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Brunna estava descendo as escadas com cuidado, ela sentia todo o seu corpo doer e só queria ficar deitada. Tinha acordado com um mal humor insuportável, só foi amenizado com os beijinhos que recebeu de Ludmilla antes da mulher sair para o trabalho e levar as meninas para a escola. Assim que desceu as escadas, Brunna apoia a mão no corrimão e respira fundo tentando normalizar a respiração.
- Filha, quer ajuda? - Mia pergunta saindo da cozinha quase que imediatamente ao ouvir os resmungos de Brunna
- Não precisa se preocupar, mãe. - tranquiliza a mulher antes de segurar a barriga e andar em direção a cozinha.
- Está sentindo muita falta de ar? - a mais velha segue Brunna até a cozinha.
- Sim. - balança a cabeça - Meus filhos estão apertando meus órgãos. - brinca sentando-se a mesa, começando a colocar várias coisas em seu prato. Antes da gravidez, Brunna já tinha um apetite grande mas depois disso, passava o dia inteiro comendo, por esse motivo ela tinha engordado dez quilos, só não havia surtado pois Ludmilla sempre a elogiava e parecia não ter perdido a atração sexual por ela.
- Uma gravidez de um único bebê é cansativa, não posso nem imaginar como é uma de trigêmeos.
- É cansativa. Não aguento mais comer! - exclama dando uma enorme mordida no pão francês que estava com peito de peru no meio.
- É bom que fica gordinha e linda. - Mia brinca, apertando suas bochechas como se fosse uma criança de dois anos recebendo o olhar sério de Brunna.
Após um breve debate com sua mãe sobre o quanto ruim era passar o dia inteiro comendo, Brunna vai para a parte de fora da casa onde havia sido colocado um sofá e ela se deita ali, soltando um suspiro quando sente sua lombar relaxar. Minutos depois, sua mãe se junta a ela segurando um creme de massagens e passa por seus pés, começando os massagear.
Assim que Mia comenta que estava começando a faltar algumas coisas na dispensa, Brunna sugere para elas irem ao mercado, não aguentava mais ficar em casa. Sempre foi uma mulher que parava pouco em casa e essa mudança repentina que a gravidez causou a deixava louca.
Assim que Mia disse que poderiam ir, Brunna subiu para o segundo andar para tirar o pijama que usava vestindo uma camisa rosa que era de Ludmilla e uma jardineira que tinha ganhado da esposa. Brunna ficava uma graça usando aquele conjunto, sua barriga ficava evidente e lhe dava um ar leve. Sendo obrigada a pedir a ajuda de Mia para vestir um tênis confortável que não deixava seus pés doerem, elas saem da casa na mini van pois Ludmilla estava usando o outro carro.
Na frente do mercado, Brunna vê uma barraca com várias flores e buquês de rosas. Fazendo uma nota mental para comprar um para Ludmilla, as mulheres vão para dentro do mercado, Brunna segurava a lista de compras e Mia empurrava o carrinho.
Elas compram tudo o que estava na lista e mais algumas coisas por fora, além de alguns brinquedos para Cecília incluindo massa de modelar, areia sintética e um livro de colorir de patrulha canina. Ao saírem do mercado empurrando o carrinho, Brunna ajuda sua mãe a colocar as compras no porta malas do carro e vai até a barraca de flores, comprando um buquê de rosas vermelhas com brancas.
No meio do caminho para casa, Brunna pede para Mia passar em uma loja de chocolates para comprar uma caixa de bombons para Ludmilla. Queria fazer um agrado para a mulher, sabia que andava exigindo muito dela mesmo sem perceber, fosse para fazer se vestir ou até comer e Ludmilla sempre se dedicava ao máximo para os feitos. Se sentia mal por não estar dando o devido carinho para Ludmilla pois sempre estava irritada ou com dores.
Quando chegam em casa, Brunna deixa as flores e os bombons na cama e voltou para baixo, ajudando sua mãe com a dispensa. Por fim, Brunna começou a colocar laços nos brinquedos que tinha com Cecília, já podia ouvir os gritinhos animados da bebê ao ver que iria ganhar novos brinquedos.
Perto da hora de Lucas trazer Rafaela da escola, Brunna começa a preparar o almoço evitando fazer muito esforço. Menos de meia hora depois a adolescente entrava como um furacão na casa, segurando uma caixa de papelão e correndo para o quarto sem deixar que Brunna visse o que tinha ali dentro. Deixando Brunna desconfiada, a mulher decide ir atrás de Rafaela mas antes mesmo de bater na porta do seu quarto, Rafaela sai com um enorme sorriso culpado.
- Está tudo bem? - questiona deixando a desconfiança presente em sua voz.
- Sim, mãe. - sorri a abraçando e beijando sua bochecha - Olá irmãozinhos, como vocês estão? - cumprimenta a barriga de Brunna antes de arrumar a postura.
- Rafaela, eu te conheço. O que você aprontou?
- Como assim?
- O que tinha naquela caixa?
- Eu estou fazendo um desenho da nossa família, era para ser uma surpresa. - lamenta.
- Não é nenhum ser vivo? - Rafaela nega com a cabeça.
- Não.
- Pois bem...- sorri tirando alguns fios de cabelo do rosto da filha - Finjo surpresa quando você me mostrar. - brinca a fazendo rir.
- Assim espero, dona Brunna. O que teremos para o almoço? - questiona entrelaçando seu braço no da mais velha para a ajudar descer as escadas.
- Peito de frango grelhado, salada e arroz integral.
- Hmm, meu estômago já roncou. - respira fundo sentindo o cheiro gostoso que saia da cozinha - Dona Miazinha, que mesa linda. - elogia a avó.
- Miazinha, Rafaela? - Mia fala incrédula, tirando o pano do ombro para bater em sua neta que ri com vontade.
Entre risadas, elas se sentam na mesa e começam a comer. No fim do almoço, Brunna se levanta e pega o remédio de Rafaela e o seu, primeiro ela bebe suas vitaminas e logo em seguida, entrega o comprimido para Rafaela. A menos de três semanas Rafaela tinha sido diagnosticada com ansiedade e iniciou o tratamento para controlar aquela maldita coisa, isso tinha deixado Brunna de coração partido temendo que fosse sua culpa mas após uma conversa autorizada pela garota com a psicóloga de Rafaela, a mulher explicou que era por fatores externos e não por causas de dentro de casa.
Após tomar o remédio com um copo de água, Rafaela sai rapidamente da cozinha subindo para seu quarto. Ao entrar no cômodo, ela olha em volta com os olhos arregalados assim que vê a caixa de papelão vazia.
- Aristóteles, vem cá. - sussurra baixo se ajoelhando no chão, começando a olhar em baixo dos móveis - Vem cá, pspsps. - ela toma um susto ao sentir algo agarrar seu tornozelo e uma mordida no mesmo instante - Seu... - resmunga sentando no chão e puxa o filhote de gato para seu colo.
O gato era preto com as patinhas, boca e a barriga branca. Ele era minúsculo e gordinho, Rafaela tinha o encontrado na escola dentro de uma caixa de papelão com um pouco de água, as inspetorias tinham dito que ele havia sido abandonado e elas o levaram para dentro. Assim que a garota viu aqueles olhinhos verdes a olhando ela quase chorou, depois ela passou o intervalo inteiro brincando com o filhote até que decidiu que o levaria para casa.
Quando Rafaela entrou na viatura do seu pai com a caixa de papelão, o homem só faltou desmaiar mas não contestou, apenas levou a garota em um pet shop para comprar mais ração quando ela reclamou que estava acabando. Lucas já podia ouvir os gritos que Brunna daria por ligação ao ver aquele filhotinho dentro de sua casa.
- Você não pode sumir assim, quer me matar do coração, praga? - reclama acariciando sua cabeça o ouvindo ronronar.
O gatinho sai do seu colo indo até a cama, escala o edredom e se aconchega nos travesseiros deixando Rafaela sorrindo abobalhada. Ela pega sua mochila tirando a sacola com aproximadamente um quilo de ração e coloca um pouco no potinho que havia vindo de brinde com o gato, colocando tudo bem escondido do outro lado da cama, Rafaela sorri orgulhosa.
A adolescente sobe na cama ouvindo o miado baixo do filhote, se deita ao lado dele e fica acariciando suas costas, pensando se ele estava gordinho ou era vermes.
- Rafae... - Brunna se cala ao entrar no quarto da garota a fazendo saltar da cama de olhos arregalados.
Brunna paralisa na porta encarando a bola de pêlos sobre a cama da filha, olha pelo chão e vê a bagunça que estava ali. Tendo a única reação possível, seus olhos se fecham e ela puxa uma longa respiração tentando ficar calma, sabia que Rafaela estava aprontando algo, sentia o cheiro de encrenca de longe.
- O que é isso, Rafaela Gonçalves? - abre os olhos tentando se manter calma, mas o brilho raivoso em seus olhos fazia Rafaela sorrir de maneira nervosa.
- Um filhote de gato? - tensiona as sobrancelhas e mexe as mãos como se fosse uma surpresa.
- Isso eu sei, o que ele está fazendo dentro da minha casa?
- Mãe, respira. Você não pode ficar estressada, lembra?
- Não me manda respirar, Rafaela! - fala com a voz contida.
Brunna solta a maçaneta da porta e passa as mãos pelo cabelo, respirando fundo mais uma vez antes de voltar a encarar sua filha.
- Por que esse gato está aqui?
- Eu meio que encontrei ele na escola e...
- Encontre uma pessoa para levar esse gato aqui, eu já tenho pessoas demais para cuidar, não tenho tempo para um animal. - seu tom firme é a última coisa que Brunna diz antes de fechar a porta com força.
Rafaela passa as mãos pelo corpo tentando se certificar que nenhuma parte tinha sido decepada apenas com os olhos de Brunna, suspira aliviada e aperta os lábios olhando para o gato. Não queria que Aristóteles fosse com outra pessoa, estava a menos de cinco horas com aquele gato mas já tinha se apegado a ele.
Antes mesmo que perceba, seus olhos já estavam cheios de lágrimas e suas mãos pegavam o filhote para o abraçar, se encolhendo na cama e ouvindo seu ronronar. Fungando diversas vezes, Rafaela enxuga as lágrimas que escorriam por sua bochecha com o braço sem parar de abraçar o pequeno animal. Pelo resto do dia, Rafaela fica trancada no quarto acariciando e brincando com o gato. Seu peito doía só de imaginar o entregando para outra pessoa, parecia que ele tinha a escolhido para ser sua humana.
No momento em que Ludmilla coloca os pés dentro da casa com Cecília puxando sua mochila de rodinhas que era quase do seu tamanho, Ludmilla nota o clima pesado e Brunna com sua típica expressão irritada.
- Mamãe! - Cecília diz animada soltando a mochila no chão e correndo até a mulher que senta no sofá para a abraçar.
- Olá minha espoleta. - fala com a voz doce, passando as mãos por seu rostinho e tirando alguns fios de cabelo - A escolinha foi boa?
- Sim. - ela afirma com a cabeça animada antes de beijar sua bochecha.
- Hmm, que delícia de beijo. - ri baixo sentindo seu corpinho quente, Cecília estava encardida, precisava de um banho com urgência.
- Cecília, vem com a vovó. - Mia pede e Cecília a olha. Após a descoberta do animal na casa, Mia se dobrou e desdobrou para manter Brunna calma mas sabia que só ficaria quando conversasse com Ludmilla.
- Vai lá. - Brunna cochicha dando um beijinho de esquimó na menina que corre para abraçar a avó.
- O que aconteceu? - a de olhos chocolates questiona após arrumar a pequena bagunça que Cecília tinha feito ao chegar.
- A Rafaela trouxe um gato! - Brunna aponta para as escadas com a voz carregada de irritação - Pelo amor de Deus, não temos a mínima condição mental para cuidar de um animal, Ludmilla!
- Ei, ei. - se aproxima da esposa segurando seu rosto - Respira, você não pode ficar irritada.
- Eu sei mas... Ela não saiu do quarto desde a hora que nós discutimos. - diz com a voz carregada de frustração.
- Eu vou conversar com ela, pode ser? - a mais velha afirma com a cabeça, fechando os olhos ao sentir os lábios da mulher irem de encontro a sua pele iniciando uma sessão de beijos por todo o seu rosto - Você comeu bem hoje? Sentiu alguma dor? Eles mexeram hoje?
- Sim para tudo. - ela deixa um sorriso escapar estando derretida pelos toques de Ludmilla. Aquela mulher era seu calmante natural.
- As dores foram novas?
- Não, foram aquelas que eu andei reclamando. - explica e Ludmilla assenti com a cabeça.
- Vou ir conversar com a nossa filha. - sussurra colando seus lábios deixando Brunna ainda mais apaixonada por se referir a Rafaela como "nossa".
Ludmilla subiu as escadas indo direto para o quarto de Rafaela, bateu na porta com delicadeza e ouviu a voz sonolenta da garota permitindo que entrasse. Ao abrir a porta, Ludmilla nota Rafaela debaixo das cobertas com o ar condicionado ligado e um filhote sobre sua barriga, sorrindo de canto, ela entra e fecha a porta.
- Sua mãe me contou que trouxe um pedaço de ser vivo para casa. - brinca andando até a cama de casal.
- Não briga comigo ou manda ele embora, por favor. - pede chorosa e Ludmilla nega com a cabeça sentando ao seu lado.
- Ei, eu só vim para conversar. - toca seu rosto vermelho e o acaricia - Você está bem? - Rafaela nega com a cabeça - O que aconteceu? - questiona, algo lhe dizia que o motivo de Rafaela estar com o rosto inchado ia além do gato.
- O Pedro e eu terminamos e... - sua voz fica embargada - Eu encontrei o Aristóteles e pensei que ele me ajudaria a superar, Lu. Eu não quero dar ele, ele está me fazendo bem mesmo que esteja comigo a menos de dez horas. - explica de maneira afobada.
- Vocês terminaram? - abre a boca surpresa - Por que?
- Ele é um idiota, falava sobre planos futuros mas quando eu tocava em assunto de namoro ele dizia que ainda não estava preparado, nós discutimos ontem e terminamos o que tínhamos. - morde o lábio inferior tentando controlar o choro.
- Oh meu amor, eu sinto muito. - segura sua mão de maneira reconfortante - Você teve alguma crise por causa disso?
- Sim, mas o Aristóteles me ajudou. Ele me acalmou. - seus olhos se enchem de lágrimas e Ludmilla sente seu coração ficar pequeno no peito - Mas a mãe quer que eu dê ele para alguém...
- Você vai ficar com ele, eu vou conversar com a sua mãe e tentar a convencer mesmo que seja difícil a fazer mudar de ideia. - Rafaela arregala os olhos e senta na cama tirando o filhote de gato do colo.
- Sério?
- Claro, se ele está te ajudando eu tenho certeza que a Brunna não vai negar algo assim. - balança a cabeça e Rafaela se joga em seus braços a abraçando.
- Obrigada, eu amo você.
- Eu também te amo, Rafa. - sorri acariciando seus cabelos - Não esqueça de contar para o seu médico sobre essa crise, talvez ele aumente a dosagem do remédio. - cochicha a apertando naquele abraço maternal.
- Tudo bem. - afirma com a cabeça. Ali, Rafaela já tinha mudado seu tom de voz e o brilho em seus olhos.
- Se precisar conversar comigo, saiba que eu estou aqui para te ouvir. - segura seu rosto o acariciando com seus polegares - Pode ser qualquer horário, até quando eu estiver no trabalho.
- Tudo bem. - repete afirmando com a cabeça e Ludmilla beija sua testa.
- E Aristóteles? - ergue a sobrancelha pousando as mãos sobre seu colo.
- Eu gosto desse nome e o Aristóteles também gostou. - olha para o gato que mia.
- Não irei me opor a sua opinião. - brinca - Você não comeu nada desde o almoço?
- Não estou com fome.
- E se você pedi um lanche? Será que a fome não vem? - sugere mexendo as sobrancelhas.
- Acho que sim... - sorri abertamente arrancando uma risada de Ludmilla.
- Certo, peça um. Não importa o preço, é por minha conta. - dá um tapinha em seu ombro antes de se levantar.
- Você é a melhor madrasta do mundo, já disse isso?
- Já mas é sempre bom ouvir. - lança uma piscadela em da direção e acaricia a cabeça do gato - Tchau, Aristóteles.
[...]
- O Pedro e ela terminaram. - Ludmilla fala sentada no sofá ao lado de Brunna.
- Terminaram?
- Sim. - afirma com a cabeça - E ela pegou o Aristóteles para servir de apoio emocional.
- Aquele gato pulguento chama Aristóteles? - questiona incrédula.
- Brunna, a Rafaela vai ficar com aquele gato. - pela primeira vez, Ludmilla resolve se posicionar sem dar uma brecha para Brunna negar - Será bom para ela, eu vi como os olhos dela brilharam quando falou daquele gato.
- Ludmilla, não sei se você lembra mas teremos mais três crianças, não vamos ter tempo para um gato! - Brunna argumenta já começando a ficar irritada.
- Nós não iremos cuidar dele, ele será da Rafaela. Nós só vamos pagar as coisas que ele precisar, o resto vai ser responsabilidade dela. - rebate com uma expressão seria - Você deve saber o quanto é traumático o primeiro termino na adolescência, esse gato vai ajudar ela a superar. E ela vai precisar, isso eu posso afirmar.
- Ela... Ela está muito mal? - abaixa a guarda por alguns instantes.
- Está, ela teve uma crise por conta disso, amor. - Amansa sua voz vendo a expressão de Brunna vacilar por alguns instantes - O gato ajudou ela.
- Eu não dei oportunidade para ela me contar. - murmura sentindo como se um soco a atingisse a fazendo se sentir a pior mãe do mundo - Eu só mandei ela se livrar dele, Ludmilla.... - olha para a esposa com os olhos marejados.
- Nós vamos ficar com o gato? - Brunna resolve ceder e afirma com a cabeça - Ótimo, agora você só tem que ir conversar com ela, meu bem. - pousa uma mão sobre sua coxa e a acaricia.
- Eu fui a errada por falar com ela daquela forma, não fui?
- Você tem que levar em consideração os seus hormônios. - Ludmilla tenta contornar aquilo, achava a forma que Brunna reagia um pouco errada mas era o jeito dela - Só sente e converse com ela, deixe ela se abrir e entenderá o lado dela.
- Sou a pior mãe do mundo por ter perdido a cabeça tão rápido. - respira fundo passando as mãos no rosto.
- Você não foi a pior mãe por isso, amor. Você é uma mãe incrível, só está sobrecarregada. Não exija tanto do seu emocional. - Ludmilla leva uma mão até a nuca de Brunna e acaricia o local - Eu sei porquê também estou, nossas vidas ficaram de cabeça para baixo do nada, nós só precisamos respirar fundo e ficarmos calmas.
- Eu vou ir conversar com ela e me desculpar pela forma que falei. - diz ficando de pé, dando um beijo na mão de Ludmilla antes de subir as escadas com cuidado.
Brunna odiava admitir que tinha feito algo errado mas naquela situação ela teria que admitir com todas as palavras ou o remorso iria a corroer. Não gostava de discutir ou gritar com Rafaela, mesmo que estivesse se policiando sobre isso, algumas vezes acontecia mesmo sem ela perceber.
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