45. The flame inside your heart
— Xiaojun parece com um documento para você?
— Ya, não dava para eu entrar naquela sala, e você também não conseguiu nada, idiota. — rebati a acusação de Ten, mesmo sabendo que ele não estava completamente errado por eu não ter trazido os documentos que poderiam acabar com o conglomerado chinês.
— Eu pelo menos tentei, garota.
— Discutir agora não vai resolver o que precisa ser feito. — Kun resmungou passando por nós com um envelope em mãos.
— É, Chittaphon para de ser dramático. — aproveitei a deixa para contornar sua acusação sobre o garoto que ainda de pé do meu lado observava tudo com um sorriso divertido.
— Eu juro que vou rasgar vocês dois no meio-
— YA, SE VOCÊ ESPALHAR SUAS ROUPAS PELO QUARTO MAIS UMA VEZ EU VOU TE TRANCAR PARA FORA! — Sicheng chegou na sala jogando uma cesta vazia de roupa suja na direção de Ten.
— Não está vendo que estamos dicutindo? — o tailandês reclamou agarrando a cesta que acertara sua perna.
— Não me interessa, Chittaphon.
— Até parece que não gosta de dormir comigo. — Ten provocou, formando uma expressão nada contente na face do chinês que se preparava para arremesar mais algumas coisas no garoto que não media esforços para implicar com os outros.
— Eu não DURMO com você, eu infelizmente divido o quarto com VOCÊ! — Sicheng retrucou, passando os olhos por mim e Xiaojun, desistindo por fim de terminar de agredir seu colega de quarto.
— Falando assim nem parece que-
— Cala a porra da sua boca, é sério. — Sicheng levantou seu indicador apontando-o para Ten que se contorcia de rir na poltrona.
— Ok, vamos para o meu quarto. — murmurei puxando a mão de Xiaojun antes que alguém notasse nossa ausência.
— SEU QUARTO? — Ten pareceu ter ouvido minha voz quando instantaneamente gritou antes que pudéssemos sair do cômodo barulhento.
— O que? Xiaojun não vai dormir na sala. — expliquei tentando manter a pose de que estava fazendo tudo isso na mais pura intenção.
— E por que ele tem que dormir no seu quarto? Por que eu não posso?
— Ten questionou curioso pelo fato de eu ter um quarto só para mim enquanto ele era obrigado a dividir com Sicheng, que apesar de constantemente reclamar do tailandês ainda se voluntariava a manter minhas noites de sono pacíficas.
— Porque você irrita todo mundo, Chittaphon! Deixa eles dividirem o quarto, inferno. — Sicheng retrucou como se fosse o óbvio, deixando seu alvo momentaneamente abalado.
— Bruh. Odeio vocês.
— Vocês eram assim antes? — perguntei ao garoto que ainda tinha sua mão entrelaçada a minha.
— Quase do mesmo jeito.
— Pode entrar. — falei assim que empurrei a porta de meu quarto, dando visão para um ambiente majoritariamente organizado em compensação a algumas mochilas espalhadas pelo chão.
— uh, duas camas de solteiro, que incrível. — Xiaojun comentou sentando-se na cama vazia que não comportava minhas coisas.
— O apartamento de Kun é quase um abrigo. — comentei rindo para mim mesma, tendo uma leve sensação calorosa ao lembrar de que apesar de todos os desentendimentos entre nós ainda continuávamos solidários uns com os outros.
— ah, que pena.
— Pelo que?
— O que eu já falei sobre ser curiosa demais? — seu sorriso cresceu conforme eu o encarava confusa.
— Ya, se quiser pode ir dormir na sala. — cruzei os braços após abrir a porta dando a entender que o caminho estava livre caso quisesse ir.
— Você não faria isso.
— Ya, deixa eu entrar, está frio aqui fora, Bo-na. — antes que eu me desse conta do que havia feito, Xiaojun estava do lado de fora implorando para entrar, mesmo sobre o risco de acordar o resto de nós. Quer dizer, aproveitando sua ida ao banheiro, tranquei minha porta antes que pudesse voltar.
— Não, você mereceu.
— Desculpa, por favor. — choramingou com a voz abafada do outro lado, fazendo-me pela segunda vez naquela noite me arrepender de ter o negligenciado.
— Sem chantagem emocional, entra logo. — murmurei puxando seu braço, voltando a trancar a porta atrás de mim.
— Obrigada, senhorita. — com uma reverência apenas aceitei seu agradecimento, sentindo-me uma verdadeira encarnação de bondade.
— Ei, o que pensa que está-
Antes que eu pudesse processar seus movimentos, já estava com minha costas em meu colchão, sentindo sua respiração pesada em cima de mim.
— Resolvendo alguns problemas. —
revirei os olhos para o garoto, e instintivamente estremeci quando senti suas mãos geladas correrem por dentro de minha blusa acariciando minha cintura.
— Xiao-
— Relaxa, estou só brincando.
— riu assim que tirou seu peso do colchão, deixando um rápido selar em minha testa e indo se deitar na cama que lhe era destinada.
— Tsc.
E assim, a chama viva em meu coração crescia ainda mais, não tendo nenhuma intenção ou possibilidade de se apagar.
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