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Epílogo

Meninas, desculpem a demora.
Marido e filhos de férias é um tanto complicado escrever, e essas duas últimas semanas eu estive viajando, no meio do mato o que me restringia o acesso à internet.

Segue o epílogo. Se liga que ambos estão contando o que está acontecendo ao mesmo tempo.

Rebeca e Matteo.

Trabalho desde ontem sem parar fazendo todos os doces que aquela mulher intragável me pediu, contudo, o acordo só previa que eu fizesse os vários doces, colocasse-os dentro das caixas devidamente embalados, mas definitivamente não estava previsto isso.

― Não foi esse o acordo, senhor ― digo ao motorista depois de ajuda-lo a colocar a última caixa no porta-malas da van. ― Eu não acertei ir ao evento nem quero ― e cruzo os braços indignada com essa exigência de última hora.

― A senhorita Graziela Ricci solicitou a sua presença. Ela quer que a senhorita arrume a mesa da decoração dos doces.

Foda-se.

― Eu não fui paga para isso, muito menos trabalho com decoração ― sequer terminei de falar quando fui puxada de forma nada delicada e empurrada para dentro da van onde outro homem estava.

Que merda era essa?!

― Ai ― bati a cabeça e de repente, acreditei que Michele me encontrou.

Lutei com todas as minhas forças chutando o homem e o que recebi foi um tapa tão forte no rosto que só não desfaleci por um milagre.

― Juro que te mato se tentar me machucar de novo, piranha ― e me acomodei no chão, sentindo cada osso do meu rosto queimar, e em posição fetal, eu protegi minha barriga para o que viesse.

Antes meu rosto que minha barriga.

***

Sentado em um dos quartos que disponibilizaram para mim, um homem contratado por Graziela arruma meu cabelo e a flor que deveria ir presa ao fraque. Diante da rapidez do casamento, a cerimônia será realizada na fazenda de Andrea, no final da tarde para alguns poucos convidados contrariando os planos iniciais da família dela que queria toda a pompa de um casamento digno de princesa.

Tentei, por diversas vezes, convencer meu pai que eu e Graziela não tivemos nada, o que parecia ser algo ilógico até para mim que sequer me lembrava. Agora, minha mãe só falta coloca-la em um pedestal se é que já não a colocava. Graziela é a filha que mama não teve mesmo que odeie o pai.

Já nem sei mais se eles se odeiam.

Graziela é outra. Se antes era mimada, agora chegou a níveis estratosféricos. Não suporto sequer olhar para ela. Meu irmão é o único que continua ao meu lado mesmo desacreditado da possibilidade de Graziela engravidar de outro homem e alegar que é meu.

"Isso é insanidade, irmão. Ela é burra mas não chega a tanto." Isso depois de termos recebido a foto da ultrassonografia que ela fez.

― Já está pronto, Matteo? ― mama entra no quarto e eu sequer a respondo quando ela me olha. ― Consegue fingir felicidade?

― Depois que a senhora e o papai não me deram escolha? Acho difícil.

― Filho, por favor. Sua prima seria sua escolha independente de nossos erros.

Sorri.

Eu já não discutiria isso.

A única coisa que eu sabia era que se minha vida seria um inferno, eu faria um inferno a vida da minha esposa.

***

Eu não sabia quanto tempo tinha sido a viagem, mas uma coisa era certa: eu não havia entrado em qualquer barca para a travessia pelo Estreito de Messina isso significava que eu não tinha saído da Sicília. Eu ainda estava no território deles.

Pensei que me levariam em um avião pequeno, mas também sei que todos os voos são controlados principalmente os particulares. Lucca me garantiu que é avisado acaso alguém suspeito entre em seus territórios. Sobrava somente sair daqui em lanchas particulares o que acontecia já que o litoral é grande e não se consegue monitorar tudo ao mesmo tempo. Barcos pesqueiros sempre estão indo e voltando.

Meu bebê, juro que farei o que puder e não puder para te proteger. Você é tudo que me importa agora.

― Chegamos ― o motorista fala e eu não sinto cheiro de maresia. Onde estávamos, eu não sabia. ― Amarrem-na para que não faça qualquer barulho.

O outro que me bateu, me puxou com agressividade, tentando amarrar minhas pernas e braços juntos. Claro que eu lutei, mesmo que meu rosto estivesse machucado, tanto que eu sequer enxergava com meu olho esquerdo de tão inchado que havia ficado.

― Quer apagar, putinha? ― Ele mostra o punho diante do meu rosto.

― Por que estão fazendo isso? ― perguntei, em meio ao desespero, permitindo que ele me amarrasse. ― Lucca vai me achar e vocês... ― ele caiu na gargalhada.

― Acha que trabalhamos para quem, cadela? Para o rei da Inglaterra? ― aquilo me calou. ― Trabalhamos para os Mancini, burra, para todos eles.

Foi então que eu permiti que me amarrassem sem lutar, que até me amordaçassem ciente de somente uma coisa: eu havia sido negociada.

No fundo eu sabia que as famílias não entrariam em confronto. O apadrinhamento chegava ao nível de até que alguém descubra.

Os ouvi tirando as caixas de meus doces que fiz com tanto esmero, arrependida de não haver posto veneno na receita e matar a todos de uma vez como em uma chacina perfeita. Se iria morrer, ao menos eu levaria o máximo de gente desse grupo comigo. Nenhum presta mesmo.

Fui deixada ali presa dentro do carro. Minha sorte era que não fazia tanto calor, se bem que em pouco tempo aquilo viraria uma estufa.

E chorei.

Chorei até ser engolida pelo sono, completamente sem ar e impossibilitada de me mexer.

***

Desci as escadas para cumprimentar alguns convidados que estavam chegando depois da exigência do meu pai. Entretanto parei diante da mesa de doces.

― Gostou? ― Tia Paola me surpreende ao me ver olhando para algo que eu tinha certeza absoluta que fora feito por Rebeca. Eu a vi fazendo, eu a vi vendendo, eu degustei de cada um deles. ― Minha filha disse que você adora doces brasileiros e fez questão de criar uma mesa em sua homenagem ― seu cinismo mostrava que ela sabia.

― O que vocês fizeram com ela? ― pergunto, apertando forte o braço daquela cobra-mãe que sempre pareceu pacata e idiota demais até para falar.

― Não sei do que está falando, meu genro. ― Sua risada de lado vem seguido de dor. ― Está me machucando, querido.

― Mato você e sua filha se tocaram nela.

Ela tira minha mão e sorri encarando-me.

― Acho que não, Matteo.

Saio em busca de meu irmão para que me ajude a encontrar Rebeca. Meu desespero está por um fio e por isso paro diante de uma moça que trabalha para a equipe de buffet.

― Rebeca Monteiro está entre vocês? ― a garota leva um tempo para processar minha pergunta diante do receio da minha presença tão repentina.

― Não, doutor. Acho que não tem nenhuma Rebeca escalada para a festa de hoje. ― Meu coração aperta dentro do peito.

Pego meu celular para ligar para Lucca quando um dos seguranças do tio Andrea aparece.

― Doutor Matteo Mancini, seus pais o esperam na biblioteca para resolver uma questão grave que apareceu de última hora.

***

Eu estava totalmente suada quando me tiraram do carro. Braços e pernas estavam completamente dormentes por causa da posição desconfortável.

― Quer ir caminhando ou prefere ir arrastada pelos cabelos? ― Um dos homens ali presentes me pergunta como se eu tivesse mesmo essa opção.

Ele puxa uma faca e acaba me cortando a perna quando me solta.

― Estamos em um casamento, e sua presença se tornou desejada. Evite chamar a atenção, querida e eu juro que mais tarde eu te faço um agrado ― os outros dois homens começaram a rir como se aquilo fosse uma piada.

***

Entro na biblioteca e me deparo com papai, mamãe, Lucca, tio Andrea, mais três conselheiros importantes do grupo e Graziela devidamente vestida de noiva.

― O que está acontecendo? ― Olho para Lucca que pelo olhar, não sabe de nada.

― Meu amor ― Graziela expressava uma falsa tristeza que seria convincente se eu não a conhecesse. ― Eu descobri que temos uma impostora entre nós.

Não! Por favor, não.

― Eu contratei uma doceira de mão cheia para preparar uma surpresa para você e acabei de descobrir que ela é procurada pela máfia Casamonica — conclui, acabando de vez com todas as minhas esperanças.

Foi quando a porta da biblioteca abriu e ela entrou arrastada da forma mais agressiva do mundo e complemente machucada.

― Essa vagabunda é jurada de morte, tio Giancarlo. Meu segurança que foi buscar os doces, me advertiu. ― Eles puxaram a tira que a mantinha em silêncio o suficiente para deixá-la falar, machucando o que já estava tão ferido.

Precisei fazer o impossível para não demonstrar a dor que eu sentia, além de buscar uma solução que a tirasse dali.

***

Eu pensei que já tinha sentido todo o tipo de decepção do mundo, mas não. Ali era mais uma. Matteo me olhava de cima a baixo sem falar qualquer coisa.

Dor.

A dor física passou a ser nada diante daquela dor no peito. Matteo extrapolou todos os limites da dor emocional que alguém poderia sentir em uma vida inteira.

Na breve caminhada, eu reconheci a fazenda a qual fui tão humilhada quando me expulsaram daqui. Agora, eu estava no casamento e diante de Matteo, com a flor na lapela, eu reconheci o noivo e o responsável pela minha expulsão. Pela minha humilhação.

Ódio. Eu estava cega de ódio, decepção, amargura.

Lembre de seu filho, Rebeca. Por ele.

― Matt! ― engoli o orgulho ao implorar por sua ajuda e o que eu recebi? Um tapa forte de uma senhora que eu nunca vi antes.

― Que disparate! Olha como fala com meu filho. ― A dor do tapa em meu rosto já machucado me fez tremer. ― O chame de doutor Matteo Mancini ou te coloco para lamber os sapatos dele.

Eu o olhei suplicando por sua piedade. Pelo que vivemos.

Ele me disse que me amava.

― Por favor ― sussurrei para ele, implorando mais uma vez.

― Mama, não precisa machucá-la mais do que já fizeram com ela ― se ele atendeu ao meu pedido, eu não sabia, não conseguia ver empatia em sua atitude.

Ele falava como se tudo não passasse de uma tolice que não merecia sua atenção.

― E desde quando você se compadece por esse tipo de gente? ― Um homem, que pela semelhança parecia ser o pai da noiva, pergunta.

― Nunca fui adepto de chutar cachorro morto, principalmente mulheres ― responde, como se aquilo fosse algo natural para ele.

E era. No fundo eu sabia que machucar, torturar, agredir e até matar fazia parte de seu mundo.

Procuro por Lucca, a quem me garantiu proteção. Proteção contra quem? E ele observava a tudo de forma fria, seca, como se eu fosse ninguém.

No fundo era o que eu era - Ninguém.

Eu tinha que tentar chegar ao coração daquele monstro chamado Matteo ali na frente. Era a ele.

― Doutor Matteo Mancini, por favor ― imploro mais uma vez. ― Por tudo que nós...

― Cale a boca, garota! ― Ele me corta de forma ríspida, agressiva.

E como nos velhos tempos, nos bons tempos, ele pôs sua mão entre meus cabelos e os puxou de forma firme, erguendo meu rosto, obrigando-me a olhar para ele.

― Fica calada, garota! ― Eu pensei que ele fosse acariciar meu rosto machucado, cheguei até a fechar os olhos diante de seu toque, contudo, ele só puxou a fita e tapou minha boca para que eu permanecesse em silêncio. ― Assim está melhor, garota.

***

Nunca foi tão difícil fingir, atuar como naquele momento. A vida de Rebeca estava por um fio e eu não tinha a menor chance contra todos ali. Um casamento desfeito por causa de uma procurada por traição por uma máfia rival era algo que ninguém apoiaria.

Calá-la era a única opção que eu teria de ajudá-la. Eu sabia que Graziela havia buscado um jeito de foder a vida de Rebeca e alegando um caso não era algo que faria o Don, o principal conselheiro e mais alguns outros se reunirem.

― É verdade que ela é procurada pela Casamonica? ― Papai pergunta para um dos homens que a seguram.

― Sim senhor. Meu colega que faz a segurança em uma das boates em Roma, me enviou há algum tempo, uma foto da garota dizendo que a estavam procurando por aqui, pela Sicília e se eu de repente, não a teria visto.

Pense, Matteo. Pense rápido.

― Matem-na e enviem seu corpo para Don Carlo. ― Meu cérebro só processava o matem-na. Como tirá-la disso? ― Ele vai gostar de receber de nós esse presente mesmo que não tenhamos qualquer relação. Isso pode vir a nos deixar em uma posição confortável se acaso algum dia precisarmos dele.

"Juramos, meu irmão. Juro que estarei contigo até se precisar passar por cima da ordem do meu pai ou de qualquer outro membro do alto escalão da máfia. Rebeca estará protegida até de nós. Ela é nossa protegida." Esse juramento saltou à minha mente.

Lucca.

― Espere! ― A impeço de a levarem dali que estava aos pulos e gritos abafados pela fita. ― Lucca, você lembra daquele nosso encontro com Michele Caputo.

Meu irmão, que até então estava em silêncio, me olha como se estivesse esperando-me a qualquer momento.

― Era essa a garota? ― Eu não sabia até que ponto meu irmão trairia as ordens de meu pai, por isso eu segurei seu antebraço lembrando do nosso juramento e ele sorriu.

― Era isso que eu estava tentando me lembrar. ― Caminha até Rebeca e acaricia seus cabelos de um jeito que ninguém desconfiaria o que há por trás. ― Essa diabinha fujona. Prometi a Michele que a encontraria e a levaria pessoalmente para ele acaso a encontrasse. A investiguei e cheguei a conclusão de que ela tinha ido embora de nosso território. ― Ele ri de forma cínica. ― Deixe-a comigo, papai. Prometi leva-la com vida.

― Hoje é o casamento de seu irmão, Lucca ― Graziela interfere ― e você é o padrinho.

― Não precisa ser agora. ― Intervenho. ― Lucca, coloque-a sob os cuidados de Marco e a levem para uma das nossas celas especiais. ― Marco obedecerá às ordens de meu irmão sem questionar, e como ele a conhece, sabe que nós a protegemos. ― Amanhã cedo você a leva.

Um tempo. Precisamos de um tempo.

— Papai — a voz dengosa causa-me ânsia. — Mande-o ajudar Lucca — e aponta para o soldado que a reconheceu.

— Acho que não preciso de ajuda. — Lucca diz, segurando firmemente o braço de Rebeca que tenta, em vão, se soltar.

— Vá com eles, soldado! — Andrea ordena complicando os planos. — Ajude Lucca no que for necessário e não tire em hipótese alguma seus olhos dessa traidora.

— E se acaso ela tentar fugir, mate-a. — Graziela conclui e olha para o pai pedindo apoio que desdenha acatando o pedido da filha.

***

Lucca me puxou com certa brutalidade, mas o outro foi pior. Minha decepção era tanta que eu não pensava em nada.

Eu precisava achar uma solução para mim e para meu filho.

Será que há algum doente que tem fetiche por mulheres grávidas? A ideia de me prostituir me sondava. Eu trabalharia como uma condenada, transaria com os torcedores do Juventus todos os dias, o dia todo se garantisse a minha vida e a do meu filho. Imploraria a Michele que me perdoasse.

E juro, juro que me vingarei dessa família se eu conseguir me livrar dessa.

— Marco, leve essa garota para nossa cela especial — o homem que um dia me ajudou olha-me surpreso, mas somente assente. — Amanhã eu irei buscá-la para levar ao seu dono.

Dono! Virei um objeto na boca de um homem que prometeu me ajudar.

Não seja burra, Rebeca. Ninguém ajuda por nada.

— Sim, senhor.

— Comporte-se, mocinha — Aquilo era um aviso, uma ameaça, um pedido? — Lembre-se de minha promessa — sussurra. 

Não dá para acreditar depois de tudo isso. Você me pagará caro, Lucca.

Fui colocada dentro do carro, ao lado do animal raivoso enquanto Marco se sentava no lugar do motorista.

***

Eu queria ter confrontado Graziela, mas ela saiu assim que Rebeca fora levada, alegando estar passando mal e que precisava se recompor para o casamento.

— Não posso acreditar que tínhamos alguém procurado pela Casamonica em nosso território — Tio Andrea comenta dando a entender que não sabia de nada.

— Não dá para proteger de todo e qualquer tipo de gente. — Meu punho se fecha. — Filho, foi bom você se lembrar da garota procurada. Isso nos dará uma trégua. Falarei diretamente com Don Carlo sobre a traidora.

Queria pedir um tempo para conversar, mesmo sabendo que meu pai não perde tempo com pessoas que não tem como no a ajudar. E no caso dela, ser entregue seria o melhor. Infelizmente, mama entra esbaforida.

— Vamos! — Ela me estende o braço já que entraria comigo. — Uma lástima você ver a noiva antes do casamento.

Foda-se.

***

— Sabe que vai morrer, não sabe? — o asqueroso do dedo duro começa a lembrar meu fim enquanto brinca com meu cabelo. — Um desperdício de mulher gostosa.

Me afasto com ânsia por estar sendo tocada por aquele nojento.

— A gente bem que poderia se divertir antes de ser enviada, o que acha?

O cara passa a mão entre minhas coxas até chegar ao sexo e me acariciar.

— Vou comer você assim que chegarmos.

Dei-lhe uma cabeçada em seu rosto abrindo um corte profundo no supercílio.

— Sua cadela — e tira o cinto de segurança, subindo em mim e apertando meu pescoço.

***

A marcha nupcial começa a ser tocada quando ela entra sorrindo. Gente de toda a alta  sociedade estava ali presente inclusive alguns jornalistas das maiores revistas de fofoca do país.

Chego a pensar na possibilidade de dizer não, ou sair no meio do casamento. E o que eu ganharia? A repercussão negativa, as quebras de confiança, a desconfiança que no topo o grupo estava se deteriorando.

Seria meu fim. Meu só não, nosso.

Olho para Lucca querendo saber dela, e ele me passou segurança mesmo que de longe.

Rebeca está segura.

***

Eu queria gritar diante do desespero de estar sem ar.

— Ei! — Marco grita. — Solte-a!

Ele afrouxou a mão do meu pescoço, mas isso não o impediu de tocar meus seios e apalpá-los.

— Cara, porra! Quer morrer?

Ele não se importou diante da ameaça, tocando-me de forma nojenta.

Marco tentou me ajudar, puxando-o pela camisa mesmo dirigindo. E foi rápido, muito rápido.

Ele perdeu o controle do carro que rodopiou na pista. O homem por cima de mim bateu logo a cabeça no vidro lateral e voou para o teto assim que o carro capotou a primeira vez.

Foi tudo como num piscar de olhos. O airbag amorteceu meu acidente, mas o desgraçado, como estava sem cinto, se chocou comigo por diversas vezes antes de ser arremessado pra fora.

***

— Eu, Matteo Mancini Savoia, te aceito, Graziela como minha mulher e prometo ama-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte nos separe — pela primeira vez faço um juramento do qual não pretendo cumprir.

O padre fala algumas coisas, Graziela faz o juramento e eu continuo contando os minutos para sair dali e ver Rebeca. Tentaria negociar a saída dela daqui da Itália e envia-la para a Grécia ou França ficando sob meus cuidados mesmo que mais nunca possa tocá-la.

— Eu os declaro marido e mulher. — Estava feito— Pode beijar a noiva.

Graziela se aproxima e eu viro o rosto, encostando meus lábios em seu ouvido.

— Prometo fazer da sua vida um inferno do qual se arrependerá por ter entrado.

Ela abre um sorriso e antes de beijar meu rosto, diz:

— Eu disse que mataria quem tentasse te roubar de mim. — Beija meu rosto. — Eu cumpro.

***

Se eu desmaiei, não sei. Meu corpo todo dói.

— Rebeca — ouço a voz de Marco que aparentemente está pior que eu.

— O motorista está vivo — Alguém diz e braços aparecem pelo vidro do carro.

Abro os olhos e só então percebo que o carro está de cabeça pra baixo, por isso estou tão torta.

Sem conseguir falar, e ainda com os braços amarrados, tento soltar o cinto o que é em vão. Devo ter deslocado o ombro tamanha dor que sinto.

Um homem olha para dentro do carro e sorri ao me ver.

Estou salva.

— Rebeca — Marco me chama uma última vez pois vi quando dois braços o prenderam pelo pescoço e num movimento, ouço um estalo de ossos se partindo.

Meu Deus!

Queria gritar e não podia. Uma outra pessoa corta o cinto de segurança que me prendia e me puxa causando-me dores lancinantes.

— Ora, ora. Não é que essa gata tem mesmo sete vidas.

Sua voz eu a reconheceria em qualquer lugar do mundo.

Michele.

***

— Matteo — Lucca se aproxima de mim enquanto observo a todos de longe. Não consigo ficar mais um segundo ali.

— O que foi?

— Houve um acidente.

— Rebeca?!

E ele só nega, baixando a cabeça.

— Nãooo — e segurei as lágrimas que me encheram os olhos.

— Sinto muito

Demorei mas saiu.

Vou tentar escrever o livro 2 o mais rápido possível. " Totalmente, seu" é a continuação dessa história.

Será que eles se perdoarão? Novos personagens para amar e odiar serão apresentados.

Divirtam-se.

Xêro a todas

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