Capítulo 28
Deitada a cabeça em seu peito, brincando com os pelos que resvalavam por entre meus dedos, mesmo sendo bem pouquinho, eu ouvia seu respirar, sentindo seu carinho em minhas costas.
― Por que não gosta que eu te chame de puta? ― pergunta-me depois de um longo silêncio. ― É natural xingar no sexo, sabia? É excitante.
É o que dizem.
― Para quem é excitante? ― levanto a cabeça e olho em seus olhos. ― Para mim é uma degradação do ato.
Ele me encara um pouco chocado.
― Porque para você é um conto de fadas, criança ― contesta ― Essa foi praticamente a sua primeira vez.
Brinco em seu peito contornando o mamilo com alguns pelos sobressaindo.
― Porque para mim o sexo é uma entrega, uma troca, um carinho mesmo que não haja sentimentos profundos. ― Volto a acomodar minha cabeça. ― Assim como você não gosta que eu te xingue mesmo quando você se comporta como um imbecil. ― Ele bufa mostrando claramente que não gostou da comparação. ― Eu estou te diminuindo, te humilhando e sei que isso é chato, degradante. ―Volto a brincar com seus pelos. ― Mas que você foi um imbecil, você foi.
Ele solta um longo suspiro como se estivesse buscando calma.
― Ok então, criança. Vou me lembrar desse detalhe.
― Serei grata ― e bocejo diante do cansaço, afinal, nós já tínhamos transado duas vezes.
― Quer que eu vá embora pra você dormir melhor? ― pergunta-me e eu quero dizer não.
Quero você aqui.
― Você quer ir? ― Porém eu passo a bola para ele.
― Não. ― Ele mesmo desliga o pequeno abajur que tem ao lado da mesinha de cabeceira se acomodando melhor. ― Quero ficar aqui.
Eu também.
E mesmo cansada (esgotada seria o termo mais certo), eu passei e repassei cada instante com Matteo desde o momento que eu o conheci, ouvi-lo e o observei.
No fundo eu sabia, mas tentei abafar a voz que me dizia algo que eu já tinha percebido: o autoritarismo, a forma agressiva de se comportar, a estupidez. Tudo em Matteo entrava no perfil de alguém que trabalhava para a máfia.
Na máfia.
A Sicília é uma ilha dominada por um grupo e todos sabem disso. E aqui, ou você é um mafioso, ou você trabalha para um, ou você conhece algum e fica em silêncio.
Na boate era comum ter encontros de membros da máfia, por isso alguns seguranças entravam acompanhando seus chefes. Um homem, mesmo que tenha dinheiro, não sai para uma noite de sexo acompanhado de seus homens se não deve nada a ninguém.
Eu acho.
Eu também tinha ouvido falar que Martinelli tinha o rabo preso com o grupo, mas na época eu somente ignorei.
Agora, eu estava fugindo de um grupo, dormindo com alguém de outro. A questão era o quanto ele era ouvido, importante e esse era o meu medo. Quando ele fala de Lucca, o chefe, é quase de igual para igual. Meu medo era que esse tal de Lucca fosse alguém forte, poderoso dentro da corporação.
Não... Ele parecia ser muito jovem para isso.
Por isso eu pedi para Matteo não me dizer mais nada. O certo era eu o mandar embora, mas na atual conjuntura da minha vida, criar uma desavença com alguém desse mundo era o pior que poderia acontecer.
"Mas tampouco havia necessidade de beijá-lo e depois transar com ele."
Claro que não foi algo muito difícil de se fazer. Matteo é o tipo de homem que nenhuma mulher, em sã consciência, pode ignorar. Ele é uma delícia quando não está no modo imbecil ativado. Ou seria no modo mafioso?
Mas uma coisa eu tinha certeza: eu não poderia contar meu maior segredo. Eu tenho consciência que há grupos que são inimigos e outros que são colaborativos. E depois do que aconteceu em Florença quando minha suposta amiga me vendeu, não dava para entregar tudo de mão beijada.
E se ele for de uma facção inimiga? Será que criaria uma desavença por mim?
Fala sério, Rebeca! Quem é você na fila do pão?
Ou será que ele é colaborador da máfia romana? Se for, me entrega fácil, se bem que pelo pouco conhecimento que tenho, eles não são inimigos nem amigos. Cada qual tem sua área.
"Ou seja, Rebeca. Está na hora de sumir novamente. Se bem que com a sorte que tem, é capaz de achar mais um criminoso de alta periculosidade."
Mas naquele momento eu estava bem. Havia uma certa paz em meu peito. Matteo era um bom amante, mesmo que fosse um cavalo. Ele me fazia bem, mesmo sabendo que era somente um passatempo para ele. E caramba, com o histórico que ele deveria ter, eu poderia sumir e sequer lamentar o fato de ir embora sem me despedir.
"Acontece, Rebeca, que seu coração de mulher de malandro já está caidinho por mais um imprestável."
Droga!
Lembro-me que tenho um monte de trufas que devem ser colocadas em suas embalagens antes de sair para vendê-las amanhã, mas no conforto que estou, ouvindo o ressonar baixinho de Matteo que dormiu, eu me deixo ser levada pelo sono para um lugar de paz.
Ao meu conto de fadas.
***
― Merda! ― acordei no susto com Matteo saindo da cama. ― Porra, são oito da manhã!
― Oito? ― Quem pulou da cama agora fui eu. ― Puta que pariu! Perdi minhas vendas da manhã.
Quando foi que eu dormir até tão tarde?
― Porra de venda! ― começaram as patadas ― Eu precisava estar em reunião agora.
― E eu tenho culpa, grosso? ― rebato irritada com o desdém dele.
Ele veste a calça rapidamente, calça as meias e os sapatos.
― Você não entende, garota! ― argumenta. ― Eu preciso estar presente na reunião de prestação de contas.
Veste a camisa enquanto eu coloco rapidamente um vestido simples sem pensar muito no que fazer já que não ajeitei nada ontem.
― Você não entende, garoto! ― uso um tom ainda mais pejorativo para que ele sinta meu sarcasmo. ― Se eu não vender, eu não terei dinheiro nem para comer.
E ele parou ao perceber a gafe, olhando-me em um pedido de desculpas que não sairá de sua boca.
― Eu posso te ajudar, Rebeca. ― Nego. ― Quanto você precisa? ― e abre a carteira mostrando-a recheada de euros.
― Vai deixar em cima da mesa pelo sexo? Já me chamou de puta, já me tratou como uma, agora vai pagar? ― Eu estava armada. Ou estava sendo idiota e orgulhosa?
Foda-se! Não quero esmolas e muito menos ser acordada ao som de patadas.
― Não vou pagar pelo sexo porque você não é uma prostituta. ― Se aproxima de mim, pegando-me pela cintura. ― Sei disso porque eu nunca durmo com qualquer uma delas, e caralho, nunca dormi tanto. Além disso, você é uma moça linda que me pediu para viver um conto de fadas, e esse príncipe aqui quer ajudá-la. ― E ele acaba de me desarmar com sua delicadeza, seu jeito totalmente diferente de alguns segundos atrás.
Sorri.
― Desculpa ― e eu reconheci meu erro.
― Então eu posso te fazer um agrado? ― E me dá um beijo no pescoço.
Quem sabe mesmo eu fosse burra e por isso eu nego, saindo daquele meio abraço, e tirando da geladeira as trufas para enrolá-los em papel colorido.
― Acontece que essa gata borralheira aqui vive em tempos modernos onde a mulher não aceita determinados benefícios de mão beijada. ― Ele solta um suspiro de quem está quase perdendo a paciência. ― Ela quer conquistar seus objetivos. Alçar voos com suas próprias asas e venhamos e convenhamos, um homem não transa com uma mulher pela primeira e já vai pagando suas contas.
Ele solta uma risada sem graça e eu só espero mais um coice.
― Sabe que eu acho? Acho que isso tudo se chama orgulho ― contesta. ― Se eu não tivesse dinheiro, eu não o faria.
― Acho que isso tudo se chama determinação, objetivo, amor-próprio ― rebato sem sequer olhar para ele.
Ele coça a nuca impaciente antes de me abraçar por trás e beijar meu pescoço.
― Vamos fazer o seguinte ― sussurra em meu ouvido. ― Eu compro tudo que você conseguir embalar enquanto eu faço um café para nós dois.
A negociação agora ficava diferente até porque não seria a primeira vez que ele me compra.
― Não estava atrasado? ― lembro-o. ― E não foi você quem disse que não sabe fazer nem ovo?
― Não nego que estou superatrasado. Mas fazer café e degustar de uma xícara acompanhado de uma mulher linda é algo que nenhum italiano decente rejeite. ― Ele me dá mais um beijo. ― Vou ao banheiro e volto para preparar o café para nós dois.
Sorrio com todo aquele clima de parceria sabendo que tudo não passava de uma encenação superficial de algo que jamais poderia se aprofundar.
"Viva esse conto de fadas, Rebeca."
"Você vai se foder... Não! Você já está fodida em todos os sentidos."
Assim que ele retorna, já com o cabelo um pouco úmido, rosto lavado, todo arrumado pronto para sair, eu indico o lugar onde ele pode achar as coisas que na verdade era só ver em cima de uma prateleira, e enquanto ele prepara, eu embalo rapidamente tudo que eu puder, independentemente da quantidade que ele irá levar. Algumas trufas têm frutas e se não vender hoje, elas começam a estragar se ficarem muito tempo fora da geladeira.
O cheiro do café recém-passado invade meu cantinho antes mesmo de ele me entregar uma caneca.
― Puro e sem açúcar como o meu, correto? ― pergunta-me lembrando dos meus gostos.
― Exatamente. E se estiver forte, melhor ainda. ― Ele confirma mostrando mais uma afinidade nossa.
De frente a mim, ele se senta já degustando de sua xícara enquanto eu continuo a trabalhar entre goles do café feito na medida certa.
― Até que você faz um café bom ― elogio.
― Eu sei ― e pisca o olho para mim.
Eu continuo trabalhando rápido independente dele quando ele segura minha mão.
― Rebeca, pare! ― Aquilo não era um pedido.
― Eu preciso terminar, Matteo. Eu posso ter perdido a manhã, mas eu compenso a tarde.
― Pare! Eu vou levar tudo embalado ou não. ― Eu jamais aceitaria que meus produtos fossem levados de qualquer jeito. Eu era uma pessoa até que chata no quesito qualidade e isso incluía a aparência.
― Você não pode! ― ele sorri como se aquilo fosse nada. ― Eu não vou deixar.
― Eu tanto posso tanto quanto vou.
― E se eu não quiser? ― Ele ri ruidosamente quanto a impossibilidade de eu não ter querer. Era isso. ― São mais de cem. E eu sou muito chata com os meus produtos.
― Olha bem, morena. ― Ele me abraça mais uma vez por trás e cada vez eu me encanto ainda mais por esse lado carinhoso dele. ― Você não conhece o Lucca. O monstro tem mais de 1,90, quase cem quilos, vive malhando e comendo doce como formiga. Em um instante em que ele se senta, ele devora uns vinte.
Eu até me lembro dele e do seu tamanho, mas ele não me parecia um glutão e sim alguém que se cuida.
― Mas...
― Mas nada. Tire o dia pra você hoje. Relaxe, saia, passeie, faça aquilo que te faz bem sem se preocupar se terá dinheiro para a comida amanhã.
Aquilo foi, de tudo, a melhor declaração que eu já ouvi de alguém que se importa comigo.
Confirmei, um tanto emocionada, e olha que eu não sou de me emocionar.
― Obrigada. Vou só guardar em uma embalagem os que foram embalados para você levar ― ele me olha de lado com uma pitada de recriminação. ― Não posso vender meus produtos de qualquer jeito. O famoso controle de qualidade. ― Ele não concorda, mas entende.
E depois de ele levar quase cem trufas, ele me deu um beijo e saiu em disparada para o compromisso daquela manhã.
Eu só esperava que aquilo não o prejudicasse, já tendo ciência no que ele estava metido.
***
― Rebeca, querida! ― Alberto, um dos chefs da cozinha lá na boate, me abraça e me beija assim que me vê. ― Quanto tempo, minha brasileira preferida.
Como me tinha sobrado poucas trufas para vender, foi fácil até porque deixei a maioria delas em uma lanchonete que sempre me compra e fui ao encontro desse meu ex-colega de trabalho que me intimou em visitá-lo essa semana em sua nova aquisição.
― Até parece que você conhece tantas outras, Alberto. ― Ele cai na gargalhada confessando aquilo que eu já sabia.
― E aí, garota, o que tem feito?
― O de sempre, Alberto. Faço minhas coisinhas e as vendo por aí. ― Ele confirma, guiando-me até o interior do seu novo estabelecimento. ― Uau, ficou lindo, Alberto.
Exclamo radiante pelo tamanho da cozinha industrial que ele montou.
― Vai abrir mesmo seu restaurante?
Ele abre um sorriso e nega deixando-me sem entender.
― Eu estou em negociação para abrir uma filial do "La Mama" aqui na Sicília, mas sabe como é que é..., as coisas aqui precisam ser autorizadas pelas autoridades governamentais e pelas autoridades do submundo. ― Como em alguns lugares no Brasil, a milícia manda e desmanda colocando a todos os comerciantes sob cabresto.
― Eu sinto muito, Alberto. ― Tudo uma grande merda. ― Mas você continua lá na boate, né?
Nega.
― Não. Não dava mais. Eu perdia grandes negócios e hoje, se quero montar algo, preciso ser conhecido, e sabemos que lá na boate o público é um bocado restringido.
E os que vão não podem sair por aí elogiando a refeição de um puteiro de elite.
― Imagino. Mas e aí! Você me mandou recado querendo conversar comigo.
Ele abre um sorriso gigante bem conhecido. Alberto é do tipo bem chato, um caxias, mas todos gostavam de trabalhar com ele. É sério, honesto, decente e amigo.
― Eu sei que você é uma mulher trabalhadora e guerreira. ― Ai meu Deus. ― E você sabe que eu tenho sido contratado por muita gente para buffets particulares.
Que seja o que estou pensando... que Deus me abra uma porta, uma janela, uma fresta, um buraquinho. Qualquer coisa.
―Eu não estou contratando ninguém por enquanto até porque são trabalhos pontuais, sem qualquer vínculo empregatício. ― Ai meu Deus. ― E então eu só pensei em você. Quer fazer parte da equipe?
Dei três pulos e o abracei.
― Claro, Alberto. Como eu quero.
― Eu imagino que esteja sem visto, por isso essa necessidade de não formalização ― eu nunca confirmei como tampouco neguei ― e honestamente, eu pago por hora, a pessoa trabalha para mim e tchau. E por causa disso, estou com grandes dificuldades de contar com as mesmas pessoas sempre. A maioria trabalha de dia e quer fazer um bico para ganhar algo mais, mas isso nem sempre acontece. Muitas se cansam, tem que entrar no batente no dia seguinte e milhões de outras desculpas que acabam me deixando na mão.
Tudo que eu preciso na vida. Alguns desses bicos pagam todas as minhas contas sem precisar que eu desembolse nem um centavo. Nem a passagem pelo que eu fiquei sabendo.
― Pode contar comigo, Alberto. Pode me ligar a qualquer hora do dia.
― Ainda não quer aparecer ou posso te usar como garçonete? ― Faço uma careta. ― Entendi. Te coloco na cozinha me ajudando na limpeza e sabendo de suas qualidades culinárias, até te ponho como minha auxiliar.
Como auxiliar de cozinha ainda ganho mais.
― E quando eu posso começar? ― Estou eufórica.
― Então, eu tenho um almoço de batizado no sábado e um brunch no domingo ainda pela manhã para um grupo de mulheres. Aguenta?
Até mais.
― Tem dúvidas que não? ― ele nega, mostrando claramente satisfeito.
― Perfeito então. O uniforme é simples: calça, camisa e sapato fechado pretos. A camisa eu cedo no dia do evento. Além disso, maquiagem leve, cabelos presos, unhas limpas e ajeitadas mostrando asseio. ― Deus, eu me sentia em um jardim de infância. ― Te passo o endereço do local um dia antes e você decide se vai direto ou vem pra cá e daqui uma van leva a todos que não puderem ir de suas casas. Pontualidade é uma questão indiscutível. Se for atrasar por qualquer motivo, me liga antes ou nem vá e esqueça outra oportunidade.
― Alberto, eu sei.
― E nada de ficar tomando qualquer coisa ilícita, mocinha. ― Adverte-me.
― Não, Alberto. Você sabe que não sou dessas.
― Eu sei, linda. Como também sei que foi por isso que foi demitida, massssss eu conheço a sacanagem que fizeram com você, e o que te levou a aquilo. Só não quero que se repita comigo.
Nego. Quero muito esquecer esse dia.
― Todo mundo soube? ― Ele me encara sem entender o contexto. ― O motivo da minha demissão.
Ele confirma.
― Sabe como é que é... Todo mundo comenta. ― Como em qualquer lugar do mundo sempre há um bando de fofoqueiros. ― Ainda mais depois de saberem com quem você tinha dormido.
Aquilo me chamou a atenção.
― Como?
― Rebeca, o comentário é que você tinha passado mal depois de ter dormido com um cliente muito assíduo, tanto que o quarto que você acordou fora o que ele sempre utiliza quando vai pra lá.
― Não. Eu realmente passei mal, mas não dormi com ninguém. Na verdade, nem sei de quem você está falando.
Eu estava boiando.
― Não! Que estranho! Tanto que foi ele quem pagou todas as suas despesas já que ao ser demitida por uso de drogas, Martinelli, aquele mesquinho, não paga nada. Foi, como era o nome dele mesmo... Lucca. Isso! Doutor Lucca. Advogado de um dos maiores escritórios de advocacia da Itália. ― Meu coração começa a acelerar – o chefe de Matteo. ― As meninas o adoram por causa do jeito brincalhão, divertido mesmo que ele tenha fama de alguém de péssima índole.
Eu estava estarrecida em saber aquilo. Minha pergunta era se Matteo sabia ou não. Já começava a duvidar da resposta dele quando me garantiu que esse tal de Lucca não fora o responsável pela proposta indecente que até hoje me causava nojo, raiva.
E como um choque de realidade, eu temia – Matteo deixou claro que trabalha para a máfia mesmo que eu não tivesse permitido concluir a frase; e agora eu sabia que o chefe dele - Lucca - era advogado (cria de Satanás) e alguém de péssima índole (redundância quando se trata de máfia).
― Você está bem?
― Claro, Alberto.
Alberto continuou a me mostrar suas coisas, o que pretendia montar para as duas refeições, os utensílios que usaria, tudo.
E eu só pensava em que buraco eu estava me metendo.
Será que eu fugi de um inferno para cair no caldeirão do outro?
"Sim, Rebeca, você a cada dia que passa, só cava mais profundamente a sua cova."
E eu só vou rindo com os comentários de vocês. Será que vai dar certo trabalhar com Alberto? Ela, mesmo imatura, já está consciente que gosta do Matteo. E ele? Será que vai demorar a perceber que esta caidinho por ela?
Uma coisa vocês acertaram: ela é a versão feminina dele em quase tudo. Será que também na maldade?
Xêro
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