sem paciência para os olhares suplicante das meninas por ter chegado "carne nova", ele cutucou Anna, que se encontrava com o rosto escondido nas duas mãos, ela estava com vergonha de encarar os pares de olhos que a cercavam e mais ainda de uma menina que um dia foi muito amiga dela mas que hoje era só uma colega de classe, que se encontrava no canto oposto ao seu.

Anna abriu os olhos e encarou o coreano, "olhando daqui, ele parece tão vesguinho, que fofo!"

-Posso?! - Ele perguntou pela quarta vez aquilo, mas a menina estava perdida naquela constelação pouco clara que morava no centro dos olhinhos daquele garoto que chegou sem dar alarde e já fazia um barulho diferente no coração dela. -Alguém senta aqui?

-Oi. Pode sim, ninguém costuma ficar aqui com frequência. -A garota tira a mochila da carteira e coloca  no chão, ao seu lado. Antes que Yoongi fosse sentar, ele pega a mochila dela e firma as alças da mochila na cadeira da garota, totalmente inexpressivo, enquanto todo mundo assistia a cena. Por dentro ele estava explodindo com tamanha coragem.

Depois que ele sentou, a professora e diretora se despediram depois de um cumprimento muito falso de ambas, e a professora voltou a dar aula.

Anna compartilhou o livro com Yoongi, enquanto ele ainda não tinha recebido.
Ele ficou admirado com o tanto de post-its que ela tinha, ela sempre tirou boas notas e amava história tanto quanto amava arte.

Quando já estavam no meio do segundo horário, onde a professora estava terminando de explicar a revolução russa, Anna sente um leve toque em seu braço, era uma bolinha papel que vinha da sua diagonal, vinha da sua ex-amiga, que não falava com ela desde o "amigo invisível" do ano passado.

As duas tinham o costume de conversar nas aulas através de bilhetes. O que Anna não contava era que além dela, tinha outra pessoa ao seu lado...

"eu não entendi porque ele escolheu sentar perto de você"

Anna respirou bem fundo e Yoongi ouviu ela sussurrar de 1 até 3, respeitando a dica da psicóloga do colégio.

"não me leve a mal por isso, mas ele é tão surreal! além de  ser um gostoso!"

Anna prendeu a respiração quando virou para o lado, sentindo os olhos de Min Yoongi nela.

-E você, concorda? -O garoto perguntou com um sorrisinho sapeca.

-Sim, bolchevique é um nome muito difícil de pronunciar. 

-Ah... Não é sobre a aula que eu estava me referindo, é no que está escrito nesse papel. -No mesmo instante, antes de Yoongi pensar em continuar a falar, o sinal toca. Salva pela gongo! A professora se despede e faz um sinal de legal na direção de Yoongi, que retribuiu com um sorriso fechado.

Anna pegou sua garrafinha de água e bebeu inteira.

Yoongi prendeu uma gargalhada com o jeitinho nervoso que Anna estava tendo, ela não sabia como reagir e pensava que ele fosse se arrepender de ter sentado com ele, tinha medo do que ele pensaria que ela fosse.

Anna concordava com a segunda coisa escrita naquele bilhete. E como concordava!

Yoongi saiu da sua carteira e foi até onde a menina que tinha jogado o papel estava. A menina que havia jogado o papel tremeu de leve, ela estava se sentindo A desejada.

-Primeiro: eu tô sentado ali porque eu gosto do jeito de ser daquela menina e porque ela é a única que não me olha como se eu fosse uma presa. - Ele aponta um dedo na direção da Anna, que queria sair correndo naquele instante, tinham poucas pessoas na sala já que o resto tinha saído correndo pra cantina. -Segundo: Obrigato, você até que tem bom gosto. -Por um momento, Anna desejou que Yoongi fosse uma menina, pra toda vez que ela entrasse numa briga ou situação ruim, ele a defendesse.

-Mas... Quê?!?! -A menina ficou totalmente desnorteada e com vergonha.

Yoongi voltou para sua carteira e perguntou se Anna ia sair, ela disse que tinha que resolver umas questões sobre teorema de Tales. Ele continuou ali, depois de dizer que comeria seu macarrão instantâneo em silêncio; ela achou graça ele ter trazido comida, era a primeira vez que ela via algo assim, da última vez ela tinha 6 anos quando viu alguém levar lanche pra escola.

Ela também levava até ano passado, a questão é que quando não ficavam pedindo pra ela toda hora, falavam mal dela já ser grandinha demais pra levar lanche pra escola. Até que ela decidiu comprar lá mesmo e comer no canto mais isolado da biblioteca e longe dos avisos  "não faça barulho quando mastiga!" Silêncio!" da bibliotecária Matilda.

-Então quer dizer que você se chama Anna Carolina?

-É. Então quer dizer que você se chama Min Yoongi?!

Eles começaram a rir como se tivessem contando a piada mais engraçada do mundo.

A menina que tinha jogado o papelzinho saiu dali depois de tanto ter esperado as duas amigas guardarem as coisas. Estavam só Yoongi e Anna na sala.

O silêncio durou por no máximo 3 minutos. Até Anna quebrar o gelo.

-Por quê fez isso? -Ela disse, juntando as mãos perto dos joelhos.

-Eu diria que foi quase impulsão. Mas não queria ver você dando explicação pra ela. Vocês são amigas?

-Éramos. Mas me afastei quando vi que ela começou a espalhar fofocas a meu respeito.

-Entendi... Ela não me parece ser muito gentil.

-Pois é. -Ela disse voltando a preencher o cabeçalho, faltavam dois probleminhas e pronto.

-Quer ajuda?

-Você tá lanchando, Yoongi.

-Mas mesmo assim posso ajudar. Eu sou ótimo em matemática.

-Quanta modéstia! -Ela passou o caderno pra ele.

-Não sei o que é isso, mas obrigato.

-HAHSHHAHAHSHDSHAH!

-Eu contei alguma piada? -o garoto disse quase pulando da cadeira. - Eu tô borrado de alguma coisa? Minha boca tá suja?

-Ai! eu te assustei com minha risada exagerada? -Anna pergunta enxugando os olhos de tanto rir. Yoongi fazia os calculos malucos com muita precisão.

-Não. Não é uma risada exagerada, é uma risada engraçada. Do tipo que a gente ri junto, mas pelo motivo do som da risada do que da piada em si. -Anna se considerou uma sortuda naquele dia, achava Yoongi tão mega inteligente e legal. -Continuo sem saber o motivo de você ter rido de repente. Mas acabei os probleminhas que faltavam.

-Obrigato!

-AAHH! Disso que você riu?!

-Meio que sim, é que eu realmente achei muito fofo! - Ele olhou sorrindo pra ela.

-Sou fofo mesmo com essa cara aqui?

Anna sentiu as pernas vacilarem por uns segundos.

-Agora um pouco menos fofo. -inúmeras borboletinhas faziam bolo de chocolate para a madrinha na barriga de Anna, ela quase podia sentir o coração na garganta depois daquele breve flerte que ela teve com o louco da matemática. Yoongi tinha uma dualidade incrível.

Eless aproveitaram o resto do intervalo falando algumas charadas.

-O que é que nós matamos quando está nos matando? -Yoongi pergunta.

-Não faço a mínima ideia. -Anna pergunta e alguns meninos começam a entrar na sala.

-A fome. -Yoongi diz sério mas acaba explodindo em gargalhadas junto com ela, que ainda não tinha assistido ao vivo um sorriso gengival como aquele.

-Sabe por quê a vaca dá leite? -Foi a vez dela de perguntar.

-Porque ela só sabe fazer isso?

-Não. Porque ela não sabe vender.

Yoongi batia o livro de História na cabeça e Anna tampava a boca rindo descontroladamente junto com o novo aluno.

Alguns meninos olhavam pra ele sem entender (inclusive o que tinha uma paixão platônica pela Anna, ele já tramava um breve discurso para o "japa playboy".

O sinal tocou mas o professor de português não tinha chegado ainda. Anna aproveitou e foi até o banheiro.

Yoongi decidiu escutar músicas e aproveitou pra responder algumas mensagens e ficar de bobeira pelo spotify descobrindo novas músicas.

O menino que tinha uma queda pela Anna se aproximou com outros dois e começaram a puxar assunto. Perguntando qual bairro Yoongi morava, o que ele achava daqui do Brasil e tudo mais, em tão pouco tempo a conversa tomava outro rumo; começaram a criticar a cultura do garoto e a superiorizar algumas coisas em que "o Brasil era melhor".

Yoongi não disse nada, apenas tentava pensar em qualquer outra coisa que não fosse aquele trio de idiotas.

Quando Anna chegou, os amigos do menino que gostava dela saíram e deixaram-no com a crush dele e o coleguinha dela.

-Ta precisando de alguma coisa, Felipe? -Anna conhecia a peça e sabia dos sentimentos dele por ela, sabia pelos outros mas nunca pela boca do mesmo que vivia querendo tentar coisas bestas pra impressioná-la. Mas Anna não era boba.

-Na verdade não, mas sim. - ele disse e Yoongi franziu a testa. -Vai fazer alguma coisa hoje a tarde? Tipo, umas seis da tarde por aí?

-Vou. Infelizmente.

-E amanhã.

-Provavelmente. Tenho que assistir aula de dança, não dá.

Yoongi abaixou pra amarrar os sapatos.

-E que dia vai dar?

-No dia de são nunca. -Anna disse, breve.

Yoongi mordeu a língua para não rir e voltou a sentar direito na carteira.

Felipe saiu chateado e nada contente depois de receber uma careta com um sorrisinho de Yoongi que se fosse dizer alguma coisa seria algo como "perdeu, mano".

O professor de matemática chega para ficar no lugar do horário do professor de química.

Tudo aparentemente correu bem dali em diante, fora alguns acontecimentos anteriores, aquele dia tinha sido perfeito para Anna e tão mais para Yoongi.

Na hora da saída eles foram juntos pra parada de ônibus.

Conversaram sobre seus gostos musicais e sobre os prós e contras de estudar certas matérias no colégio (que as vezes tinha mais contras do que prós). Também trocaram números e passaram a se seguir nas redes sociais.

A sensação que tinham era que se conheciam há anos.

O ônibus da Anna estava chegando, Yoongi ficou hesitante em perguntar aquilo, temia que a resposta fosse a mesma do outro garoto. Mas quis insistir ainda assim.

-Tá livre hoje a tarde?

-Depende de quem esteja perguntando, talvez eu esteja, mas... -O ônibus parou para receber mais passageiros. -Mas me manda mensagem. - Ele piscou pra Anna e quando ela subiu os degraus quase tropeçou.

A questão é que assim como aquele sorriso, a picadinha que ele deu foi marcante, ela jamais esqueceria.

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3 anos depois...

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Continua...

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