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Falem De Mim - Capítulo 1

Primeiro Ato; Reputação - Cena 1


- Eu realmente queria que as coisas tivessem dado certo entre nós...

- Mas nós nem tivemos tempo. Se saíssemos mais uma vez...

- Desculpa, eu não quero magoar seus sentimentos.

- Então mais um encontro. Só mais um e eu te deixo em paz. Tentamos de novo e se você não quiser mais nada depois disso eu não vou insistir.

- Mason... Não deu certo nos dois primeiros encontros, nada mudará num terceiro.

- Nicole...

- Você é um cara muito legal. Não se preocupe por não ter dado certo comigo, sua autoestima pode continuar intacta. Todas as garotas do nosso curso estão na sua, mas comigo não vai além de alguns beijinhos.

- Seus beijos são como o inferno Nick...

Imediatamente e involuntariamente abro um sorriso simpático em sua direção. Era bom para o meu ego tolo saber que o rapaz demoraria um pouco para me esquecer, mesmo que para mim não tenha causado o mesmo impacto, ou até mesmo impacto algum. Despeço-me com um beijo em sua bochecha e não demoro em seguir meu caminho, segurando meus livros entre meus braços.

Decidi que seria melhor resolver as coisas com Mason logo pela manhã e assim poderia me focar em todas as outras atividades dentro da universidade. Eu tinha um monólogo para apresentar e explicar na frente do professor de Produção de Espetáculos. Ele juntamente com o diretor de arte da faculdade deveria decidir quem seria a nova protagonista da peça apresentada no final do ano como encerramento do ano letivo.

No ano anterior minha estreia foi em Otelo, e como uma aluna aplicada das Artes Cênicas eu era fascinada pelas personagens femininas de Shakespeare. Posso dizer que foi uma boa estreia, até memorável, mas eu me sentia pronta para Madame Bovary, Os Miseráveis ou até mesmo O Grande Gatsby, de preferência no papel do próprio Jay Gatsby. Quão inesquecível seria se Gatsby fosse uma mulher numa versão adaptada para o século XXI? Só de pensar na possibilidade de atuar numa peça com um teor forte desse meu estômago revira em ansiedade e meu sorriso é maior do que quando ouvi que "meus beijos eram como o inferno".

- Nicole!

Me viro assim que ouço meu nome e dou de cara com Cameron. No mesmo instante abro mais um dos meus sorrisos fáceis. Ela era minha única amiga mulher por ali, já que era muito mais simples e natural eu me dar bem com garotos.

- Não esquece a festa na casa do Patrick mais tarde. Ele meio que exigiu sua presença lá.

- Ele não é ninguém para exigir nada – reviro os olhos voltando a andar – É só um passado distante.

- Diga isso a ele – riu apertando os passos para me seguir.

- Mais uma vez?! – faço uma careta.

- Você vai me deixar ir sozinha?

Usa seu tom dramático e completa com um de seus bicos fofos. Cameron era uma loira de olhos azuis muito meiga e inteligente, mas um pouco tímida demais para quem sonhava em estrelar novelas e filmes. Toda vez que precisava contracenar com alguém do sexo oposto ela entrava em pânico, por isso eu gostava de tentar ajuda-la, ou pelo menos achar que eu era capaz. Ela era bem sensível, poderia ser uma artista incrível.

- Não estou muito a fim Cam. Tento evitar o Patrick o máximo que eu posso.

- Mas é minha chance com o Joey. Se você não for não terei ninguém para me ajudar.

Cameron tentava se aproximar dele a quase dois semestres inteiros. Não sei muito bem qual era a dificuldade, já que eles faziam vários exercícios de palco juntos.

- Você e o Donner – respondo sem esconder o tédio.

- Nem todo mundo é como você Nick. Dá pra sentir sua confiança até no caminhar. A sola dos seus sapatos ecoam "eu me garanto" por onde quer que você passe. Seu peito parece sempre estufado. Não é a toa que você sempre chama a atenção, mas nem todos nós temos esse superpoder da comunicação.

Seu jeito de falar me fez gargalhar alto, o que acabou chamando a atenção de algumas pessoas sentadas em alguns bancos do corredor que passávamos.

- Viu só? – pergunta como se aquilo fosse uma prova do que havia acabado de dizer – Por favor!

Franzo o cenho e reflito com desdém de toda a sua concepção da minha imagem e a meu respeito. Eu estava longe de ser a garota mais cobiçada do curso, a beldade da faculdade ou a modelo maravilhosa que todos olham quando anda ou entra em qualquer lugar. Na verdade era tão comum quanto qualquer ser humano. Não havia absolutamente nada de especial em mim. Eu simplesmente era muito extrovertida e conversava com facilidade com qualquer pessoa. Conversava com facilidade até mesmo sozinha. Por causa disso alguns garotos não viam problema em me convidar para sair.

Muitas vezes confundiam minha simpatia com flerte, porém eu ignorava. Bom, ignorava os que não me interessavam. Confesso que em alguns casos e exceções era flerte sim. Afinal, uma das várias vantagens das aulas de teatro eram as beldades aspirantes a ator. Às vezes era realmente difícil manter tudo no "técnico".

- Vou pensar no seu caso. Se eu tiver alguma ideia de como fugir do Patrick a noite inteira eu vou com você.

- Espero sua resposta – sorriu mostrando todos os dentes, feliz com a minha quase confirmação. Nunca gostava de deixa-la na mão e Cameron sabia – Te vejo mais tarde.

Da um leve empurrãozinho no meu ombro e sai saltitante por outro caminho. Eu, por outro lado, me apresso para minha aula de dramaturgia.

Cinquenta minutos interpretando, entendendo e transportando textos. Aprendendo o conceito de dramaturgia em cada aspecto da arte, seja no teatro, televisão ou cinema. Depois de vários exercícios e interpretação de textos, corro para Estética do Espetáculo. Mais cinquenta minutos aprendendo tudo que ocorre por trás das cortinas; segundo a professora Kora, apenas dessa maneira poderíamos nos expressar bem num palco. A aula sobre a História do Teatro era a mais rápida para mim, já que eu passava cinquenta minutos anotando, anotando e anotando mais um pouco. Eu amava cada segundo!

Naquele dia passei o intervalo dentro da sala de aula com meu monólogo em mãos. Normalmente eu era uma boa aluna, mas quando eu tinha um interesse mais profundo eu era obstinada. Conseguir aquele papel era como provar algo para mim mesma.

Quando a hora chegou eu me desfiz dos meus fones de ouvido. Chequei minha calça amarela e minha blusa azul e tive a certeza de que estava o mais feminina possível. Amarrei meu cabelo num rabo de cavalo e deixando meu texto de lado pela primeira vez em duas semanas me dirigi ao centro do palco. Concentrada, espero que o local fique em completo silêncio, meu olhar foca diretamente no professor e diretor sentados bem no meio da plateia.

- Pode começar.

Conto até trinta mentalmente. Não estava nervosa, estava confiante. Mas meio minuto sem dizer uma palavra ajudaria a criar o clima que eu queria. Só depois de criar a expectativa é que eu começo minha apresentação:

- Caro Wilhelm, encontro-me no mesmo estado daqueles infelizes que parecem estar possuídos por um espírito maligno. Isso me acomete às vezes; não é medo, nem desejo... – minha voz saia pesarosa, e a partir daquela frase minha expressão corporal ajuda a transmitir minhas palavras – É uma fúria interior, desconhecida, que me dilacera o peito, que me aperta a garganta! Ai, ai! – suspiro fazendo uma pausa breve antes de continuar descrevendo acontecimentos e lugares do meu texto. Dando ênfase e importância a cada virgula que estudei para aquele momento – E quando então, a lua ressurgiu por cima de uma nuvem negra com o seu brilho terrivelmente magnífico, diante de mim as águas rolavam e rugiam; o pânico apossou-se de mim e novamente a tentação! Ah! – abro a boca num sorriso quase lunático e abro os braços ficando nas pontas dos pés, olhando pra baixo – Fiquei ali de braços abertos diante do abismo, olhando pra baixo! Para baixo! E perdi-me na deliciosa ideia de ali precipitar os meus tormentos, a minha dor, e bramir como as ondas. Oh! Você não é capaz de erguer o pé do chão e dar fim a todos os tormentos!... Minha hora ainda não chegou, sinto-o! Oh, Wilhelm! – fecho meus braços e uso de trejeitos masculinos para me mover no palco – Como daria de bom grado a minha essência humana, para despedaçar as nuvens com esse vento tempestuoso e conter as águas! Ah! – faço uso de todos os meus talentos e pesquisa, mas naquele momento não estava pensando, estava apenas sentindo. Principalmente quando recitava sobre as dores do amor não correspondido por Lotte, a dama perfeita e incomparável. Naquele momento eu amava Lotte mais do que minha própria vida – Fiquei parado! Não me censuro, pois tenho coragem de morrer. Deveria... Agora estou sentado aqui como uma velha que tira a lenha das cercas e o pão das portas, para aliviar e prolongar por mais alguns momentos a sua vida agonizante e miserável.

Quando dito a última palavra meu peito subia e descia com rapidez, eu me sentia intensa. Respiro fundo algumas vezes antes de sair completamente do personagem e parar na ponta do palco, esperando qualquer tipo de reação de quem me assistia.

- Escolha interessante senhorita – meu professor começa – Os Sofrimentos do Jovem Werther?

- Sim – concordo ainda respirando ofegante.

- Um monólogo masculino? – o diretor de arte questiona com uma sobrancelha erguida – Por quê?

- Porque eu posso ser quem eu quiser – respondo prontamente – ou o que eu quiser e o que vocês precisarem. Também achei que seria uma boa maneira de tentar impressioná-los – sorrio.

Ambos confirmam com a cabeça e anotam algumas coisas rapidamente num papel.

- Você parece ter estudado bastante. Aposto que não escolheu essa vestimenta por acaso, já que calça amarela e casaco azul virou moda na Alemanha depois do lançamento deste livro – meu professor diz.

- O senhor está absolutamente certo. Mesmo assim eu quis me apresentar o mais feminina possível. O figurino não faz meu trabalho.

- Com certeza não – o diretor anota mais alguma coisa e depois me encara com os cotovelos apoiados na mesa – Nós vamos querer ver mais de você em outra apresentação. Nos surpreenda de novo com mais um monólogo e com certeza estará no elenco. O próximo passo será ler as cenas da peça pra decidir se o papel principal é seu ou não.

- Eu já tenho certeza que estou no elenco – sorrio ainda mais ao notar o olhar divertido que eles me lançam.

- Nos surpreenda senhorita Colvey – meu professor ressalta mais uma vez – Obrigado pela sua apresentação.

(...)

Ao sair de lá fui direto para a biblioteca. Mais uma vez em busca de um monólogo original e impactante. E pra isso teria que passar longe dos suicidas e grandes clássicos da literatura universal. Meus professores estavam cansados de ver isso, com certeza. Jogo meu material numa cadeira e me sento a uma mesa folhando rapidamente meus cadernos e anotações.

Arthur Miller, não! Oscar Wilde, não! August Wilson, não! Nada novo.

- Como foi a apresentação? – sua voz grave interrompe minha busca.

- Diria que foi um sucesso – sorrio sem mostrar os dentes – se não tivesse me deixado mais pressionada.

- Isso quer dizer que você foi muito bem – exibe suas covinhas, sempre muito educado, sentando-se na mesa ao lado.

- Ei, você é o tailandês... Filipino? – um garoto se aproxima, apoiando uma mão na mesa de tampo escuro.

O outro apenas o encara sério, esperando que continue.

- Bom, é o único asiático desse lugar então deve ser você mesmo – da de ombros - Um dos reitores pediu que te entregasse um papel – deslizou o papel até chegar nas mãos certas.

Ele lê superficialmente e depois agradece o garoto idiota, dispensando-o num piscar de olhos mesmo com toda sua cordialidade.

Eu sabia que era um coreano. Na verdade sabia até mais do que deveria sobre ele. O achava lindo!Porém, tinha consciência de que nossas diferenças culturais eram demasiadamente grandes, então não ousava ao menos um flerte como normalmente faria. Nos conhecemos ali mesmo, na biblioteca - ele conhecia mais dos livros dali do que a própria senhora que se intitulava bibliotecária - mas nunca trocamos mais do que meias palavras. Tão pouco ousaria uma amizade mais íntima. Não cometeria o erro de estar tão próxima dele desejando-o de uma forma que não seria correspondia ou que terminaria em tragédia. Perigoso demais! Era melhor continuar chamando Kim Namjoon apenas de "conhecido".

Tragédia!

- Kim, você saberia me dizer onde encontrar tragédias gregas aqui? – me viro esperançosa na sua direção.

- Segundo piso, ala oeste, terceiro corredor – responde prontamente – Tente começar por Sófocles.

- Anotado. – sorrio abertamente – Obrigada.

Segui suas instruções e corri para o segundo piso. Com um lápis e papel na mão comecei a anotar alguns autores que eu poderia pesquisar depois, mas fui direto atrás do tal Sófocles. Distraída com alguns títulos sinto uma mão na minha cintura, mas nada que me faça sobressaltar.

- Estive te procurando a manhã inteira – diz baixinho.

- Duvido muito, senão teria me achado – não desvio minha atenção do que estava fazendo. Tiro um livro da prateleira.

- Ouvi dizer que você e o Mason não estão mais saindo – ele se apoia na estante, bem ao meu lado.

- As notícias correm – ergo as sobrancelhas, folhando as páginas sem me preocupar.

- Acho que você deveria ir a festa hoje a noite comigo.

- Você não tem namorada Jacob?

- Nós demos um tempo, já faz mais de duas semanas. Você não ficou sabendo?

- Não. Não me importo com essas coisas. Não fico por ai sabendo da vida dos outros – dou de ombros.

- Acho que não tem mais volta. Estou precisando me distrair Nicole, e nós sempre nos demos bem. Prometo que vou ser uma boa companhia.

O fito desconfiada por um segundo, mas fazia algum tempo mesmo que não o via desfilando por ai com a namorada. E ir a festa com o Jacob poderia ser uma ótima maneira de ajudar Cameron conseguindo evitar o Patrick. Até que não era uma má ideia.

- Acho que pode ser legal – sorrio minimamente em sua direção.

- Ótimo, é um encontro! – faz um carinho com as pontas dos dedos na minha bochecha – Te pego as nove.

Acompanho sua figura enquanto ele se afasta e um tanto empolgada pego o celular para digitar uma mensagem para Cam:

"Arrumei um jeito de fugir do Patrick. Ainda quer ir naquela tal festa?"


---

N/A: Pois é, não consigo ficar muito tempo longe kkk

Patrick, Cameron, Joey Donner... qualquer semelhança com 10 coisas que eu odeio em você não é mera coincidência. Eu peguei os nomes de lá mesmo hauhaua. No próximo capítulo vamos conhecer a Bianca.

Sei que o começo não parece muita coisa, mas é que eu não gosto de entregar o plot da história na sinopse nem nos primeiros capítulos kkk. Sorry, espero que deem uma chance ^^

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