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Com as semanas se passando, Brunna precisou fazer uma pequena viajem para uma cidade do interior, graças a um erro cometido na decoração, algo que ela assumiu ser sua culpa por conta de um descuido. Eram quase dez horas da noite, ela tinha saído às dez da manhã e nem precisava comentar que estava exausta, entrando no apartamento.

Na sala, Brunna nota algo estranho, Ludmilla estava deitada no sofá com uma manta nos pés, um travesseiro na cabeça e os braços cruzados encarando a televisão, além de tudo isso, tinha uma carranca irritada no rosto de Ludmilla.

- Boa noite, o que aconteceu? - pergunta em confusão, tirando seus saltos. Recebendo apenas o silêncio em resposta, Brunna tem certeza que Ludmilla estava irritada consigo.

Horas mais cedo, ela tinha encontrado os duzentos reais dela no fundo da sua gaveta de cuecas e percebeu logo que aquilo era da festa por ter a mesma quantidade de notas que tinha entregado a Brunna, o que a deixou furiosa.

Ignorando a presença de Brunna, Ludmilla se ajeita no sofá e continua a olhar para a televisão deixando a mais velha com um enorme ponto de interrogação no meio da testa. Ela não queria conversar naquele momento, ela estava com a cabeça quente, o que poderia gerar uma discussão pelo tom irritado que usaria, mas manhã de cabeça fria, ela conversaria com Brunna.

Desistindo de tentar tirar alguma palavra de Ludmilla, Brunna vai para o banheiro tomar um longo banho para tirar todo o suor e estresse que estava preso em sua pele. Vestida com um pijama, ela volta para a sala e cruza os braços ao parar perto de Ludmilla.

- Vai me falar o que está acontecendo?

- Não estou afim de conversar, Brunna. - Ludmilla murmura contra sua vontade tentando segurar as palavras que subiam por sua garganta.

- Tudo bem... Posso ficar aqui com você? - aponta para o sofá. Sem a olhar, Ludmilla nega com a cabeça.

Entendendo que Ludmilla não queria sua companhia, Brunna vai para a cozinha beber um pouco de água e comer algo, logo após isso, cruzando a sala com lentidão para entrar no quarto, ela ouve Ludmilla se sentando no sofá para logo depois sua voz tomar conta do ambiente.

- Sabe o que eu acho engraçado? - Ludmilla fala. Brunna para de andar, se vira para ela com o cenho franzido e espera que ela continue - Mesmo eu sempre batendo na tecla que não preciso de esmola, você continua me dando! Não me deixa ajudar com as contas do apartamento, muito menos com a comida e isso eu estava relevando porquê não tinha muito dinheiro, mas não aceitar o dinheiro da festa da minha filha e tirar tudo do próprio bolso? - gesticula irritada.

- Ludmilla...

- Não, Brunna. Isso me incomoda, eu tenho o meu trabalho, mesmo que eu não ganhe um quinto do seu salário, mas eu trabalho para cobrir os gastos da minha filha. Isso me faz pensar que você me acha uma pobre coitada.

- Não é nada disso, Ludmilla.

- Então o que é isso? - ergue as cinco cédulas que totalizaram duzentos reais - Me fala por quê isso estava na minha gaveta.

- Porquê você é orgulhosa demais para aceitar uma festa de presente, mesmo que não seja para você. - dispara começando a se irritar, ela fez tudo para ajudar Ludmilla a juntar mais dinheiro para investir ainda mais no próprio negócio.

- Eu sou orgulhosa? Como você se sentiria se estivesse morando de favor, não deixarem que você pague uma mísera caixa de leite e ainda bancar a sua filha? - questiona erguendo um pouco a voz ficando de pé.

- Primeiro, abaixa o tom que eu não estou gritando com você. - a reprime ganhando uma expressão seria - E eu aceitaria a ajuda.

- Nós duas sabemos que isso não é verdade. - nega com a cabeça segurando o dinheiro em uma única mão pois se segurasse com as duas, acabaria rasgando pela força que o segurava.

- Eu faço isso para te ajudar. Não preciso do dinheiro, eu tenho uma renda que é o suficiente para cuidar de nós quatro.

- Não tem como conversar com você sobre isso. - balança a cabeça estendendo o dinheiro - Pega.

- Não, foi um presente.

- Pega o dinheiro, Brunna. - repete.

- Não vou aceitar o pagamento de algo que eu fiz de coração, sem querer dinheiro algum em troca.

- Não quero que você me veja como uma ingrata por tudo que você já fez, mas eu não vou aceitar que você fique fazendo as coisas de graça por algo que eu posso pagar.

Cansada demais para continuar aquela discussão que não levaria a lugar nenhum porquê ambas estavam com seu orgulho ferido e não iriam ceder. Balançando a cabeça, Brunna lhe da as costas e anda para o quarto a deixando falando sozinha.

Ludmilla respira fundo diversas vezes, odiava quando Brunna fazia aquilo, lhe dar as costas no meio de uma discussão e sair em silêncio. Mais irritada, Ludmilla coloca o dinheiro sobre o balcão da cozinha e se deita no sofá para tentar dormir mas as batidas irritadas de seu coração a impedia.

No quarto, Brunna se ajeitava na enorme cama resmungando irritada. Ligando o ar condicionado, ela apaga as luzes e afunda o rosto no travesseiro, continuando a resmungar. Tentando dormir, sua mente repetia aquela discussão em sua cabeça por diversas vezes, odiava discutir com Ludmilla, não entendia por quê ela não podia aceitar sua ajuda de bom agrado.

Se virando para o lado em que Ludmilla dormia, encontra o vazio sentindo falta da sua presença ali. A cama se tornava tão fria e solitária sem o corpo da mulher envolvendo sua cintura com os braços, parecia que ela tinha o perfeito formato de seu corpo, apenas esperando que ela se deitasse ali. Suspirando, Brunna puxa o travesseiro que Ludmilla usava e o abraça para tentar dormir.

Na manhã seguinte, após um sono agitado e mal dormido, Brunna levanta mal humorada sabendo que Ludmilla estaria igual. Quando entra na cozinha, encontra Ludmilla preparando o café e não a cumprimenta, apenas a olha de canto voltando sua atenção para a água quente que passava pelo coador.

Minutos depois Rafaela entrava na cozinha sentindo o clima pesado entre as duas. Ela tinha ouvido a curta discussão de ontem, isso a deixou curiosa sobre o por quê estavam discutindo.

- Rafaela, você quer duzentos reais? - Ludmilla questiona a olhando, receber o olhar furioso de sua mãe no mesmo instante.

- Quero? - murmura em tom de dúvida, confusa sobre o que estava acontecendo. Ludmilla apalpa os bolsos da sua calça e lhe estende as notas.

- Se você aceitar, estará proibida de sair com o Pedro por dois meses e ficará sem celular. - Brunna dispara fazendo Rafaela abaixar a mão - Você não pode dar duzentos reais para a minha filha!

- Pensei que o dinheiro fosse meu. - refuta iniciando uma pequena discussão entre as duas - Rafaela, pega o dinheiro.

- Não me coloca nesse bolo que eu não sou fermento. - ela dispara fazendo a expressão severa no rosto das mais velhas vacilar por alguns instantes mas não dura por muitos segundos.

Brunna e Ludmilla se encaram por alguns segundos até que voltam a se ignorar, Rafaela segura a risada achando graça daquela pequena discussão que ela apelida de DR.

- Vou tomar café no trabalho. - Brunna avisa andando até Rafa para beijar sua testa - Se você pegar esse dinheiro, eu vou descobrir. - sussurra.

- Não vou. - nega com a cabeça freneticamente a fazendo sorrir orgulhosa.

- Dê um beijo na Cecília por mim. - pede saindo da cozinha, sem se despedir de Ludmilla.

Olhando para Ludmilla, Rafa solta uma risada baixa e pega um pão francês para colocar mortadela. Ela estava na primeira semana de férias, o que significava que ela passaria a maior parte do tempo em casa ajudando Ludmilla com Cecília com o que fosse necessário.

Naquela tarde, Rafaela saiu com seus amigos deixando Ludmilla sozinha, pensando na sua situação com Brunna percebendo que se quisesse tentar ter algo sério com ela, teria que deixar seu orgulho de lado assim como a outra precisava, ou aquilo não iria acabar bem.

Durante todo o dia em seu trabalho, Brunna quebrava a cabeça pensando na mesma coisa. Sabia que Ludmilla estava um pouco estressada por não estar conseguindo um emprego mesmo com as milhares de entrevistas e isso poderia pesar na balança na hora que estava irritada. Chegando no apartamento disposta a se resolver com Ludmilla, Brunna se depara com a mulher parada no meio da sala a olhando esperançosa.

- Oi, podemos conversar? - pergunta observando Brunna fazer as mesmas coisas de sempre, deixar a bolsa em uma mesinha e tirar os saltos.

- Eu ia perguntar a mesma coisa. - sorri sentindo o clima entre elas um pouco mais leve.

Esperando Brunna, Ludmilla senta no sofá e respira fundo procurando as palavras certas.

- Me desculpe por ontem, eu não quis ser parecer ingrata por tudo o que você já fez, pelo contrário, eu sou extremamente grata por tudo mas não acho justo só você bancar com as coisas quando Cecília e eu moramos em baixo do seu teto. - fala assim que Brunna senta ao seu lado.

- Eu também te devo desculpas, não deveria ter mentido para você quando falamos sobre a festa da Cecília. - seu tom brando chega aos ouvidos de Ludmilla quase como uma melodia - Pensei bem sobre o que você disse e percebi que preciso ter a mente mais aberta para entender o seu lado, mesmo que seja um pouco difícil para mim. - explica sem jeito - Entendi que você não se sente confortável comigo pagando tudo então decidi que podemos dividir as contas do apartamento.

- Está bem... Mas por favor, não faça mais esse tipo de coisa sem me consultar e pegue o dinheiro. - pede.

- Não, essa parte eu não vou voltar atrás. - nega com a cabeça fazendo Ludmilla apertar os lábios - Fique com o dinheiro e caso acontecer algo que a Cecília ou a Rafa precise dele, você usa. Já que nós duas não iremos o aceitar, deixe para as meninas.

Ludmilla fica hesitante em balançar a cabeça mas acaba cedendo arrancando um sorriso de Brunna.

- E eu acho que te devo desculpas por sempre te deixar falando sozinha quando discutimos, não gosto de brigar e acabo fugindo por instinto. - Brunna confessa sentindo suas bochechas esquentarem.

Dessa vez Ludmilla sorri, se aproximando da mais velha e a puxa para um abraço gostoso sentindo Brunna respirar fundo. Tinha ficado um único dia sem estar naqueles braços e já havia sido uma tortura, não sabia como iria suportar ficar mais um dia sem seu abraço.

- Estamos bem? - Ludmilla sussurra com o rosto afundado em seu pescoço.

- Estamos, meu amor. - sorri sentindo os braços da mais nova a apertarem ainda mais parecendo realmente arrependida pela briga do dia anterior.

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