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How You Love Me - Capítulo 2

[I've been dazed and confused]

[From the day I met you]

Capítulo 2 –  "Dazed and Confused" Igualzinho Ao 'Ruel'


- Lésbica? No sentido figurado?

- No sentido de que eu gosto de mulheres – rola os olhos e desvia do meu corpo, indo em direção à saída.

- Tá falando isso só pra me dispensar? - franzo o cenho, acompanhando-a somente com os olhos.

- Eu lá sou alguém que usa desculpas? – ri baixo. Completamente sarcástica – Se o problema fosse você, diria apenas que eu não namoro caras tão carentes.

- Ei, você nem me conhece! – mas provavelmente está certa.

- Boa noite professor.

Quase nem pude ouvir sua despedida. Ela foi embora tão rápido que o seu "boa noite" foi dito do corredor e eu estava encarando o vazio. Atordoado e confuso. O maior fora da década, sim ou claro?

(...)

Na quinta-feira deixei que Jungkook tomasse a frente das minhas turmas infantis enquanto eu apenas auxiliava. Ele era engraçado, então em alguns momentos perdia um pouco o controle dos alunos e as aulas acabavam perdendo também o foco. Num geral o estagiário estava se saindo muito bem, ao contrário de mim, que só fiquei desatento e alheio o dia inteiro.

Eu sabia! Aquela arrogância toda não poderia ser só aparência. Minha paixonite de high school desmoronou mais fácil do que um castelo de areia sendo demolido pela água. O problema era continuar pensando nela intrigado da maneira que eu estava.

Ela mandou a real assim mesmo?! Na lata?

Na minha cara e sem rodeios. Quem fazia isso na Coreia inteira?! Eu nunca nem havia conhecido ninguém assim na minha vida e daí Chung Yuna chega "aberta" desse jeito. Aquilo era no mínimo curioso. E por causa da minha curiosidade acabei pensando nesse assunto o dia inteiro, um estado muito pior do que quando eu apenas fantasiava que poderíamos ser o par perfeito. À noite antes de conseguir cair no sono, as minhas pesquisas no naver estavam bem estranhas.

Lésbicas na Coreia> Mulher Homossexual Coreana> Porcentagem de Lésbicas na Coreia> Comunidade Gay da Coreia> O que significa LGBT?> LGBTQ+?>

Quanto mais eu pesquisava mais atordoado e confuso ficava. Principalmente depois de ter que desviar de tanto conteúdo pornô na internet. Passei mais uma sexta-feira em que esperei pacientemente pela turma das sete horas e durante a aula fingi uma concentração que não tinha no momento. Estava sendo um pouco difícil associar a nova imagem do Santo Graal na minha cabeça. Talvez eu precisasse de um pouco de ajuda.

A aula foi resumida em repetir a coreografia incansavelmente, porém, mesmo declarando seu desgosto por Jay Park a garota ainda estava num nível muito superior ao dos demais mortais. Em alguns momentos eu me perguntava pra que estava ali. Ela realmente precisava de um professor como eu?! Deixo minhas inseguranças de lado ao dar a aula por encerrada, afinal, duvidar da minha capacidade profissional não sanaria nenhum dos meus questionamentos.

- O chefinho tá ai hoje? – pergunto ao Jeon assim que me aproximo à procura da minha garrafinha de água.

O estagiário não tinha permissão para comandar uma aula nas turmas avançadas, mas de qualquer maneira não é como se ele fosse reclamar de observar àquela aula.

- Não. Hoje é o chefão – desliga o aparelho de som e se levanta para organizar algumas coisas jogadas naquele canto – O Hoseok-hyung deve ter tido algum compromisso hoje.

Eu e os alunos da minha turma avançada preferida nos arrumávamos e recolhíamos nossas mochilas, preparando tudo para ir embora, assim como fazíamos todas as sextas. O diferencial é que naquela vez eu evitei procura-la com o olhar. Não era mais interessante saber se ela já havia ido embora ou não.

- Combinamos de sair com ele na próxima sexta então – respondo colocando minha mochila num ombro – Você vai ficar aqui ainda?

- Vou. Hoje tenho que fechar a academia com o chefão – faz uma careta e adota toda uma postura desleixada e preguiçosa.

Ele estava usando um conjunto de abrigo da puma que por alguma razão apenas parecia ilustrar o quanto o garoto detestava suas funções extras no cargo de estagiário. Been there, done that!

- As coisas melhoram com o tempo – dou uma risadinha ao apertar seu ombro de maneira dolorosa, fazendo-o piorar sua careta de desgosto – Se precisar de alguma ajuda com as coisas da faculdade me chama.

Nos despedimos com um soquinho e eu acabo deixando o lugar com vários dos meus alunos e alunas. A maioria deles me cumprimenta desejando um bom final de semana, ao que eu respondo com um sorriso largo e várias reverências. Paro na recepção por alguns minutos pra poder pegar alguns recados e dizer um "tchau" educado para a nova recepcionista. Ela parecia ainda um pouco perdida no primeiro emprego, que mal faria incentiva-la às vezes?

Assim que piso na calçada reparo na sua figura parada bem em frente à faixada da academia. O Santo Graal ainda não tinha ido embora. Estava distraída mexendo no celular, de costas para mim e de mal com o mundo, como sempre. Agora que eu não precisava mais de coragem ou oportunidades de chama-la pra sair tinha chances de sobra. Lésbica, como assim cara?! Como se eu tivesse chamado seu nome em voz alta Yuna se vira em minha direção rapidamente. Ela me ignora como sempre e com a mesma expressão fria e tediosa começa a andar para longe.

- Desculpe pela repetição incansável de Jay Park hoje – corro brevemente até alcançá-la.

- Não se preocupe, eu vim preparada – coloca uma das mãos no bolso da calça, enquanto a outra segurava o celular de forma que ainda pudesse ler o que estava na tela.

Apresso meus passos, tentando acompanhar sua caminhada, andando ao seu lado.

- Você está bem?

- Sim.

E o silêncio se instala entre nós enquanto eu esperava que ela perguntasse "e você?".

- Uau, você não quer mesmo falar comigo – dou risada. Mais uma vez envergonhado e sem graça, porém ainda não o suficiente.

- Eu não sou boa em socializar – me olha brevemente, mas logo em seguida começa a andar mais rápido – Você vai ficar me seguindo mesmo? – pergunta quando vê que eu mais uma vez dei uma "corridinha" para andarmos juntos.

- Não estou te seguindo. Estamos indo na mesma direção – digo com o ar mais inocente possível – Tem alguma regra moral homossexual que te impede de ser minha amiga?

- Quer que eu acredite que você tá a fim de ser só meu amigo? – risada sarcástica, alta e embaraçosa. Olá mais uma vez – Já te disse, não falei aquilo pra te dar o fora. É verdade.

- Eu acredito em você. Só quero te conhecer.

- Por quê? – franze o cenho e me olha com a melhor expressão "judging you hard".

- Sua dança é excepcional. Curto seu estilo e eu nunca conheci alguém como você.

- Alguém como eu? O que eu sou? Uma espécie de híbrido mutante? – cruza os braços e para de andar subitamente.

- Não foi isso que eu quis dizer – rolo os olhos – Você tem que levar tudo na defensiva? – Yuna não responde minha pergunta retórica, apenas volta a andar sem se importar em me deixar para trás mais uma vez – Mas não vou negar que você me deixou muito confuso. Eu passei a noite de ontem pesquisando o que era LGBT e quantas lésbicas tinha na Coreia.

- É sério? – interrompe seu andar novamente e pela primeira vez quando ela me olha vejo uma expressão diferente em seu rosto. Diferente da carranca fria e entediada de sempre – Você pesquisou? – arqueia as sobrancelhas – Por quê?

- Por que não? – seu olhar de surpresa me dá vontade de rir e automaticamente ela tira a mão do bolso da calça – Eu gosto de tentar entender outras perspectivas.

Imóvel por alguns segundos Yuna espera que eu caminhe até ela e então nós começamos a andar lado a lado. Não dizemos nada inicialmente. Só reparo em como nossas roupas estavam contrastando. Ela de calça cinza e blusa branca e eu todo de preto. Além de tudo nossos passos estavam em sincronia.

- Você me surpreendeu bastante com a sua sinceridade – ao puxar assunto mais uma vez meus olhos permanecem no vai e vem dos nossos pés. Eu inconscientemente acompanhando seu ritmo – É assim com todo mundo?

- Quando é preciso. Eu não queria que você se iludisse ou qualquer coisa do tipo.

- Obrigado – sorrio olhando-a de soslaio – Poucas pessoas sabem então?... Quer dizer, não quero te expor sem querer ou de alguma forma.

- Tá querendo saber se eu sou super assumida? – pergunta irônica.

- É, acho que sim.

- Não tenho problemas se as pessoas souberem, mas também não saio por ai gritando e cantando numa colina feliz que nem a noviça rebelde – vira o rosto pra mim antes de completar: - The hills are alive, with the sound of... lesbiaaaaans. Ninguém tem nada a ver com a minha vida né.

Dou mais uma das minhas características risadas altas e incontroláveis, daquelas de jogar a cabeça pra trás e me chacoalhar inteiro. A voz dela era horrível e a piada foi demais, tanto que ao me ver rir ela esboça um sorrisinho beeeeem discreto. Provavelmente muito orgulhosa de si mesma.

- Wah faz sentido – respiro fundo me recuperando da crise, tentando voltar a minha seriedade – Sua família sabe?

- Sabe. E sim... Eles são de boa.

- Isso é incrível! – arregalo levemente os olhos – Você tem namorada então. Seus pais conhecem?

- Não tenho namorada no momento – Yuna tira os cabelos longos do rosto e estreita os olhos para mim. Enquanto eu pondero algumas coisas ela aponta o dedo na minha cara – E para de imaginar esses pornô lésbico na sua cabeça. Senão vou te dar um socão.

- Não estou imaginando nada – ergo as mãos no alto. Me rendendo literalmente.

- Porque toda essa curiosidade afinal de contas?

- Complexada – balanço a cabeça em negativa e cruzo os braços, desfazendo minha pose anterior meio ridícula – Não é nada demais. Você pode ser minha amiga gay. Tem muito disso em filme americano, não tem?

- Sorte sua que eu faço aula de dança e abandonei o boxe – nós paramos de caminhar quando chegamos num ponto de ônibus.

- Você é engraçada Chung Yuna – estendo a mão na sua direção, crente de que ficaria no maior vácuo da história, mas mesmo assim meu sorriso ainda era grande.

- E você tem problemas professor Park – balança a cabeça e rola os olhos.

Quando eu estava prestes a abaixar minha mão ela aperta meu dedos com certa delicadeza.

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