A Grande Reunião
Todos se reuniram na grande mesa que estava exposta, e no centro havia taças de vinha com os nomes de todos os reis e deuses. Pan e Artêmis chegaram e olhando ao seu redor viam os grandes homens dos nove reinos, todos olhando de maneira respeitosa, antes mesmo do encontro pessoal com Zoe. E um há um foi se sentando em seus respectivos lugares, nenhuma palavra foi escutada depois que o último se sentou à mesa. Todo o povo que os acompanhavam não conseguiram entrar, era um lugar restrito somente a eles e de certo, era a forma mais simples de dizer que ninguém era igual a ninguém e que por mais que Zoe temesse a briga entre seus filhos, as diferenças eram o alicerce para uma guerra que estava desbravando os tempos e gostaria de repousar no berço convidativo da paz que Zoe tanto gostava.
- Aqui só tem os grandões. – disse de maneira bem baixa ao ponto de que mal pudesse ser ouvido, Pan sabia fazer comentários inconvenientes, mas era sábio a ponto de dizer eles mais baixo do que os outros, os que ele não queria que ouvissem, pudessem perceber.
- Pan, fique quieto, as pessoas podem te ouvir, já escutou a famosa expressão "paredes tem ouvidos"?
- Se eu dissesse que não, ela não seria tão famosa assim não é mesmo?
Os dois se entreolharam e perceberam que eles eram o foco dos olhares de todos os que estavam a mesa, a expressão de vergonha invadiu ambos, que em sua forma mais simples de demonstrar isso foram alvos de risadas modestas de todos que estavam ao se redor.
- Vocês tiveram a força que não tivemos de interromper esse silencio, muito obrigado! – Eram as palavras do rei de Tarsus, um Reino gelado e que é conhecido pelo acolhimento repleto de conforto, mesmo em meio a um frio absurdo. Os cidadãos são peludos e baixinhos, tendo mais do que um metro e meio. É um Reino repleto de lobos, os lobos de Tarsus tem seis patas, e são os mais temíveis de tudo que lhe é semelhante pela sua grande velocidade.
O rei Luís de Tarsus, um pouco maior que seus cidadãos, porém o mais disperso dos Reis; tem uma admiração ao descanso, sempre tendo uma mente brilhante para pequenas estratégias, Mas se é necessário algo mais bem planejado, aí já não seria tão mais simples, abandonaria quem o cercasse com muita facilidade. Era um grande guerreiro nos períodos curtos que se sentia atraído a batalha, ao seu lado estava Fenrir, um Deus lobo, sendo mais rápido de toda a criação, ambos nasceram do sentimento de descanso e repouso que Zoe teve após sua criação, e Fenrir da ansiedade que habitou o seu coração após o conflito interno de aceitar a sua perfeição, tudo era complexo. Pan sempre reclamou disso em todo o reino, mas no fundo ele sabia que essa função de reclamar era algo que Artêmis desempenhava melhor que ele e todos os outros seres juntos.
- Olha se o baixinho já não se pôs a falar, pensei que estivesse dormindo, Rei. - Falou de maneira sarcástica o seu colega em reinado, o rei Matteo de Tirio, conhecido por seu detalhismo, veio do mesmo sentimento de Zoe, amante de artes e antiviolência, foi o grande idealizador da diversidade de idiomas nos reinos, uma forma de agradecer aos antepassados pela escolha do lugar onde habitavam.
Sempre buscou entender o que de fato aconteceu na Grande Batalha além de colecionar toda arte que poderia encontrar. O reino de Tirio era conhecido pela arquitetura grandiosa de seus prédios e pela facilidade na construção de instrumentos músicas, são os mais espontâneos de todo o governo, tem seus chifres semelhantes ao de Pan, porém são mais calmos e detestam guerra. Tem patas com cascos semelhantes aos cavalos terrestres, foram até uma inspiração para a criação dos cavalos no planeta Terra. O Deus que era o conselheiro de Matteo se chamava Momentus; O Deus do momento, regente do envelhecimento e da predestinação. Sendo o próprio destino. Seu assobio pode explodir tímpanos a mais de 10 mil quilômetros.
Além dos que estavam perto do nosso herói, os outros estavam postos, cada um com a sua peculiaridade, até que um vento entrou e todos sentiram um conflito relutante, era Zoe, ela já estava ali, só que ninguém percebeu, porém quando a grandiosa deusa da vida percebeu que já poderia aparecer, ela assim o fez. Cheia de caprichos para alguns, porém para todos era o ser mais respeitável. Todos se levantaram.
- Espero que tenham aproveitado os campos, pois ficaremos aqui por um longo período, estou vos convocando porque todos sabem que preciso testa-los para saber até onde posso confiar em vocês, então hoje digo a todos, em um tom audível para os que estão presentes a mesa. A partir desse momento está instaurado um trono de pedra, onde se sentará o rei dos reis e senhor dos senhores, aqui temos grandes homens e deuses, aqueles a quem tive o prazer de conceber e agora irei escolher o primeiro, sei que não é fácil escolher um em meio a tantos, mas tenho um favorito para o começo dessa missão e seu nome é Hades! – Após esse pequeno discurso rápido e objetivo, houve apenas o silêncio, até mesmo de Hades, que não conseguia entender a razão.
- Mas o que seria esse trono, minha mãe? – Indagou Mimir.
- Será a instituição de um senhor que terá para si toda a glória em minha ausência.
- Então seremos todos seus súditos? – Mimir questionou incrédulo do que havia percebido.
- Sim, quem se assentar neste trono será o que eu acabei de dizer, e isso me dará mais tempo para descansar, então a cada mil anos um novo Senhor será colocado, agora preciso ir para o meu descanso.
- Minha mãe, no meio de tantos por que Hades? – questionou Mimir o deus da Sabedoria e conselheiro de Amour, que estende os braços para Pan e diz:
- Não é mesmo Pan?
- Meu caro, Mimir, quem somos nós para questionarmos nossa mãe? Será que a inteligência que te mantem em um status respeitável lhe subiu a mente? – Falou com respeito, se esforçando ao máximo para que todos gostassem dele.
- Mas, eu preciso saber, por que Hades? – quando todos os deuses estavam se reunindo em ideias para calar Mimir, Zoe levantou sua mão em uma forma de adverti-los. Ao abaixar a sua mão, ela disse de maneira bem singela e calma:
- Porque essa é a minha vontade! Tenho um propósito ao meu filho Hades, que juntamente com a minha neta Morte, tem feito um trabalho louvável, gostaria de vê-los no comando, mais algum questionamento? E gostaria que todos fossem até Lyssa, ela designara seus comandos em cima daquilo que seu Oraculo disser, espero que todos tenham entendido.
- Todos entendemos – Pan disse como que por reflexo.
- Você é bobo assim ou quer um prêmio? – disse Artêmis fingindo não entender as manias tolas de seu amado.
- Se o prêmio for os teus lábios? – falou baixo, porém Mimir escutou
- Em um momento crucial de nossa existências os senhores estão de namoro? – falou de maneira relutante, muito em consequência as coisas que escutou de Zoe.
- Você é um deus chato, sem graça, sem amor. Vive no reino Amour, mas só expressa temor e conhecimento de coisas que você julga serem corretas e amigão, dói perceber quando está errado?
- Que insolente, eu sou um deus!
- Para a sua grande informação, apenas deuses tolos têm que dizer isso.
- A maneira como Pan, passa de um deus bobo para um deus que merece respeito me entorpece – disse Petrus do Reino de Solar, o rei que tinha sob seus serviços Hades.
- Eu espero que não haja mais discussões e não irei repetir, espero que seja feita uma fila para que todos sejam orientados por Lyssa. Agora irei me retirar. – e com um toque simples e ágil, tão ágil que poucos puderam entender o que de fato aconteceu ali, Zoe se foi deixando o clima mais tenso, porém com a orientação de que suas regras deveriam ser seguidas e Mimir entendia o que isso significava, ficar quieto.
Então todos foram tranquilizados, não houve mais briga entre ambos, e logo Pan que se esforçou para não entrar em conflito perdeu a cabeça, porém ao olhar para o lado viu que o rei de Solar, Petrus o encarava. Ele deu um leve toque em Artêmis.
- Acho que chamamos a atenção da pessoa errada. – ela falou e Pan completou complacente:
- Infelizmente.
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