Capítulo 4
7 dias antes da colisão
Acho que tinha mais expectativas em ficar chapado. Bom basicamente eu estava com sono. Estávamos nos quarto de Louis, sozinhos em sua casa. Tomlinson ria da minha cara enquanto cantarolava todas as músicas do Ultraviolence da Lana del Rey.
Isso era uma coisa que eu havia notado com a minha recente proximidade com Tomlinson: ele não apenas tinha bom gosto musical como também gostava de diversos artistas que eu não via geralmente as pessoas comentando.
─ Como foi que você encontrou Lana del Rey? Perguntei.
─ Tava numa loja de discos em Londres com Lottie, olhando o mostruário quando me deparei com Born to die, o primeiro álbum dela. Quando voltamos para casa fui pesquisar as músicas no YouTube e até hoje aprecio toda obra de arte que é a discografia dela.
─ Eu gosto desse álbum, o Born to die. Mas nunca tinha escutei os outros, comentei.
─ Deveria! A discografia dela é incrível, Louis afirmou.
─ Vou levar isso em consideração, falei dando um sorriso preguiçoso.
─ Tem certeza que não tá sentindo nada Harry? Louis perguntou novamente.
─ Só sono... E to com a impressão de que essa música não acaba nunca, falei um pouco emburrado.
Louis riu alto quando disse isso. A risada dele era contagiante, me fazia querer rir também.
─ É acho que você já está chapado, ele disse.
─ Então isso é estar chapado? Ter sono e escutar músicas que não acabam nunca? Perguntei um pouco frustrado.
─ Bom cada pessoa sente de forma diferente. Cada organismo processa a droga de maneira. Tem gente que tem sono, tem gente que relaxa, tem gente que fica sensível...
─ Sensível como? Perguntei curioso.
─ Bom, quando você está chapado o toque muda. É como se tudo fosse mais intenso, ele explicou.
Dito isso eu fiquei curioso. Então movido por uma coragem que era desconhecida por mim, me aproximei dele que atentamente observava os meus movimentos. Sem saber muito bem o que fazer, passei minha mão em seus cabelos, em um cafuné cuidadoso. Ele não precisava saber que eu gostava do seu cabelo bagunçado.
Que eu queria ser a razão da bagunça de seus cabelos.
O cheiro de Louis parecia mais forte agora que eu tinha me aproximado. E aparentemente meu carinho também tinha o motivado a me tocar. Logo senti a sua mão sobre uma de minhas coxas. E sim, agora eu entendia o que ele tinha dito anteriormente. Louis não parecia estar fazendo força, mas eu sentia com precisão toda a palma de sua mão sobre a minha pele.
─ Queria beijar você, soltei sem pensar.
E não sei se era porque estávamos chapados, mas Louis apenas me deu um sorriso e aproximou os lábios dos meus. Seus lábios se moviam lentamente sobre os meus, numa carícia tão gostosa que me fez gemer de uma forma que eu não esperava.
Mas aquilo parecia que só tinha estimulado ainda mais Louis, pois logo ele aprofundou o beijo. Quando percebi já estava sentado em seu colo rebolando lentamente enquanto tentava manter minha boca na dele o máximo que conseguia. Mas lógico que em algum momento nós precisaríamos respirar novamente. E ali ofegantes, senti-me arrepiar quando Louis acariciou a minha nuca.
─ Esse com certeza foi um dos beijos mais gostosos que eu já dei na minha vida, ele afirmou.
Senti minhas bochechas pegarem fogo e escondi meu rosto na curva do seu pescoço.
─ Foi meu primeiro beijo - confessei baixinho - fico feliz que foi com você.
Louis puxou o meu rosto de forma delicada de onde me escondia e me encarou por alguns segundos.
─ Você é perfeito sabia?! Fodidamende perfeito, ele falou.
Passamos o resto daquela tarde trocando beijos molhados em seu quarto. Quando o efeito da maconha passou, ele foi me deixar em casa. E como se fôssemos velhos namorados, ficamos nos beijando contra o muro da minha casa até finalmente eu entrar em casa, e ter encarar o interrogatório da minha mãe e minha irmã.
Bom, o mundo iria acabar e eu pretendia continuar beijando Louis até o último momento se pudesse.
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