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Capítulo 2

A casa estava lotada. 

Era impossível andar sem esbarrar em alguém, e Travis se perguntava como Brittany teve a coragem de chamar isso de um encontro discreto. As risadas altas se misturavam à música que vibrava nos alto-falantes, e o cheiro de álcool impregnava o ambiente. Garrafas de cerveja e copos de whisky estavam espalhados por todos os cantos, e, em cada cômodo, havia um pequeno grupo de pessoas conversando, rindo ou flertando. Algumas dessas pessoas ele conhecia, outras, não fazia ideia de quem eram. 

Travis estava encostado em uma das colunas da área externa, um copo de whisky na mão e uma expressão impassível no rosto. Para qualquer um que olhasse, ele parecia completamente relaxado, mas, por dentro, sua mente estava longe dali. Ele estava tenso. Mais do que gostaria de admitir. 

Faltavam cinco meses para o Super Bowl. 

Cinco meses pareciam muito tempo, mas para ele, não era. Ele sabia como a temporada passava rápido, como cada jogo era crucial, e como, a cada semana, a pressão aumentava. Ele já havia sentido essa adrenalina antes—tantas vezes que deveria estar acostumado—mas esse ano era diferente. A concorrência estava mais forte. Times novos estavam surgindo com um nível de jogo absurdo, jogadores jovens estavam dominando as estatísticas, e, pela primeira vez em muito tempo, Travis sentia uma incerteza incômoda se instalar no peito. 

Os Chiefs eram um ótimo time, e ele confiava na equipe, mas será que seria o suficiente? 

Ele odiava essa sensação. Não era alguém que lidava bem com dúvidas, e muito menos com a possibilidade de falhar. Desde que entrou na NFL, construiu uma carreira impecável. Se tornou um dos melhores tight ends da liga, quebrou recordes, ganhou títulos. Mas e se esse ano fosse diferente? E se eles não chegassem lá? 

Ele afastou o pensamento com um gole de whisky. 

— Você tem essa cara de quem tá calculando as estatísticas do Super Bowl na cabeça de novo. 

A voz de Patrick Mahomes surgiu ao seu lado, e Travis soltou um riso nasalado, sem negar. 

— Não posso evitar — murmurou. 

Patrick pegou uma cerveja em uma mesa próxima e deu um gole antes de se apoiar na mesma coluna que Travis. 

— Cara, relaxa. Ainda tem muito jogo pela frente. 

Travis soltou um suspiro, passando a mão pelo rosto. 

— Eu sei. Mas você já percebeu como esse ano tá diferente? Os Ravens estão mais fortes, os Dolphins têm um ataque ridículo e até os Bills voltaram a jogar bem. Sem contar os 49ers, que tão com sangue nos olhos. 

Patrick riu. 

— Então é isso que tá te preocupando? Eu achei que era outra coisa. 

Travis arqueou uma sobrancelha. 

— Tipo o quê? 

Patrick deu de ombros, um sorriso provocador nos lábios. 

— Não sei. Algo fora do futebol, talvez? 

Travis revirou os olhos. 

— Ah, por favor. 

— Só tô dizendo. Você tá tenso demais. Até Brittany comentou. 

— Brittany comenta de tudo. 

Patrick riu de novo, dando outro gole na cerveja. 

— Verdade. Mas dessa vez ela tá certa. Você precisa relaxar. Se distrair. 

Travis balançou a cabeça, olhando para a multidão ao redor. Se distrair. Era exatamente por isso que ele estava ali, não era? Ele não podia mudar nada agora. Não podia acelerar o tempo nem prever como a temporada iria acabar. Então, talvez fosse melhor apenas… desligar.
 

Ou pelo menos tentar. 

— Sabe o que vai ser divertido? — Patrick disse de repente, com um brilho travesso nos olhos. 

Travis estreitou o olhar. 

— Sempre fico preocupado quando você fala isso. 

— Relaxa, cara. Só tô dizendo que hoje vai ser interessante. 

Travis franziu o cenho. 

— Por quê? 

Patrick sorriu como se soubesse um segredo que Travis não sabia. 

— Porque Taylor Swift tá vindo. 

Travis congelou. 

O nome bateu nele como um soco no estômago, mas ele disfarçou, mantendo a expressão neutra. 

— Ela vem? — perguntou, tentando soar indiferente. 

— Aparentemente, sim. Brittany e Blake falaram que ela confirmou. Mas, pelo atraso, eu já não sei. 

Travis não respondeu de imediato. Apenas virou o resto do whisky no copo e sentiu a bebida queimar sua garganta. 

Taylor Swift. 

Ótimo. Porque era exatamente disso que ele precisava para relaxar, não é? 

Droga.

Travis passou a língua pelos lábios e girou o copo vazio nas mãos antes de soltar um suspiro e se dirigir até o bar improvisado montado na cozinha. A música estava alta, e as luzes da casa criavam uma atmosfera vibrante, cheia de energia. Ele deveria estar curtindo mais—como fazia em qualquer outra festa—mas, em vez disso, sua mente ainda estava presa na temporada, nos jogos futuros e, agora, em um problema ainda maior: aquela loira demoníaca estava vindo

Ele serviu outro whisky sem hesitar e virou a dose de uma vez, sentindo o calor da bebida descer por sua garganta. Foi só quando estava enchendo o copo de novo que percebeu a presença ao seu lado. 

Uma ruiva. 

Bonitinha, ele pensou. Cabelos ondulados caindo sobre os ombros, olhos verdes, um sorriso fácil nos lábios pintados de vermelho. 

— Você não para de beber sozinho, hein? 

A voz dela era doce, com uma pitada de diversão. Travis deu um meio sorriso, apoiando o cotovelo no balcão. 

— Difícil encontrar boa companhia por aqui. 

Ela riu, inclinando-se um pouco mais para ele, claramente interessada. 

— Bom, se precisar de uma, eu tô disponível. 

Travis lançou um olhar breve para ela. Normalmente, ele embarcaria nisso. Talvez a puxasse para perto, fizesse algumas piadas, testasse os limites do flerte até ter certeza de que ela iria para casa com ele no final da noite. Mas, agora? Ele não queria. 

Ele apenas sorriu de leve e ergueu o copo. 

— Vou lembrar disso. 

Sem esperar por uma resposta, virou-se e voltou para o centro da festa, onde encontrou Patrick e Jason rindo sobre algo. Ele chegou a tempo de ouvir Jason zombando do irmão. 

— Eu juro, cara, você tem que parar de sair de fininho. Toda festa você desaparece, e no dia seguinte aparece
com uma história nova. 

Travis revirou os olhos, bebendo mais um gole. 

— Eu não desapareço. 

— Você desaparece, sim — Patrick confirmou, rindo. — E se essa festa fosse mesmo pequena, como Brittany prometeu, não teria pra onde fugir. 

Travis bufou. 

— Falando nisso… — Ele olhou ao redor e encontrou Brittany próxima à área da piscina, conversando com Blake. Com um sorriso irônico, ele se aproximou, os amigos logo atrás. — Brit, preciso saber. Qual foi a sua definição de “encontro discreto”? 
Ela se virou para ele, já revirando os olhos. 

— Ai, cala a boca, Travis. 

— Não, sério — ele continuou, fingindo confusão. — Porque eu juro que quando você falou “só um fim de semana tranquilo entre amigos”, eu não imaginei algo que parece uma festa universitária. 

— Concordo. — Patrick ergueu a cerveja. — Isso aqui tá parecendo um casamento sem limites. 

— Nossa, vocês são muito dramáticos — Brittany rebateu, cruzando os braços. — Eu só convidei algumas pessoas a mais. 

— Algumas? — Jason arqueou uma sobrancelha. — Brit, tem gente aqui que eu nunca vi na vida. 

Brittany suspirou, balançando a cabeça. 

— Vocês são insuportáveis. 

Travis abriu a boca para retrucar, mas foi interrompido pelo som de um carro estacionando do lado de fora. 

A conversa parou. 

Blake foi a primeira a se virar para olhar a câmera de segurança que mostrava a entrada da casa. E então sorriu. 

— Ela chegou. 

Travis sentiu o peito se apertar antes mesmo de ver quem era. Mas, quando olhou para a tela, lá estava ela. 

Taylor Swift. 

Mesmo sem querer, seus olhos se prenderam na visão dela saindo do carro, ajeitando a bolsa no ombro antes de caminhar até a entrada. O vestido que ele tinha imaginado que ela usaria? Nada disso. Ela estava em uma saia vermelha curta, que abraçava suas curvas de um jeito criminoso, e um corset preto que deixava sua cintura fina e realçava seus seios fartos. 

Travis apertou a mandíbula, irritado consigo mesmo. 

Ela não tinha esse direito. O direito de aparecer assim e atrair toda a atenção para si. O direito de ser tão perfeita sem o menor esforço. 

Ele olhou para os outros. Brittany sorria, claramente satisfeita. Blake parecia aliviada. Patrick apenas observava, com aquele olhar que dizia “isso vai ser interessante”. 

E então Taylor entrou. 

O barulho da festa continuava, mas, para Travis, pareceu diminuir por um segundo. Todos os olhares recaíram sobre ela. 

Taylor pov:

A estrada à sua frente era um borrão de luzes, os postes iluminando o asfalto em intervalos regulares enquanto Taylor mantinha as mãos firmes no volante. O rádio tocava em um volume baixo—ela nem se importava com qual música estava tocando. Sua mente ainda estava presa nas últimas horas. 

Ela não deveria estar tão atrasada. 

Na verdade, se tudo tivesse saído como planejado, já estaria há pelo menos uma hora dentro daquela casa, um drink na mão, fingindo que nada estava fora do lugar. Mas não. Ela teve uma crise tão forte que, por um momento, sequer conseguiu sair do quarto. 

Só conseguia sentir o coração disparado, a respiração curta, os pensamentos embaralhados. 

Não conseguia dirigir. 

Não conseguia nem se mover. 

E, por um instante, quase ligou para Brittany e disse que não iria. Que tinha mudado de ideia. Que preferia passar o fim de semana como sempre passava quando se sentia assim: sozinha, encolhida debaixo das cobertas, permitindo que a escuridão a engolisse inteira. 

Mas, droga. Ela não queria fazer isso. 

Ela não queria passar o fim de semana chorando em um quarto escuro, odiando cada parte de si mesma por sentir tanto, por não conseguir controlar a ansiedade, por deixar que velhos fantasmas voltassem a assombrá-la. 

Então, ela respirou fundo. 

Passou o melhor batom vermelho que tinha. 

Colocou sua saia mais curta. 

Seu corset mais apertado. 

E foi. 

O GPS indicava que faltavam poucos metros para o destino. Quando virou na rua certa, foi impossível não notar a quantidade absurda de carros estacionados. Taylor franziu o cenho. 

— Não… — murmurou para si mesma, desacelerando o carro. — Brittany, você não fez isso. 

Mas Brittany tinha feito. 

Estacionou um pouco afastada da casa e observou a cena pela janela do carro. Havia gente demais. Música alta demais. Movimento demais. 

— Filha da puta — xingou, batendo as mãos no volante. 

Ela tinha dito que seria algo pequeno. Uma reunião tranquila, apenas entre amigos. Isso? Isso era praticamente um evento. 

Taylor jogou a cabeça para trás e respirou fundo, sentindo a irritação crescer. 

— Eu vou matar a Brittany — falou sozinha, como se alguém pudesse ouvi-la. — Não, sério. Eu vou matar aquela desgraçada. 

Mas, no fim, o que ela realmente fez foi soltar um longo suspiro e murmurar: 

— Ah, foda-se. 

Então, pegou sua bolsa, ajustou a saia e saiu do carro.

O cheiro de álcool e perfume caro invadiu seus sentidos assim que ela entrou na casa. O ambiente estava lotado, com pessoas por todos os lados, a maioria delas completas desconhecidas. 

Ela não estava com paciência para socializar. 

A música alta ecoava nas paredes, as luzes estrategicamente posicionadas davam um ar mais sofisticado à festa — porque Brittany nunca fazia nada sem um toque de glamour — e a energia do lugar era vibrante, como se cada pessoa ali estivesse exatamente onde queria estar. 

Exceto Taylor. 

Se fosse por ela, estaria em casa, sozinha, sem precisar lidar com esse tipo de coisa. Mas depois da crise de ansiedade que teve antes de sair de Nova York, ela sabia que não podia passar o fim de semana trancada no apartamento, chorando sozinha. Então ela colocou sua saia mais curta, seu corset mais apertado e veio. 

Agora, vendo o tamanho dessa maldita festa, estava se arrependendo. 

Ela avistou Brittany do outro lado do cômodo, rindo de algo que Patrick dizia. Sem perder tempo, marchou até lá, seus saltos ecoando pelo chão de madeira. 

— Brittany! — chamou, a voz carregada de irritação. 

A loira se virou com um sorriso radiante. 

— Tay! Você veio! 

— Me diz uma coisa… — Taylor cruzou os braços. — O que exatamente significa encontro pequeno e discreto pra você? Porque isso aqui parece um festival. 

— É, Britt, isso aqui tá parecendo um Coachella privado — Patrick comentou, rindo. 

Brittany revirou os olhos. 

— Vocês estão exagerando. É só uma reuniãozinha  animada. 

Taylor bufou. 

— Reuniãozinha uma ova. 

— Por que o atraso, aliás? — Brittany perguntou, estreitando os olhos. 

Taylor hesitou por um segundo. Não iria contar sobre a crise de ansiedade. 

— Trabalho — respondeu simplesmente. — Alguns imprevistos. Mas cheguei, e é isso que importa. 

Foi então que ela percebeu uma presença ao lado de Patrick. 

Seu corpo enrijeceu. 

O que esse cara está fazendo aqui

Travis Kelce segurava um copo de whisky, o corpo relaxado demais para o gosto dela, e aquele maldito sorriso de canto que ele sempre usava quando queria provocar. 

— Você tá reclamando do quê, Swift? — ele perguntou, inclinando a cabeça ligeiramente. — Se você não gostou da festa, pode ir embora. 

Taylor travou a mandíbula, sentindo a raiva crescer. 

— Nossa, que recepção calorosa — ironizou. — Sério, fiquei emocionada. 

— Isso foi um elogio? — Travis arqueou uma sobrancelha. 

— Óbvio que não. 

Patrick riu, olhando de um para o outro. 

— Vocês dois ainda se odeiam? 

— Eu não odeio ninguém — Travis falou com um falso tom angelical. — Só acho a Taylor insuportável. 

— O sentimento é completamente recíproco — ela rebateu de imediato. 

Brittany suspirou e olhou para Patrick. 

— Viu por que a gente não pode deixar os dois sozinhos no mesmo ambiente? 

— Isso aqui tá parecendo aqueles filmes de adolescente onde o casal principal briga antes de transar — Patrick comentou, rindo, e Travis fingiu engasgar com a bebida. 

Taylor soltou um riso sarcástico. 

— Ai, Patrick, você é hilário. 

— Obrigado, eu me esforço. 

Ela estreitou os olhos para Travis por mais alguns segundos antes de soltar um suspiro impaciente e virar de costas. 

— Eu vou beber. 

E saiu dali sem olhar para trás.

A cozinha era um refúgio temporário. 

Longe da multidão e do falatório incessante, ela finalmente conseguia respirar sem se sentir sufocada. Pelo menos por alguns segundos. 

A garrafa de rum já estava aberta quando Taylor começou a preparar um mojito. Colocou hortelã no copo, gelo, e despejou o líquido com precisão, como se estivesse fazendo algo meticulosamente importante. Talvez estivesse. Quem sabe um mojito bem feito não fosse a solução para todos os seus problemas? 

Ela já tinha espremido o limão quando duas figuras conhecidas surgiram ao seu lado. 

— O que estamos bebendo? — Blake perguntou, apoiando os cotovelos no balcão. 

— Veneno — Taylor respondeu, sem emoção, enquanto misturava o drink. 

Selena riu. 

— Pelo menos está fazendo isso com classe. 

— Sempre. 

Blake inclinou a cabeça, analisando-a com um olhar que Taylor conhecia bem demais. 

— Você tá com uma vibe meio… "vou encher a cara até esquecer o próprio nome". 

— Exatamente — Taylor respondeu, pegando um canudo e mexendo a bebida antes de dar um gole. 

— Alguma razão específica ou só uma sexta-feira normal? 

Taylor suspirou, já prevendo o rumo daquela conversa. 

— Digamos que não foi a melhor semana da minha vida. 

Selena trocou um olhar com Blake antes de encará-la com curiosidade. 

— Isso tem alguma coisa a ver com o infeliz cujo nome começa com "J" e termina com "oe"? 

Taylor revirou os olhos. 

— Ah, por favor. Vamos fazer um esforço coletivo para nunca mais mencionar esse nome? 

Blake sorriu. 

— Então ele ainda é um assunto proibido? 

Taylor pegou a garrafa de vinho e começou a abrir. 

— Não. Ele é um assunto morto. 

Selena ergueu uma sobrancelha. 

— Você sabe que está misturando mojito com vinho, né? 

Taylor deu de ombros. 

— Estou plenamente ciente. 

— Você também está plenamente ciente que amanhã vai acordar parecendo um zumbi, certo? 

— Eu já pareço um zumbi por dentro, então não faz muita diferença. 

Blake riu. 

— Ok, gótica suave. 

Selena cruzou os braços, analisando-a. 

— Pelo menos me promete que não vai fazer nenhuma besteira essa noite? 

Taylor pegou uma taça e serviu o vinho com calma antes de dar um pequeno gole. 

— O que exatamente você considera "besteira"? 

— Sei lá — Selena deu de ombros. — Transar sem camisinha e engravidar depois, brigar com o Kelce no meio da festa, pular na piscina de roupa, qualquer coisa desse nível. 

— Pra mim, só a parte do Kelce parece inaceitável — Blake brincou. — O resto parece bem divertido, tirando a parte de ficar grávida.

Selena riu, mas manteve o olhar atento em Taylor. 

— Só… se divirta, mas com responsabilidade, ok? Essa casa está cheia de gente bonita. Quem sabe você não encontra alguém interessante? 

Taylor deu um longo gole no vinho, fingindo ponderar. 

— Hm… ou eu posso simplesmente continuar bebendo até esquecer que essa festa está acontecendo. 

Blake suspirou. 

— Isso também é uma opção, eu acho. 

Taylor apenas sorriu de lado e virou a taça mais uma vez. 

A garrafa de vinho desapareceu sem que Taylor percebesse. 

Bom, talvez ela tivesse percebido um pouco. 

O calor subindo pelo seu corpo, a leveza nos membros, o riso fácil que escapava dos lábios—todos eram sinais óbvios de que já estava soltinha. Mas ela não se importava. Estava ali para esquecer. Para se divertir. 

E então, como se a playlist tivesse lido sua mente, a batida envolvente de One Dance começou a ecoar pela casa. 

"Baby, I like your style."

Taylor sorriu. 

Sem hesitar, caminhou até a pista de dança improvisada, onde um grupo já se movia ao ritmo da música. Seu corpo entrou no compasso com facilidade, os quadris balançando no tempo exato, as mãos subindo pelos cabelos antes de descerem suavemente. 

Ela sabia dançar. E sabia que estava chamando atenção. 

E foi nesse momento que esbarrou em alguém. 

— Opa! — A voz masculina soou próxima. 

Taylor virou o rosto e encontrou um desconhecido—alto, moreno, bonito. Um sorriso travesso se formou nos lábios dele ao perceber quem estava diante de si. 

— Meu Deus — ele brincou. — Esbarrei na Taylor Swift. Isso significa que agora eu sou uma letra de música? 

Taylor soltou um riso rouco, já solta demais para se incomodar com o comentário. 

— Depende… você canta bem? 

Ele riu, aproximando-se instintivamente. A música continuava preenchendo o ambiente, e antes que percebesse, Taylor já estava se movendo ao lado dele. 

Não, com ele. 

A dança começou casual, apenas dois corpos no mesmo ritmo. Mas então, quando a batida ficou mais intensa, ele encostou as mãos na cintura dela. 

E foi aí que Taylor sentiu o olhar. 

Queimando

Ela já sabia de quem era. 

Mas não olhou. 

Em vez disso, sorriu para o desconhecido e deslizou as mãos pelo peito dele, seguindo o ritmo da música. 

As mãos do homem desceram um pouco mais, apertando sua cintura com mais firmeza. Taylor permitiu. 

Ela não costumava dançar assim com estranhos. Mas agora? Agora ela sentia os olhos de Travis Kelce sobre ela, cada vez mais intensos. 

E, por algum motivo, isso fez com que pressionasse ainda mais o corpo contra o do desconhecido. 

O jogo estava apenas começando.

Travis estava bebendo mais do que deveria. 

Mas quem poderia culpá-lo? 

Ele não tinha um problema com álcool. Ele tinha um problema com ela.

Taylor Swift estava no meio da pista de dança, completamente entregue ao ritmo, e ele sentia a raiva fervilhar dentro de si. 

Aquele maldito corset. Aquela maldita saia. 

Travis apertou o copo de whisky na mão, os olhos presos na forma como os quadris dela se moviam, como se desafiassem qualquer lei da física. Ele já sabia que Taylor sabia dançar—claro que sabia. Mas vê-la ali, assim, era uma provocação direta ao seu autocontrole. 

Ele deveria desviar o olhar. Deveria

Mas então ele viu o cara. 

O desconhecido se aproximou e Taylor não recuou. 

Ao contrário, ela sorriu. 

E então eles estavam dançando juntos. 

Travis sentiu o peito esquentar de um jeito irritante. Seu maxilar se contraiu quando viu as mãos daquele cara descerem pela cintura dela. 

O que caralhos ele achava que estava fazendo

E o pior—o pior mesmo—era que Taylor parecia gostar. Ela inclinava o corpo para ele, os dedos deslizando pelo peito do sujeito como se estivesse explorando o território. 

Travis apertou a mandíbula. 

Ele odiava esse jogo. Odiava.

E mais do que isso, odiava a sensação no seu próprio corpo—o aperto no estômago, a tensão nos ombros, o jeito ridículo como queria atravessar aquela pista e arrancar aquele maldito sorriso do rosto do desconhecido. 

Mas ele não ia fazer isso. 

Porque era burro, mas não tão burro. 

Ele inspirou fundo, virando o resto do whisky de uma vez só, como se isso fosse ajudar a apagar a cena à sua frente. 

Era Taylor.

Ele a odiava. 

E ele definitivamente não tinha nada a ver com quem ela escolhia transar. 

A música acabou. 

Taylor se afastou do cara sem olhar para trás, saindo da pista de dança e caminhando na direção oposta da festa. 

Travis a observou desaparecer pela porta que levava para fora da casa. 

E então, antes que pudesse pensar direito, seu corpo já estava se movendo. 

Ele seguiu.

A noite estava quente, e a brisa leve que vinha da piscina não fazia nada para aliviar o calor no peito de Travis. 

Taylor estava ali, parada perto da borda da água, os braços cruzados sobre o corpo, observando alguma coisa que ele não conseguia discernir. O reflexo das luzes tremulava na superfície da piscina, mas o olhar dela parecia fixo, perdido em algo além dali. 

Travis sabia que deveria voltar para dentro. Ignorar. Deixar pra lá. 

Mas já era tarde demais para isso. 

— Eu não sabia que você tinha o costume de fugir das próprias festas, Swift.

Taylor girou lentamente o corpo, virando-se para ele. A expressão era impassível, mas os olhos... Os olhos brilhavam, e Travis não tinha certeza se era pela bebida ou por alguma outra coisa. 

— Eu não sabia que você tinha o costume de me seguir, Kelce. 

Ele riu, um som rouco e carregado de ironia. 

— Não se iluda. Eu só queria garantir que você não fosse parar dentro da piscina com essa quantidade absurda de álcool no sangue.

Taylor ergueu a sobrancelha, inclinando a cabeça levemente para o lado. 

— Que atencioso da sua parte. Quase me convenceu de que se importa.
 

Travis a analisou por um instante, os olhos percorrendo seu rosto antes de caírem para a saia vermelha que agora parecia ainda mais curta sob as luzes suaves da área externa. 

Ele molhou os lábios. 

— Você está bêbada.

— E você também.

— A diferença é que eu sei o que estou fazendo.

Taylor sorriu. Um sorriso enviesado, malicioso. 

— E eu não sei?

Travis respirou fundo. O ar parecia denso, pesado. Ele deu mais um passo, e outro, até estar perto o suficiente para sentir o cheiro dela—vinho, hortelã, e alguma coisa absurdamente doce que só podia ser ela. 

— Você realmente acha que dançar daquele jeito, com aquele cara, foi uma boa ideia?

Taylor piscou lentamente, como se estivesse absorvendo as palavras. 

— Por que não seria?

— Porque eu quase quebrei o copo na minha mão.

O sorriso dela se alargou, e então, de propósito, ela umedeceu os lábios. 

— Ciúmes, Kelce

Travis apertou a mandíbula, os músculos de seu pescoço tensionando. 

— Não se ache tanto, Swift. Você não tem esse poder.

Ela deu um passo à frente, e Travis percebeu tarde demais que havia caído exatamente no jogo dela. 

A ponta do corset roçou contra a camisa dele, e por instinto, sua mão desceu para a cintura dela. 

Taylor não recuou. 

Não piscou. 

Não fraquejou. 

— Tem certeza? — ela sussurrou. 

A respiração de Travis falhou por um milissegundo. 

Perigoso. 

Isso era perigoso. 

Ele sentiu os dedos dela tocarem sua camisa, e seu próprio corpo reagiu antes que sua mente pudesse processar a estupidez daquilo. 

As mãos dele apertaram a cintura fina. 

O calor dela contra seu peito foi o suficiente para fazê-lo esquecer do mundo. 

— Absoluta.

A voz saiu mais rouca do que ele pretendia. 

Taylor inclinou o rosto, os lábios quase roçando o maxilar dele. 

— Então por que você está tremendo?

Travis cerrou os dentes. 

Ele ia beijá-la. 

Ou empurrá-la na piscina. 

Ou talvez ambos.

A respiração de Travis estava pesada, e ele sabia que não era apenas por causa da bebida. Era ela. Sempre ela.

Taylor ainda estava ali, os olhos brilhando sob as luzes fracas da piscina, os lábios entreabertos em um meio sorriso cheio de malícia e provocação. 

— Você está brincando com fogo, Swift.

Ela ergueu uma sobrancelha, inclinando a cabeça levemente para o lado. 

— Que conveniente... porque eu adoro uma chama.

Travis sentiu o próprio autocontrole se esvair. 

Ele podia recuar. Podia dar um passo para trás, dizer alguma besteira sarcástica e acabar com aquilo ali mesmo. 

Mas ele não queria recuar. 

Ele queria ela.

Ele disse foda-se para todas as consequências, e tomou seus lábios com um beijo firme, faminto, intenso. 

Taylor arfou contra sua boca, mas não recuou. Pelo contrário, ela se entregou ao beijo com a mesma necessidade avassaladora. 

O encaixe foi perfeito, como se suas bocas já soubessem exatamente o que fazer, como se aquilo fosse algo inevitável, algo que deveria ter acontecido muito antes. 

Travis a puxou para mais perto, seu peito firme contra os seios fartos dela, sentindo cada curva do corpo feminino contra o seu. 

Uma de suas mãos subiu até os cabelos loiros dela, segurando-os com firmeza, enquanto a outra deslizou para baixo, apertando sua bunda com força. 

Taylor soltou um gemido contra seus lábios, e Travis quase perdeu completamente a cabeça. 

Ela arranhou seu peito por cima da camisa e levou a outra mão para sua nuca, puxando seus cabelos curtos com um pouco mais de força do que o necessário, e aquilo apenas serviu para deixá-lo ainda mais excitado. 

Ele mordeu o lábio inferior dela, e Taylor gemeu de novo, sem qualquer pudor. 

Quando finalmente se separaram, os dois estavam sem fôlego. 

Os olhos de Taylor estavam escuros, dilatados pelo desejo, e os de Travis não estavam muito diferentes. 

— Eu deveria me arrepender disso. — a voz dele saiu rouca, baixa, carregada de algo que ele não queria nomear. 

Taylor lambeu os próprios lábios, ainda respirando com dificuldade. 

— Então se arrependa amanhã. Eu não vou me importar.

Travis riu, um som grave e perigoso. 

— Você é mesmo um problema, Swift.

— E você tem um talento especial para se meter em problemas, Kelce.
 

Os dois se encararam por alguns segundos. O suficiente para que a tensão crescesse, para que a decisão fosse tomada sem necessidade de mais palavras. 

Ele segurou o rosto dela com uma das mãos, os polegares roçando sua mandíbula. 

— Tem certeza?

Taylor não hesitou nem por um segundo. 

— Tenho.

Travis segurou sua mão e a puxou para dentro da casa. 

Eles precisavam encontrar um quarto. E precisavam encontrar agora.

...

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