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Brunna encarava a televisão com o cenho franzido, achando a coisa mais brega o que estava passando naquele programa de fofoca. Estava passando fotos de vários casais que combinavam roupas, não conseguia acreditar como alguém se prestava a fazer aquele papel, era algo tão brega e adolescente.
- Você concorda com a mamãe? - questiona olhando para Dominic que estava sentado sobre suas pernas e segurava um mordedor - Concordo, mamãe. - afina a voz e beija a bochecha gordinha do bebê que já tinha quatro meses.
Seus olhos castanhos ficam sobre a tela enorme da televisão com descrença. A única coisa que ela achou bonitinho foi uma de uma modelo com a filha. Enquanto assistia, Brunna intercalava a atenção entre o programa e seus bebês que dormiam nas cadeiras de descanso, enquanto Dominic estava acordado.
- Amor, olha o que eu comprei. - a voz de Ludmilla sobressai o barulho baixo da televisão e Brunna vira o pescoço em direção a sua esposa, encontrando Ludmilla e Cecília paradas ao lado uma da outra com camisas iguais, a diferença era as cores, de Cecília era lilás e a outra rosa clarinho, entretanto as estampas eram idênticas.
Brunna fica as olhando com um sorriso doce nos lábios achando aquilo fofo mas esse mesmo sorriso morre, assim que Ludmilla levanta uma camiseta da cor preta, junto com mais três para cada pequeno que eram nas cores marrom, creme e cinza.
- Podemos usar quando formos sair com os quatro! - fala animada indo até sua esposa, com cuidado para não acordar os bebês.
- Roupas combinando, Ludmilla? - levanta as sobrancelhas segurando Dom com mais firmeza, já que o bebê mexia os braços querendo ir para o colo da outra mãe.
- Sim, amor. Olha que lindinho. - coloca as roupas sobre o sofá, as olhando com um enorme sorriso animado - O que achou?
- Eu... - desvia os olhos para Cecília que tinha os cabelos molhados e perfeitamente penteados - Amor, roupas combinando não são o meu forte.
- Mas Brunna, olha que lindas. Vamos ficar maravilhosas com essas blusas. - seu tom animado, o sorriso e os olhos brilhando.
- Você vai usar, não vai?
Brunna puxa o ar tentando pensar em uma forma de se recusar a usar aquilo por achar brega, mas ao ver o olhar esperançoso da esposa enquanto pegava Dominic dos seus braços, a mais velha solta uma risada baixa percebendo como o universo era; estava criticando todos os casais que usavam roupas combinando e agora sua esposa estava ali, pedindo para usarem roupas combinando. Brunna amava demais aquela mulher para negar algo com aquele sorriso estampado em seus lábios.
- Mommy, look. - Cecília diz embolado, apoiando as mãozinhas nas coxas da mulher e sorri orgulhosa, lhe mostrando a blusa que usava.
- How beautiful, baby. - elogia no mesmo idioma. Quando olha para Ludmilla, ela estava com a mesma cara de tacho que sempre ficava quando as duas mudavam o idioma - Did you like the color? - aponta para a blusa maior que estava no sofá e Cecília responde um "yeah".
- Se estiverem falando mal das roupas que eu escolhi, saiba que eu vou ficar magoada. - avisa com um bico nos lábios e tentando deixar a mãozinha de Dom longe do seu piercing que tinha no nariz.
- Não estamos falando mal, estamos elogiando. - mexe as sobrancelhas - Mas eu vou adorar usar roupas combinando com vocês cinco. - sorri ficando de pé, toca os cabelos de Cecília e encosta seus lábios na bochecha de Ludmilla.
- Comprei até uma para a Rafa usar quando voltar. - confidência arrancando uma risada da mais velha.
Diferente das últimas seis semanas, Brunna apenas sorri afirmando com a cabeça. Já se faziam dois meses que Rafaela tinha viajado, nas primeiras semanas Brunna ficava andando pelos cantos choramingando alegando estar sentindo falta dos comentários inusitados da filha, nas semanas seguintes ela só chorava nas chamadas de vídeos com a garota.
Os dois únicos dias em que Brunna mais chorou foi em seu aniversário quando foi surpreendida com uma chamada surpresa, e na ligação Rafaela usava um chapéu de aniversário, junto com uma fatia de bolo. O outro dia foi no aniversário da adolescente onde os amigos – em sua maioria brasileiros que também estavam fazendo intercâmbio – e a família que Rafaela estava morado, quando assistiu sua pequena festa, pela chamada de vídeo, suas mães e Lucas assistiram.
Quando os bebês completaram três meses, a forma que elas via quem era quem acabou mudando, eles receberam uma pulseira banhada a ouro com seus apelidos de sua madrinha, Juliana. Com tantos presentes que a mulher dava a seus filhos, Brunna e Ludmilla começaram a desconfiar que Juliana estava sentindo vontade de ter mais um filho, pouco tempo depois, o casal teve sua resposta; Juliana iria adotar uma menina de três anos.
Há menos de uma semana, Ludmilla tinha voltado a trabalhar, mesmo que essa não fosse sua vontade. Além dos papéis que Ludmilla usava diariamente no emprego, algo que se tornou indispensável foi uma bomba de leite que Ludmilla passou a carregar consigo para que não parasse de amamentar seus pequenos.
Benjamin, Dominic e Anthony estavam crescendo, dando pequenos motivos para que suas mães e avós comemorem a cada novo som, movimento ou resmungo. Já Cecília estava cada vez mais próxima dos três, finalmente tinha aceitado que eles eram seus irmãos e que não perderia o amor das suas mães por isso, suas crises de birra e choros tinham diminuído drasticamente, só ocorriam quando as mais velhas impediam que ela acabasse se matando por pegar algo perigoso.
Porém, independente do que acontecesse, a coisa mais estranha que Ludmilla já tinha presenciado naquela casa foi quando encontrou Brunna ajoelhada no gramado, chamando Aristóteles de "benzinho" e "nenê da mamãe", antes do gato pular no brinquedinho que ela tinha em mãos. Claro que horas depois, Brunna já estava o chamando de gato pulguento por toda casa, fosse por ele derrubar Cecília ou acabar acordando um dos trigêmeos por derrubar algo propositalmente.
No geral, tudo estava começando a dar certo, os bebês não davam tanto trabalho quanto davam ao nascerem, Cecília ficava cada vez mais educada, Rafaela estudando o que gostava e Ludmilla de olho em uma promoção que praticamente dobraria seu salário, e, mesmo tendo que dividir seu tempo entre o trabalho, quatro crianças pequenas e seu casamento, Ludmilla e Brunna estavam felizes como nunca.
Alguns meses depois, quando o aniversário de Ludmilla se aproximava, Brunna pediu para que sua esposa tirasse um dia para sair com seus amigos e descansar, com muita insistência, Ludmilla acabou sedendo e saiu com os amigos do trabalho, foram em um karaokê e como previsto, Ludmilla chegou cedo em casa, não se sentia muito confortável em sair e deixar sua esposa com as crianças, ainda que sua sogra estivesse ali para a ajudar.
Elas ainda não tinham se casado no civil, queriam esperar Rafaela voltar para o país para ser uma das testemunhas pois foi graças a ela que estavam juntas, sentiam que era o mínimo que podiam fazer para a agradecer por ter sido uma garota sem juízo a ponto de arrastar uma mãe com um bebê para sua casa. A outra testemunha seria Mia, Ludmilla amava tanto sua sogra e sugeriu a Brunna que aceitou de imediato, a ideia de ter sua mãe assinando um papel que iria oficializar perante a lei seu casamento com a mulher da sua vida.
Sabendo que os bebês reconheciam as pessoas pelo cheiro e a voz, Brunna e Ludmilla sempre deixavam alguma peça de roupa que Rafaela não havia levado perto dos bebês, elas sentiam medo de que eles não reconhecessem sua irmã mais velha. Rafaela não tinha comentado mas compartilhava desse mesmo sentimento, tinha pensado em desistir do intercâmbio diversas vezes para acompanhar aquela fase dos seus irmãos, entretanto após uma longa conversa com Ludmilla, acabou decidindo continuar com aquilo.
No aniversário de Ludmilla, aconteceu quase a mesma coisa com o de Brunna; Rafaela fazendo uma chamada de vídeo com um pedaço de bolo, vela e um chapéu de aniversário. Como Ludmilla tinha saído com seus amigos uns dias antes, sua festa tem como convidados apenas seus sogros, Juliana, Patrícia e Allyson. As amigas que tinha ganho graças ao seu relacionamento com Brunna.
Já no aniversário de Cecília, aconteceu uma pequena festinha com algumas crianças e até mesmo Verônica compareceu a trabalho para ajudar as mulheres com os bebês que ficaram agitados com a presença de tantas crianças. Ludmilla se divertiu com seus filhos ficando fascinados por verem outros bebês da mesma idade ou um pouco mais novos, eles sempre ficavam de olhos arregalados e parados, pareciam ter um erro na Matrix.
Aos sete meses, todos já conseguiram notar a diferença entre os trigêmeos; com seis meses Dominic já engatinhou, ao completar sete meses, foi a vez de Benjamin enquanto Anthony apenas ficava apoiado em seus joelhos e mãozinhas tentando fazer o mesmo mas sempre desistia. Com os bebês começando a engatinhar, um antigo ódio de Brunna pelo Aristóteles voltou a tona, o gato que tinha parado com a mania de tentar derrubar Cecília por ela já não cair mais com tanta facilidade, passou a derrubar os bebês enquanto eles estavam engatinhando, causando ameaças de Brunna sendo lançadas contra o gato.
Brunna não aceitava que Aristóteles já deveria ter quase dois anos e não tinha perdido essa maneira sádica de derrubar crianças como se elas fossem um brinquedo. Após Dominic bater o queixo no chão, Brunna se revoltou e Aristóteles passou a ficar na parte de fora da casa, tendo apenas algumas horas de passe livre pela casa, que eram quando Cecília estava ali ou estivesse muito quente.
- Mamã. - Anthony ameaça chorar vendo seus irmãos engatinhando.
- Vai bebê, você consegue. - Ludmilla o encoraja sentada no tapete, sorrindo ao ver Benjamin engatinhar em sua direção até alcançar sua coxa, colocar as mãozinhas gordinhas ali e tentar se levantar.
- Mama. - Dominic a chama agarrando sua blusa nas costas e a puxa, ficando de pé.
Cecília que estava no sofá com um caderno de desenho encara seu irmãozinho que não conseguia engatinhar, sorri sapeca e descendo do sofá, ficando na mesma posição que ele estava.
- Thony, assim. - engatinha lentamente tentando ensinar o bebê.
Anthony fica encarando sua irmã até que olha para o chão, bate a mãozinha no tapete e coloca uma mais a frente, tentando repetir os movimentos da mais velha.
- Brunna, vem aqui. - Ludmilla chama sua esposa com urgência temendo que ela perca Anthony engatinhar pela primeira vez e precisando de ajuda com os bebês apoiados em si.
- O que fo... - Brunna se cala segurando um pano de prato ao entrar na sala e se separar com a seguinte cena; Anthony engatinhar alguns centímetros com insegurança até soltar um sorriso animado e pegar mais confiança para fazer aquilo.
Sacando seu celular com urgência, Brunna começa a gravar e se ajoelha ao lado da esposa, puxando Dominic pela blusa que o bebê usava até que ele caísse sentado, solta uma risada e olhasse para Brunna antes de se agarrar a ela também.
- Vem com a mamãe, Thony. - Brunna o chama com a mão, focando o celular no bebê que batia as mãozinhas no tapete para se equilibrar.
Anthony balbucia várias palavras, olha para Cecília e engatinha até a menina que tinha um sorriso divertido. Assim que ele a alcança, Cecília permite que ele se apoie em suas mãos e o ajuda se levantar até que o abraça, beijando sua bochecha gordinha e Brunna para de gravar, soltando vários gritinhos animados, agarrando a primeira pequena cópia que encontra a sua frente.
Ludmilla coloca Benjamin sentado e bate algumas palminhas antes de roubar Anthony, enchendo o bebê de beijos e fazer a mesma coisa com Cecília, dizendo que a menina tinha ensinado o menino a engatinhar.
Entre milhares de comemorações, Brunna enviou todos os vídeos para o grupo onde seus pais e Rafaela estavam. Iniciando uma ligação de vídeo para comemorar aquela grande vitória que Anthony tinha conquistado. A comemoração só é encerrada quando um dos três sujam a calça, sendo preciso ir para o andar de cima o limpar.
Contando os dias para Rafaela retornar, o fim de ano finalmente chega e com ele, o primeiro aniversário dos trigêmeos também chega, e, como tinham feito no primeiro aniversário de Cecília, Brunna organiza uma pequena festa de fundo de quintal, apenas para as pessoas mais próximas como da outra vez, só que dessa sem a presença dos gêmeos Brito e Rafaela, só com a da pequena Júlia, a menininha que Juliana tinha conseguido adotar.
Brunna estava vendo seus bebês brincando no playground com Cecília e Aristóteles, ela soltava alguns suspiros desejando que Rafaela estivesse ali para presenciar tudo. Pouco tempo depois, Brunna sentia os braços firmes de Ludmilla a envolvendo e apoiando o queixo em seu ombro.
- Tenho um presente para você. - Ludmilla sussurra com sua voz doce, beijando a bochecha de Brunna.
- O que? - olha por cima do ombro, conseguindo ver Ludmilla com o sorriso sapeca de sempre.
- Opa, que festão! - a voz tão familiar chega aos ouvidos de Brunna e a mulher quase empurra Ludmilla para longe quando se virou em direção a ela, encontrando Rafaela com um enorme sorriso, algumas sacolas nas mãos e Gab logo atrás dela.
- Meu Deus! - Brunna exclama alto, cruzando a área externa até alcançar sua filha, a abraçando com tanta força que a garota brinca dizendo que viraria purê de Rafaela - Como... - com lágrima nos olhos, Brunna segura o rosto de Rafaela que estava com algumas expressões mais maduras do que da última vez que a viu pessoalmente.
- Feliz Natal, mãe. - sorri com os olhos marejados voltando a abraçar e afundando o rosto em seu pescoço.
- Fafa! - Cecília grita do playground vendo sua irmã, salta do escorregador e corre rapidamente até sua irmã, pulando em seus braços assim que a adolescente se ajoelha para a receber.
- Minha pequena! Como você cresceu, pestinha. - se levanta e rodando com a criança nos braços.
- Senti saudadi, fafa. Muitão assim. - Cecília tenta abrir os braços mas eles estavam ocupados em esmagar sua irmã mais velha em um abraço.
- Eu também senti, bebê. - cochicha a apertando antes de soltar a menina no chão, olhar para Ludmilla que tinha um sorriso divertido - Mamis! Não fez mais filhos com a minha mãe, não é? - brinca se jogando nos braços da mulher que ri a apertando.
Ludmilla tinha combinado com Lucas de trazer Rafaela para o Brasil nos feriados de fim de ano, ela passaria uma semana ali e depois voltaria para os Estados Unidos. Não queria que sua filha perdesse o primeiro aniversário dos irmãos e Rafaela aceitou de imediato, sem se importar de não passar a virada de ano na Times Square. Tentaria fazer isso no próximo ano.
Entre muitos abraços e lágrimas de Brunna, Rafaela cumprimenta todos e encara as três pequenas cópias que estavam agarradas as pernas de Ludmilla, a olhando com curiosidade. Sentindo seu coração acelerar, Rafaela se ajoelha e senta sobre os próprios pés.
- Oi... - fala com a voz mansa vendo os bebês acanhados - Ouvi dizer que hoje é aniversário de vocês. - confidência percebendo os olhares ainda mais curiosos - Trouxe presentes, vocês querem? - os trigêmeos afirmam com a cabeça, abraçando ainda mais as pernas de Ludmilla, que apenas ri encarando os pequenos.
- Fafa. - Dominic diz embolado encarando a mulher. Ele é o primeiro a se soltar da mãe e andar em passos curiosos até a irmã, ao olha-lá mais de perto, Dom se lembra da moça que suas mães sempre mostravam e que conversava pelo aparelho que era estritamente proibido para eles - Fafa! - fala abrindo um enorme sorriso, exibindo seus dentinhos, e então, se aproxima o suficiente para a abraçar.
Rafaela sorri animada e retribuí a aquele abraço gostoso. Em seguida, Anthony também se aproxima e Benjamin se junta ao abraço por último, sendo enchidos de beijos pela irmã mais velha, deixando todos ali presentes abobalhados com aquela cena, menos Cecília que fica emburrada de ciúmes, aceitava dividir suas mães e o gato. Mas sua irmã? Não.
- Fafa. - Anthony balbucia encarando os olhos da mulher e sorri, os olhos dela lembravam os da sua mãe.
Rafaela se surpreende quando recebe um beijo babado de Benjamin. Com um enorme sorriso, ela se afasta e olha as pulseiras douradas no pulso de cada bebê com seus apelidos, conseguindo distinguir cada um. Ao notar Cecília emburrada, ela pega a menina no colo e a roda, enchendo a mesma de beijos.
Por fim, ela distribui os presentes que tinha comprado para todos. Primeiramente para Cecília que estava se remoendo em ciúmes. Após sua aparição, o clima da festa fica ainda mais animado do que já estava e enquanto as crianças voltaram a brincar, Cecília ficou agarrada ao pescoço de Rafaela e a garota contava o que tinha acontecido naqueles meses, não deixando de enfatizar que estava namorando com a Gabriela.
Cecília e Brunna pareciam disputar para saber quem ficaria pendurada no pescoço da mulher, resultando em Rafaela sentada no colo de Brunna e Cecília no seu. Foi uma cena engraçada, tanto que Gab acabou tirando uma foto e avisou que postaria no Instagram, arrancando uma risada de todos quando Rafaela diz que a namorada queimaria o seu filme com os gringos.
Explicando que o vôo tinha atrasado, todas continuam a conversar até que anoitece. Ali, Rafaela deixa os adultos de lado e se junta as crianças, sendo recebida calorosamente pelos irmãos mais velhos e a nova cunhadinha. Já que Rafaela estava ali, Brunna agenda o casamento no civil para dois dias depois do natal e fica eufórica, colada na filha que tanto sentiu falta.
Pelos três dias seguidos, o casal e Rafaela quase não se separam, ficam conversando e matando a saudade que sentiam uma da outra, até mesmo vão passear com as crianças para dar um gostinho a Rafaela de que a loucura que elas relatavam ao sair com os quatro, não chegava nem aos pés da loucura que era na prática. Quando chegaram em casa, Rafaela estava de cabelos em pé e tentava se manter seria mas a zoação de Ludmilla consigo, tornou esse ato impossível.
Poucos dias depois, Brunna estava usando um vestido branco e leve, assim como Ludmilla. Elas tinham seus cabelos penteados e repartidos, estavam lindos. Entrando no cartório, os trigêmeos estavam usando uma coleira e Jorge os segurava, chamando a atenção de todos por onde passavam, era sempre assim com os três.
Havia um fotógrafo registrando todos os momentos, desde a entrada delas no cartório até o momento em que o juíz começou a cerimônia. Pelo pedido do casal, o fotógrafo foca toda sua atenção em Rafaela assim que Ludmilla e Brunna a chama para ser testemunha do casamento delas. Aquele, como muitos outros que envolviam Rafaela, foi algo cômico, a pressão da mulher pareceu cair diversas vezes, Rafaela não sabia se ria, chorava ou comemorava enquanto se aproximava das suas mães.
Aquele momento foi um dos mais felizes de Ludmilla e Brunna, elas tinham a felicidade estampada em seus rostos e se divertiam com Rafaela surtando por estar sendo testemunha do casamento das mulheres que mais amava.
Ali, com seus filhos mais novos bem comportados, sua primogênita se debulhando em lágrimas, os pais e amigos, Brunna se sentiu a mulher mais sortuda do mundo por ter tudo aquilo em sua vida. E agora, Ludmilla seria sua esposa perante a lei e teria o seu sobrenome, a mãe dos seus filhos e mulher da sua vida, seria sua em todas as áreas possíveis.
Brunna não podia estar mais feliz, assim como Ludmilla que tremia no momento de assinar aquele papel tão importante. Não conseguia acreditar que estava fazendo aquilo com o amor da sua vida. Ludmilla estava tão ansiosa para beijar sua esposa que nem ao menos esperou o juíz dizer a tão famosa frase "eu as declaro casadas", apenas puxou Brunna pela cintura e a beijou com todo o amor que tinha em seu coração e que crescia a cada dia.
Enquanto beijava Brunna, Ludmilla notou que agradecia a todas as coisas que tinham acontecido em sua vida, desde as mais ruins até as boas, pois sabia que se algo coisa não tivesse acontecido, por exemplo, Luana entrar em sua vida, Ludmilla não teria Cecília e consequentemente não teria Brunna, Rafaela e os trigêmeos, as pessoas cujo ela amava mais do que a própria vida.
Brunna estava sentindo tanto amor naquele momento que algumas lágrimas começaram a escorrer por seus olhos enquanto beijava Ludmilla, não achava que era possível amar alguém com tanta intensidade assim como amava aquela mulher mas Ludmilla tinha chegado em sua vida para lhe mostrar que sim, era possível e aquilo era pouco para a quantidade de vezes que se apaixonava todos os dias por sua esposa, desde o abrir dos olhos em uma manhã ensolarada até o adormecer.
Após tantas decepções e aventuras amorosas, elas tinham encontrado o amor mais forte e puro que poderia existir em suas vidas, um amor cujo gerou três crianças maravilhosamente lindas e mais uma filha de brinde para cada uma.
Não existe palavras o suficiente para demonstrar o quanto elas se amavam e estavam felizes como nunca antes.
🦋THE END🦋
Infelizmente, foi o último capítulo. Queria agradecer a todos os que chegaram até aqui, favoritaram, comentaram. Obrigada de coração por tudo. ❤️
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