• Kim Junmyeon •

Senti meu rosto arder, coloquei minha mão sobre o lugar onde a tapa foi deferido, não é apenas a dor de sua mão batendo em meu rosto que ardia, mas sim a vergonha. A vergonha de saber que compartilho o mesmo sangue que esse homem. Mais uma vez ele me espancara até me fazer sangrar, minhas costelas doíam e minha cabeça latejava com uma dor latente, parecia que aquele seria meu último suspiro, mas não foi, tirei forças de onde não tinha para cuspir palavras duras em seu rosto controlado, não demonstrava as emoções com expressões, mas sim com ações terríveis.

— É só isso? É só isso que você pode fazer? Me bater? Me espancar até me matar? Pode continuar, está dando certo! — Falo sentindo a amargura daquelas palavras em minha boca, aquilo era muito mais do que eu poderia suportar.

— Você... — Ele aponta seu dedo podre para minha face. — Você tem que me respeitar, enquanto morar sob meu teto, você vai me obedecer. Acha que engravidar sua namorada foi a coisa certa a se fazer? Você e ela são duas crianças, como vão sustentar outra criança? Aish. — Ele passa a mão por entre seus cabelos. — Você só me decepciona, não acha que deveria ter morrido no útero da sua mãe? Seu merda! — Ele levanta a mão novamente e eu me encolho fechando os olhos com força.

— Então se morar no mesmo teto que você significa continuar a fazer o que você manda eu prefiro morrer morando embaixo de uma ponte. — Gritei em meio a dor, até falar doía, eu realmente mereço o que esse homem está fazendo comigo? Pais não deveriam dar amor aos filhos ao invés de ódio?

— Então vá e more embaixo de uma ponte e veja se depois não volta chorando para casa, porque vai ser dessa vez que eu vou te matar, filho da puta! — Ele fala e eu choro como de costume, mas ao invés de chorar debaixo da minha coberta, agora, choro em sua frente. Me envergonho por ser filho desse monstro, um sorriso malicioso brotou em seus lábios quando ele percebeu que aquilo não me machucava mais, então ele foi até minha mãe que estava chorando com o rosto entre as mãos e cola a mão no seu couro cabeludo a puxando para se ajoelhar junto a mim.

Levantei de meu lugar e fui em direção a uma garrafa de soju que estava quebrada. — Solta ela. — Peguei a garrafa sem me importar se iria cortar minha mão ou não, cheguei em meu limite, não vou sofrer por causa desse homem mais.

— Ou o que? Vai me matar? — Ele fala pegando os cabelos de minha mãe novamente a puxando para seu lado e desferindo um tapa estridente na face enrugada dela. E isso se transforma na gota d'água para mim, avancei em sua direção logo fincando aquela garrafa em seu estômago, tudo pareceu escurecer para mim.

— Não filho! — Minha mãe grita, mas não escuto. Meus olhos não enxergam nada além do ódio que sinto por esse homem. Meus ouvidos não escutam nada além das palavras horríveis despejadas sobre mim e minha mãe por esse monstro. Apenas naquela ação despejei anos de ódio.

Recobrei minha consciência, quando senti um líquido quente molhar toda minha mão, era o sangue dele. Não sei se me sentia culpado ou enojado, o sangue daquele monstro realmente corria por minhas veias?

Chorei. Chorei muito quando percebi o que tinha feito. Mesmo sendo um completo monstro… Eu havia matado meu pai?

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Olá pessoas, estou revisando Shinee para que a leitura se torne melhor para vocês, logo logo teremos novos capítulos publicados.

Como estão? Espero que bem, eu tava com tanta saudade de vocês AAAAA, espero que gostem das melhoras que estou fazendo.

Estão lendo algum livro ou fanfic? To lendo "Um acordo pecaminoso" Me descobri uma enorme seguidora de Lisa Kleypas KKKK.

Enfim, beijo na bunda e não esqueçam da estrelinha para mostrar que estão gostando 💖.

Amo vocês.

Ass. Rayssa