Don't Touch Me - Capítulo 7
Capítulo 7 - Love;
O semestre não demorou para chegar ao final e diferente do que pensei, consegui ir muito bem em todas as matérias. Claro, que o fato de ter deixado algumas festas de lado e seguido o conselho da Bae-noona em relação a manter a disciplina pelo menos na época de provas finais, ajudou bastante. Por causa disso, nós dois pudemos planejar as férias com a nossa família do outro lado do mundo.
Fazia um bom tempo que ela não visitava nossos pais e eu queria muito levar minha namorada para jantar na minha casa. Consegui convencê-la de que seria uma boa ideia contarmos tudo pessoalmente e quaisquer que fossem as reações ou consequências nós enfrentaríamos juntos. Não que eu achasse que meus pais sequer ligariam para isso, mas os pais dela... eu já não conseguia prever.
- Qual o problema? Meus pais já te veem como um filho mesmo – o irmão de Chin Bae responde do outro lado da linha.
- Exatamente esse é o problema! – respondo – Vai que eles pensem que é algum tipo de incesto ou sei lá... eu vivia na sua casa, o que eles vão pensar que eu ia fazer ai o tempo todo agora?
Ele dá uma risada alta pelo telefone e eu fecho a cara mesmo que não consiga me ver.
- Agora não adianta ficar pensando nessas coisas. Vocês já estão juntos mesmo. Só não chega falando que vai cuidar bem dela, daí acho que meu pai vai querer rir da sua cara.
- Rir da minha cara por quê? – pergunto confuso. Era exatamente o que eu estava planejando dizer assim que revelasse tudo.
- Ah Kookie, ele vai saber bem o jeito que você vai querer cuidar da minha irmã...
- Aff hyung... você é mesmo um idiota. E eu ainda perco meu tempo te ouvindo – mais uma vez ele ri da minha cara – tenho que desligar agora, sua irmã está vindo com a mala dela.
- Beleza, vejo vocês em breve.
Nos despedimos, desligo o telefone e guardo no bolso da calça. Assim que ela para a minha frente pergunta quem era.
- Seu irmão me dando conselhos bem inúteis sobre como eu deveria levar toda essa história com seus pais – seguro sua mão e caminhamos juntos até a saída do aeroporto.
- Você se preocupa com meus pais amanhã. Eu tenho que me preocupar com seus pais hoje – faz uma careta.
- Está nervosa? – pergunto sorrindo e vejo-a afirmar.
- Eu não devo ser nem de longe o tipo de garota que seus pais imaginam pra você bebê.
- Acho que você está errada. Não me preocupo nem um pouco com meus pais noona.
Quando entramos num táxi logo demos o endereço da minha casa. Sequer sabíamos o que iríamos fazer depois de ver meus pais, então não planejamos ficar num hotel ou qualquer coisa do tipo. Na verdade resolvemos encarar tudo da forma que viesse na hora e resolver o que faríamos depois.
Conversamos o caminho inteiro. Trinta minutos tentando fazê-la esquecer seu nervosismo e aquecer suas mãos geladas entre as minhas. As vezes ela me olhava com uma expressão engraçada e eu não conseguia segurar minha risada. Uma das suas muitas qualidades admiráveis era que Chin Bae-noona não se levava tão a sério, isso queria dizer que nós tirávamos sarro um do outro sem problemas bobos. Séria quando devia ser, engraçada nos momentos certos... perfeita o tempo todo.
Ela suspira algumas vezes assim que o táxi para, mas a convenço a dar um passo de cada vez. Pagamos, pegamos nossas malas, caminhamos até a porta e antes de tocar a campainha seguro seu queixo delicadamente para lhe dar um beijo singelo e então entrelaçar nossos dedos. Trocamos um sorrisinho enquanto esperávamos alguém nos atender.
Não demora para meu pai aparecer à porta juntamente com minha mãe em seu encalço. Os dois nos encaram animados por nos ver depois de tanto tempo, mas assim que notam nossas mãos unidas de uma forma diferente e bem pessoal seus sorrisos se transformam em olhares de surpresa.
- Finalmente! – meu pai diz.
- Achei que nunca fosse acontecer – minha mãe completa.
Ambos deixam minha noona com os olhos arregalados. O que só me faz rir mais ainda.
Fui recebido com muitos abraços da minha mãe e não tivemos que explicar mais nada. Apenas fomos instalados em quartos diferentes. Eu no antigo quarto que dividia com meu irmão e a (s/n) no quarto de hóspedes. Por termos chegado tão tarde só tivemos tempo de tomar um banho para tirar o cheiro de avião e irmos direto jantar.
- Sabe, ainda bem que você deu uma chance pro Jeon – minha mãe comenta servindo uma tigela para Chin Bae – achei que ele ia morrer suspirando pelos cantos sem você sequer o notar.
Sinto minhas bochechas queimando e todo o sangue do meu corpo concentrado no meu rosto. Bae-noona parecia me encarar com um sorriso divertido, mas eu me limito em abaixar o olhar e coçar minha nuca, completamente constrangido.
- Não tinha como não notá-lo agora. Jungkook é um ótimo garoto. Inteligente e compreensivo...
- Que bom, que bom! – meu pai interrompe – é bom que seja você, assim pode ajudá-lo a manter o juízo e a cabeça nos estudos. Sei o quanto você é esforçada e como nunca deu dor de cabeça aos seus pais mesmo estando tão longe.
Dessa vez trocamos um olhar debochado. Tento segurar meu riso e a minha vontade de soltar um "Há... vai pensando pai!". Se eles soubessem o quanto minha noona me ajudava a manter o juízo...
- No que depender de mim Sr. Jeon, Jungkook irá se formar um aluno nota A.
Ela sorri inocente e por baixo da mesa acaricia meu joelho, me fazendo rir discretamente.
Jantamos entre brincadeirinhas bobas como aquela, onde meus pais se mostraram bem animados com a ideia de terem Chin Bae como uma futura nora. Afinal, ela era inteligente, centrada e muito bonita – em suas próprias palavras – e isso era exatamente o que ambos queriam para mim. Após comermos fomos todos para a frente da televisão e para não causar nenhum desconforto ela e eu sentamos em sofás separados. Estávamos acostumados a agir como os casais americanos, mas ali não seria muito bom alimentar esse tipo de comportamento.
- Meu irmão não volta pra casa hoje? – pergunto quebrando o silêncio que havia se instalado depois de um tempo.
- Não, ele só vem para casa aos finais de semana agora. Até o serviço militar acabar será assim – minha mãe suspira pesarosa.
- Acho que vou me deitar – Bae se levanta – estou cansada da viagem, melhor ir dormir cedo.
Se curva e se despede dos meus pais e quando passa por mim seguro sua mão rapidamente. Recebo um carinho e um olhar igualmente rápido, antes dela sumir no corredor em direção ao quarto de hospedes. Pego o celular no bolso da calça e digito uma mensagem:
"e o meu beijo de boa noite?"
"depois ;) "
Sorrio e logo em seguida bloqueio novamente a tela do celular, voltando minha atenção para o dorama que passava.
(...)
Assim que deitei na minha cama aquela noite, senti meus olhos pesados e preguiçosos e o sono me abateu como num passe de mágica. Geralmente eu dormia como uma pedra, porém, bastou simples batidas leves à porta para me despertar. Sonolento, levanto cambaleante da cama e dou de cara com Bae-noona. Ela não demora para entrar no quarto e encostar a porta atrás de si com extremo cuidado.
- Noona, está maluca? – sussurro.
- Eu disse que "depois" daria seu beijo de boa noite – responde enlaçando meu pescoço.
De fato disse, mas não pensei que teria coragem de invadir meu quarto no meio da madrugada. Para mim o "depois" seria no dia seguinte e seria somente um beijo.
- Será que você consegue fazer quietinho? – murmura em meu ouvido.
Imediatamente seguro sua cintura, tendo meu corpo todo em estado de alerta. Completamente temeroso, mas igualmente excitado.
Nossos pijamas são retirados com pressa enquanto nos beijamos devagar. Nossos carinhos são trocados com cuidado e lentidão deliberada. Estávamos tentando não fazer som algum, apesar de nossas respirações pesadas serem incontroláveis. Ela distribui beijos pelo meu peito, acaricia minhas costas e aperta minhas coxas. Eu me aproveito do seu pescoço, aperto seus seios, roço nossos corpos conforme deitamos na cama. Não demora muito até estar dentro dela, pressionando seu corpo menor sob mim. Roubando cada arrepio dela com um beijo meu. Sorrindo como um idiota ao vê-la segurar tanto seus gemidos e me contendo ao máximo para não fazer nenhum barulho também. Transamos bem devagar. Bem perto. Gostoso e intenso. Com força no final. Quando alcançamos o orgasmo silenciamos um ao outro, eu com a mão em sua boca e ela com as mãos sobre a minha.
Deito a cabeça sobre seu peito e tenho meus cabelos acariciados. Fecho os olhos inteiramente satisfeito, enquanto recobro o fôlego que ela me tirou.
As coisas começaram a acontecer com mais frequência e naturalidade entre nós dois depois da primeira vez. Aos poucos ela não tinha mais medo de ficar nua na minha frente. A vontade de ficar juntos era tanta que a pressa em tirar as roupas superava qualquer receio. Mesmo assim eu tomava cuidado e nós agora conversávamos bastante. Minha noona percebeu que eu também tinha minhas inseguranças e que padrões eram cuspidos para todos os lados, mas ela abriu meus olhos pra forma diferente que afeta a ela e as outras garotas.
Eu passava boa parte do meu tempo pensando nisso e o que poderia fazer para ajudá-la. Pensava, pensava, pensava... mas era muito ruim em me expressar com palavras. Quer dizer... como eu poderia dizer tudo? De que maneira esse "tudo" não soaria demais? Inoportuno? Idiota?
- Acho melhor não arriscar ainda mais – sussurra e beija minha testa – vou me vestir.
Levanto da cama, saindo de cima dela, mas ainda parado nos meus pensamentos. Eu a admiro como ninguém. E quando ela fica deitada assim, parcialmente coberta pelo lençol, os cabelos bagunçados cobrindo um de seus ombros, a expressão serena no rosto ruborizado. Sempre parecia que Chin Bae tinha saído diretamente de um quadro. Uma daquelas pinturas famosas do Da Vince. Uma das musas inspiradoras do Johannes Vermeer ou um relato perfeito de Botticelli. Talvez as aulas de pintura estivessem me influenciando demais, ou a minha noona era mesmo minha reencarnação da Mona Lisa. Quando estava com ela era fácil ficar inspirado, pensar em poesias ou artistas famosos. Até usava sua figura perfeita pra me dar bem em algumas aulas em que eu não tinha criatividade nenhuma na hora das atividades propostas.
O jeito como ela se importava com o seu futuro, ou o modo como se preocupava com coisinhas pequenas. A forma preguiçosa ou feminista que se arrumava. O fato dela usar somente cores neutras para se vestir, ou como ela sempre procurava estar engajada em alguma causa importante. Tudo a moldava numa escultura exuberante e a deixava perigosamente superior aos demais. Quando cuidava de mim, se importava comigo, me ensinava coisas com toda sua paixão, isso deixava "os demais" completamente invisíveis e inexistentes. Só me fazia desejá-la cada vez mais, tanto que quando estávamos juntos eu só conseguia pensar que minha noona deveria esta pendurada num museu.
Eu pensava, sentia, amava... porém, quando abria a boca tudo que conseguia dizer era: seu cabelo fica bem legal quando fica assim noona. O que só a fazia rir e me deixava envergonhado com a minha completa falta de tato. Ela era uma obra de arte e eu só conseguia dizer que seu cabelo era legal.
- Porque você sempre me encara assim depois que a gente transa? – pergunta com um sorriso de canto, segurando o lençol sobre os seios enquanto se sentava na cama.
- É que... você... – me fascina; conquista. Terna, rara, sensível, por do sol em dias de primavera. "em ti o verão será eterno, e a beleza que tens não perderás"; Sim, curvo-me ante a beleza do seu ser e zombo de mim mesmo ao término de uma inteligente e aguçada constatação. Frágil como uma flor, tão forte quanto uma raiz, traiçoeira com seus espinhos; Uma gata selvagem, domada, indomável. Olhos, lábios, pelos e pele... – tem a pele macia noona.
- Tá me olhando porque minha pele é macia? – ri baixinho e se estica pra beijar minha bochecha – Eu uso bastante hidratante.
Droga! De tudo que eu penso só o que sai é "sua pele é macia". Reviro os olhos discretamente, mais uma vez frustrado com minha forma de me expressar. Pelo menos ela parecia se divertir com o meu jeito, pois mantinha um sorriso no rosto enquanto se vestia timidamente.
- Chin Bae – chamo baixinho, fazendo-a se virar para mim – eu te disse que você nunca iria me decepcionar.
- É mesmo? – pergunta num sussurro segurando a barra da camisa que tinha acabado de colocar – e meus defeitos?
- São arte – ela ergue as sobrancelhas na minha direção e eu sei que não to conseguindo dizer o que eu quero da melhor maneira que deveria – a arte de quem você é. E você é única noona.
Ela tenta impedir, mas eu arranco um sorriso de seu rosto que volta a ficar vermelho. Bae-noona se estica para colar nossos lábios num selar demorado.
- Obrigada por me ajudar bebê – murmura.
Antes de se afastar roça o nariz no meu e se apressa em terminar de se vestir. Trocamos mais alguns selares em meio a risinhos bobos, mas ela inevitavelmente vai embora no meio da noite me deixando acordado até de manhã.
(...)
Depois de ter passado a manhã inteira caindo de sono e com dor de cabeça pelo Jet lag, esqueço de tudo por causa do nervosismo.
Resolvemos que faríamos diferente do que fizemos com meus pais. Nada de ataque surpresa e certeiro. Chegaríamos, sentaríamos e conversaríamos com calma. Isso se eu não tivesse um ataque cardíaco antes, claro! Pra piorar minha noona também estava tão nervosa quanto eu, algo que seus pais logo notaram.
- Kookie, você parece ótimo. Mantendo a forma. Está se alimentando bem? Suas bochechas estão vermelhinhas. Está se cuidando bem? – a mãe de Chin Bae me abraça e me analisa ao mesmo tempo. Sem realmente me dar tempo para responder com mais de um aceno afirmativo, ela continua – Jong-suk está na cozinha já. Você deve estar com saudades do seu amigo.
Nem tanto, a gente conversava o tempo todo, até parecia que eu nunca fui embora. Meu hyung me enchia de mensagens pedindo pra que eu apresentasse algumas americanas para ele, ao que eu questionava o sentido, já que ele não tinha coragem de se mudar para o outro lado do mundo.
- E ai cunhado! – Jong-suk me cumprimenta, me fazendo arregalar os olhos.
- Cala a boca hyung, a gente ainda vai conversar com seus pais.
Ele dá de ombros rindo e me abraça de lado.
- Eu sei, estou esperando ansioso por esse momento – da uma batidinha no meu ombro antes de se afastar. Rindo da desgraça alheia, como sempre.
Respondi perguntas sobre estudos e responsabilidades para o pai de Bae-noona até nós finalmente irmos almoçar. Durante todo o tempo eu trato de ocupar minha boca com a comida e ser o mesmo Jungkook tímido de anos atrás. Me limito a ouvir a conversa dos três e pensar no que eu deveria falar. Como deveria começar? Será que eles iriam me expulsar? Eles iriam achar que eu trai a confiança da família, que me acolheram tão bem e eu fui me engraçar pro lado da sua filha única. Com certeza não achariam que eu era bom para Chin Bae. Eu era muito novo, muito imaturo. Ela seria uma doutora, PhD, importante, muito inteligente. E eu? Seria bom começar falando que vou dar meu melhor pra estar a altura dela...
- É verdade Jeon? – o pai dela me acorda dos meus pensamentos – Isso é verdade?
Olho para minha noona com as sobrancelhas arqueadas e ela me encara com expectativa. Quando ela segura minha mão sobre a mesa e meu hyung começa a prender a risada, me dou conta do que estava acontecendo.
- É... é verdade sim senhor – respondo apertando a mão dela na minha.
- Desde quando isso tá acontecendo? – sua mãe diz.
- Hm, nós começamos a namorar a alguns meses. Uns seis meses? – procuro mais uma vez o olhar dela.
Seus pais pareciam uma mistura confusa de reações. Uma estranheza no rosto. Desconfiança no olhar. Repreensão na voz. O que me faz suar frio, engolir em seco, tremer nos joelhos.
- Mas como pode? Vocês se conhecem a tanto tempo... nunca? – a mãe continua.
- Não mãe, nem tinha como – minha namorada diz ofendida – simplesmente nos aproximamos de uma forma diferente nesses últimos tempos. Não somos mais crianças, descobrimos que temos bastante coisa em comum. Aprendemos bastante um com o outro... tudo cresceu a partir daí.
- Como vamos poder ficar tranquilos com vocês tão longe agora? – é a vez do pai interferir.
- Senhor... eu não pretendo atrapalhar a Bae-noona em nada. E nós dois fomos muito bem nesse semestre. O namoro não mudou nada, eu prometo...
- E nós dois somos adultos pai – ela completa ao meu lado, mais dura e intransigente.
- Jungkook é só um menino ainda – sua mãe volta a falar e me deixa constrangido, mas muito mais bravo.
- Eu não sou mais um menino! Se fosse Bae-noona jamais estaria comigo. Eu mesmo jamais teria coragem de me aproximar.
- O que é isso agora mãe? Sempre disse que o Kookie era parte da família, agora será parte de verdade – Jung-suk interrompe a discussão com sua racionalidade óbvia.
- Pra sua irmã talvez seja assim sério, mas pro Jeon isso é namoro de criança – meu sogro me acusa.
- Pai! – Bae o repreende imediatamente.
- O Sr. não acredita na minha consideração e admiração pela sua família?! – pergunto.
- Claro que acreditamos – quem responde é a mãe – é só... vocês pegaram a gente de surpresa, só isso.
Respiro um pouco mais aliviado, mas ainda assim ressentido.
- Acho que vai levar um tempo pra gente se acostumar com essa ideia.
- Não sei porque, o Kookie sempre foi apaixonado pela Chin Bae, tava na cara de todo mundo – meu hyung me faz ficar vermelho – se ela arrumasse um namorado americano ai sim vocês teriam problemas.
O que ele diz deixa seus pais um pouco estáticos e reflexivos, naquela hora tive vontade de rir. Nem que eu tivesse arrumado um discurso inteiro cheio de argumentos os faria enxergar que eu era a melhor opção com tanta rapidez. O assunto acaba tão rápido quanto começou, porém, mesmo assim minha noona permanece brava então decidimos nos despedir rápido e sair para espairecer.
Andamos a tarde inteira e terminamos a noite com a vista da Namsan Seoul Tower. Estava repleta de pessoas e toda iluminada. Enquanto eu segurava sua mão e olhava para os pontinhos pequenos lá embaixo mais uma vez ouço sua voz:
- Me desculpa, por favor me desculpa – pede se voltando para mim – sério, diz que me desculpa. Eu imaginei que eles questionariam, mas nunca pensei que fossem falar aquelas coisas. Me desculpa.
- Já disse que não foi sua culpa noona – beijo sua testa e afasto seu cabelo do seu rosto com a mão livre – eles só vão demorar um pouco pra se acostumar, não se preocupa. Nós combinamos que iríamos resolver qualquer coisa.
Ela afirma com um aceno, logo depois se inclina e apoia os braços no parapeito, claramente ainda chateada. Apoio minhas mãos uma de cada lado do seu corpo e meu queixo sobre seu ombro, abraçando-a por trás. Só tinha uma coisa que eu poderia dizer e ela me entenderia em todas as situações. Seu corpo, seus defeitos, minha idade, seus pais. Nada me decepcionaria ou me faria olhá-la de outra maneira.
- Eu ainda estou aqui noona – falo ao pé do seu ouvido.
Sinto seu sorriso largo se abrindo.
- Eu também te amo bebê.
---
N/A: Obrigada pra quem acompanhou DTM até o final. Essa foi a história mais pessoal que já escrevi porque sinto na pele tudo que a Chin Bae também sente e compartilhar isso tem me ajudado bastante. É importante pra mim que saibam que quem quer que se sinta como eu ou a personagem principal... não estão sozinhas.
Seguindo as palavras do nosso líder supremo RM: Love Myself... love yourself.
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