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Prólogo: Uma noite muito longa

Heather respirou fundo — puxando o oxigênio com mais urgência do que deveria sem se importar muito com a queimação produzida pelo exercício de respiração forçado.

Suas unhas tamborilavam na mesa como uma sinfonia harmônica que denotava seu tédio prolongado. Após anos de estudos, horas perdidas de sono — que lhe renderam olheiras bem acentuadas — e uma extensa papelada, obteve sua licença para abrir seu consultório e, para ela, significaria um brilhante recomeço.

Esse era o plano, ao menos.

A medida que os dias passavam, que as semanas se transformaram em meses e meses em anos, Heather percebeu que faltava algo para que sua decisão fosse, de fato, satisfatoriamente completa. Nesse ínterim, cogitou procurar pessoas que passaram pela mesma experiência que ela para saber o que lhes ocorreu e se, no final, todos se recuperaram do trauma.

Se era única a...

— Por que estou tão vidrada nisso? — resmungou, fitando um velho porta retrato com uma foto de seu pai. — Acho que preciso de um tempo pra mim.

Fechou os olhos reflexiva.

Lembrou do pai que fora assassinado há um tempo, imaginando como teria sido suas vidas sem interferências e o contato com aquele lugar amaldiçoado.

Ele teria orgulho de mim agora?

Afugentou o crescente sentimento de saudade dolorida e se concentrou no ruído ininterrupto do ventilador de teto girando enfadonhamente. Grunhiu com o desconforto de seus músculos endurecidos pela tensão instintiva e que imploravam por um descanso adequado. Sequer sabia quando foi a última vez que dormira por mais de quatro horas e os efeitos em seu corpo já ficavam bem evidentes apesar de seus reflexos permanecerem inalterados. Desenvolveu sua intuição e seu senso de alerta para nunca sucumbir as suas fraquezas provenientes de uma debilidade física.

Bocejou.

Não podia se dar ao luxo de se entregar ao cansaço e novamente se aprisionar em um sonho terrível que durava todo o curso do seu sono, a drenando mais do que a própria insônia. Quando era mais jovem, em seus dezessete anos, costumava ter pesadelos um tanto frequentes: uns se resumiam a perseguições de uma entidade sem face e outras, mais claras e objetivas, a guiavam de volta a odiosa Silent Hill. Jurava que tinha superado essa fase sombria de sua vida, mas, aparentemente, os pesadelos e alucinações retornaram com mais intensidade.

Para seu desagrado.

Massageou levemente as pálpebras convencendo a si mesma a não ceder a sugestão de uma soneca que, subitamente, teve em meio as suas divagações.

Um click na porta a despertou de imediato, rompendo seus devaneios e fazendo-a levantar bruscamente da cadeira e posicionar a mão para um saque rápido de sua pistola de segurança em uma das gavetas. Nunca atiraria em ninguém as cegas tampouco usaria indiscriminadamente, porém, com o susto, operou no modo piloto automático e se preparou para atacar. Não se afastou da arma ao ver dois homens bem vestidos adentrarem o local com uma atitude um tanto suspeita. Devido a todo tipo de pessoa com quem já trabalhou, aprimorou sua visão e percepção da linguagem corporal e poderia interpretá-los nos detalhes mais mínimos sem que se dessem conta.

O mais baixo se aproximou mais confiante ao lado do rapaz de cabelo longo, apresentando as credenciais de agentes do FBI sem grandes pretensões.

— Senhorita Heather Mason, sou o agente Jones e esse é o agente Smith. — gesticulou de modo protocolar para o homem alto, seguindo com rigor o papel no qual interpretavam, insinuando que estava bastante habituados a utilizar dessa manobra. — Nós somos do FBI e...

— Corta esse papo. — interrompeu o discurso ensaiado, mirando a pistola para ambos que prontamente se surpreenderam com sua ação hostil. Detestava a ideia de ter que ferir outra pessoa e a simples possibilidade a assustava e lhe embrulhava o estômago, entretanto, era ela ou eles e precisava de uma garantia de defesa. — Conheço muito bem uma encenação só de olhar. Vocês não são agentes do FBI coisa nenhuma! Digam que são ou juro que atiro!

— Você nos pegou. — o homem mais baixo comentou com ar convencido e divertido, agora indiferente com a pistola direcionada a ele.

— Abaixe a arma e conversaremos melhor. — o de cabelo longo pediu em tom mais gentil e cauteloso. — Nós te diremos o que precisa saber.

— Vocês não estão em posição de fazer acordos! — rosnou, resistindo ao impulso quase irracional de atacá-los. — Agora, digam!  

— Tudo bem. — concordou, movendo as mãos como uma forma de apaziguar a situação. — Meu nome é Sam Winchester e esse é meu irmão, Dean. Viemos aqui a sua procura.

— Para que?

— Ouvimos rumores sobre um lugar chamado Silent Hill e nossas investigações nos levaram até você. — Heather enxergou sinceridade nas palavras de Sam, embora houvesse uma ínfima parte de si que temeu o que viria desse encontro. Lentamente abaixou a pistola, sem sair de sua zona de conforto.

— Se sabem o que é melhor pra vocês, esqueçam isso e não se envolvam com nada relacionado a Silent Hill. — aconselhou com um timbre ríspido. — Não sabem com o que estão mexendo e se querem continuar vivos, destruam toda evidência que os levem para lá.

— É justamente por sabermos onde estamos no metendo que viemos. — Dean retrucou com semblante jocoso como se tivesse plena consciência do que estava prestes a lidar. — Heather Mason, 24 anos, nascida em local não registrado. Filha única de Harry Mason, morto por circunstâncias desconhecidas e suspeito de assassinato.

Heather congelou abismada com o excesso de informações sobre si que os dois irmãos detinham. Ninguém perderia tempo procurando por alguém sem um motivo coerente e eles pareciam bem dispostos a interrogá-la se fosse necessário.

— Precisamos da sua ajuda. — Sam estava mais que certo em se voluntariar para persuadi-la a cooperar. — Heather, sei que isso não é fácil para você... Mas não tivemos escolha e é a única que pode nos oferecer respostas.

— Eu não posso... — se sentou derrotada, permitindo que os medos que acreditou estarem enterrados assim como seu passado retornassem com a força devastadora de um tsunami, engolfando-a em um terror sem fim. — Aquela cidade é o inferno na Terra.

— Confie em nós, Heather. Você tem a nossa palavra que estaremos do seu lado.

O olhar resiliente de Sam a agitou por dentro e, talvez, só talvez, sentiu que fosse o momento de contar para outra pessoa — além de Douglas.

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