Nova York, 29/07/2024

O som dos pesos ecoava pelo espaço da academia privada, onde Taylor Swift se encontrava completamente exaurida. Sua respiração era pesada, cada movimento puxava ao limite o pouco de energia que ainda restava em seu corpo. O rosto, pálido e coberto de suor, refletia não apenas o esforço físico, mas um cansaço muito mais profundo – aquele que o coração não consegue esconder. 

Fazia exatamente três meses que Taylor havia encerrado seu relacionamento de seis anos com Joe Alwyn. E mesmo agora, a dor da traição ainda queimava como uma ferida aberta. Ela havia descoberto que Joe estava envolvido com outra mulher, uma loira de curvas tão perfeitas que pareciam esculpidas à mão. O pensamento a consumia. "O que ela tem que eu não tenho?" Essa pergunta ecoava em sua mente como um mantra cruel. 

Desde então, Taylor havia se tornado ainda mais rígida consigo mesma, especialmente com sua aparência. A obsessão por atingir uma perfeição inalcançável a acompanhava em todos os momentos, tornando cada treino uma forma de autopunição. E, com a The Eras Tour prestes a retornar após uma pausa de dois meses, Taylor intensificava ainda mais seu esforço. A agenda frenética exigiria o máximo de seu corpo, e ela estava determinada a não demonstrar qualquer fraqueza – nem para o público, nem para si mesma. 

Mas naquele dia, enquanto puxava mais peso do que deveria, algo mudou. Um leve zunido tomou conta de sua cabeça, seus joelhos vacilaram e, antes que pudesse perceber, o mundo ao seu redor começou a girar. Largando os pesos com um estrondo, Taylor cambaleou até o vestiário. 

Agora ela estava destruída, chorando na academia. O silêncio do vestiário só tornava a solidão mais palpável, e, entre soluços abafados, ela se encarou no espelho. O reflexo era uma estranha. Olheiras profundas, olhos vermelhos, a expressão de alguém que carregava mais peso emocional do que físico. 

A The Eras Tour voltaria em uma semana. A pausa de maio a julho deveria ter sido um momento de descanso, mas ao invés disso, Taylor se afundara em trabalho, tentando preencher o vazio deixado por Joe e sua traição. Agora, ali, sentada no chão frio do vestiário, tudo parecia finalmente desmoronar. 

Ela fechou os olhos e inspirou profundamente, tentando sufocar a angústia que a consumia. "Levante-se," pensou. "Você já passou por coisas piores." Mas naquele momento, a dor parecia impossível de ignorar.

Kansas City

A academia estava em seu auge naquela manhã em Kansas City. O som de pesos caindo no chão e gritos de incentivo enchiam o ambiente, enquanto Travis Kelce, com um suor já escorrendo pela testa, finalizava mais uma série de supino. Ele respirou fundo, largando os pesos com um impacto controlado, e pegou a toalha para limpar o rosto. 

Patrick Mahomes, seu parceiro de treino e melhor amigo, observava com um sorriso malicioso enquanto ajustava a barra para sua própria série. 

-"Então, Kelce," Patrick começou, com um tom que Travis já sabia que era prenúncio de zoação. -"Ouvi dizer que aquela ruiva da festa da semana passada causou uma cena depois que você a dispensou." 

Travis arqueou as sobrancelhas, jogando a toalha em um canto enquanto ria. -"Ah, você ouviu isso, né? Cara, não foi minha culpa. Ela achou que tínhamos alguma coisa séria depois de dois encontros. Dois! Quando foi que as pessoas pararam de entender o conceito de diversão sem compromisso?" 

Patrick balançou a cabeça, prendendo o riso enquanto deitava no banco para começar a sua série. -"Sério, irmão, você atrai esse tipo de confusão como um imã. Talvez seja a sua cara de bom moço." 

Travis riu alto, cruzando os braços enquanto se apoiava na barra do equipamento. -"Cara de bom moço? Por favor. O problema é que elas não conseguem resistir a isso aqui." Ele apontou para si mesmo de maneira exagerada, piscando para Patrick. 

Patrick pausou no meio da sua repetição para olhar para Travis com uma expressão de falso desgosto. -"Você é tão humilde, Kelce, é comovente." 

Quando terminou a série, Patrick sentou-se no banco e olhou para o amigo com uma expressão mais séria, embora o tom de brincadeira ainda estivesse lá. -"Mas, sério, quando você vai sossegar? Você sabe que esse estilo de vida não dura para sempre, né? Uma hora, quando você menos esperar, vai aparecer alguém que vai te laçar. Alguém que vai fazer até o grande Travis Kelce ajoelhar." 

Travis bufou, pegando a garrafa d'água e dando um longo gole antes de responder. -"Cara, eu sou um espírito livre. Você, Ryan, todos vocês estão casados, presos em compromissos, responsabilidades... Eu? Eu estou vivendo minha melhor vida. Não preciso de ninguém me 'laçando'." 

Patrick riu, balançando a cabeça. -"É exatamente isso que um cara diz antes de cair de quatro. Pode anotar. Vai acontecer quando você menos esperar. Talvez em um lugar onde você acha que está seguro, com pessoas que você conhece há anos... Quem sabe?" 

Travis estreitou os olhos para o amigo, desconfiado. -"Isso é um aviso ou você está tentando ser vidente agora?" 

Patrick deu de ombros, um sorriso brincando nos lábios. -"Apenas estou dizendo. Quando acontecer, não diga que eu não avisei." 

Travis sacudiu a cabeça, rindo enquanto se afastava para ajustar os pesos em outro equipamento. -"Se isso acontecer, vou fazer questão de te ligar só para dizer que você estava errado. Mas não vai acontecer." 

Patrick deu uma risada alta. -"Você fala isso agora, irmão, mas o universo tem um senso de humor. Você não está preparado para o que vem aí." 

Travis ignorou o comentário, mas enquanto voltava ao treino, as palavras de Patrick ficaram ecoando na sua mente, mesmo que ele não quisesse admitir. -"Laçado pelo amor." Que piada. 

Pelo menos era o que ele achava.