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‹⟨ Episódio 1 ⟩›

Em algum lugar
do mundo antigo.

Um campo aberto, com pilares antigos e velhos o rodeando. Muito provavelmente são de uma antiga civilização que deixou de existir. Um coelho, fofo e peludinho, com bochechas enormes e gordas, ele come a grama, com suas minúsculas patinhas limpando sua boca. No chão ao seu lado, umas faíscas azuis começam, do nada, chamando a atenção do pequeno animal. Ele se aproxima, com cuidado.

Seu corpo é arremessado quando um enorme relâmpago atinge a terra. O coelho corre. Do raio, o Mago Shazam surge da fumaça, mancando e quase despencando de suas pernas. Há algumas feridas em sua pele, resultados de uma luta. Manca, ficando com um joelho no gramado. Carrega consigo seu cajado.

Atrás de si, sombras que queimam surgem. São nuvens trevosas e pretas, com algumas chamas sendo emitidas. Começam a se expandir, abrindo uma visão vermelha do fogo do inferno, o fogo mais mortal e perverso. Dedos retorcidos se prendem na base do portal, de unhas pretas compridas, pertencentes à uma mão feminina. Os pés de apetência delicada pisam para fora. Uma silhueta feminina com grandes curvas marcadas se põe em terra, com escuridão se dissipando de seu corpo. O portal atrás de si fecha. Ela possue dois chifres que sobem pelas laterais de sua cabeça. Olhos amarelos, rodeados pela escuridão. Uma franja pertencente ao cabelo longo e preto como a noite mais escura. Pele pálida, mas marcada por um sofrimento, da tortura e dor. Suas veias brilham com uma cor laranjada. Anda de pés nus, com uma vestimenta bastante expositiva que é seu vestido, que termina no início de seus joelhos.

Mago Shazam se vira, ficando de pé enquanto a figura feminina para seus passos, apoiando-se na perna esquerda. Fica à pouca distância do homem.

—Blaze—a mulher sorri.

—papai.

—sua ganância pelo poder não vai prosseguir. Isso termina aqui e agora!—bate o cajado. A ponta da arma brilha.

—eu apenas quero o que me é de direito. Sou sua filha, portando, o poder da Pedra da Eternidade tem que ser meu...—é um tom ácido e áspero que fala.

—você não é digna. Não é pura de coração. Nunca será.

—ninguém é puro, velho!—estende sua mão e uma nuvem escura é lançada, misturada com faíscas.

O Mago dispara um relâmpago, que bate de frente com o poder das trevas.

—esse poder jamais será seu! Você vai voltar pro inferno, demônio!

Blaze sorri. Move as mãos e o pescoço, que estalam com o movimento. Some da vista do Mago. Reeaparece bem ao seu lado. Crava sua mão no peito do homem. Começa a puxa-la, como se estivesse arrancando seu coração.

—aaahh!!!

—eu vou tomar esse poder e vou soltar os Sete por essa terra. Então, o mundo vai conhecer meu nome. Eu serei eterna! Meu nome será eterno! Meu poder, meu poder será maior que qualquer outro! Eu terei o poder de Shazam!

—aahh!!!—as pernas do Mago fraquejam. Seu corpo treme. Ele não tem escolha—eu digo nunca! SHAZAM!!!!!

Bate o cajado. Um relâmpago desce, causando uma explosão enérgica acompanhada de uma luz branca. Blaze é arremessada. Sem perder tempo, o Mago carrega toda sua força restante, todo o seu poder no cajado.

—enquanto meu coração ainda bater, você está impeça de neste mundo novamente!!

Crava na terra. As rochas se racham, sendo destroçadas pelo poder. A luz branca segue entre as rachaduras, indo até Blaze. Da terra, mãos secas e podres surgem, várias delas. Se prende nos braços e perdas da demônio. Começa a ser arrasada por chamas que ardem intensamente.

—aaagghh!!! Não!—tenta se agarrar, mas é inútil—eu vou voltar, velho! Eu vou voltar!

É puxada por completo. As rochas se fecham e voltam ao seu normal. O silêncio surge.

Cansado e ferido, o homem caí com um joelho. Além de velho, está esgotado. Ele sabe, que o momento de sua morte chegará e com ele, Blaze será liberta. Sua filha, seu fardo. A magia desse mundo, necessita de um novo campeão. Retorna para a Pedra da Eternidade. Um grande salão com sete estátuas de monstros horrendos e sem igual. Cada uma, aprisiona um pecado capital primordial: Ira, Orgulho, Inveja, Gula, Ganância, Luxúria e Preguiça, todos presos ali.

—você está fraco, velho—os olhos da estátua que aprisiona a Ira brilham em vermelho. Ele fala com a voz firme e grossa, arranhada e sobrenatural.

—você não tem um campeão e está fraco—Inveja se manifesta. Uma voz de bruxa velha e nojenta—nós vamos sair daqui e a humanidade irá tremer sob nosso poder.

—nunca!—o Mago Shazam ergue seu cajado, o batendo no chão. Uma magia dourada é lançada, como uma onda de pontos mágicos sendo disparados—feitiço de busca, encontre aquele que é puro de coração! Não importa quanto tempo leve!

E assim, não importasse quanto tempo levasse (como ele mesmo havia dito) a magia partiu em busca daquele que é digno, do mais puro de coração que possa carregar tamanha responsabilidade.

POV Billy

Philadelphia, hoje

Abro os olhos, com o sol passando pela janela fortemente. Solto um suspiro misturado com resmungo, um resmungo muito sincero e doloroso para mim. Eu queria dormir mais, muito mais... Muito mesmo. Me apoio nos braços, para levantar do colchão. Eu posso jurar que ouvi minhas juntas ranger. Levanto, me espreguiçando, abrindo bem os braços e a boca. Sinto um cheiro estranho. Assopro minha palma e logo sei de onde vem o tal cheiro estranho. Me levanto. Agarro meu moletom vermelho que uso como travesseiro. O balanço. Pronto, novinho em folha.

Eu achei esse lugar num prédio abandonado. Há outros moradores de situação de rua que moram no prédio também. Eu ocupei esse Ap. Passo pela porta do quarto que possui só um colchão velho que encontrei. Vou até o banheiro que fica do lado. Por sorte, a água ainda corre pelos canos. Escovo os dentes com uma pasta que peguei de um mercado, junto de uma escova. Pronto, bafo resolvido. Me olho no espelho. Camisa branca, short (que levei comigo junto da última casa que fugi, onde tentaram me adotar), chinelos. Me encaro na lasca velha de espelho que grudei na parede. Eu estou absurdamente magro. Uma vareta de duas pernas.

Saio da porta. Me apoio na parte de cima, puxo meu peso, fazendo uma flexão. Quase cuspo meu coração no processo mas ok. Caiu com as mãos nos joelhos, recuperado o fôlego. Pronto, deu por hoje. Vou até a mesa, com uma cadeira, sirvo um serial numa tigela com leite (tive que me virar pra conseguir). Após comer, sinto outro cheiro estranho. Ergo o braço, cheiro e já dei de onde o cheiro de morte vem. Preciso de um banho. Rapidamente me levanto, indo por minhas roupas para sair.

Atravesso a rua, olhando para os lados. A rua fica atrás de uma escola, onde há algumas árvore entre ela e a calçada. Como ninguém passa ali no momento, atravesso com tranquilidade, adentrando as árvores de grandes galhos e folhas. Carrego comigo uma toalha corporal azul marinho e um sabonete rosa. Salto, me agarrando nas extremidades do muro. Luto para me puxar e cair do outro lado. O horário da escola ainda não começou. Tenho trinta minutos. Me vejo num campo de futebol americano, imenso. Jesus, me guie nesse caminho.

Corro, adentrando o prédio onde fica os chuveiros. É onde os jogadores depois dos jogos vão tomar banho, quando ficam todos suados e fedidos como gambás (os que querem). Retiro dois grampos do meu bolso do casaco. Tive que aprender isso quando mais jovem, quando queria fugir de um dos vários abrigos que tentaram me segurar. A porta de metal se abre. Parece latão. Passo por ela, encontrando os chuveiros. Finalmente. Vou até o último e mais distante.

Fico totalmente nú deixando minhas coisas num banco, junto com a toalha. Logo ligo o chuveiro e começo meu banho. Passo o sabote primeiro nos meus cabelos, os ensaboando bem. Depois, passo em meu peito, barriga braços e axilas, em seguida os meus pés. Logo depois vem a retaguarda e o lugar onde o Júnior mora. Enfim, depois de limpo e cherosinho, desligo a água. Pego a toalha para me secar.

Ouço um barulho de chaves e vozes. Ai, acho que são os zeladores que verificam a escola antes do horário de aula. Eles estão adiantados, eu ainda tinha dez minutos! Merda!

Recolho minhas roupas e cubro minha cintura com a toalha. Corro para a porta, quando ela se abre. Numa ação rápida que eu mal pensei, me escondo em baixo do banco que fica ao lado. Ouço e vejo os passos de um dos zeladores. Passa por mim. Engulo a saliva presa na minha garganta. Ele segue andando, indo na direção do último chuveiro. Quando vou sair, percebo que falta a minha cueca. Olho por tudo, desesperado e o coração pulando. À avisto no chão, bem em frente ao zelador. Só pode tá de brincadeira comigo.

Se abaixa recolhendo minha peça de roupa. Olha onde tu toca, cara! Meu Deus!

Seu olhar percebe o piso molhado e gotas pingando do chuveiro. Deixa minha cueca no banco ao lado.

—que estranho...—comenta ainda concentrado no chuveiro.

Em passos extremamente cuidadosos e precisos, me aproximo dele, pelas costas. Já atrás dele, estendo minha mão, abaixando meu tronco. Quando estou prestes à agarrar minha peça de roupa, minhas costas estralam. Só comigo isso.

Ele ouve o barulho e logo se vira. Num impulso pego minha cueca e viro junto, ficando atrás dele.

—humm—olha ao redor.

Engulo em seco. Ele vira, me viro também ficando atrás. Ele parece sentir algo. Dá passos para trás, com cautela e suspeito. Sigo seus passos, torcendo para ficar bem próximo da porta. Ficamos em baixo de um chuveiro. Ele é muito mais rápido em se virar e se deparar comigo. No susto, eu grito e ele grita em seguida.

—você!

—eu!—responde sem pensar—eu?—ergo uma sombrancelha.

—sim! Você!

—que tem eu?

—não te faz. Tu faz isso à semanas já.

—faço o que?—me faço de sonso.

—tu sabe, seu muleque!

—olha—levanto uma mão—eu faço um monte de coisa, vai ter que ser mais preciso, cara.

—ora, seu!—ele vem pra cima.

—ai, sai pra lá!—desvio e ligo o chuveiro, molhando o cara—se cuida!—começo a correr na direção da porta.

—volta aqui jáAAAAAHHH!!!—ele resbala na água e logo vai ao chão de costas.

Fico no lado da porta, olho pra trás. Ele geme e fala tudo quanto é nome em revolta. Começo a gargalhar enquanto ele sofre.

—té mais, tio!

—VOLTA AQUI!!!

Saio correndo pelo campo, de toalha na frente do Júnior enquanto seguro minhas roupas. Ouço um apito. O outro zelador surge correndo. Acelero mais ainda o passo, erguendo meus joelhos acima da cintura. Jogo minhas roupas pro outro lado e minha toalha. É o jeito, não tenho o que fazer. Escalo o muro, peladão mesmo, mostrando tudo. Quem viu, teve sua benção, quem não viu, vai dormir sem essa bela visão (eu tenho meus picos de alto estima). Caiu do outro lado, coloco a toalha na minha frente. Corro atravessando a rua, enquanto um carro freia soltando uma grande buzina.

—OLHA POR ANDA, SEU PERVERTIDO!!—é uma senhora de idade que grita no volante. Meu Deus!

Corro para um peco, fugindo dos olhares curiosos e seguindo para um lugar mais privado possível.

Depois dessa humilhação cotidiana, totalmente vestido descente e principalmente, cheiroso, sigo para uma loja popular da região, que está fechada, mas não pra mim. Carrego minha mochila e tudo que preciso dentro dela. É ali onde irei executar meu plano. Após usar meus truques pra abrir a grade e entrar, ligo pra polícia, usando a voz mais fofa e inocente para denunciar a invasão de roubo na loja e que eu, uma criança inocente, consegui prender os criminosos no depósito.

Depois de um tempo, a viatura estaciona em frente a pequena loja. De dentro do carro, uma mulher negra baixinha e um homem bigodudo caminham até mim (o homem tem cara de boboca). Com as mãos em seus coldres, me aproximo.

—moço, ainda bem que chegaram!—mostro alívio—eles tão lá, ó—aponto para a porta do depósito. Uso minha voz inocente—eu consegui prender eles lá.

—ok, amiguinho. Obrigada por ajudar. A gente assume daqui—a mulher faz um carinho no meu ombro. Sorrio docemente—vamos lá—acena pro parceiro.

—ok!

Eles se vão. Me afasto, com um sorriso vitorioso nos lábios. Fico do lado de fora. Eles abrem a porta.

—o quê? Mas não tem ninguém aqui.

—hah!—solto uma rizada—vocês cairiam direitinho, hein.

—o que?

Solto uma piscadinha. Corro até a grade e pulo, conseguindo puxa-la.

—ei, ei, ei, ei, ei, ei!!

Tranco o pino e o jogo fora. Rio na cara deles. Corro até a viatura. Sento no banco do motorista. Na tela do painel, pesquiso o sobrenome Batson na região. Encontro o único nome fora da lista da minha agenda. Anoto o nome. Elisa Batson. O rádio da polícia é chamado.

—aqui é policial. Tudo certo por aqui, câmbio—ingrosso a voz.

—primeiro vem a identificação, guri. Quantos anos você tem?

Merda. Largo o rádio. Com o nome anotado me preparo pra sair. Percebo o saquinho de lanches no painel.

—ei, ei, não, esse é o meu lanche, não!—sorrio e o agarro dando risada. Parto correndo dali—aaaahhh, não!!!

Ando pela calçada, treinando como será minhas falas, minhas primeiras falas com ela depois de anos. Meu corpo treme todo e minha boca fica seca.

Quando eu tinha cinco anos, em um parque de diversões, depois de tiro ao alvo com dardos em balões, eu acabei me perdendo da minha mãe, quando o chaveiro que é uma bússola esférica caiu rolando. Eu fui buscar, me soltando dela. Quando me virei, eu a tinha pedido de vista. E foi aí que comecei a ir de lar adotivo para lar adotivo.

Atravesso o portão de madeira, adentrando o pátio e caminho até a porta da casa. Suspiro e respiro fundo. Busco forças no meu interior para tocar a campainha. Ergo o braço e toco com o dedo.

—quem é?!—um grito arranhado e parecendo mal humorado de dentro da casa.

—hã, e-eu—gaguejo de início—eu sou o Billy.

—e o que tu quer?!

—eu, senhora, eu acho que sou seu filho.

A tranca da porta começa a fazer barulho, a maçaneta se mexe e a porta se abre. Aprece um mulher negra de tranças, beirando os quarenta anos.

—tem certeza disso?

Meu sorriso se desmancha e logo volto para minha estaca zero. Sinto mais um vez essa decepção. Mas já estou acostumado.

—eu, eu acho que não... Sinto muito.

Me viro de cabeça baixa, começo meus passo lentos de volta para a saída. Uma viatura estaciona em frente à calçada, com sua sirene ligada. O alto falante ecoa.

—e ai? O lanche tava bom?

Paro no meio do caminho. Solto um suspiro de queixo levantado e olhos fechados. Só comigo.

[...]

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