014
Assim que me afastei do asiático, Ele levantou do colchão atraído pelos barulhos emitidos no lado de fora da sala, parecia estar um pouco distante de nós ou se aproximando.
── Você viu alguma coisa? - Segui ele até a porta com curiosidade
── Não. - Respondeu confuso e olhando para o fim do corredor onde víamos uma pequena faísca de luz
── Relaxa, pessoal. - Newt avisou ── Só deixei umas coisas caírem da prateleira.
── Mas eu ouvi grunhidos. - Murmurei fazendo Minho me olhar de sobrancelhas franzidas
── Tem certeza?
── Não tem Cranks aqui. - Vejo Teresa dobrar roupas na sala bem na frente da que estamos agora, no escuro igual uma assombração.
── Você virou um fantasma? - Dei risada entrando outra vez
Peguei uma calça que parece ter o tecido mais grosso que a que estou usando agora e fui para trás do balcão outra vez, me sentando no colchão enquanto abria os botões devagar.
── O que achou? - Ouço a voz de Thomas e me virei vendo o mesmo na porta da sala conversar com Minho
── Roupas, enlatados e lanternas, algumas ainda estão funcionando bem. - Respondeu
Vesti a calça rapidamente antes que mais alguém resolva aparecer e note a minha presença ali, se trocando, quando fiz isso me virei jogando a calça com as outras roupas.
── Vamos passar a noite aqui. - Thomas avisou e eu levantei me aproximando ── Tem colchão e está um pouco mais aquecido que no lado de fora, de manhã saímos.
── Pode ser. - Minho concordou e me olhou assentindo ── Nós vamos ficar nessa sala.
── Ta. Essa da frente tem mais quatro colchões, então vou dividir com o resto. - Apontou para a sala que Teresa está, agora vejo Newt e Winston junto com ela ── Vamos ficar atentos a qualquer tipo de barulho.
E assim todos começam a se preparar para finalmente tirar um tempo de descanso, Minho e eu dividimos o único colchão que temos nessa sala e assim que me deitei senti um alívio enorme nas minhas costas ao mesmo tempo que tinha a impressão de que iria se quebrar ao meio por causa da dor.
Estava tudo tão confortável, as mãos do asiático ao redor da minha cintura, o cobertor quentinho que achamos e as nossas temperaturas se mesclando para nos deixar ainda mais aquecidos. Um sorriso se fazia presente em meu rosto enquanto sentia seu aperto confortante em meu corpo, nosso silêncio agradável sendo o suficiente para sabermos que estamos ambos confortáveis pela presença um do outro. Assim não precisa ser dito nada e nem fazermos nada, apenas estar juntos nos abraçando era o suficiente nesse momento.
Saber que ele está aqui perto de mim era o suficiente para mim, havia um significado maior do que estarmos conversando ou até mesmo fazendo outras coisas.
── Deveríamos fazer planos para quando tudo isso acabar. - Murmurei e até pensei que ele não estivesse me ouvindo, que estaria dormindo, mas em seguida ouço um suspiro dele.
── Planos? Sobre o que?
── Quando tudo voltar ao normal e ainda estivermos vivos, o que acha de termos uma casa? - Perguntei, talvez esteja sendo muito emocionada e iludida com o nosso primeiro dia de relacionamento, mas não me importo agora.
Não estava vendo seu rosto. Não conseguia saber, mas tenho certeza que ele soltou um pequeno risinho ── Eu nunca posso pedir primeiro? Você sempre está à frente, Kenzie.
── Talvez eu esteja muito apressada. - Apoio meu cotovelo na cama e ergui o meu corpo para poder encará-lo
── Acho que não. - Disse, mas com certeza ele está mentindo pra mim.
── Foi você que me ignorou por anos, senhor inimigo da pressa. - Ironizei
── Eu tentei ignorar o fato de ser caidinho por você porque não era correspondido. - Corrigiu minha frase dando ênfase no "tentei"
── Mas é uma missão impossível não se apaixonar por mim, porque aqui estamos nós. - Sorri convencida, voltando a me deitar.
── Que bom que você sabe. - Sorriu de volta e apertou mais um pouco o meu corpo
Ficamos um pouco em silêncio, movi minha mão fazendo uma pequena trilha de seu cotovelo até as costas da mão e parei ali acariciando tranquilamente.
── Porque esse papo de planos se continuarmos vivos? - Minho perguntou quebrando o silêncio que se fez entre nós
── É uma forma de prometer não morrer e deixar o outro. - Falei. Esse é um medo recorrente que martela minha cabeça.
── Eu não vou te deixar. - Sua mão foi até a minha para apertar suavemente e eu me virei encostando o rosto em seu peitoral
── Então.. Eu também prometo. - Fechei os olhos para aproveitar o aconchego de estar em seus braços quentes e receptivos, eu não queria sair deles nunca mais.
Ficamos ali pelos seguintes minutos, até eu acabar pegando no sono daquele jeito, sentindo seus dedos acariciando meus cabelos com calma e delicadeza. Não tinha como não dormir.
Quando acordei, foi por sentir o asiático afastar o meu corpo dele e se levantar da cama, eu franzi as sobrancelhas vendo ele caminhar até a porta com cautela e com uma lanterna em mãos, pelo outro lado do corredor dava para ver que Thomas também saiu e os dois olhavam para o mesmo lado.
── O que foi, Minho? - Cochichei fazendo o mesmo olhar brevemente para trás
── Ouvimos barulhos estranhos. - Avisou saindo por completo junto de Thomas
── O que acha? Devemos ir ver? - O outro perguntou ao asiático
── Vamos dar uma olhada. - Minho começou a ir em direção ao fim do corredor e então Thomas seguiu ele, no entanto, eu ainda estou parada ali decidindo se também vou ou fico aqui.
Não faço ideia de quanto tempo eu dormi, mas já não me sentia tão cansada igual antes, então presumo ter sido uma boa quantidade. Olhei pela janela que notei ter na sala em que estava dormindo com Minho, isso me fez perceber que já está amanhecendo mesmo que ainda falte um pouco para a luz do dia sair por completo e clarear as coisas.
── Andem! Saiam da cama! - Newt estava em pé arrumando as coisas e acordando os garotos que resmungam ainda sonolentos ── Acabou a folga, seus preguiçosos.
── Diz isso pra Teresa. - Winston se sentou na cama julgando algumas coisas na mochila
── Credo, ela parece uma múmia dormindo. - O loiro comentou pela posição que a garota estava dormindo, com as mãos juntas na barriga e de busto para cima.
── Já viu múmias dormindo? - Perguntei rindo
── Em revistas. - Ele me olhou rindo ── O que deseja tomar de café da manhã, senhorita?
── Eu queria um banquete. - Desejei do fundo do meu coração
── Bom, só temos isso. - Ele me jogou um bolinho no ar e eu o peguei, vendo que havia apenas metade ── Consegui esconder isso no bolso da minha calça quando fugimos, então deve estar um pouco amassado.
── Mas é seu. - Murmurei quando o garoto parou no meio do corredor
── Relaxa, pode comer. - Sorriu fechado e eu me sentia como se estivesse tirando doce da mão de criança
Então abaixei o olhar lentamente para o pacote em minhas mãos e tirei o bolinho, partindo o pedaço no meio e entregando a outra metade para Newt que hesitou em aceitar, mas eu ergui mais ainda fazendo-o desistir e pegar o pedaço.
── Vamos achar alguma coisa por aí. - Comentei levando o pedaço até a boca e dando uma mordida pequena
── Espero mesmo. Não sabemos por quanto tempo essa viagem vai durar ou para onde vai nos levar.
── Espero que tenha resultados. - Guardei o pedaço que sobrou do meu pedaço de bolinho no bolso da jaqueta que tinha um zíper, e nesse momento meu olhar subiu novamente vendo que a luz do prédio foi ligada por alguém
── O que foi isso? - Newt questionou
── Provavelmente foram os dois. - Comentei e logo os outros três saíram da sala
── Seria muito bom podermos ficar nesse prédio só mais uma noite. - Alis comentou
── Aqui é seguro. - Teresa concordou saindo da sala enquanto ajeita a mochila nas costas
── Provavelmente aconteça alguma merda e não de pra ficar. - Assim que Caçarola fechou a boca ouvimos gritos que logo foram reconhecidos por nós como os de Minho e Thomas
Eles aparecem no fundo do corredor que sumiram antes correndo desesperados e gritando para nós ── Corram!
A mochila estava no balcão ao lado da porta então não pensei muito antes de pegar a mesma e segurar a mão de Newt, saímos correndo enquanto ouvimos grunhidos atrás de nós. Mesmo continuando a correr, curiosamente olhei para trás vendo os outros no acompanhar e logo atrás estamos sendo seguidos por cranks.
Então estes eram os mesmos grunhidos que havia ouvido quando Newt fez aquele barulho, eles provavelmente se confundiram com o barulho, mas devido aos meninos terem ido até eles aqui estamos nós correndo dos mortos vivos.
Descemos para o que poderia ser chamado de um antigo estacionamento, agora com destroços e mais cranks, continuamos vendo à nossa frente uma escada rolante que não cogitamos subir depressa.
Newt e eu ainda estamos de mãos dadas correndo enquanto puxamos um ao outro para que não fiquemos para trás, quando isso acontece um puxa o outro e assim vai, mas mesmo assim minha mente está preocupada com o asiático que esta logo atrás e ela pede para parar enquanto o corpo não obedece e continua correndo sendo puxado pelo loiro.
── Minho!? - Chamei o mesmo, meus olhos foram brevemente para trás e voltaram para não se equilibrar, então não consegui ver ele e isso me deixou nervosa.
── Estou logo atrás. Continua correndo! - Gritou de volta, ouvir sua voz me aliviou.
Passamos por um corredor e entramos em outro salão enorme, no outro lado havia uma porta de saída e é para lá que estamos correndo em direção. Newt acabou tropeçando em algo que estava em sua frente, automaticamente ele afrouxou seu aperto em minha mão e a soltou, mas eu voltei no mesmo instante para ajudá-lo a levantar.
Minho e Thomas nos alcançaram, os dois começaram a lançar cadeiras, do que parecia uma praça de alimentação, nos cranks enquanto ajudo Newt a se recompor pois parece que sua perna estava dolorida pela queda.
Assim que as coisas começaram a aumentar e um número maior aparecer, começamos a correr outra vez junto com o grupo. Por estarmos um pouco distantes deles, Teresa parou se certificando de que estamos alcançando o resto.
── Só tem um lugar pra ir agora. - Ela apontou a única entrada que tinha aberta, o resto eram portas trancadas e então corremos para o corredor que parecia mais estreito que os outros
Teresa foi a última a entrar enquanto eu ia em sua frente empurrando Newt que corria desajeitado por causa do pé, que provavelmente deu um jeito, saímos em uma escadaria e começamos a descer correndo.
Alguns cranks passam direto e acabam caindo direto entre aquela escadaria enorme, enquanto outros ainda estão atrás de nós.
── Galera, achei uma saída para fora! - Winston nos avisou, logo pode ver uma porta aberta e o garoto segurando ela para nós ── Apressem!
Estávamos indo bem até eu olhar para trás e ver Teresa passando um degrau e caindo no chão com tudo, o que fez a garota soltar um gemido de dor por ter seu corpo caindo com tudo. Revirei os olhos, poderia muito bem continuar e deixar ela se virar sozinha, mas pensei que ela só estava ali porque nos esperou entrar no corredor para poder seguir então voltei a ajudando.
── Você é uma tonta mesmo. - Reclamei segurando sua cintura e a puxando do chão, assim começamos a correr outra vez, para encontrar os garotos que já chegaram na porta.
Empurrei a garota para fora e no mesmo instante um crank caiu de cima bem do meu lado e de Winston, a coisa queria agarrar nossas pernas a qualquer custo, e conseguiu com a minha mas o garoto começou a chuta-lo.
── Merda! Merda! - Minho tentava me puxar enquanto Thomas me ajudava a chutar o crank ao mesmo tempo que meus olhos prestavam atenção nos outros se jogando da escada apenas para chegar mais rápido em nós
Quando aquilo finalmente largou da minha perna fez com que Minho e eu caísse com tudo no chão atrás de nós, a minha queda teve menos impacto pelo corpo do maior que resmungou de dor por ter suas costas em contato direto no piso duro em baixo dele. Os outros dois terminaram de trancar a porta com a ajuda de Newt e Caçarola enquanto eu me levantava e ajudo Minho a fazer o mesmo.
── Você está bem? - Ele checou a minha canela para se certificar de que não havia uma mordida
── Estou. - Respirava ofegante ainda tentando recuperar o fôlego para os meus pulmões
── Nós precisamos sair daqui antes que derrubem a porta. - Avisou Thomas se afastando da mesma tão cansado quanto o resto
── Ela não vai aguentar por muito tempo. - Newt seguiu-o e me olhou ── Não se machucou, né?
── Não. Ta tudo bem. - Sorri. Segurei a mão do asiático puxando-o para cima.
Começamos a caminhar pela estrada cheia de destroços, prédios e casas caídas, grande parte queimada e tudo destruído pela frente.
Minho e eu vamos de mãos dadas no nosso pequeno mundo particular enquanto os outros vão um pouco na frente.
── Espera. - Thomas parou fazendo com que todos parem para olha-lo ── Vocês ouviram?
Estava ouvindo um zumbido baixo que parecia ficar nítido a cada segundo que passava, franzi as sobrancelhas tentando distinguir o que seria aquilo e logo os meus subiram novamente para o moreno que também já descobriu.
── Corram. - Ele foi em uma direção e nós o seguimos rapidamente, entramos em um local que não conseguimos identificar de início.
Mas vi um balcão enorme, prateleiras com produtos de higiene e me aproximei vendo caixas de remédios, dentre outros produtos, uma placa enorme com uma propaganda que eu não consegui saber o que era por estar queimado e uma grande parte danificada.
── Como vamos chegar até o outro lado sendo seguidos pelos filhos da puta? - Minho questionou caminhando pelo local enquanto pegava coisas na mão por curiosidade
── Precisamos tomar cuidado. - Thomas suspirou arrastado
── Minha perna tá doendo. - Teresa reclamou se sentando em destroços, não consegui entender como aquelas pedras grandes foram parar aqui.
── Vamos descansar um pouco. - O Fedelho se abaixou em frente da namorada massageando suavemente o tornozelo dela
── Eu também. - Newt fingiu drama começando a mancar propositalmente
── Quer uma massagem? - Caçarola implicou
── Sai fora. - O loiro começou a andar normal
── Você quer? - Minho parou atrás de mim pousando suas mãos em cada ombro e iniciou uma massagem que me fez suspirar fechando os olhos de forma involuntária
── Cada vez mais sinto que estamos de vela. - Ouço a voz de Newt fazendo com que eu o olhe curiosa e vejo que Minho também fez
── Sente, é? - O asiático riu voltando a massagear meus ombros e então o loiro apontou em direção do fedelho e da sarue com o olhar ── Será que também estão..?
──Espera! - Newt chamou nossa atenção de volta para ele, do outro lado da prateleira, havia surpresa em sua expressão ── Vocês dois estão namorando?
── Estamos. - O garoto atrás de mim respondeu
── Então, todo aquele lance de não gostar da Kenzie era só uma paixão reprimida? - Indagou e eu olhei para trás " não gostar de mim? "
── Cala a sua boca antes que tenha picadinha de Newt pro jantar. - Minho ameaçou antes do mesmo abrir a boca para continuar
── Não gostava de mim? - Perguntei e ele me olhou pensativo
── Gostava. Eu sempre gostei de você.
── Mentira, você dizia que não suportava a, como era que você chamava ? Cabelo de cuia. - Implicou e eu arregalei os olhos com o apelido dado pelo asiático
── Cabelo de cuia? - Peguei nos meus próprios fios incrédula
── Olha, eu dizia que não gostava pra esse bando de fofoqueiro, - lançou um olhar fuzilado para Newt ── Não ficarem perguntando porque não queria ficar perto de você, mas você já sabe o motivo, né?
── Porque você era apaixonado pelo cabelo de cuia? - Newt voltou a provocar, rindo da minha cara agora.
── O seu cabelo era lindo pequenininho, tá bom? - Minho disse passando os dedos levemente pelo mesmo
── Eu sei que era. - Concordei ── Fico bonita com qualquer corte de cabelo.
Se existe uma coisa que eu amo, é me alto elogiar, e se alguém faz isso eu não posso perder a oportunidade de concordar.
── Mas o ponto alto disso tudo é que eu sempre fui o cupido que incentivou, então quando rolar um casamento, - Newt outra vez chamando nossa atenção ── Eu vou ser o padrinho principal!
── Pode deixar. - Soltei um riso
── Mas eai, será que estão namorando? - Minho apontou os dois com o olhar e nós olhamos também os outros que conversam baixinhos com sorrisos de gente boba ── Porque eles parecem bem próximos.
Abaixei o meu olhar por instante, me perguntando se eu também sorria igual bocó igual a garota está fazendo agora.
── Se não estão, devem estar paquerando porque os sinais são óbvios. - Comentei
Assim que o olhar dos dois nos encontraram, nos viramos rapidamente como se os olhos deles queimassem e tentamos disfarçar.
── Então, vocês já tomaram esse remédio? - Newt disfarçou erguendo uma caixa aleatória de remédio que ele viu primeiro
── Não lembro, mas provavelmente sou novo demais pra tomar isso. - Aris olhou envergonhado e Minho deu risada junto de Caçarola, Newt finalmente olhou para a caixa vendo o nome "Viagra"
── Pra que serve? - O loiro perguntou
── Um dia fui na enfermaria pela enxaqueca e perguntei, isso levanta defunto. - Minho respondeu com ironia e virou a caixa ── Vê se você lê o rótulo.
── Isso se não estiver corrompido. - Newt murmurou levando sua atenção para a caixa
Eu sei. Me lembro de metade das minhas memórias, então sei para que serve, mas não vou dizer isso a um bando de garotos.
── Winston, está tudo bem? - Perguntei vendo que em meio a conversa o mesmo está com sua atenção distante, como se estivesse em outro mundo ou medicado demais para ter reação.
── Sim.
── Você está pálido. - Newt tirou a atenção do rótulo para encarar o garoto
Ao ouvir isso, Thomas saiu de onde estava e caminhou com curiosidade até o moreno sentado em um canto do local, checando sua temperatura e nesse momento Winston se inclinou subindo o tecido da perna esquerda.
── Merda! - Newt exclamou, todos entram em desespero vendo a mordida que havia na perna de Winston.
── Foi na porta do prédio? - Perguntei parando em sua frente
── Não, eu caí antes e acabei sendo mordido. - Uma lágrima escorreu por sua bochecha e ele suspirou nos olhando outra vez ── Vocês não podem ficar aqui por mais tempo, não sei quanto tempo vai demorar até me transformar.
Ninguém sabia o que falar, estamos ao redor do garoto tentando raciocinar como aquilo pode se transformar tão rapidamente e estamos aqui nos despedindo do garoto que pedia para atirar em sua cabeça, mas ninguém tinha coragem.
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