013
CHAPTER THIRTEEN
❝ goodbye? ❞
A LOIRA ESTAVA EM UMA LANCHONETE extremamente familiar, aquele era o local onde ela e Ruel haviam dado o primeiro beijo. Esperou de forma paciente e logo enxergou o garoto alto na entrada, Ruel parecia sério e então se aproximou da mesa, sentando-se em frente à ela.
— Quanto tempo. — Billie sorriu, ele manteve o rosto inexpressivo.
— Eu vim porque precisamos resolver essa situação em que nos envolvemos.
A garota arqueou as sobrancelhas enquanto brincava com um guardanapo que estava em cima da mesa, Ruel o deixava nervosa, mesmo que aquele não fosse o verdadeiro Van Dijk.
— Como?
— Você tem que decidir o que você sente por mim, Billie Grazer. — O mais alto sorriu, por que tudo tinha que ser tão confuso?
— Eu gosto de você, Ruel Van Dijk.
— Gosta mesmo? Ou será que você gosta da versão que você criou de mim e do nosso relacionamento? — Billie engoliu em seco, ela não entendia onde ele queria chegar.
— Eu gosto de você. — A loira encarou o papel de parede vermelho, tentando pensar nas palavras certas para dizer. — Gosto quando você é legal comigo e faz com que eu me sinta a garota mais especial do mundo.
— Eu sinto que você quer esquecer as coisas ruins, por isso você foca só nos momentos bons que viveu comigo. — Billie sentiu seu coração acelerar, aquilo era verdade. — Feche os olhos.
Billie o encarou com uma expressão confusa mas logo fez o que ele pedia. Sua mente viajou, ela estava na primeira briga que haviam tido, aquela onde ela quebrou um espelho movida pelo ódio e fez com que o garoto ficasse assustado.
— Você é a vítima, Billie?
Por mais que quisesse abrir os olhos, aquilo era impossível. Crises de ciúmes, discussões, atitudes grosseiras e agressões vinham à sua mente. Billie Grazer era a vítima mesmo que fosse a responsável por todas aquelas coisas?
— Me diga, você acha que eu mereço viver tudo isso outra vez?
— Não entendo. — Aquilo soou como um sussurro, ela sentia as lágrimas se formarem em seus olhos.
— Você olhou só para o seu lado! Eu terminei por mensagens, isso é fato, porém você me deu motivos, não acha? — Billie não respondeu, por que ela havia sido tão cega? — Eu mereço viver aquilo mais uma vez?
Aquelas palavras ecoavam na mente da garota e ela se sentia cada vez mais fraca, ela só queria acordar daquele pesadelo.
— Eu sou a errada, me perdoe.
— Agora nós chegamos onde eu queria! Você assumiu o seu erro. — A loira finalmente conseguiu abrir seus olhos, encarando o garoto sorridente. — Você entende que nós dois erramos?
— Sim, eu entendo.
— Isso é bom, Bill. — O garoto sorriu, segurando as mãos da garota que estavam em cima de mesa. — Então você tem que me dizer, eu mereço viver tudo aquilo outra vez?
— Não! Você não merece, Ruel.
— E então, você vai me deixar ir? — Ruel finalmente perguntou, fazendo com que Billie se lembrasse do sonho anterior.
Ela sonhava com ele porque não conseguia deixá-lo ir porém estava se sentindo menos egoísta, finalmente percebendo que era ela quem não merecia alguém tão incrível como o Van Dijk.
— Eu acho que sim.
— Acha? — Ruel a encarou, aqueles olhos pareciam tão julgadores que ela sentia-se diante de Deus durante o Juízo Final.
— Eu tenho certeza. — Billie suspirou, se sentia cada vez mais esgotada. — Eu vou te deixar ir, Ruel.
O garoto se levantou, Billie o seguiu com o olhar e então ele deu um último sorriso para ela. Ruel caminhou até a porta e assim que ele saiu por ela, Billie viu todo o ambiente se tornar preto e branco.
Toda a cor da sua vida estava indo embora mas ela não se arrependia, aquilo seria melhor para ele.
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