XXVI. WHEN I SEE YOU AGAIN (final do filme/alternativo)
XXVI. WHEN I SEE YOU AGAIN
xxvi. quando eu te ver novamente
Todos os moradores de Berk vieram até o penhasco, gritando em comemoração, com os braços para cima, saudando a vitória.
─ Oi! Acorda garota. ─ Hydra cutucou o focinho de Syrax, logo também de AsaPrata e Kiara.
Hydra se aproximou de Syrax, AsaPrata e Kiara, que estavam perto um do outro, ela estava agachada, na altura de seus dragões. Ela se sentou ali no meio deles, colocando a cabeça dos mesmos em seu colo. ─ Isso aí. Você é cheia de surpresas, não é menina?
Hydra distribuía os carinhos em AsaPrata e Kiara, Névoa estava perto de Pula-nuvem.
A garota se levantou, e passou a mão nos parceiros de seus dragões.
─ Eles são todos de vocês. E obrigada. ─ estes ronronaram para ela, felizes por a Mãe dos Dragões estar bem.
A garota se aproximou do namorado, e passou o braço dele por seus ombros, dando-lhe apoio para ficar de pé.
Os dragões se acariciavam, faziam gestos e sons estranhos, ou apenas desconhecidos para eles, os humanos. Soluço acenou com a cabeça para a menina "agora tudo está bem, não é? " "Melhor impossível." ambos encostaram as testas uma nas outras.
Mas Soluço parou de repente, como se houvesse lembrado de algo. Logo, sua face ficou entristecida.
─ O que foi?
─ Ainda há algo que precisamos fazer... Que eu devo fazer. ─ ele observava o horizonte.
Mas seus dragões estavam muito bem ali, eles queriam ficar ali. Aceitando todas as consequências, entendendo todos os riscos.
Soluço pulo até Banguela, Hydra ficou ao lado de seus dragões e companheiros, fazendo-os carinho.
Pois ela sabia o que viria a seguir. Mas não queria aceitar, ela não iria aceitar.
─ Você sabe o que precisa ser feito, amigão. ─ Soluço dizia a seu dragão. ─ chegou a hora. Eu estive tão ocupado lutando por um mundo que eu sonhava, que eu não pensei no que vocês queriam. ─ observou a Fúria da Luz, atrás de Banguela, que recebia carinhos de Hydra. ─ vocês cuidaram d agente por tanto tempo, que está na hora de cuidarem de si mesmos. ─ ele assentiu para a garota, e com o apoio de Banguela, foi até ela. Então se levantou, ficando cara a cara com o namorado. ─ Você sabe o que precisa ser feito... Amar também é deixar ir.
─ Eu sei. ─ ela choramingava, vendo os cavaleiros retirarem as selas de seus dragões. ─ Mas eu sou egoísta demais para vê-los seguindo uma vida sem mim. E eu odeio isso.
─ Não estou falando dos seus dragões. ─ ela o observou confusa. ─ Estou falando de você. Você é a mãe dos dragões, eles precisam de você, eu queria que você não fosse, eu queria você comigo, mas se quisermos a paz, temos que deixar alguns ir. Vai.
─ Não consigo.
─ Claro que consegue! Você é a mais corajosa, determinada e companheira que eu já vi. E você sabe que os dragões precisam de você. Eu sei, você sabe, toda a Berk sabe, e está tudo bem... Pode ir.
─ Os dragões tem os reis e rainhas que sempre mereceram! Talvez eu necessariamente não precise estar no Mundo Escondido. Talvez eu precise fazer uma escolha...
─ Entre ir com eles, ou os deixar ir.
─ Exatamente...
─ Eu vou te dar o tempo que precisar. ─ ele saiu de perto da namorada, se apoiando em Valka.
─ AsaPrata... ─ o dragão ronronava a dona, ele não queria ir, ele nunca quis. ─ Meu garoto, meu doce garoto. Eu te amo tanto. ─ o dragão a abraçava, mas ouvia tudo o que ela dizia. ─ Você esteve por mim quando ninguém poderia, cuidou de mim desde os meus nove anos. Eu nunca vou te esquecer. Você vai fazer tanta falta... Mas apesar de tudo, você merece a liberdade, mais do que ninguém. ─ Ela apoiou sua cabeça ao chifre de seu dragão. ─ eu não quero que você vá, e você não quer ir, mas você entende a necessidade disso, garoto, eu sei que entende. Eu te amo, tudo bem? E quero que seja livre, com ou sem mim. ─ o mesmo ficou em duas patas, e as suas dianteiras abraçaram a garota calorosamente. E o abraço foi retribuído. ─ Vai AsaPrata, pode ir. ─ o mesmo ficou perto de sua companheira, esperando a despedida de seus irmãos.
Névoa se aproximou da dona, abaixando a sua cabeça.
─ Minha doce menina, a mais calma e serena, nunca vou te esquecer por ser tão... Incrível. Você sempre guardará uma figura da Hera, vocês são almas gêmeas, e sei que você irá encontrá-la em alguma alma perdida por aí. Mas o nosso pouco tempo juntas, foi melhor do que possamos imaginar, não é, garota? ─ Névoa fechou seus olhos quando os braços de Hydra rodearam seu rosto. ─ Eu te amo, minha sombra branca. ─ era assim que Hera uma vez chamou Névoa, antes de morrer. ─ e eu prometo que se um dia você sentir falta dela mais que eu, volta para cá, eu estarei te esperando todos os dias. Vai garota, vai. ─ o rosto de Névoa se entristeceu, e voltou para Pula-nuvem.
Kiara ronronou, estava atrás de Hydra.
─ Oi garota! ─ Hydra não sabia como começar, elas estavam a tão pouco tempo juntas, que isso lembrava a sua mãe. ─ O nosso tempo juntas foi tão curto, mas também tão inesquecível. Você me salvou de quedas, armadilhas... Momentos que talvez não possam ser tão especiais para outros, mas para nós duas, certamente são memórias inefáveis, não é? ─ Kie ronronou para ela, e a lambeu no rosto. ─ Sentirei sua falta, mas você estará bem lá fora, muito melhor do que se estaria comigo. Eu te amo garota, e se você está feliz, eu também devo estar. ─ Kiara abraçou a dona com as dianteiras, um abraço caloroso e repleto de memórias, saudade e amor. ─ Vai Kiara, vai. ─ Kiara voou acima da dona, ficando ao lado de sua irmã: Luna.
Syrax bateu propositalmente sua cabeça no quadril da dona. Syrax estava chorando, ela nunca havia chorado em sua vida, mas parecia que para tudo tem a sua primeira vez.
─ Não chora garota, não chora. ─ Hydra não era a pessoa certa para dizer isso a Syrax, já que estava pior que ela. ─ Eu quero que vocês sejam livres. Sejam felizes, estando ou não comigo... ─ Hydra mordia os lábios, em uma tentativa falha de amenizar o choro, mesmo que seja impossível. ─ Vocês passaram tanto tempo cuidando de mim, e agora está na hora de cuidarem de si mesmos. Construírem uma família, laços inquebráveis com seus companheiros, assim como vocês tem comigo, e não importa a distância, eu sei que vamos nos reencontrar por aí, seja no solo, na água... Nas nuvens. ─ a garota fazia meros carinhos debaixo da cabeça de seus dragões. ─ O nosso mundo não é seguro para vocês, e nós não lhe merecemos. Vocês são incríveis demais para criaturas como nós, egoístas, egocêntricos e gananciosos... ─ Hydra se levantou, ficando ao lado de Soluço. Estava tentando parecer estável, mas se despedir de seus dragões, que foram sua família por décadas, não era fácil. ─ Vai Syrax, vai.
O dragão deu no máximo cinco passos para frente, mas voltou para a dona, a abraçando pelas dianteiras, amorosamente. Um abraço de anos de amizade ambas choravam.
Mas Hydra sabia, todos sabiam, que e AsaPrata Syrax viveria infeliz pelo resto de sua vida se não estivesse com Hydra. Era um fato visível.
─ Vai logo Syrax. Sai daqui. ─ dizia, antes que mudasse de ideia. Surax ficou ao lado de Banguela, AsaPrata e Kiara.
Os reis e rainhas rugiram altamente, e foram retribuídos pelos outros dragões. Que agora, já levantavam voo.
Os cabelos cacheados da garota voavam com o vento graças as asas dos dragões.
E então, seu coração começou a partir quando viu Kiara e Névoa alcançarem vôo, indo ao Mundo escondido.
Banguela, repetiu o mesmo ato, após se despedir com o olhar para Hydra, e principalmente, o seu melhor amigo e quase irmão, Soluço. Ele hesitou em ir, mas, da mesma forma, ele partiu.
Syrax e AsaPrata ainda estavam ali, eram os únicos dragões presentes. Eles grunhiram para sua única e amada mãe, e bateram as suas asas, alcançando voo.
Mas antes de ficarem totalmente invisíveis, graças a distância deles com sua dona, eles olharam para baixo de seu corpo, e então, sorriram para ela, do mesmo jeito que fizeram da primeira vez.
Hydra retribuiu o sorriso, sabendo que seria o último.
Dez anos haviam se passado.
Hydra possuía seus completos trinta anos e Soluço, trinta e um.
E estavam, agora, casados.
Eles tiveram duas crianças.
Zephyr, era uma menina curiosa e apaixonante, tinha oito anos de idade e havia puxado seu pai em personalidade. Seus cabelos eram ruivos e encaracolados, seu tom de pele era pálido - mas não muito - seus olhos castanhos, assim como os de sua mãe.
Nuffink, por outro lado, era tímido e as vezes, estressado - sem dúvidas era filho de Hydra - e havia puxado totalmente a sua mãe, sua pele era morena, seus cabelos eram em um tom de marrom escuro quase preto, e o fios, totalmente lisos e bagunçados. Seus olhos, extremamente verdes, eram reluzentes igual aos do pai.
Agora, a família estava em um barco, e aí ao seu redor, não havia nada além de um oceano que parecia não ter fim.
─ Hydra. ─ ouviu a voz de seu marido, e observou o que lhe atraía.
E parecia não acreditar no que via.
Banguela e AsaPrata.
Bem em sua frente, atrás da neblina e em uma rocha. Eles conseguiram notar a presença de suas companheiras... E seus filhotes.
Quando notaram sua presença, não fizeram nada além de voarem até o navio e ameaçar. Afinal, tinham uma família e seu dever era protegê-la.
Os olhos de ambos estavam selvagens, eles não reconheciam os seus donos. Banguela ficou atrás, e AsaPrata começou a adentrar no pequeno barco.
Soluço, ficou com as crianças, extremamente assustadas e apavoradas.
─ Oi garoto. ─ ela dava passos para trás enquanto ele se aproximava. ─ lembra de mim? ─ logo, esticou totalmente seu braço e abriu sua mão, olhou para trás e fechou seus olhos... Assim como fez com ele pela primeira vez. E rezou para não perder um braço.
Mas, diferente, sentiu suas costas impactar com o chão do navio, e recebendo inúmeras lambidas amigáveis de AsaPrata. Ele havia se recordado de Hydra Harmmind. E com certeza, de todos os momentos incríveis que tiveram juntos.
─ Que saudades de você também amigão! ─ ouviu a voz de Soluço e ao olhar para trás, o viu na mesma posição que ela, sendo presenteado com inúmeras lambidas de Banguela.
Logo, Banguela e AsaPrata trocaram de lugar, Banguela lambendo a garota, e AsaPrata o Haddock. Demonstrando o carinho que eles possuem pelos dois montadores diferentes.
─ Banguela! Que saudades sua! A sua calda precisa de uma calibragem?! ─ tentava falar, mas se sentia sufocada com as saudades do dragão.
Quando finalmente conseguiu se levantar, ficou com suas crianças, e os dragões, em frente a elas, um ao lado do outro.
E eles iriam fazer o que fizeram da primeira vez que encontraram os seus dragões. Como fizeram eles confiarem em si.
─ Venham. ─ Hydra puxou Nuffink para si, e Soluço Zephyr. ─ deixe a sua mão aberta ─ ela esticou a mão de seu filho, Soluço repetia o ato conforme ela falava. ─ desse jeito. E estique seu braço, dessa forma. ─ ambos foram para três de seus filhos. ─ Deixem-os virem até vocês... ─ Sem hesitar, ambos encostaram o focinho na mão de cada criança. Eles sorriram abertamente, extremamente felizes.
Hydra sentia que tinha voltado no tempo. Quando tinha seus vinte anos. Encima de seu dragão, com o vento batendo em sua face. Brincando no céu.
Ela suspirou fundo quando viu que realmente estava acontecendo. Após dez anos, ela estava voando novamente. Dessa vez, com sua filha Zephyr. E com seu melhor amigo, AsaPrata.
Ele fazia curvas nas nuvens, passava por elas, e parecia conhecer muito bem aquele céu.
Banguela e AsaPrata pareciam desenhar coisas abstratas enquanto voavam em harmonia.
Voaram até o seu ápice, Nuffink e Zephyr foram jogados para cima propositalmente, a única coisa que ouviram, foram as risadas gostosas que ela soltaram.
Quando sentiram a presença de suas companheiras e seus filhotes, elas apareceram ao lado de Banguela, o lado esquerdo.
Luna estava tão bela quanto da última vez que havia sido vista, a companheira de AsaPrata, estava reluzente.
O filhote branco, com pequenos detalhes pretos - filho de banguela - voou por baixo do pai e AsaPrata, e pareceu brincar com as mãos curiosas de Nuffink.
Até que outros quatro filhotes apareceram. Com pelagem mista de preto e branco. Eles não eram filhos de Banguela e Luna, ela teve a certeza disso quando Amarok apareceu ao lado dela.
Uma filhotinha fêmea, com a pelagem mais preta visivelmente, fez o mesmo ato. Brincou com as mãos de Zephyr.
Quando de repente, AsaPrata rugiu altamente.
Logo, um vento violento se fez presente ao lado de Hydra, e viu a sombra preta voando em sua frente, e olhando para ela...
Syrax.
A Harmmind abriu um enorme sorriso, feliz que ela havia aparecido, e que AsaPrata havia a chamado.
Logo, deixou Zephyr com Soluço, e assoviou, e então, pulou de AsaPrata, caindo nas costas de sua melhor amiga, lavando um voo para o ápice do dragão.
Fazia uma eternidade que elas não voavam juntas. E fazer com que isso fosse possível novamente, era a melhor coisa que aconteceu desde então.
Voando por baixo de Banguela, Hydra pegou seu filho, Nuffink, para voar com ela e sua melhor amiga.
Eles passavam pelas nuvens, e Hydra teve a melhor visão: Kiara havia aparecido, assim como Névoa... E Tobbi, pendurado nos chifres de Névoa.
Novamente, todos estavam reunidos. Voando alegremente sobre as nuvens.
Novamente, Syrax passou rapidamente por Soluço e Banguela, e os chamou com um aceno de cabeça, ouvindo as gargalhadas de seus filhos. Seu marido, deu tapinhas no pescoço de seu dragão, e voaram rapidamente atrás da dupla... Assim como nos velhos tempos.
“Havia dragões quando eu era menina. Ah, havia grandes e sombrios dragões do céu que faziam ninhos no topo dos penhascos como pássaros gigantescos e assustadores. Dragões pequenos, marrons e ágeis que caçavam camundongos e ratazanas em matilhas bem organizadas. Dragões marinhos absurdamente enormes, vinte vezes maiores que a grande baleia azul. Alguns dizem que eles rastejaram de volta ao mar, não deixando nenhum osso ou presa para os homens se lembrarem deles. Outros dizem que, para começar, não passavam de contos populares.
Eu estou bem com isso.
A lenda diz que quando o solo treme ou a lava é expelida da terra, são os dragões! Nos avisando que ainda estão aqui, esperando que descubramos uma maneira de vivermos em harmonia.
Sim, o mundo acredita que os dragões se foram, se é que alguma vez existiram. Mas nós, Berkianos, sabemos o contrário. E guardaremos esse segredo até que chegue o momento para os dragões poderem retornar... em paz.
Quando e se você estiver lendo essa carta, eu provavelmente não estarei mais aqui. Porém, tenha a certeza que vivi a minha vida da melhor maneira possível... e eu espero que você também. ” — Hydra Harmmind.
FIM
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro