24. Hug me tighter
— Ya! Fala comigo! — gritei sem saber o que deveria fazer com o garoto a minha frente que tinha seus olhos vermelhos marejados.
— Por que-
Xiaojun tentou falar entre soluços, deixando meu coração mais quebrado e dolorido do que estava. Por impulso, em resposta ao seu estado emocional, apenas abracei sua cintura enterrando meu rosto em seu peito aquecido pelo terno.
Eu não entendia a razão pela qual Xiaojun chorava, e entendia muito menos o motivo pelo qual ele sempre parecia estar por perto quando eu sentia que ninguém mais estava, principalmente quando eu pensava em desistir de mim.
— Você me assustou, idiota. — murmurei escondendo minhas mãos que tremiam em nervosismo.
— Eu te assustei? Já pensou em tudo que você fez para falar isso? — Xiaojun questionou com a voz séria mesmo que embargada em choro.
— Por que está fazendo isso?
— Me abraça. — Xiaojun, ignorando minha pergunta, sussurrou enlaçando minha cintura, tirando meus braços de seu tronco.
— Eu estava te abraçando, Xiao. — murmurei confusa fazendo o que o mais velho havia pedido e abraçando seu pescoço, estando na ponta dos pés para facilitar o contato.
— Não, me abraça mais forte. — fiz o que pedira e depositei toda minha força restante ao redor de seu pescoço, deixando que inconscientemente uma de minhas mãos encontrasse seus fios claros úmidos por conta da neve.
— Não consigo respirar! — resmunguei dando leves tapinhas em seu ombro.
Por mais que eu quisesse ficar ali dentro de seus braços quentinhos, sabia que deveria me afastar o mais rápido que pudesse. Sentir seu coração batendo junto com o meu era alucinante e de certa forma especial. As palpitações e apertos que eu sentia tornavam-se mais intensas como se eu estivesse prestes a explodir, e isso me assustava.
— Bo-na, eu preciso te perguntar uma coisa muita importante.
— Uh, ok?
— Olha para mim. — antes que eu pudesse manter uma distância segura entre nós, Xiaojun encontrava-se segurando minhas bochechas de forma que eu pudesse encarar seus olhos mais brilhantes do que as estrelas que serviam de teto para o anoitecer.
— Promete que não importa o que aconteça sempre voltará para mim?
— Por que está falando isso? — questionei com a boca tremendo, enquanto tentava evitar ficar constrangida por sua aproximação.
— Eu preciso saber se terei um motivo para ficar. — através de seu sorriso inesperado, eu pude sentir seus sentimentos mais do que imaginei poder.
Tirei suas mãos de meu rosto, ignorando qualquer formigamento que o contato gerou, observando atentamente suas íris escuras refletindo meu rosto inchado e borrado. Eu não sabia como havíamos acabado aqui, muito menos tinha noção de como tudo terminaria, mas sentia com todos as minhas convicções que podia confiar no garoto dominado pelo impulso de suas vontades.
— Sim, Xiaojun.
Eu prometo.
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