Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

016


Encostei minha cabeça nas costas de Minho enquanto o mesmo me carregava pelo lugar, via alguns homens e poucas mulheres, os mesmos me olhavam curiosos, provavelmente desconfiados sobre o motivo do meu ferimento.

Estava doendo ainda e eu nem sabia o que era, mas pela expressão que Thomas fez antes não poderia ser coisa boa e nem simples.

── Ela foi infectada? - Um homem parou na frente de Minho bloqueando sua passagem, então o resto do grupo também parou de andar para olhar a cena

── Não, ela se machucou. - Teresa respondeu voltando e parando na frente do asiático ── Foi só isso que aconteceu.

── Não sei se acredito. - Me olhou desconfiado, ao mesmo tempo que seu rosto contêm um sorriso de ironia ── Ela parece meio pálida.

── Ela machucou feio a perna, ta perdendo sangue por causa do tamanho do corte e quer que esteja com uma expressão saudável ou feliz ? - Minho questionou soltando um riso fraco mais carregado de irritação do que qualquer outra coisa

── Olha só como fala comigo, vocês estão aqui temporariamente de favor. - Grunhiu para o mais novo que continuou o encarando

── Já chega! Se eles estão dizendo que ela está só machucada!? Beleza, vou acreditar neles. - A garota de cabelo curto, que ainda não sei o nome, voltou para trás já sem paciência

── Se a garota se transformar em um crank serei o primeiro a apertar o gatilho. - Finalmente o careca saiu da frente mesmo que contra sua própria vontade

── Venham, o Jorge disse pra levá-los até a sala. - Ela voltou a nos guiar

── Ta acordada ainda? - Minho perguntou em voz baixa enquanto lançava um olhar com o canto do olho e eu apertei mais os meus braços em volta de seus ombros

── Sim, estou.

Subimos as escadas, bom, todos do grupo e Minho comigo em suas costas. Havia uma sala no fim do corredor e a garota abriu a porta nos indicando para entrar, e foi o que todos fizeram.

Levantei meu rosto encontrando um cara que tentava se comunicar pelo rádio, a desconhecida se jogou no sofá avisando "Eles estão aqui" e o homem olhou para trás passando seu olhar curioso por cada um de nós, mas parou em mim.

── O que ela tem? - Perguntou dando um passo para trás com desconfiança

── Machucou a perna. - Minho repetiu mais uma vez suspirando arrastado

── Hum, menos mal. - Murmurou se aproximando, minha visão estava turva demais para enxerga-lo bem. ── Coloque ela no sofá, eu tenho kit de primeiros socorros em algum lugar dessa maldita sala. - começou a procurar

O asiático se abaixou e Thomas se aproximou me ajudando a sair daquele aperto, uma tontura tomou a minha cabeça da mesma forma que hoje mais cedo no deserto e eu não conseguia manter minha cabeça erguida então deitei no acolchoado do sofá.

── O que aconteceu exatamente? - A garota se virou me encarando, por estar bem ao meu lado, ela tirou meu cabelo do rosto ── Caiu enquanto corria das coisas?

── Do raio. - Suspirei cansada

── Qual o seu nome? O meu é Brenda. - Sorriu fechado e se inclinou para ver minha perna, sua expressão não foi nada boa e pela dor que eu sentia conseguia compreender.

── Kenzie.

── Olha garota, não sou de fazer caridade com estranhos.. - Jorge se sentou em uma cadeira na minha frente enquanto arrasta outra cadeira entre nós para colocar a minha perna ── Mas posso deixar vocês ficarem essa noite. - ele olhou para o resto do grupo que rodeava-o

── Muito obrigado. - Teresa agradeceu se sentando do meu lado

── Mas ainda temos uma conversa longa amanhã, não se esqueçam disso. - Encarou Thomas antes de levar sua atenção de volta para o meu ferimento ── É como um agradecimento por deixa-los ficar.

── Uma noite não vai ser o suficiente pra ela curar da perna. - Minho apontou

── Ainda é ousado. - Jorge o encarou rapidamente, de sobrancelhas franzidas e tirou a tampa do álcool com grosseria.

Com curiosidade pelo fato de todos olharem para a minha perna como se fosse uma criatura cientificamente inventada e nunca vista, eu me inclinei sentindo minha cabeça girar e olhei em direção de onde doía, arregalei meus olhos vendo uma pequena parte da minha pele arrancada e estava tão pouco para ver o osso.

── Merda. - Murmurei sentindo uma agonia de ver a minha própria pele assim e pensando quanto tempo demoraria para cicatrizar

Me senti mal comigo mesma. Não quero ser um peso para o grupo, temos que estar fisicamente saudáveis para fugir da cruel e das criaturas que estão no deserto e me sinto péssima por ter me ferido e com medo de atrapalhar o resto.

Fechei os olhos fortemente e apertei minhas própria coxa quando senti o homem despejar o líquido ácido em cima da ferida, ardia e pulsava dolorosamente como se fosse explodir e essa dor espalha pelo resto da minha perna. Umas lágrimas caíram pelo meus rosto e eu abaixei o rosto tentando respirar fundo, tentei pensar em algo que me fizesse esquecer da dor, mas tudo que se passa na minha mente agora é ela. A dor.

── Respira fundo. - Ouço a voz de Teresa, e logo sinto-a segurando a minha mão.

Por um instante me esqueci da dor. Me esqueci para olha-la e focar apenas no rancor que ainda tenho dela, de lembrar o que ela fez e do fato da garota estar agindo como se estivesse tudo bem entre nós duas.

── Brenda, prepara a agulha. - Ele estendeu a mão para a garota

── Espera! O que vai fazer? - Minho olhou para o homem com os olhos arregalados

── Suturar esse negócio na perna dela, vai ajudar a cicatrizar mais rápido. - Explicou e eu respirei fundo me preparando psicologicamente para a dor, não vou me opor contra isso, não se for o necessário para estar boa logo.

── Aqui está. - A garota voltou com uma bandeja metálica e deixou em cima da mesinha de centro, assim o homem pegou uma tesoura com a agulha presa na ponta e a levou em direção da minha canela.

── Aqui. Desconta a dor em mim. - Minho se abaixou do meu lado, oferecendo sua mão e eu a segurei com firmeza. Ele me olhava tenso, parecia sentir o medo por mim que até eu mesma esqueci de senti-lo.

Só quando senti a agulha perfurar minha pele que um resmungo de dor escapou dos meus lábios, minhas sobrancelhas franzidas, apertei um pouco a mão do asiático e agora pressionei um lábio no outro para não fazer barulho. Aquilo dói demais.

Jorge continuou a fazer aquilo tranquilamente, eu sentia que facilmente poderia perder o sentido e desmaiar pela dor extrema que estava tomando conta de cada parte do meu corpo, mas mesmo assim havia algum vestígio de força que me mantinha em sã consciência.

── Vai ficar tudo bem, tenho certeza que você irá se recuperar rápido. - Jorge terminou, finalmente terminou e eu suspirei aliviada. Ele enrolou uma faixa de curativo em volta do ferimento e me olhou ── Pode descansar um pouco aqui, vou ter uma reunião com o resto e avisar que vocês ficaram.

── Dorme um pouco. - Brenda falou para mim, em seguida ela levantou seguindo o mais velho pela sala até saírem

Teresa saiu do sofá e eu me virei, deitando por completo no mesmo. Minha perna ainda dói como antes, mas agora eu diria que está pior pela costura e o líquido que eu presumo ser álcool ou algo do tipo.

── Vou pedir água pra eles. - Minho avisou, acariciando o meu cabelo ── Está se sentindo pelo menos um pouco melhor?

── Você quase descumpriu a promessa sendo atingido por um raio. - Soltei um riso ignorando sua pergunta

── Mas voltei pra não ter que quebrar. - Brincou, segurando a minha mão e passando levemente sua mão pelos meus cabelos

Estava me sentindo aérea, minha cabeça girava no mesmo impacto que a perna trasmite uma dor intensa para o resto do meu corpo. Não sei se estava no meu sentido certo, mas eu abri a boca para dizer o que estava pensando.

── Não faria sentido perder você. - Suspirei pesadamente e fechei os olhos que pesavam, dificultando de mantê-los abertos ── Eu não iria saber o que fazer. Preciso de você, Minho.

Antes mesmo de ouvir uma resposta. A última coisa que me recordei foi de ter visto sua expressão séria enquanto me ouvia, meus olhos se fechando lentamente e o meu fôlego saindo dos meus pulmões com dificuldade.

|||

Flashback

Estava mais um dia presa no quarto depois do que aconteceu nas últimas semanas, Teresa e eu tivemos uma discussão depois de ter tentado a convencer a fugirmos da CRUEL.

Eu descobri que minha mãe trabalhava para eles e foi expulsa, isso depois de ouvir desde os meus dezessete anos que ela faleceu pela infecção. Ouvi colegas que a conhecerem dizer tudo isso, e agora tenho toda a verdade e a esperança de que ela esteja em algum lugar por aí e preciso a encontrar.

Mas também pensei que não poderia deixar Teresa. Eu a conheço desde antes dos dez anos, quando éramos crianças e eu estava me isolando dos outros por estar assustada demais.

Esse era o meu mecanismo de deseja. Fugir ou me isolar de onde me sinto ameaçada.

Mas ela insistiu demais e agora a tenho como minha própria irmã. Minha família. Claro que quando pensei em fugir, não pude deixar de cogitar que ela fosse junto comigo.

E agora estou presa sendo torturada pelo Janson porque ela me entregou.

Todo dia tem uma tortura diferente, e eu estou encarando o teto escuro do quarto enquanto ouço barulhos na porta, apenas esperando. Não tentava mais lutar igual no começo, eu só aceito tudo que fazem para me machucar e deixo pra chorar quando estou sozinha. Todo dia é assim.

|||


Abri os meus olhos puxando o ar para os meus pulmões com desespero, minha respiração está desconcertada e o meu coração batia forte. Olhei ao redor vendo todos me olharem curiosos e com preocupação.

── Kenzie, você acordou! - Newt se aproximou rapidamente ── Demorou! Já estávamos ficando com medo de acontecer alguma coisa.

Ele dizia e dizia, mas tudo que eu pensava era que eu acabei de lembrar daquele merdinha do Janson e o que ele fazia comigo na CRUEL.

── Como pude não ter lembrado? - Pensei um tanto alto quanto imaginei e vi uma expressão confusa se alojar no rosto de Newt

── O que?

── Eu me lembrei do porque queria fugir, bom, exatamente agora e o que aconteceu uns dias antes de me mandarem para o labirinto. - Comentei e meus olhos rodearam a sala até encontrar Teresa, mesma que me olhava como se já soubesse e estivesse mostrando toda sua culpa com os olhos

── Quer me contar? - Ele descansou seus antebraços do meu lado no sofá

── Nada demais. Só algumas coisas sobre terem me entregado, o Janson me torturando antes de tirar a minha memória e.. - Parei quando pensei nas outras coisas que o homem também fez, aquilo era invasivo demais para contar em voz alta pois os outros garotos estavam prestando atenção na história ── Só isso.

Dei mais uma olhada pela sala e notei que Minho não estava no local.

── O Minho foi ao banheiro. - Newt avisou mesmo antes de perguntar, acho que meus olhos já falavam por si só.

── Querem comer? O Jorge disse para chamar vocês também. - Ouço a voz de Brenda, ela está parada na porta de braços cruzados e sorriu quando seus olhos me encontraram de volta ── Oi, você finalmente acordou, dormiu por horas.

── Tanto tempo assim? - Perguntei olhando ela, depois Newt e ela novamente

── Ta falando sério? Tipo, você capotou durante horas, está dormindo desde ontem! - Respondeu o loiro me fazendo arrecadar os olhos com a surpresa

── Acho que ela só estava cansada. - Brenda se virou para ir embora ── E a dor passou?

── Passou, obrigado.

── Os remédios do Jorge sempre funcionam, fico feliz. - Disse começando a sair ── Venham comer antes que acabe.

── Quer ajuda pra sair? - Newt se levantou me olhando atentamente

── Não precisa, eu vou ao banheiro primeiro e depois beber água. - Me sentei balançando a perna saudável para fora do sofá e arrastando a ferida com cuidado, ela não doía mais como antes, apenas vibrações que davam para suportar com mais tranquilidade.

Depois desse cochilo eu sentia que precisava tomar um tambor inteiro de água para repor todo o líquido do meu corpo.

Os garotos saíram da sala. Teresa foi devagar enquanto ainda me olhava em silêncio, mas ela apenas saiu e não me disse nada. Eu não dei muita importância a ela, não queria conversar ou olhar muito tempo na cara dela depois do sonho.

Saí do sofá indo direto para o banheiro, fui sem pressa afim de não forçar muito a minha perna e logo cheguei no mesmo. Achei que iria encontrar Minho, mas ele não estava mais. Entrei fazendo xixi, terminei e lavei as mãos e o rosto.

── Kenzie? - Era Brenda atrás da porta, abri a porta colocando o meu rosto para fora e a garota apenas estendeu uma troca de roupa ── Roupas limpas. As suas estão cheias de sangue e a calça rasgada por causa do corte.

── Obrigado. - Sorri pegando a roupa que ele oferecia fazendo a porta abrir mais um pouco, mas ainda tinha dúvidas ── Porque vocês estão sendo tão legais?

── Não somos pessoas tão boas, mas também não tão ruins. - Respondeu ── É só uma troca de favores, é assim que funciona.

── Espero que o preço do favor não seja um absurdo. - Pensei alto, e suspirei encarando o meu reflexo no espelho

── Pode tomar um banho, mas como aqui não é um hotel cinco estrelas só temos a oferecer água gelada. - Disse a garota antes de voltar para trás fechando a porta

Deixei as roupas em cima da pia e fui direto para o chuveiro, a água realmente é gelada, mas nada que fosse um problema grande. Lavei o meu corpo tirando qualquer vestígio de sangue ou sujeito do deserto, tive mais cuidado com a canela por conta do ferimento, a água nele fazia latejar devagar e doloso.

Assim que terminei, me sequei e vesti a roupa que Brenda me deu, desembaraço o cabelo com os dedos mesmo e guardo a toalha outra vez.

Abri a porta para sair, mas antes de fazer isso, O asiático adentrou o banheiro me impedindo de dar mais passos. Ele empurrou a porta atrás dele e eu apenas seguia seus movimentos com meus olhos curiosos.

── O que foi? - Perguntei vendo seus olhos me examinarem de cima a baixo

── Só queria ver se estava bem, está?

── Estou. - Sorri fechado

Ele não disse mais nada, no segundo seguinte Minho se inclinou esmagando meus lábios com os dele, mas eu retribui envolvendo as mãos em sua cintura e apertando ali. Não durou muito, ele se afastou encostando nossas testas e continua próximo o bastante para sentir o calor de seu corpo contra o meu.

Estamos em silêncio, suspirei arrastado fechando os meus olhos e sorri sentindo seus dedos acariciando a minha bochecha.

── Eu queria te falar. - Minho começou, mas as batidas repentinas na porta interromperam o garoto de continuar a falar. Olhamos em direção à mesma e ouvimos a pessoa do outro lado quase derrubar.

── Já usaram? Tem gente querendo usar o banheiro também. - Era a voz de um homem que não era conhecido por mim e muito provavelmente pelo asiático também não.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro