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Print no final do capítulo.
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Brunna levanta do sofá e anda até a porta ao ouvir a campainha, assim que abre, ela sorri encontrando Gabriella com algumas sacolas. Ela estava com um cabelo diferente da última vez que a viu, antes ele estava curto e com um corte bem feito, agora tinha tranças do estilo box braid de duas cores, de um lado preto e do outro vermelho.

- Irão fazer um dia de meninas? - Brunna pergunta dando espaço para a adolescente entrar após a cumprimentar.

- Sim, a Rafa estava querendo fazer isso há uns dias. - afirma com a cabeça com um pequeno sorriso - Ah, a minha mãe mandou isso. - levanta duas sacolas com o slogan da Gucci estampado - É para os tri.

- Ah só pode ser brincadeira. - Brunna levanta a sobrancelha pegando as duas sacolas e olhando dentro, vendo três caixas pequenas e mais três maiores - Sua mãe não fez isso. - olha desacreditada para Gab que sorria divertida.

- Ela comprou quando fez aquela viagem para os Estados Unidos, disse que eles ficarão lindos nessas roupinhas. - explica acompanhando Brunna até o sofá.

Ainda desacreditada, Brunna senta no sofá e as caixas menores, ao abrir todas, ela se depara com as chupetas que eram parecidas, uma era preta com detalhes dourados tendo a letra "A" gravada, outra prata e branco com "D", já a outra era preta e prata com "B". Logo ela tira as outras caixas encontrado três macacões com tocas, os macacões eram iguais, só mudavam as cores, um era preto, outro branco e o terceiro da cor creme, assim como as tocas que tinha "Gucci" estampado.

- São lindas... - murmura boquiaberta ouvindo a risada da adolescente.

- Fiquei apaixonada quando vi, ela disse que dessa vez espera te convencer a ser a madrinha deles. - entrega o recado da sua mãe.

- Com certeza ela será. - fala bem humorada, já tinha decidido que Juliana seria a madrinha dos seus filhos bem antes desse presente.

- Se me dá licença tia Bru, vou lá com a Rafa. - aponta para o andar de cima e Brunna afirma com a cabeça agradecendo o presente antes da garota sair em disparada para o segundo andar.

Brunna fica encarando aquelas roupinhas ainda sem acreditar no que via, ao mexer nas chupetas, ela encontra os prendedores que variavam entre dourado e prata. Levando a mão até a boca, Brunna nega com a cabeça não acreditando que tudo ali deveria ter milhares de reais.

Indo atrás de Ludmilla parar mostrar aquilo, ela encontra a mulher brincando no playground com Cecília mas ao ver a expressão que Brunna carregava, já vai ao seu encontro ficando preocupada.

- O que aconteceu?

- Nossos filhos vão vestir roupas mais caras que quase todo o nosso guarda-roupa. - aponta para dentro da casa vendo as sobrancelhas grossas se mexerem - A Juliana deu a eles roupas e chupetas da Gucci, Ludmilla! Nem eu tenho roupas da Gucci.

- Você tem sim, aquele vestido, uma bolsa e um salto. - Ludmilla fica, completamente confusa.

- Eu quis dizer a Rafaela, nem a Rafaela tem. - corrige. Ludmilla segura a risada e maneia com a cabeça - Vem ver, são lindos. - segura sua mão.

- Cecília, a mamãe já volta, tudo bem? - Ludmilla avisa olhando para bebê que usava o escorregador.

- Tá, mamãe. - faz um sinal positivo com o polegar e Brunna arrasta Ludmilla para a sala, onde os presentes estavam.

- Caralho. - Ludmilla murmura baixo ao ver as caixas, em seguida as roupas e as chupetas - Que lindas. - arregala os olhos se aproximando do sofá.

- Eles ficarão tão lindos nessas roupinhas, amor! - Brunna exclama animada - Podemos usá-las quando eles saírem do hospital.

- Boa ideia. - afirma com a cabeça tocando aquele tecido tão macio - As chupetas tem a inicial de cada um. - sorri apaixonada notando aquele detalhe nas chupeta.

- Estou apaixonada tanto quanto em choque. - Brunna diz, parando ao seu lado e acariciando a barriga - Semana que vem eles já irão usar.

- Estou tão ansiosa. - desce os olhos para a barriga.

Brunna iria completar 36 semanas e Natalia faria a cesária, o parto seria induzido pois assim não tinha tanto risco de algum ficar sem oxigênio ainda na barriga. Pelo estresse de crescer em um útero compartilhado com mais dois, eles nasceriam sem necessidade de ficar na encubadora ou na UTI neonatal caso não houvessem complicações no nascimento. Como os exames feitos mostravam que a maturação dos pulmões dos bebês ainda não estavam tão bons, Brunna tomou duas doses de um medicamento para ajudar nessa maturação, ela tomaria a última dose três dias antes do parto e eles iriam fazer outro exame para ter certeza que eles não iriam precisar de uma bolsa de oxigênio, causando a necessidade de ficarem internados.

Como aquela seria a última gestação de Brunna pois também faria a laqueadura logo depois do parto para enfrentar uma única recuperação, Brunna e Ludmilla tinham contratado um fotógrafo para registrar todos os momentos, desde a entrada de Brunna na sala de cirurgia até o momento em que ela estivesse no quarto.

O casal fica alguns minutos babando naquelas roupinhas até que Mia chega da rua, também se apaixonando por aquelas peças e anuncia que iria as lavar para colocar na bolsa que permanecia pronta desde a 34 semana de gestação. Após fazer uma leve refeição, Brunna decide que iria deitar por estar se sentindo cansada e Ludmilla prontamente a ajuda subir as escadas.

Andando em pelo corredor em direção ao quarto delas, elas passam pela porta do quarto de Rafaela que estava aberta e ambas paralisam ao ver o que acontecia dentro daquele quarto.

Rafaela e Gabriela estavam se beijando.

- Eu sabia! - Brunna exclama alto fazendo as adolescente se afastarem com tamanha rapidez que Rafaela cai da cama e se levanta de olhos arregalados.

- M-mãe.

- Eu sabia que você gostava de mulheres, Rafaela! - a mulher acusa com um enorme sorriso, juntando as mãos na frente do corpo.

- Vocês estão juntas? - Ludmilla questiona em confusão, intercalando o olhar entre as mais novas que pareciam querer se enfiar em um buraco.

Rafaela estava em choque por ter sido pega aos beijos com sua amiga, não conseguia esboçar nenhuma reação ou dizer algo, apenas estava parada perto da cama encarando as duas de olhos arregalados. Diferente de Gab que se enfiava debaixo das cobertas tentando esconder a vergonha que sentia.

As três ficam se encarando com expressões diferentes, Ludmilla em confusão, Brunna com surpresa e Rafaela carregava uma que era indecifrável.

- Estarei no meu quarto, quando quiser conversar estarei lá e portas abertas, estou de olho em vocês duas. - avisa segurando a barriga enorme e indo para seu quarto deixando somente Rafaela e Ludmilla se encarando.

- Portas abertas. - reforça o que sua esposa tinha dito e vai atrás dela.

- Eu vou me jogar dessa sacada, é sério. - Gabriella resmunga totalmente envergonhada, colocando a cabeça para fora do edredom.

- Meu Deus... - murmura baixo estática no lugar - Elas viram... - arregala os olhos se virando para a garota que a encarava.

- Desculpa, a culpa foi minha. Eu não deveria ter te beijado, eu...- Gab se cala quando Rafaela se inclina e cola seus lábios a calando.

- Cala a boca, garota. Olha a merda que você está para dizer! - resmunga quando separa seus lábios - Já estava mais do que na hora da minha mãe saber que eu gosto de mulheres, eu só não sabia como dizer. Isso vai me ajudar. - sorri olhando nos olhos castanhos da garota.

Enquanto Rafaela tentava acalmar os seus batimentos cardíacos, Brunna estava com um enorme sorriso sentada na cama e encarando Ludmilla.

- Minha filhinha beija mulheres, Ludmilla! - exclama animada causando uma enorme confusão na mulher, esperava que Brunna tivesse uma reação boa mas não desse nível - Isso significa que não vou precisar ficar preocupada 100% do tempo sobre gravidez! Ai meu Deus, vou desmaiar. - diz quando sente sua pressão cair quando a ficha cai.

Ludmilla apenas fica com um sorriso divertido nos lábios, sem demonstrar muita surpresa, sabia que Rafaela se sentia atraída por mulheres mas ver Gab e ela juntas era um choque, sempre tinha visto uma enorme amizade entre as duas, tanto que Gab até ajudava Rafaela com o falecido – não tão falecido assim.

- Espera, você sabia? - Brunna se dá conta que Ludmilla não estava surtando com ela então isso só podia indicar algo, Ludmilla já sabia da preferência sexual da filha.

- Sabia.

- Sua... Sua energúmena! Não pensou em me contar isso?

- Ah amor, eu não ia tirar a nossa filha do armário. - se defende andando até Brunna e apoiando as mãos em seus ombros - Mas não sabia da Gab, isso também foi algo surpreendente para mim.

- Menos mal. - finge estar brava mas logo sorri quando Ludmilla beija seus lábios - Pelo menos não sou a última a saber de tudo.

- CECÍLIA, NÃO É PARA PEGAR OS CHOCOLATES! - Rafaela grita próxima do quarto das mais velhas ao ver a menina entrar correndo em seu quarto e sair segundos depois com as mãozinhas fechadas e a risada de Gab ecoar pelo quarto, quando Aristóteles corre atrás da bebê, descendo as escadas e Mia gritando para que Cecília não corresse na escada.

- Gente, essa casa parece um hospital psiquiátrico. - Ludmilla comenta baixinho, apenas para Brunna rir e a abraçar.

- Percebeu agora? - cochicha com a cabeça apoiada entre seus seios.

- Hm... Mãe, podemos conversar? - uma Rafaela acanhada aparece em seus campos de visão, olhando para Brunna que afirma com a cabeça soltando a esposa.

- Vou ir tirar os doces da Cecília, ela não pode comer muito açúcar. - Ludmilla sussurra beijando o topo da sua cabeça antes de caminhar até a porta, colocar as mãos na cintura e encarar sua filha - Eu quero saber dessa história com a Gab para ontem! - diz em um tom sério porém ela sorri tocando seu braço enquanto saia do quarto - Cecília, se eu ver que você está comendo muitos doces, iremos ter uma conversinha! - Ludmilla usa um tom consideravelmente alto mas não chegava a gritar.

- Vem cá, bebê. - Brunna chama Rafaela, batendo a mão na cama ao seu lado.

Bastante tímida, a adolescente se aproxima e senta no local indicado, tentando disfarçar as bochechas completamente coradas.

- Tem algo para me contar? - questiona levando uma mão até seu queixo para subir o olhar envergonhado para seu rosto - Não sei, tipo uma namoradinha nova. - mexe as sobrancelhas de maneira sugestiva e Rafaela ri cobrindo o rosto com as mãos.

- Vamos do início, por favor. - pede com a voz abafada e Brunna pousa as mãos sobre as próprias coxas.

- Certo, mas quero que fique olhando no meu rosto. - com muito esforço, Rafaela balança a cabeça e olha para a mãe que tinha um sorriso divertido nos lábios - Hmmm, está de namoradinha nova. - zomba.

- Mãe! - choraminga de maneira envergonhada.

- Tudo bem, desculpe. - fala risonha apertando os lábios para não soltar mais nenhuma piada - Vamos lá, quando você quiser.

- Eu... Bom, eu sou pansexual. - confessa e os ombros de Brunna murcham.

- Você não é lésbica? - questiona decepcionada e Rafaela nega com a cabeça - Que pena, terei que te dar camisinhas quando completar dezoito anos para não acabar que nem eu. - lamenta apontando para a barriga grande e Rafaela grita apertando os olhos.

- Que horror, por que você me fez imaginar isso? Vou vomitar! - fala com desespero e nojo na voz podendo ouvir a risada divertida de Brunna.

- Não, mas falando sério agora. - Brunna adere uma postura seria observando Rafaela abrir os olhos com lentidão - Quanto tempo você sabe?

- Desde os meus treze. - responde ainda com a voz carregada de vergonha.

- Você não me contou por que não se sentia confortável ou por ter medo de uma reação minha? - pergunta, escondendo o nervosismo que sentia apenas por imaginar que em algum momento, poderia ter passado a imagem que não a apoiaria devido sua orientação sexual.

- Bom, no início foi os dois. - confessa fazendo as bochechas ficarem ainda mais vermelhas - Mas depois que a Ludmilla chegou e eu vi vocês se beijando naquela noite que foram ao bar, perdi o medo da sua reação, com o passar do tempo e vocês anunciaram que estavam namorando, percebi que não tinha necessidade de eu me assumir. - explica deixando Brunna mais aliviada.

- Eu sinto muito que em algum momento há anos atrás, fiz você sentir que não poderia confiar em mim para contar isso. - segura as mãos da adolescente, olhando no fundo dos seus olhos enquanto falava - Mas saiba que eu me orgulho muito de quem você é e de quem se tornou. Eu preferiria que você fosse lésbica, confesso, pela questão da gravidez mas ai eu lembro que tem mulheres com pintinho e...

- Não cite a Ludmilla, não quero ter minha mente perturbada! - a interrompe Brunna ri com vontade.

- Mas o fato é que eu tenho muito orgulho de você, minha filha. Fico feliz que você tenha se descoberto cedo e peço perdão caso eu fiz você sofrer em algum momento por conta da sua sexualidade. - sua voz começa a ficar embargada apenas com a ideia de fazer Rafaela sentir a aflição que sentiu quando sua mãe perguntou se estava namorando com Ludmilla.

- Você não me fez sofrer em momento algum, mãe. - Rafaela se apressa a dizer antes que sua mãe comece a chorar. Aquela final de gravidez a deixava bem mais emotiva do que o início - Pelo contrário, você sempre me fez feliz.

- Fico mais aliviada ao ouvir isso. - confessa balançando a cabeça e uma lágrima escorre por sua bochecha - E eu já sabia que você gostava de mulheres desde pequena quando você chorou horrores quando saiu a notícia que aquela atriz e o ator de crepúsculo estavam namorando. Eu perguntei o por quê de tanto choro e você respondeu dizendo que sua namorada estava com outro. - relembra soltando uma risada chorosa - Só precisava de uma confirmação.

Sem palavras, Rafaela apenas puxa sua mãe para um abraço sendo recebida de maneira calorosa e apertada. Ao ter a adolescente nos braços, Brunna se desmancha em um choro forte ao lembrar que em dois meses, não teria mais aquele abraço familiar pois ela estaria no intercâmbio, no qual Gabriella a acompanharia.

Na verdade, João, o gêmeo de Gabriella também iria no intercâmbio porém ele teria outro destino; Miami. As meninas iriam para Nova York, ficavam algumas horas de distância mas dariam um jeito de se verem com frequência pois desde pequenos, sempre foram unidos, como unha e carne.

Rafaela solta uma risadinha baixa acariciando as costas da mãe que chorava em seu ombro sabendo que ela tinha se lembrado do intercâmbio. Sempre acontecia a mesma coisa, quando Brunna lembrava que sua filha iria viajar, acabava se debulhando em lágrimas.

- Vocês estão namorando? - Brunna se força a sair daquele abraço e tentar parar de chorar.

- Por Deus, não! - nega com a cabeça, de maneira urgente - Essa foi a primeira vez que nos beijamos. - confessa enxugando as lágrimas da mulher mais velha.

- Já posso chamar a Gab de nora? Eu amo essa garota. - pergunta vendo os lábios de Rafaela se mexerem, nascendo um sorriso.

- Não, mãe. Que horror, sai a alguns meses de um meio namoro e você já quer me enfiar em outro?

- É diferente, a Gab é mulher e é um amor, eu gosto dela então...

- Nada disso, Dona bruninha. - a interrompe com uma risada.

Brunna se dá por vencida terminando de enxugar as lágrimas e funga, desvia os olhos de Rafaela e abre um enorme sorriso se lembrando daquele detalhe.

- Você puxou o bom gosto da mãe. - dá um tapinha na coxa de Rafaela - Gosta de mulheres que nem eu. - aponta para si mesma, arrancando uma gargalhada da adolescente.

- Amo muito você, sério. - diz se inclinando para a abraçar mais uma vez - Obrigada por não ficar brava.

- Filha, eu ficaria brava se soubesse que você era hétero. - dispara em tom de brincadeira e Rafaela gargalha alto.

- Que heterofobia que perece nessa casa.

- Exatamente... Agora vai lá com a sua garota, é falta de educação deixar ela sozinha nessa casa doida.

- Tudo bem. - se levanta, ainda rindo e caminha até a porta - Mãe, eu realmente amo muito a Senhora.

- Eu também te amo, querida. E se me chamar de Senhora mais uma vez, eu te expulso dessa casa. - ameaça usando um tom sério.

- Desculpa. - fala com os olhos arregalados e sai do quarto de maneira apressada.

- A porta aberta. - Brunna grita ouvindo um "ok" de resposta.

Brunna se deita na cama enquanto ria baixo, não conseguia acreditar no quanto sua relação com Rafaela tinha evoluído desde a chegada de Ludmilla e na mulher maravilhosa que Rafaela se tornava. Muitas vezes não entrava em sua cabeça que aquela garota maravilhosa tinha saído dela e recebido a sua criação.
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