32. Follow your destiny
Subitamente uma onda de arrepios passou por todo o meu corpo fazendo-me soltar os calçados no chão e colar meu corpo na barra de proteção, encarando agoniada as águas escuras passarem por debaixo da ponte levando tudo que estivesse em seu caminho. Olhei várias vezes ao redor, mas não havia ninguém com quem eu pudesse pedir informação, nem mesmo poderia confirmar a estranha sensação que eu tinha com as gravações da câmera de segurança, pois a mesma havia sido desativada a algum tempo.
Comecei a andar em círculos puxando meus fios para trás tentando regular minha respiração enquanto decidia o que deveria fazer considerando que eu não tinha mínima noção do que tinha acontecido com Chittaphon. Ele não faria isso nem se tudo desse errado, não seria capaz de me abandonar desse jeito, ele não pode.
Foi quando por um pequeno momento eu notei uma sombra aconchegada na pilastra que estava do lado oposto de onde os tênis haviam sido deixados. Não sabia mais o que pensar naquele interlúdio, apenas crer que o dono da sombra estava descalço, somente assim eu poderia respirar aliviada.
— Chittaphon? — chamei por seu nome me aproximando lentamente, deixando meu olhos marejarem quando percebi as meias cinzas em seus pés descalços.
— Chittaphon, que porra? O que você tem na cabeça? — gritei assim que o reconheci, abaixando-me ao seu lado.
— Não me olhe assim, não fiz nada errado. — resmungou tentando desviar dos tapas que eu dava em seu braço.
— Aish, idiota.
— Senti sua falta, Bo-na. — Ten falou serenamente em meio ao caos em que eu me encontrava, puxando minhas mãos para si.
— Eu também, muita. — sorri deixando as lágrimas que eu segurava escorrerem por minhas bochechas.
— Bo-na?
— Hm?
— Promete que seguirá seu destino, independente do que aconteça conosco? — Ten questionou puxando-me para me sentar ao seu lado, enquanto apreciava entre as grades de proteção a vista do luar refletindo sobre as águas do rio.
— Do que está falando? Não está pensando em-
— Sabe, eu passei a acreditar nessas coisas faz um tempo, e acho que deveria fazer o mesmo. — sorriu para si mesmo continuando concentrado no horizonte noturno.
— Ten, acho que você deveria parar de andar com aqueles-
— Ya, eu sou mais velho que você, tem que me ouvir. — resmungou bagunçando a raiz de meu cabelo como uma forma de punição amigável.
— Te ouvir? Se eu fizesse isso não estaria viva até hoje. — debochei empurrando sua mão para poder ajeitar meus fios despenteados.
— Kim Bo-na! — Ten gritou de repente empurrando meu corpo para o outro lado junto ao dele.
— O que foi? Por que está gritando?
— Acho que estamos sendo seguidos.
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