
Chapter 19
Os dias estavam cada vez melhores, as pessoas acabaram acostumando-se com o relacionamento tão bonito dos dois jovens meninos.
Bradley havia comprado um carro e agora poderia ir para qualquer lugar - incluindo a casa de seu namorado - na hora que desse vontade.
Agora ele estava deitado no colo do menino, enquanto observava o mesmo dedilhar um violão com calma.
- Sabe... - Tristan começou baixinho, largando o violão para o lado e virando o corpo do menor, puxando-o para perto. - Nós nunca tivemos um encontro.
O pequeno menino entrelaçou suas pernas na cintura do loiro e deixou suas mãos descansando na nuca do mesmo.
- Nunca foi necessário. - Falou baixinho, roubando um beijo de Tristan e o sentindo sorrir entre seus lábios.
Tristan passou seus braços pela cintura do menor, o puxando para perto e ouvindo um gemido baixinho vindo de sua boca.
- Daqui para frente quero que seja especial.
- Então... Um encontro? - O menor perguntou, franzindo suas sobrancelhas e sentindo seu namorado apertar suas bochechas.
- Isso. Você vai para casa, se arruma e às oito eu te busco.
Um sorriso se espalhou pelo rosto de Bradley, deixando seus olhos castanhos pequenos e adoráveis.
Abaixou seu corpo para encontrar o ombro do menino maior, deixando seu queixo encostado no local.
- Tudo bem, então eu vou agora. - Sussurrou, levantando-se e sentindo uma grande mão segurar-lhe.
Seu corpo foi jogado contra a cama e seu namorado pôs-se encima dele, o beijando e chegando perto de seu ouvido.
- Ainda temos bastante tempo.
-x-
Bradley corria de um lado para o outro, revirando suas roupas, jogando todas para o chão e encima de sua cama.
Seu corpo suava mesmo depois de ter saído de um banho demorado, seus passos eram ligeiros e apavorados pela pequena casa.
Ele nunca havia tido um encontro com Tristan, nem mesmo com outra pessoa. O nervosismo tomava conta do garoto, seu corpo tremia e seu pensamento estava pregando-lhe peças.
Talvez ele não fosse mesmo o bastante para Tristan. Talvez ele tenha chamado o menino para um encontro somente para terminar e dizer de uma forma bonita que havia achado uma pessoa melhor.
Jogou seu corpo contra a cama, desejando que a roupa perfeita caísse dos céus, mas obviamente isso não aconteceria.
Seu relógio marcava sete horas e trinta minutos, então resolveu tomar mais um banho para livrar-se do suor e pegar uma roupa qualquer. Tristan havia o visto sem mesmo.
O menino loiro não estava diferente, andava de um lado para o outro em busca de seus vans, perguntando aos gritos para sua mãe onde eles estavam.
- Estão embaixo da cama, querido. - Carolyn falava calmamente, na tentativa de prender a risada que estava quase saindo por sua boca.
Ele jogou-se no sofá, ao lado de sua mãe, pondo sua cabeça no ombro da mulher.
- Qual o motivo de todo o nervosismo? É só o Bradley, amor. - A mulher mais velha fazia carícias em seus cabelos.
- Só? Ele é apenas a pessoa mais perfeita do mundo. - Seu filho soltou um suspiro, deixando um sorriso fluir pelo seu rosto.
- Vou ignorar a parte em que você dizia que a pessoa perfeita era eu.
O menino deixou uma gargalhada gostosa fluir de seus lábios, beijando as bochechas de sua mãe e sussurrado que a ama, antes de subir as escadas correndo atrás de seus tênis.
Calçou-os e esperou ansiosamente pelo horário de ir buscar seu namorado, pegando a surpresa em sua escrivaninha.
- Estou indo, mãe. - Tristan falou indo em direção à porta, vendo sua mãe levantar-se do sofá e deixar um beijo em sua bochecha.
- Cuidado, viu? E divirtam-se, amor. - O menino abraçou-a, sorrindo com a cena e entrando em seu carro.
Durante todo o trajeto suas mãos tremiam e suavam e constantemente tinha que tirá-las do volante para secá-las na calça.
Seu coração batia forte como se fosse a primeira vez, como se ele estivesse conhecendo Bradley agora. Seu corpo tremia como se ele tivesse visto o menino abaixo da árvore nesse mesmo dia.
Parou seu carro em frente à casa do garoto e respirou fundo várias vezes, repetindo o processo quando sentiu seu coração acelerar-se novamente. Tentou sussurrar para si mesmo que era somente Bradley, seu namorado, mas esse menino era tão diferente e tão bom.
Desceu do carro e deixou três batidinhas na porta, esperando ansiosamente pela chegada do menino moreno.
- Entra! - O loiro ouviu um gritinho de longe e abriu a porta levemente, entrando de fininho na casa que já conhecia tão bem. - Não vem pro quarto!
Mais um grito foi proferido e o garoto soltou uma gargalhada, jogando-se no sofá e pegando uma almofada, sentindo o cheiro do garoto, respirando fundo seu perfume de baunilha. Ele sentia-se no paraíso ao sentir esse odor tão delicioso em suas narinas.
- Jesus, tem um monstro saindo do meu guarda-roupa. - Tristan viu seu namorado descendo as escadas em direção ao sofá.
Ele estava vestido com calças skinnys pretas e uma camiseta cinza do Arctic Monkeys, seus cachos estavam cheirosos e compridos.
- Espero que não seja chique, eu não tenho roupa para isso. - Falou ainda parado em frente ao menino e sentiu seu corpo sendo puxado para frente, caindo ao lado do namorado.
- Você está lindo. - Ele sussurrou no ouvido do menino menor, puxando-o para seus braços.
- Você está mais. - Bradley proferiu com seus lábios já colados ao do menino maior.
O beijo começou calmo e aos poucos foi esquentando, como todos são desde sempre. E os meninos separaram-se somente para puxar a respiração.
- Melhor nós irmos ou eu vou ter que cancelar esse encontro. - Tristan falou, ainda recuperando-se do beijo e sentindo uma risadinha de Bradley entre seus lábios.
Passou suas mãos pelos cachos do menor, os puxando e enrolando-os em seus dedos.
- Vamos? - Ele falou baixinho, entre um gemido mais alto do que deveria.
Levantou-se do sofá e segurou na mão do loiro, indo em direção à saída.
Quando sua mão tocou a porta do carro, sentiu Tristan sendo mais rápido e a abrindo, deixando-o corado. Entrou no carro e ouviu a batida da porta, logo colocando o cinto e sentindo seu namorado sentar ao seu lado.
O automóvel foi ligado e Tristan o acelerou, sem ao menos lembrar-se do cinto.
- Amor? - Sentiu o olhar pelo canto do olho do menino. - Ponha o cinto.
Seu cinto foi posto e ele dirigiu calmamente, sem aumentar a velocidade, pois sabia do medo que havia no pequeno menino ao seu lado.
- Posso ligar o rádio? - O menor falou rapidamente, brincando com seus dedos para disfarçar o estresse que estava alojado em seu corpo.
- Deve. A viagem não é tão rápida.
Bradley ligou o aparelho de som, deixando em uma música do Ed Sheeran que tocava baixinho. Tirou sua mão do local e deixou em sua coxa, sentindo a mão de seu amado acima da sua.
- Eu te amo tanto. - O loiro falou baixinho.
- P-presta a-atenção. - Ele apontou para a estrada, fazendo o menino tirar sua mão e colocá-la no volante novamente, olhando para frente. - D-desculpa, amor.
Sua voz saía em um sussurro arrastado e assustado, porém Tristan entendia seu medo e não o contrariou.
- Está tudo bem, eu entendo você, bebê. - Falou para o menino que agora estava alojado em seu ombro, fazendo carinhos em sua coxa enquanto respirava baixinho. - Você parece um ursinho.
Tristan não tirava seus olhos da estrada e suas mãos não saíam do volante, mas ele escutou um resmungo e algo como um ronronado vindo de seu namorado.
- Fico muito feliz que você confia em mim o suficiente para sair assim. - O menino falou, enquanto um sinal estava vermelho, podendo olhar para o pequeno. - Em um carro... No caso.
Bradley sorriu e levantou sua cabeça, deixando um beijo em sua bochecha e logo voltando para seu ombro.
- Eu confio em você para qualquer coisa.
Antes de poder responder o sinal já estava no verde e eles ainda andavam em linha reta. A placa de Londres já havia ficado para trás e por onde eles estavam havia somente árvores e grama verde.
- Você está me levando para árvores novamente? - Bradley perguntou baixinho, beliscando a coxa de seu namorado em forma de brincadeira.
- Estamos chegando.
Tristan estacionou seu carro perto de um belo e grande parque, as flores da primavera que se aproximava já estavam sobre as árvores, algumas também no chão. Isso deixava o contraste do verde da grama e o colorido das flores ainda mais bonito.
Ele novamente abriu a porta para o menor e trancou o veículo, segurando em sua mão para entrar no parque.
- Nós vamos andar?
- Shhhh. - O loiro sussurrou, puxando-o até uma parque mais iluminada.
Avançando o lugar podia ver-se uma pequena mesa para duas pessoas, com uma garrafa de champanhe no meio e dois pequenos pratos. Haviam velas e flores, a lua cheia da noite brilhava em um tom bonito, refletindo na pequena lagoa que ali havia.
- Você é perfeito. - Bradley abraçou seu namorado com força, colocando seus pés por cima dos pés de Tristan para alcançar seus lábios.
Plantando ali um beijo apaixonado e desejado, um beijo que poderia ser congelado no tempo. Um beijo que poderia e havia salvado a vida de ambos.
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