Os Males de um Deus - Parte II
Ao entrar na grande sala, que tinha as paredes com um aspecto reluzente, um azul jovial, e com poucos moveis; Hades olhou para Lyssa, uma deusa linda, que se vestia de preto e que exibia de maneira sutil o rubi entre seus seios. Hades sempre foi conhecido pela sua capacidade de dominar muito bem as palavras e por ser um grande orador. Era popular não apenas com o seu povo, mas por todos os reinos, claro, cada qual com a parte da história que lhes eram agradáveis. Destilar palavras ao vento nunca foi um fator que lhe agradou, porém enunciar novidades ou mandamentos era algo charmoso demais, que lhe conquistava pelo simples meditar de sua entonação em cada discurso.
- Espero que tenha gostado da escolha de nossa mãe. - disse olhando para os castiçais que estavam ao lado do oraculo.
- Você sabe que não tenho oposição as escolhas dela, porém acredito que você é mimado demais. - olhou dentro dos olhos daquele homem charmoso que agora a encarava.
- Eu espero que o futuro seja algo bonito de se ver nesse seu objeto místico.
- Ele não é um simples objeto e nós dois sabemos bem disso! - olhou dando um leve riso.
- Eu nunca entendi o tempo nessa sala, para quem está fora é tão rápido e, bom, suspeito estar aqui mais tempo do que aguardei aos outros.
- Você sabe que o tempo aqui é diferente, um lugar especial.
- Eu não estou acostumado a lugares especiais, então me sinto honrado. - abaixando a cabeça em forma de honrarias, Hades sabia ser cortes, os solares destacavam isso constantemente em seus cantos.
- Mas sem mais delongas, sente-se e veremos o que lhe espera.
- Espero que apenas a glória! - sentou-se e olhou fixamente para o oraculo.
- Eu estou vendo você, Hades. Caminhando em um quintal em chamas, vejo mortos ao seu redor, mas não os seus servos constantes, vejo que o ódio genuíno nos seus olhos acusa um sentimento de dor. Você não está no controle aqui.
- Mas como eu não estou no controle, isso é impossível! - levantou suas sobrancelhas e seu tom de voz.
- Não me interrompa! - olhou profundamente para Hades, aquele olhar significava que ela precisava estar atenta as mensagens s que ela conseguiria coletar.
- Vejo, quatro equinos e sobre eles homens poderosos e uma cabeça nas mãos de um, que visivelmente detém um poder assustador, você se aproxima e os agradece. Eu não consigo dizer de quem é a cabeça, algo me impede. Porém sei o motivo da sua dor no começo da visão, ela se explica com a próxima cena, em seu leito há um vestido vermelho com o nome de Isanami. - foi quando ela fixou os seus olhos em Hades e mudou completamente a expressão que até então de concentração, para algo semelhante a dúvida.
- Você sabe qual é a Grande Regra, Hades?
- Qual de tantas? - respondeu ironizando a situação.
- A que não podemos nos deitar com outro ser que não seja um Deus? Ou a que não podemos criar um ser apenas para ser a mãe de filhos maculados. Hades eu sei do seu pecado!
- Eu não sei do que você esta falando, apenas vejo que leu um nome em um vestido que estava em meu leito. Isso não quer dizer absolutamente nada!
- Você acredita de verdade que eu falo tudo que eu vejo? Eu falo tudo que eu quero.
- Voce não seria capaz de compartilhar isso com os outros né?
- Eu acredito que eu seria.
- Talvez possamos acertar alguns termos e negociar o seu silencio?
- Meu silencio não está a venda! Não me confunda com uma meretriz!
- Mas nunca fiz essa comparação, eu posso te dar poder o suficiente para ser mais respeitada e temida do que qualquer deusa ou deus. Posso lhe capacitar a ser a mais linda de todas. Um ser digno de canções! Bardos usurpariam da existência apenas para ter o seu nome em canções.
- Não estou a venda. Seu caminho é tortuoso, entendo a confusão de Mimir.
- Eu não vou permitir que você saia desse lugar, Lyssa! - se levantando e levantando seus braços ao céu como se estivesse perto a receber algo. O tremor de todas as camadas que envolviam as paredes.
- Não tenho medo de suas ameaças, você é um erro!
- Nossa mãe não erra! Maldita herege. Irei lhe destruir! A cabeça que estará em meus aposentos, enfeitando a minha sala, será a sua.
- Eu espero que tenha capacidade de cumprir promessas
- Digamos que essa capacidade se equivalha a de dormir com meretrizes!
Ao perceber o ódio que ganhava formas, e que inúmeras caveiras se levantavam, de maneira a qual eram seguidas pelo odor de pimenta e mostarda. Um ser monstruoso sai das mãos de Hades, era a visão mais próxima do adorável reino de Solar, O monstro gritava e tinha um aspecto semelhante ao verme de Netriz, um verme gigantesco com mais de mil dentes. Os olhos eram vermelhos e nele era refletido o pesadelo de cada alma profana que descia sob os domínios de Hades. Lyssa, de maneira afoita fechou os olhos e gritou:
- Morten non perveniant in dormains mea! - criando lanças de sangue que atacaram ferozmente todas as caveiras que se levantaram e cortaram o verme em pedaços. Os olhos escuros de Lyssa se tornaram em vermelho como sangue. Hades percebeu que os danos que ele sofreu com o ataque, eram risórios ao comparar com o que Lyssa sofrera.
- Você ainda acredita que você pode me vencer? Com todos os louvores pela sua sabedoria, se tornou displicente caso alguém se levantasse. Mas em meu reino estou acostumado com alguns pequenos que insistem em se levantar.
- Como pode ser tão desprezível?
- Entre tantas frases que pensei, essa foi a mais boba que poderia sair de sua boca. - Foi quando os pedaços do ser que estava no chão em uma velocidade assustadora cortaram a carne de Lyssa, e entram dentro de cada parte de seu corpo.
- AAAAAAH! - o grito de dor da deusa era agonizante, consequentemente ela vomitou e vomitou, uma constância do mesmo acontecimento que fez Hades se aproxima e dizer:
- Agora sim, algo digno saindo de você! - e após dar um sorriso.
- Agora, você verá constantemente em seu universo o pesadelo de todas as almas que sofreram com as batalhas que lhe antecederam e com as que sucederão a partir deste dia!
- Por quê? - clamou com o que sobrava de sua lucidez, embora abatida, ainda restava um pouco da noção do que estava acontecendo.
- Porque ninguém ameaça a minha esposa. - e virou as costas enquanto as partes do Verme entraram em sua irmã. Ao ver que estava completo e que os olhos estavam sem vida, perguntou como poderia abrir aquela porta grande, esperando pelo lamento confuso.
- Diga apenas que abra - e caiu. E assim não houve próximo na sala de Lyssa, não mais.
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