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Aquele conjuntinho de sapatinhos roxos pareciam tão improváveis para qualquer ser humano usar, mas se tornava mais cativante saber que existiam sim pequenos pezinhos que por um tempo ficariam tão mais fofinhos dentro do conjuntinho. E do lado de fora da vitrine, onde Taehyung se encontrava encarando sem muita expressão aquele conjunto para gêmeos, ele sentiu seu interior se contrair em alguma sensação totalmente angustiante; queria ele um dia ver pequenos pezinhos gerados inteiramente por si e seu namorado ornando aqueles sapatinhos delicados. Só que ele já não tinha tanta certeza se pelo menos os veria nascer.

- Taehyung-ssi?! Está de folga?

O Kim se virou em busca da voz conhecida, franzindo o cenho ao encontrar o colega de trabalho por aquelas bandas, numa rua do centro de Daegu, um pouco distante de sua casa, mas perto do trabalho onde saiu há poucos minutos de horas extras.

- Seokjin hyung - saudou brevemente, meio atrapalhado em ter encontrado o colega por ali, esse que parecia estar passeando, pela vestimenta despojada e uma feição mais apresentada, diferente do habitual que Taehyung estava acostumado a ver no depósito. - Na verdade eu acabei de sair do depósito, estava fazendo horas extras...

- Sério? Você deve estar cansando pra caralho, horas extras de domingo são infernais... mas, hn, quem sabe... não quer tomar alguma coisa? Tem uma barraquinha de lulas fritas e umas águas aromatizadas com umas coisas bem variadas alí... - apontou, meio receoso, mas sorridente. - Não seria atencioso da sua parte recusar um convite desses feito por um hyung tão bom quanto eu, fala sério, eu vou pagar para nós dois!

Taehyung suspirou fundo, realmente estava cansando e não andava com cabeça para isso, portanto, se distrair um pouco poderia cair bem, ainda mais Seokjin sendo realmente uma pessoa boa e legal. Então, assentiu, com um leve sorriso pela expressão ansiosa de Seokjin.

- Valeu, Taehyung. Talvez eu consiga por um sorriso nessa sua cara séria... você acha que eu não vejo o quanto você anda pra lá e pra cá com essa carinha triste lá no depósito? A gente pode até não se falar muito por lá, mas não pense que não tem amigos para contar naquele lugar deplorável, pode contar comigo, Taehyungie - piscou, nunca tirando o sorriso contagiante dos lábios. - Eu falo bastante, mas você já sabe... - comentou o mais velho enquanto andava em passos calmos até a barraquinha, uma clássica comida coreana de rua.

Na verdade, Taehyung não esperava tirar amigos de lá de dentro, a maioria das pessoas que trabalhavam no depósito de Shin literalmente estavam ali por falta de opção, ou porque precisavam de dinheiro fácil e rápido, e era isso que o velho Shin proporcionava aos seus funcionários, mesmo que o lugar fosse uma espelunca, fornecia bebidas para muitos lugares de alto patamar pelas redondezas. E ele também estava ali pelos mesmos motivos: necessidade.

Não sabia os motivos de Seokjin trabalhar lá, também parecia alguém bem de vida financeira, não era tão novo quanto si, tendo já seus dezenove anos, e aparentemente cursava faculdade pela manhã. Só que Taehyung também possui uma boa vida financeira, quer dizer, seu pai e sua mãe possuem uma boa vida financeira; mesmo que ganhe uma pensão, ele não trabalha por ela e pode parar de a receber a qualquer momento, ainda que tenha bens em seus nome, ele quer ter o que de fato é dele. Taehyung quer se erguer sozinho, como todo mundo, não quer ter tudo ou um pouco dado por seus pais. Quer fazer por ele mesmo, e poder ter o que chamar de seu e não dar satisfações aos seus pais, quer independência, pois precisa dela o mais cedo possível.

Seokjin havia feito os pedidos logo que chegaram ali, e demoraria alguns minutos até que tivessem seus lanches em mãos, então, sem muita demora sacou o isqueiro e a carteira de cigarros do bolso, retirando um e posicionando entre os lábios para acender.

- Não sabia que fumava, é tão jovem. - Seokjin comentou, não parecia incomodado, talvez um pouco alarmado com o fato novo que o colega revelou.

Taehyung tragou o cigarro, logo o retirando dos lábios e fechando os olhos para a sensação anestésica que era quando a fumaça esvaía de seus lábios e nariz, em seguida suspirando ao encarar Seokjin, batucando o cigarro para que caísse as primeiras cinzas.

- Sou jovem para muitas coisas, hyung. Mas não acho que o mundo esteja se importando com a idade de quem ele vai afundar nesse oceano cheio de surpresas que é a vida, não é? - tragou o cigarro mais uma vez, tendo os olhos intensos de Seokjin sob os seus, soltando a fumaça durante a fala: - A vida é cheia de consequências até para os mais despreparados, acho que principalmente...

- Deveria parar de fumar, Taehyung. Tem um futuro pela frente, vai se arrepender disso quando olhar para trás um dia. - foi o que disse assim que se virou para pegar os lanches prontos, entregando um a Taehyung, esse que deu uma última tragada antes de apagar o cigarro na placa da barraquinha e o jogar no lixo.

Ouvir que deveria parar de fumar o fazia lembrar de Jungkook, o fazia lembrar que Jungkook odiava que ele fumasse. Mas o que ele poderia fazer? Havia muitas coisas que Taehyung odiava que o namorado fizesse, e ele lá lhe deu ouvidos alguma vez? Era uma luta sem ganhadores.

- O que estava vendo ali naquela loja de enxoval? Algum parente esperando bebês? Parecia concentrado em escolher um bom par de sapatinhos - disse com graça, comendo suas lulas fritas com gosto. - Essa lula é muito boa!

O que exatamente estava fazendo na frente da vitrine? Nem ele mesmo percebeu quando parou ali, encarando um sonho que tão distante parecia, e na verdade era seu mais próximo e atual motivo de pesadelos. Formar uma família com Jungkook nunca fora algo que escondeu desejar, e já haviam planejado ter mais de dois filhos quando transaram pela primeira vez, com quatorze anos. Taehyung disse a Jungkook: "serei obrigado a ter muitos filhos se transar continuar sendo algo tão bom assim", e Jungkook riu alto, um som que ele tanto ama, mas pouco escuta atualmente. Taehyung sempre disse o quanto queria ele mesmo engravidar de Jungkook, já que estava dentro da razoável porcentagem de homens que podiam engravidar, assim como Jungkook, e também sempre foram relativos em suas relações. Em suma, ter uma família grande nunca foi um tabu para ele e Jungkook, esse que também já havia dito que queria pelo menos ter uma menina e um menino, e o primeiro aniversário deles seria de temática do Shark Boy e Lava Girl.

A lembrança lhe tirava um sorriso triste e nostálgico, porque as coisas não estavam correndo como planejado. Então, o que deveria responder a Seokjin, se nem mesmo ele sabia?

- Só estava me lembrando quando minhas irmãs gêmeas nasceram, todo enxoval delas era roxo e escolhido por mim - resolveu omitir a real, essa qual ainda que não fosse a verdadeira razão para a pergunta do colega, lhe trouxe um sentimento bom de nostalgia, de quando suas irmãs eram bebês fofinhas e inocentes.

Mesmo que ser criança seja frustrante por queremos ter tanta liberdade e responsabilidades que os adultos dizem o quão difícil é, ainda sim, é melhor a frustração de ser criança, do que de ter responsabilidades das quais não consegue exercer. Suas irmãs atualmente reclamavam constantemente que queria ter a liberdade que ele tem, mas, Taehyung não sentia que possuía alguma liberdade. Não parecia ser libertador ser um adolescente, não em suas situações, suas frustrações são dez vezes piores de quanto tinha onze anos.

- Caraca, você tem irmãs gêmeas? - Seokjin parecia genuinamente surpreso com algo tão comum, mas o brilho de admiração nos olhos do mais velho fez Taehyung rir confuso e assentir. - É que quando eu era menor vivia pedindo para meus pais me darem um irmão gêmeo, mas eu já tinha nascido, era impossível, mas eu pedi em três desejos de aniversários seguidos...

- E você tem outro irmão, pelo menos? - soprou a pergunta entre o riso contido, observando o mais velho negar e rir alto em seguida.

- Não! Não tenho - a risada do acastanhado era tão alta e peculiar que Taehyung não conseguiu conter o riso, de alguma forma se sentindo próximo de Seokjin como se realmente fossem amigos há algum tempo. - Cara, eu infernizei tanto meus pais que eu acordei com uma cartinha da "cegonha" debaixo do meu travesseiro, já que era pra ela que eu pedia um irmão gêmeo, e estava literalmente escrito que ela não fazia mais entregas naquela residência e que eu deveria ter outros desejos. Mas eu não me conformei, Taehyung! Eu implorei pra meus pais para que nós fossemos morar em outra casa, só que obviamente, não aconteceu e eu logo desisti disso, comecei a receber presentes em dobro e isso foi a cura.

O Kim mais novo riu baixo e mordiscou o lanche, Seokjin fez o mesmo, e pouco a pouco, o clima deixou de ter as risadas, mas não estava de todo desconfortável quando Taehyung terminou de comer suas lulas fritas e ficou apenas bebericando sua água aromatizada de abacaxi com hortelã - que realmente é boa, assim como as lulas. Conversaram mais algumas palavras, e riram um pouco, Taehyung até se atreveu pegar algumas lulas de Seokjin, porque eram realmente ótimas. Se lembraria de trazer Jungkook ali... se as coisas ficassem bem no final.

De repente, parece que sua cabeça voltou para a rotina que estava levando nos últimos dias, e a leveza que sentiu nos últimos minutos com Seokjin pareceu apenas como um rápido efeito alucinógeno, porque nenhuma pouca diversão ou distração deixaria de ser momentânea, sua vida ainda estava lá para ser vivida.

Seokjin não deixou passar a brusca mudança no mais novo, que voltou a carregar a feição inexpressiva e os olhos pesados de antes, como se tivesse mais do que podia carregar. Não sabia realmente muito sobre a vida dele, mas sentia que talvez ele estivesse realmente precisando de alguém ao seu lado, já que parecia tão sozinho.

- Ei, hyung, eu já vou indo - sorriu fraco quando se levantou, ajeitando a roupa e pegando os lixos que sobrou de seu lanche. - Muito obrigado... por isso. Vou te pagar mais tarde, e não adianta negar, eu quero lhe retribuir, foi muito agradável e... eu estava precisando, sei lá, obrigado mesmo.

O mais velho sorriu e negou lentamente para ele, sentindo graça do quanto ele parecia sem jeito em lhe agradecer; realmente não havia feito aquilo pensando em retribuição.

- Não precisa, Taehyung. Não quero nada em troca, assim como foi bom para você, foi para mim, mesmo que tempo tenha sido curto, também precisava rir um pouco. Eu que agradeço por ter aceitado. - assegurou, lhe entregando um sorriso gentil, de seus vários sorrisos bonitos e gentis.

- Hyung... você pagou tudo, sério, preciso lhe retribuir, senão vou me sentir mal pra caralho depois!

- Tudo bem - se rendeu, mas logo arregalou os olhos e interrompeu Taehyung quando o mesmo ameaçou pegar sua carteira no bolso da calça. - Ei, não quero que me retribua com dinheiro, deixa de ser louco! Realmente não precisa me pagar, mas pode me retribuir de outra forma, que tal?

- Q-quê? Que forma? - Taehyung franziu o cenho, mais do que confuso, mas também receoso quando o mesmo abriu a bolsa de couro que carregava e tirou de lá uma caneta e esticou a palma para o mais novo.

- Me da sua mão! - Taehyung pulou num susto, assentindo rapidamente e ponto a mão sobre a palma grande do mais velho. Seokjin escreveu uma sequência de números ali, logo sorrindo satisfeito e guardando a caneta enquanto Taehyung ainda mantinha a mão esticada, a encarando como se tivesse medo do que ali estaria escrito. - O que houve? É só meu número. Você pode me retribuir me dizendo todo dia a coisa mais estranha que viu durante seu dia, quem sabe podemos rir disso juntos.

Os olhos desconfiados de Taehyung se curvaram quando um sorriso tímido surgiu em seus lábios no momento que encarou mais de perto os números tortos em azul na sua mão. Quando ergueu os olhos para Seokjin ele já estava de pé, com as mãos em frente do corpo e um sorriso peculiar, lhe encarando satisfeito, sorridente.

Não sabia o que estava levando Seokjin a insistir tanto em si, desde sempre fora apenas ele no depósito puxando assuntos que Taehyung raramente contribuía para durar, mas dessa vez, Taehyung sentiu que ele realmente parecia ter boas intenções; alguém que podia contar.

- Não vale contar meus dedos como algo estranho! - gritou, apontando dois dedos aos olhos e a Taehyung simultaneamente enquanto se distanciava aos poucos, mostrando que estaria de olho. - Tchau, tenha um bom dia, Tae!

Taehyung riu baixo e abanou para o mais velho que lhe encarava por cima do ombro o abanando, finalmente indo embora. Quando finalmente Taehyung perdeu Seokjin de vista entre as pessoas, voltou a encarar a sua mão, rindo desacreditado. O quão aleatório aquilo havia sido? Havia gostado daquilo, de alguma forma.

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Antes mesmo de fechar a porta de casa atrás de si, pode reconhecer a voz de seu pai e sua mãe ecoar da cozinha, essa que era a três passos da porta de entrada, sendo dividida do resto da casa por um balcão. Seus planos eram o de sempre: subir para seu quarto e fica lá durante o dia inteiro, sem ver ou ouvir ninguém, portanto, hoje não foi assim.

- Querido!

Ah, sua mãe. As vezes esquecia dela... uh, é. Tentou fingir que não havia escutado e apressou o passo, mas bem...

- Taehyung, meu filho, sua mãe te chamou! - a voz alta e com fundo de repreensão ecoou, então, com um suspiro, colocou um sorriso simpático nos lábios e virou para ambos ali.

- Desculpa, não escutei... o que era?

Kim Seung-woo tinha os olhos pregados no filho, analisando cada detalhe e a obvia fraqueza física que estava apresentando, o sorriso cínico e forçado não o enganava. Seja lá qual fosse o drama adolescente da vez, Seung-woo não tinha tempo para isso, Taehyung teria que crescer e ser forte como um homem deve ser; sabia que essa fase de namorar homens ia acabar, já nem via mais o tal namorado do filho, e dava graças a deus por isso. Não suportava a mãe de Jeon Jungkook e muito menos o filho, que trouxe a desgraça para a vida de seu filho o atrasando com toda essa história de serem namorados. Taehyung tinha um futuro pela frente e deveria focar, diferente de Jeon Jungkook.

- Seus amigos já sabem que você vai se mudar no fim do ano, amor? - Hyunmi indagou o filho, o oferecendo uma xícara de chá doce, numa óbvia e falsa delicadeza qual Taehyung não fez o mínimo de esforço para aceitar. - Não falta tanto assim...

- Falta menos de oito meses, na verdade. Suas irmãs já estão fazendo curso de inglês, você já está matriculado também, mas sua turma vai começar mês que vem. Até o fim do ano saberá se comunicar lá fora, o resto vai aprender lá mesmo, vai se virar. Vai ser um novo mundo para nós, vai ser muito bom para você começar uma nova vida longe de problemas, se é que me entende, filho. - sorriu fechado para o mais novo estático no meio do corredor, o maxilar travado, piscando lentamente. Seung-woo pegou a xícara da mão da esposa e se aproximou do filho, pegando a mão do mesmo e colocando a xícara ao redor dos dedos gélidos e resistentes, o olhando no fundo dos olhos durante todo processo indelicado. - Eu aconselho já ir se despedindo de todos seus amigos daqui, não é bom que carregue consigo lembrança alguma dessas pessoas, filho; nenhum aqui te ajudou como nós, sua família, está disposta a te ajudar. Isso será seu futuro: vai se formar em uma faculdade, conhecer uma mulher que te faça feliz assim como sua mãe me faz, e vai ter filhos, e você vai os educar e querer o melhor para eles assim como eu quero pra você. Então, aceite o que nós lhe oferecemos, de bom grado, porque será melhor para você se assim o fizer.

Taehyung tremia dos pés a cabeça, e sentia seus olhos pegarem fogo enquanto olhava fixamente para dentro da alma podre de seu pai, naqueles olhos escuros e vazios que carregava naquele rosto "jovem" tão falso quanto sua índole. E com a respiração pesada, ele tentou, realmente tentou se conter e conter tudo que estava entalado em sua garganta, só que, o sorriso cínico de seu pai foi demais para sua sanidade mental.

O barulho alto e estrondoso da xícara de alto valor se partindo em mil pedacinhos no chão polido fez com que Hyunmi soltasse um grito e se afastasse abruptamente, completamente assustada, encarando o filho de olhos arregalados. Seung-woo se afastou um pouco, de cenho franzido, infame, e antes que abrisse a boca, Taehyung o calou.

- Vocês? Vocês me ajudam?! Família?! Me faça o favor! - exclamou fora de si, encarando aqueles dois com o olhar mais destemido que possuía: tragicamente, um olhar cheio de ódio e incredulidade perante os próprios pais. - Parem de mentir pra mim, pras minhas irmãs e para vocês mesmos! A gente não é uma família, vocês não me consideram sendo quem eu sou, querem que eu seja um boneco moldável, querem fazer o mesmo com Suzy e Soyi! Mas não somos bonequinhos de vocês por vocês serem nossos pais e nos sustentar, temos vida e autoridade, liberdade de escolha! Somos alguém além do que vocês desejam!

- Kim Taehyung, cale sua boca e nos respeite!

- Cale sua boca, você Seung-woo! - cuspiu as palavras, dando um passo a frente como ele, mostrando que não tinha nada para temer e respeitar. - Quem é você para falar de respeito com um dos que você mais desrespeita? Você não respeita sua família que tanto gosta de exibir como perfeita, esqueceu? Adora exibir o que não tem, porque sua família é tão imperfeita como as que você fala mal todo jantar "familiar"! Acha mesmo que vou "achar uma mulher que me ame" como a mamãe te ama? Ah, honestamente, eu tenho pena de você. Deixa eu ser sincero com você, pai: minha mãe não te ama, e eu não gosto de me relacionar com mulheres, eu gosto de HOMENS. E eu, infelizmente, prefiro qualquer outra vida do que uma que se assemelhe a sua!

- Taehyung! - foi a vez de Hyunmi deixar de ficar apenas de olhos arregalados para aquela situação, e demonstrar sua incredulidade com o tapa forte que dera no balcão, afim que ele parasse com aquilo. Aquilo era o maior desrespeito que já presenciou!

Seung-woo se encontrava tão abismado quanto a mulher, agora trocando o olhar incrédulo entre a mulher e o filho.

- O que foi mamãe? Não quer que o papai saiba que a senhora adora o fato dele trabalhar todo santo dia e toda semana pra não ver o quanto você fode em todos os cômodos da casa da vizinha com ela?! Fala sério, eu até jurava que ele já sabia! - riu cínico, encarando a cara desesperada de sua mãe suar enquanto ela tremia dos pés a cabeça, encarando com urgência o filho. - O que foi? Eu tenho uma carteira de cigarros aqui se você quiser, parece estar nervosa pra caralho, mãe... O que!? Vai dizer que o papai também não sente o seu fedor de cigarro de quem fuma como uma chaminé? Caramba.

Estalou a língua e sorriu fechado, balançando a cabeça enquanto os encarava. Taehyung girou os calcanhares para se retirar dali, mas antes que o fizesse, virou novamente para eles, e apontou o dedo na cara do mais velho ali, o olhando com repugnância.

- Suas filhas agem como putas com apenas onze anos, e sabe o pior? Nem recebem por isso, são aproveitadas por outros garotos, e aposto que deve achar bonito elas serem tão "mulheres", mas acha um absurdo eu amar outro homem? Eu sinto nojo de você, e de você - apontou para a própria mãe, que ainda tremia e tinha os olhos aguados, mas Taehyung não acreditava naquelas lágrimas. - Você não me ama, não ama sua família. Não sabe o que é amor, você o julga, é porque nunca sentiu. Eu não vou me despedir da minha única família, meus amigos: eles sim são minha família, não vocês! Não vou me despedir do meu namorado, porque eu o amo, e sabe o que mais?! Eu o amo tanto que estou trabalhando numa espelunca para ter minha autonomia e poder sair de perto de vocês, mesmo que eu não precise, mas eu o amo e quero ir embora daqui com ele. Isso é amor! Sacrifício! Mas você nunca fez sacrifício algum por nós! - cuspiu as palavras no rosto contorcido de seu pai pelos gritos tão próximo do seu rosto, contorcido em descrença.

O peito de Taehyung subia e descia com velocidade, os olhos arregalados encarando seu pai e sua mãe, decepcionado, sem esperanças alguma. Eles não disseram nada, apenas o encararam sem reação ou expressão que não fosse algum tipo de escárnio disfarçado. Taehyung riu baixo, porque ainda não sabia porque esperava algo além daquilo de seus próprios pais. As lágrimas passaram despercebidas por si, já estava sentindo o suficiente para que pudesse perceber que chorava por pura angústia, por algo tão... Simples, que facilmente poderia virar o pior problema de alguém: o amor.

- Ah, e se querem saber, antes de me expulsarem de casa: Jungkook está grávido, de gêmeos.

Não se importou em ver a reação de seus pais ou esperou por alguma resposta, apenas subiu as escadas rapidamente, correndo para seu quarto se trancando lá, se refugiando no único lugar que podia tentar se sentir em casa. Mesmo que a guerra estivesse acontecendo sob seu teto, sob seu mundo.

mensagem para: Seokjin hyung

mandar meu pai calar
a boca foi estranho

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