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Capítulo 33

A dor passou.

Respiro devagar sem acreditar que a dor passou. Ou ao menos aquela cólica tão absurdamente forte que mal me dava forças para ficar ereta.

Deus! Toco devagar minha barriga e aperto... a dor ainda existia, mas diferente de antes, ela não me incomoda, só quando toco.

E vomitar? Minha garganta ardia do tanto que eu vomitei. Lembro que assim que Matteo me deixou, na segunda pela manhã, fui a farmácia e comprei remédio. Passei na banca e comprei chá de tudo quanto a dona me recomendou. Cheguei em casa quase que voando da dor de barriga.

Era só eu beber qualquer coisa que vomitava. Fiz o tal do soro caseiro que vovó me ensinou para hidratar e tomava de colher em colher até que, de repente, colocava tudo para fora.

Um inferno.

Fiquei com vergonha de dizer a Matteo que estava piorando por dois motivos: primeiro, dizer que está com diarreia para o homem que você gosta não é nada romântico. Ninguém merece. E segundo, ele me avisou sobre a procedência da comida e eu não ouvi.

Quando ele entrou em casa naquele dia, eu só pensei que Michele havia me encontrado. Não o ouvi me chamando, somente o som da porta sendo arrombado e a arma que ele tinha em mãos. Eu deveria ter tido medo, mas eu me sentia tão mal que pouco me importei.

Abro os olhos e me vejo em um quarto de um hospital.

E sorrio ao pensar que fora ele que me trouxe.

"Vou te levar ao médico, morena." Seu cuidado e sua gentileza foram tão perfeitos.

Com dificuldade, me levantei e fui até o banheiro carregando o soro que estava preso no suporte. Eu já não aguentava mais essa diarreia dos infernos.

Voltei para a cama e me acomodei. Estava sozinha e sem noção alguma de horário. Matteo deve ter ido trabalhar depois que me deixou aqui.

Claro que eu queria que ele estivesse comigo, mas entendo que ele tem suas obrigações e o que fez por mim é muito mais do que eu sonhava.

Ligo a TV na hora que alguém bate a porta e entra.

Era ele? Abri um sorriso esperando que fosse, mas morreu no momento em que eu vi aquele homem alto, grande, cabelos castanhos escuros, olhos claros entrando. Eu já o tinha visto, mas assim tão perto, era assustador.

― Boa noite, linda ― ele tenta ser gentil, o que não ajuda muito. ― Fui buscar um café quando vi que você havia se levantado. Aproveitei e chamei o médico para te examinar.

Ele era enorme tanto em altura como em largura. Era um armário de carne e osso, e eu me pergunto como Matteo poderia ser segurança de um homem como aquele. Deveria ser o contrário, e olha que Matteo não era nenhum fracote.

― A propósito, meu nome é Lucca. ― Ele abre um sorriso e se aproxima o que me faz encolher.

Ele me dava medo, ainda mais sabendo de seu histórico.

― Matteo deverá vir mais tarde. Ele não queria te deixar sozinha, por isso eu o estou rendendo.

Pensei em responder quando um médico entra acompanhado de uma enfermeira. Ao menos ambos pareciam duas pessoas normais, o oposto daquele brutamontes ali.

― Boa noite, Rebeca ― o médico simpático caminha em minha direção, enquanto lê o que deveria ser meu prontuário.

― Boa noite, doutor ― respondo, tentando não olhar para o tal do Lucca que se senta no sofá mais afastado.

― Como está se sentindo?

― Melhor. ― Ele aperta delicadamente minha barriga o que me faz sentir dor. ― Mas ainda dói.

Ele continuava a me examinar causando-me um certo constrangimento em ter um homem que eu nunca vi me observando atentamente.

Pior foi quando me perguntou sobre a consistência das minhas fezes diante de Lucca! Sério isso? Por um segundo eu preferia ter morrido em minha casa.

O médico que se apresentou com o nome de Alfonso Bianchini, se aproxima de Lucca e ambos conversam em um tom que era impossível ouvir de onde eu estava tanto por causa da TV, como pela enfermeira que perguntava se eu precisava de alguma coisa, além de querer saber sobre minhas preferências culinárias como se eu estivesse em um hotel.

"Total discrição" foi a única coisa que eu ouvi naquela conversa inaudível entre um médico desconhecido e um homem que eu temo.

Deus! Em que buraco eu me meti?

Ficamos nós dois sozinhos novamente – eu e o tal do Lucca. Morta de vergonha, não sabia se preferia me trancar no banheiro e fazê-lo imaginar que estava muito mal, ou se continuava ali, na cama, observando-me como se eu fosse um ser de outro planeta.

― O senhor não precisa ficar aqui. ― Percebo que usei o tratamento errado já que ele é advogado. ― Eu sou muito grata por tudo que o doutor fez comigo.

Ele abre um sorriso.

― Tenho consciência disso, contudo, eu precisava muito conhecê-la pessoalmente. ― Ele tentava ser simpático e até divertido, mas era como se não combinasse. Era incompatível personalidade versus físico e histórico do que deduzi.

Eu sabia que ele era da máfia como imaginava ser alguém importante dentro dela.

Será que ele era um dos advogados que saem limpando a merda de seus clientes criminosos?

― Já ouvi muito falar de você ― meu rosto queimou.

― Doutor Lucca...

― Por favor, Rebeca, vamos começar tirando esse doutor. ― Jamais.

Nego.

― Não faz isso ― faz toda uma cara de coitado colocando a mão no peito, fazendo todo um drama que não combina em nada. ― Deixa isso para meus clientes. Hoje, eu estou fazendo companhia a uma moça linda que há muito eu desejava conhecer.

Ele me constrangia.

― O Matt fala...

― Matt! ― Ai, merda!

Ele caiu na gargalhada.

― Desculpa. Nem ele gosta que eu o chame assim, por favor. Só é uma brincadeira nossa.

― Brincadeira? ― Parecia que quanto mais eu falava, mais eu me enrolava. ― Desculpa. Continue, por favor. Acho que você queria perguntar se o Matt fala de você?

Assinto.

― Ah sim. Ele fala, como desaparece, não atende ligações, chega atrasado aos compromissos, leva doces... falando em doces, eu adoro aqueles que você faz de cereja envolto em um doce branco e chocolate. ― Eu não sabia que prejudicava tanto Matteo assim.

― Obrigada ― mesmo assim agradeci o elogio.

― Pensei em contratá-la para cozinhar para mim, mas acho que se eu fizesse isso, o Matt me mataria.

― Não o chame assim, por favor. ― Matteo brigará comigo. ― Ele não gosta.

― Não se preocupe com isso, Rebeca. ― Agradeço. ― Agora, me conte qual foi o segredo que te fez fisgar o meu amigo?

― Eu não o fisguei. Longe disso. A gente só tem meio que um lance. ― Ao menos deveria ser.

― Entendi. ― Ele sorria ao confirmar como se tudo para ele não passasse de uma comédia.

― Por que o senhor está sorrindo? Acha que eu estou mentindo? ― eu já estava ficando invocada.

― Não, muito pelo contrário. Só achei engraçado o termo que você usou - lance.

― Mas é um lance somente ― confirmo o termo consciente no que estou dizendo.

Não tínhamos um relacionamento, até porque eu não queria. E conhecendo Lucca, agora eu quero menos.

― Eu acredito, e eu estou feliz em saber que Matteo está vivendo um "lance". ― Enfatiza a palavra. ― Ele só não é, digamos, uma pessoa que se envolve e isso inclui lances.

Eu assenti porque eu tinha consciência.

― Ele me disse que só ficava com prostitutas. Inclusive nós até brigamos por causa disso. ― Nossa primeira vez foi inesquecível tanto nos aspectos negativos quanto nos positivos.

― Quando você quebrou o para-brisa do carro? ― Matteo contou? ― Eu lembro do tamanho da raiva dele.

Mais uma vez eu me constranjo com seu comentário.

― Ficou com tanta raiva assim? ― Ele confirma rindo. ― Merda! ― ponho a mão na boca. ― Desculpa.

Ele ri ruidosamente, puxando uma cadeira e sentando-se ao me lado de frente para a porta.

― Foi uma merda muito divertida. Ao menos para mim que nunca o vi com tanta raiva e olha que é muito fácil irritá-lo. ― Ele põe a mão na cabeça. ― Minto. Ele já teve ainda mais raiva quando uma garota deu um fora nele. Nesse dia ele parecia possesso tanto que quebrou um celular somente apertando-o.

Caramba!

― Vai ver que é por isso que ele só saía com prostitutas ― cada vez que eu falava, mais eu sentia que Lucca prendia o riso o que estava me deixando sem graça.

O bom disso era que eu percebia que ele estava se esforçando para quebrar o gelo.

― Ele nunca quis que eu pagasse. ― Comento. ― O para-brisas.

― Não. O filho da puta tem dinheiro mais que suficiente para pagar um monte de para-brisa. Pode quebrar sempre que tiver raiva dele, porque sim, ele faz raiva a muita gente e só eu e agora você conseguimos nos vingar sem retaliação.

Sorri mesmo consciente que Matteo, quando está com raiva, dá medo.

― Ele faz raiva mesmo. ― concordo ― Ele é muito posudo, às vezes.

― Agora nós concordamos ― brinca ― mesmo que eu ache que foi gentil da sua parte o "as vezes".

Nego.

― Não! No fundo ele é um fofo ― Lucca caiu na gargalhada.

Ele ria tanto que eu parei de falar. Ele não conhece seu funcionário mesmo.

― Eu nunca ouvi, sonhei, imaginei, visualizei alguém o chamar de fofo. Fofo? Não! Nem a mãe o chama disso. Desculpa.

― Ele é um fofo ― afirmo com raiva. ― E gentil, e cuidadoso, e divertido, encantador, preocupado. Me admira muito o senhor não conhecer esse lado dele. ― Lucca até parou de rir, mas não tirou o sorriso do rosto. ― Se parasse para conhecê-lo a fundo, viria tudo isso.

Assente já sem aquele sorriso de deboche.

― Você tem razão, Rebeca. Me desculpa mais uma vez. Eu é que estou surpreso em conhecer esse lado dele que nunca imaginei que existia. Na verdade, o preocupado e cuidadoso eu concordo. Matteo é capaz de dar a vida por mim.

― Ele é pago para isso ― idiota.

Ele não comenta, não responde.

E eu me foquei na TV e assisti calada a um filme água com açúcar mesmo que eu me sentisse uma cobaia tendo alguém observando cada movimento meu como se eu fosse um objeto de estudo. Eu só torcia que Matteo chegasse logo.

Era quase onze da noite quando ele chegou. Lucca continuava acordado sem demonstrar o menor sinal de cansaço como se fosse um robô.

Puta que pariu! Que saco.

Matteo entra olhando para mim. Havia preocupação em seu rosto que foi sendo dissipada à medida que se aproximava.

― Oi ― digo, sorrindo somente em vê-lo ali.

― Oi, mocinha. ― Ele acaricia meu rosto antes de beijar meus lábios. ― Melhor?

― Sim.

― Está sendo bem tratada? ― Assinto. ― Sentindo alguma dor? ― nego.

― Obrigada ― digo e ele segura a minha mão, beijando os nós dos meus dedos.

― Eu sou um príncipe, lembra? ― Nessa hora, o idiota já esquecido do Lucca solta uma risada abafada, trazendo-nos a lembrança de sua presença.

Matteo pisca o olho passando tranquilidade.

― Vou falar com Lucca e daqui a pouco eu volto pra ficar com você ― concordo, louca para ver essa criatura bem longe de mim. ― Volto logo ― e beija meus lábios mais uma vez.

― Até breve, Rebeca. Adorei conhecê-la. ― Lucca fala já da porta. ― Espero que da próxima vez que conversarmos, você esteja em melhores condições.

Não pretendo ter o desprazer de conversar novamente com você, mesmo que você seja bonito e tenha deixado seus compromissos para me fazer companhia.

Não seja mal-agradecida, Rebeca.

Agora que ele tinha ido embora, eu meio que relaxei. Eu estava cansada e morrendo de sono, mas o constrangimento de dormir com um homem me olhando me impediu.

Matteo não demorou muito do lado de fora. Entrou levemente sisudo, retirando o terno, o colete e a gravata, colocando tudo dentro do pequeno armário, assim como a arma que ele tentou esconder e eu preferi fazer de conta que não a vi.

Ele fingia viver num conto de fadas por mim, e eu fingia ignorar a realidade por nós.

― Hora de dormir, gata borralheira. ― Fala, assim que sai do banheiro, puxando a poltrona para o lado da cama.

― Será que meu príncipe pode me fazer companhia ― dou espaço para ele se deitar ao meu lado ― aqui? ― e aponto para o canto da cama.

― Não está certo. ― Faço um biquinho de charme até ele tirar os sapatos e se deitar ao meu lado. ― Mas vou fazer uma concessão até que você pegue no sono.

Deitei em seu peito,e com suas mãos me acariciando as costas, eu peguei rapidamente no sono.

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