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Há coisas sobre nós mesmos que só aprendemos quando deixamos alguém se aproximar de verdade. — Ahren Schreave, autora de A seleção.
♥︎
Depois da pequena discussão que tive com minha mãe hoje mais cedo, parecia que ela queria esquecer o desentendimento. Nós nunca formos uma família tradicional, do tipo que janta juntos ou comemora datas comemorativas. Mas hoje, minha mãe queria dar um fim a isso.
— Vamos Luana e Diego. — minha mãe nos chama para nos sentarmos a mesa.
— O cheiro tá bom — Diego diz se servindo do macarrão com almôndegas que nossa mãe havia feito. Ela não era do tipo cozinheira, mas fazia comidas maravilhosas quando se dedicava.
— Que pena que o Cheiroso não esta aqui. — mamãe diz enquanto se servia. — me contem as novidades. — ela diz sorrindo enquanto enrolava macarrão em seu talher.
Diego e eu nos entre olhamos e dermos de ombro.
— Ah, sei lá mãe. — Diego comenta com a boca cheia.
— Já sabe quando irá ingressar na universidade? — Pergunta.
— No próximo semestre, finalmente. — meu irmão diz e eu me encho de orgulho. Depois de tanto esforços, ele finalmente conseguiu.
— Fico tão feliz por você irmão. — digo alegre.
— E quanto ao emprego de entregador? — ela voltar a tocar no assunto, reviro os olhos e mastigo minha comida.
— O que é que tem?
— Agora que você conseguiu não precisa mais desse emprego. — e lá vamos nós... — Você precisa de um trabalho a sua altura meu filho.
— E qual seria um trabalho a minha altura? — Meu irmão para de comer e encara a nossa mãe como se não acreditasse — Você nunca vai ficar feliz por mim né?!
— É claro que estou feliz por você Diego, eu só quero que você arrume coisa melhor e... — Diego se levanta com bastante raiva e aponta o dedo na cara da minha mãe.
— Por isso que o pai nunca tá em casa — Diego diz — deixamos de ser uma família feliz a muito tempo, você é insuportável mãe. Nunca tá satisfeita com nada e nem ao menos pode ficar feliz só um pouquinho por mim. — Diego dá as costas e caminha em direção à porta do quintal. Corro atrás dele e pergunto para onde ele vai — Preciso esfriar minha cabeça Lua.
— Por favor, não vai. — digo e me agarro com meu irmão. — a mamãe é assim mesmo, não liga pra ela.
— Se eu ficar, irei enlouquecer. — Diego deposita um beijo rápido no topo da minha cabeça e monta na sua moto. — Não se preocupe voltarei cedo. E parte acelerando sua moto pelas ruas.
Vejo Lucas na varanda de sua casa e ando até ele, ele brincava com seu cachorro Francisco enquanto eu cheguei.
— Problemas no paraíso? — Lucas pergunta enquanto jogava a bola para seu cachorro. — Desculpe não queria ter ouvido.
— Tudo bem — respondo e me sento ao lado — desde que minha mãe veio passar uns dias de folga em casa, as coisas entre ela e meu irmão não andam muito bem.
Com o passar dos anos, me acostumei com a ausência dos meus pais e ter somente o meu irmão para recorrer quando as coisas piorassem.
— Nunca vou entender o que você passar. — Diz sincero — mas posso te ouvir se precisar de alguém para desabafar. — Lucas estava mesmo falando a verdade, e embora eu o conhecesse tão pouco, me sentia a vontade perto dele.
Quando eu olho para ele, ele já está olhando pra mim. Lucas segurou minha cabeça atrás da nuca e brincou com nossos narizes. — o que você tá fazendo comigo? — ele pergunta, sem querer, deixo uma risada escapar. Ele não poderia estar sentindo o mesmo por mim.
— Você é apaixonado pela Gabriela. — ele inclina seus lábios para os meus e me beija, me fazendo ter dúvidas quanto a isso.
Estou me entregando a ele e isso me assusta, não quero ter meus sentimentos arruinados quando essa história terminar. Lucas para o beijo com alguns selinhos sem desgrudar nossas testas, ele me olha por um momento e diz. — Meus sentimentos estão confusos, nunca me sentir desse jeito.
— Que jeito?
— Prestes a afundar.
Fecho meus olhos e apenas sinto seu perfume exalar minhas narinas, Francisco retorna com a bola e se deita no colo de Lucas. Francisco era da Pitbull, bastante amoroso e brincalhão.
— Por que Francisco? — pergunto e acaricio a cabeça do cachorro.
— Não sei — Lucas sorrir olhando para a rua — na verdade foi o meu pai que escolheu.
Claro, senhor Green adorava colocar nomes exóticos nos bichos. Lucas me beija mais uma vez e eu resolvo voltar para casa para amenizar a situação quando meu irmão chegasse.
— Te vejo depois. — digo e prestes a me levantar e Lucas novamente me puxar para o seu colo, fazendo Francisco pular.
— Só mais um beijo. — ele diz.
Nossos lábios se tocam novamente, sua boca é tão macia que passaria horas apenas o beijando. Sua língua invande minha boca, e Lucas agora está com as mãos agarradas em meus cabelos me puxando para ainda mais perto de si.
— Eu preciso ir— sorrio e distribuo inúmeros selinhos em seus lábios.
Me levanto e sigo de volta para minha casa, ao entrar vejo que a mesa de jantar agora estava arrumada. E minha mãe assistia tv, ela me olhou assim que cheguei e rapidamente tirou os olhos de mim de volta para a televisão
— Quando seu irmão voltar, terei uma conversa séria com ele. — diz ainda olhando para a tv — onde já se viu, me responder daquela maneira.
O telefone fixo da cozinha toca, dou graças a Deus por ser tirada dessa conversa chata.
— Alô? — atendo e um mulher do outro lado da linha fala.
— É da casa do Diego Martins Fonseca? — ela pergunta.
— Sim, meu irmão está aí? — pergunto e ouve um momento de silêncio da parte dela.
— Aqui é do hospital barão de areias, achamos o número da residência nos pertences de seu irmão. — a moça diz tão calmamente que eu desejei matá-la — Seu irmão no momento está em cirurgia e irá demorar algumas horas para sair de lá. — às lágrimas nesse momento caem, e me bate um desespero e medo de perder meu irmão.
— Estou indo pra ir agora. — Não espero que a moça termine de falar e saio correndo até minha mãe para falar com o que aconteceu. — Diego sofreu um acidente e tá no hospital. — mamãe me olha ligeiro e se levanta assustada.
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Oi gente, hj é meu aniversário KKK 27/05
Irei postar uma foto no insta e quero todo mundo me desejando parabéns, hj eu mereço! Kk
@EU.GABX
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