Manuella Narrando:

Abro meus olhos lentamente e vejo a Milla sentada ao meu lado segurando minha mão, jamais imaginei que estaria aqui sem ter Brian comigo, isso me dói muito. Não quero acreditar no que vi, sei que ele jamais me trairia ainda mais com aquela vadia, sinto uma lagrima rolar em meus olhos. Milla por um momento olha para mim e percebe que estou acordada.

-Oi amiga. Como se sente?- ela fala atenciosa comigo.

-Estou bem. Por quanto tempo dormi?- eu pergunto.

-Umas duas horas mais ou menos.- Milla me olha com olhar triste.

-O que foi? Meu bebê?- eu falo e movimento para sentar na cama.

-Não foi nada com ele, está tudo bem com seu bebê. Fica tranquila, você tem que ficar em repouso.- ela fala não me deixando mecher muito na cama.

-Não foi com meu bebê, então me diz o que está acontecendo? Brian?- eu pergunto preocupada, apesar de magoada eu o amo.

-Brian...ele...ele está aqui no hospital.- ela fala e parece esconder algo.

-Hum, então porque ele não veio aqui me olhar na cara?- eu falo desmonstrando a mágoa que sinto.

-Manu, tenta ficar calma tá. Quando você deu entrada aqui no hospital nós tentamos ligar para Brian mais ele não atendia, então Théo ligou para o sócio dele que foi ver o que estava acontecendo que ele não atendeu o celular. Ele entrou na sala dele e o encontrou completamente dopado, aquela louca do casamento tinha tirado a roupa dele. O sócio chamou a policia e os paramédicos.- ela mal termina de falar e já sinto as lagrimas rolarem ao ver que Brian não fez isso comigo mesmo.

-Mais como ele está Milla? Eu quero vê-lo.- eu falo ansiosa e preocupada.

-Calma Manu. Ele ainda está dormindo. Os médicos dizem que ele está bem, só foi dopado por uma substancia que eles vão analisar ainda com exames, mais que ele vai acordar logo.- ela fala.

-Eu quero vê-lo. Eu quero vê-lo.- eu falo ansiosa.

-Calma Manu, você não pode se levantar agora, pense no seu bebê.- ela fala segurando minha mão.

-Verdade, vai lá ver se ele está bem, por favor Milla.- eu insisto com ela. Alguém bate na porta do quarto.

-Entre.- Milla fala.

Então vejo a doutora entrando na sala.

-Boa tarde Manuella.- a doutora fala.

-Boa tarde doutora Débora, como está meu bebê?- eu pergunto preocupada.

-Ele está bem querida, você teve um começo de aborto, mais conseguimos medicar você a tempo, agora é somente repousar um pouco e em dois ou três dias você poderá ir para casa.- ela fala me fazendo respirar mais tranquila.

-Que bom, graças a Deus, eu não suportaria perde-lo.- eu falo desabafando.

-Fique tranquila e descanse. Qualquer coisa é só me chamar.- ela fala indo até a porta do quarto.

-Está bem.- eu respondo e a doutora sai do quarto.

-Você viu só, descanse. Viu dar uma saída e já volto, vou ligar lá em casa para o Théo.- ela fala pegando a bolsa.

-Olha o Brian para mim por favor.- eu falo.

-Vou sim, já volto.- ela fala e sai do quarto.

Eu sabia que o Brian não me enganaria logo com aquela lá. Como ela pode fazer isso com ele, espero que deixem ela atras das grades e jogue as chaves fora.
Eu suspiro e fico olhando para o teto. Ainda sinto minhas palpebras pesarem de sono, acho que estão me dando remédio para dormir só pode, então fecho os olhos.

-Eu não me perdoaria se algo tivesse acontecido com você e nosso filho.- ouço a voz de Brian chorando. Abro meus olhos e o vejo sentando ao meu lado na cama.- Oi docinho. Você está bem?- ele fala quando percebe que acordei.

-Amor pensei que você perder nosso filho.- eu falo chorando.

-Não chores meu amor estou aqui agora, e não aconteceu nada com ele.- ele fala segurando minha mão.

-O que aquela louca fez com você.- eu falo olhando marcas de agulha em sua mão.

-Eu foi um idiota por ter deixado ela entrar em minha sala.- ele fala com raiva de si mesmo.

-Eu sabia que você seria incapaz de me trair com ela.- eu falo suspirando.

-Como assim docinho?- ele fala surpreso.

-Ela atendeu quando eu liguei, e depois mandou uma foto sua com ela ao lado nus.- eu falo balançando a cabeça tentando não lembrar do que vi na foto.

-Ela só pode estar louca isso sim, fazer isso com a gente.- Brian fala triste.- Jamais a perdoaria se tivesse conseguido.

-Eu desconfiei apesar do medo de ser verdade.- eu confesso.

-Não tiro a sua razão. Mais eu não te trai.- ele fala me dando um beijo na boca.

-Deita aqui comigo amor.- eu falo me afastando para ele deitar ao meu lado.

-Eu vivo para vocês dois.- ele fala passando a mão em volta do meu pescoço e colocando a mão em minha barriga.

-Eu vivo por amar você.- eu falo e ele me dá um beijo na testa.

Ficamos ali juntinhos, até uma enfermeira entrar e implicar por Brian estar deitado ao meu lado e pelo soro ter soltado de minha veia, como se ele tivesse culpa, quase mandei ela para os "raios". Brian que não deixou eu brigar. Milla entrou no quarto depois e se despediu, ela e o Théo foram meus salvadores. Depois que ela foi embora a enfermeira trouxe a famosa gelatina horrivel de hospital para mim comer que concerteza eu não quis nem olhar para aquela coisa na bandeja. Brian ficou rindo de mim por não comer e ficar com nojo da gelatina maravilhosa que de boa não tem nada.

Brian vai em casa tomar banho e pegar umas coisas para mim. Alguém bate na porta do quarto e falo para entrar, então vejo nosso pai entrar desesperado no quarto.

-Minha filha, como você está?- ele fala preocupado.

-Estou bem melhor pai, não foi nada. Meu bebê está bem.- eu falo passando a mão na barriga.

-Fiquei com tanto medo quando sua amiga me avisou.- ele fala.

-Foi apenas um susto pai, estamos bem.- eu falo.

-A sua mãe já sabe minha filha.- ele fala e fico surpresa.

-Quem falou pai? O que ela disse?- eu pergunto tentando digerir o que ele me disse.

-Eu acabei contando minha filha, eu fiquei nervoso, ela começou a falar umas coisas em casa e acabei falando que você estava no hospital e quase perdeu o bebê por culpa dela.- ele fala chorando.

-Como assim pai? Por culpa dela porque? Não estou entendendo.- eu falo ficando nervosa.

-Eu ouvi ela falando com a Karol. Ela iria dopar o Brian para você pensar que ele te traiu. Assim vocês se separariam e podia voltar a ser como antes.- ele fala desabafando.

-Não pode ser pai, ela não fez isso comigo, ela não podia fazer isso com nós dois.- eu falo e sinto as lagrimas rolarem, mais agora choro por decepção.

-Não chore minha filha, não chore.- ele fala me abraçando.

-Como não chorar pai, minha propria mãe quer a minha infelicidade. Porque tudo isso? Pra que? Eu não a reconheço pai.- eu falo chorando abraçada a ele.

-Sei que ela errou filha, mais ela é sua mãe. Quando eu discuti com ela e falei umas verdades ela calou-se e começou a chorar, quem sabe por remorço porque ela tentou separar vocês e nem imaginava que você estava gravida e passaria mal por isso.- ele fala.

-Eu não passei mal por culpa dela pai. Aconteceu tão rapido, eu nem tinha descoberto o que essa Karol estava aprontando.- eu falo tentando deixa-lo mais tranquilo.

-Mais ela teve parte de culpa nisso sim, ela fez isso tudo com vocês e isso eu não vou perdoar. Não vou perdoar uma mulher que faz isso com a propria filha. Eu decidi me separar de sua mãe, eu não a reconheço mais filha.- ele fala e eu me surpreendo, me solto de seus braços.

-Não pai, não faz isso com ela e nem com o senhor. Vocês se amam.- eu falo a defendendo.

-Eu não suporto mais essa situação filha. Não com ela fazendo isso com vocês dois. Agora vocês são uma família, tem um filho a caminho. Ela tem que aceitar isso.- ele fala chorando.

-Pai, ela errou muito comigo, com o senhor e com o Brian, mais o senhor não pode largar dela pai.- eu falo olhando em seus olhos.

-Eu a amo filha, mais ela precisa aceitar vocês, eu não quero me afastar de vocês porque ela não aceita isso.- ele fala.

-Mais não precisa afastar pai. Dê tempo para ela digerir isso, mais por favor não deixe a minha mãe.- eu falo triste.

-Eu vou pensar filha, mais hoje não vou voltar para casa, vou para um hotel.- ele fala decidido.

-Não precisa pai, vai para o meu apartamento, lá tem um quarto de hóspedes, eu ligo para Brian te ageitar lá. Mais pense com carinho pai. Ela errou com todos nós, mais como o senhor falou, ela é minha mãe. Ela é tua esposa pai. Perdoa ela.- eu falo.

-Tudo bem minha filha, eu ligo para Brian depois e converso com ele o que aconteceu, agora eu preciso ir. Amo você filha.- ele fala me apertando em seus braços.

-Eu também te amo pai.- ele me dá um beijo na testa e então sai do quarto.

Eu ligo para Brian e aviso para ele receber nosso pai em casa e depois vem para o hospital. Termino de falar com ele e a Milla entra no quarto.

-E aí amiga, como está se sentindo?- ela fala e se senta na cama.

-Quer saber a verdade?- eu falo triste.

- O que foi? Fale pra mim.- ela pergunta preocupada.

Eu falo tudo o que está acontecendo para ela, ela me deu uns conselhos. Como queria que minha mãe fosse diferente, e aceitasse o nosso amor na boa, sem mostrar ser dessa forma. Estou muito triste, muito magoada, saber que a pessoa que me colocou no mundo prefere me ver infeliz ao invés de aceitar de boa nós dois juntos. Agora preciso dar tempo ao tempo e pensar apenas em me cuidar. Espero que ela um dia aceite isso e possa ficar ao meu lado para me ajudar com nosso bebê.

Boa noite queridas, mais um capitulo para vocês.

E aí gostaram? A mãe dela foi longe demais agindo assim neh.
Será que ela vai voltar atras e aceitar os dois?

Quero agradecer o carinho a paciência de vocês, a força também por mais essa obra minha. Amei os comentarios durante todos os capitulos. Confesso que já estou chorando desde o capitulo anterior. Esse é o penultimo capitulo do nosso livro. Vai ter o proximo e mais o epílogo.

Não deixem devotar e comentar. Amo cada um de vocês. Até o proximo capitulo com muitas emoções por aí. Beijos😘😘😘