001
001 - Finalmente capítulo novo para vocês! Animados?
002 - Qual vocês acham que vai ser a casa da Dahlia?
003 - Se alguém quiser fazer graphics para essa fanfic, eu super aceito.
DAHLIA IMAGINAVA MUITAS COISAS sobre as cartas que seus pais estavam escondendo, mas em nenhum momento, ela considerou que toda aquela coisa de magia era real e que existiam bruxos.
Rubeus Hagrid era um homem grande, parecendo assustador no primeiro momento, mas depois que você o conhecia, percebia que ele era uma pessoa incrível. Ele havia trazido um bolo de aniversário para Harry, que havia sido amassado durante a viagem, mas que ainda tinha um ótimo gosto.
Ele falava sobre coisas estranhas, sobre Hogwarts e outras coisas que Dahlia e Harry não tinham a mínima noção do que deveria significar.
— Me desculpe, mas continuo sem saber realmente quem você é.
O gigante tomou um grande gole de chá e limpou a boca com as costas da mão.
— Me chame de Rubeus, é como todos me chamam. E como lhe disse, sou o guardião das chaves de Hogwarts, vocês sabem tudo sobre Hogwarts, é claro.
Harry e Dahlia trocaram um olhar confuso.
— Então...
— Ah, não – completou Harry, ao perceber que a prima não sabia como responder aquilo.
Hagrid pareceu chocado, o que fez os dois jovens considerarem que haviam dito ou feito algo errado, Dahlia imediatamente fez uma careta.
— Desculpa! — ela disse, rapidamente — A gente não queria ofender você.
— Sinto muito — Harry apressou-se a dizer.
— Vocês estão se desculpando? — vociferou Hagrid, virando-se para encarar os Dursley, que tinham recuado para as sombras. — Eles é que deviam sentir muito! Eu sabia que vocês não estavam recebendo as cartas, mas nunca pensei que nem ao menos sabiam da existência de Hogwarts! Harry, você nunca se perguntou onde foi que seus pais aprenderam tudo?
A confusão brilhava no rosto de Dahlia e Harry.
— Tudo o quê?
— TUDO O QUÊ? — berrou Hagrid — Ora, espere aí um segundo!
Ele se levantou em um salto, parecendo muito grande e assustador, o que fez com que a garota se escondesse atrás do primo.
— Vocês vão querer me dizer — rosnou para os Dursley — que este menino, este menino! não sabe nada, de NADA?
Dahlia fez uma careta.
— Ele acha que você é analfabeto, por acaso? — ela sussurrou, indignada.
— Eu não sou um analfabeto! — Harry rapidamente retrucou — E minhas notas não são ruins, eu sei matemática, inglês, literatura...
Hagrid dispensou-o com um abano de mão e disse:
— Do nosso mundo, quero dizer. Seu mundo, mundo da Dahlia, meu mundo. O mundo dos seus pais — ele tentou explicar e acabou se atrapalhando.
— Que mundo?
O gigante parecia prestes a explodir.
— DURSLEY! — urrou ele.
Vernon estava pálido, Dahlia percebeu que aquela era a primeira vez que via seu pai com medo de alguma coisa.
— Mas você deve saber quem foram sua mãe e seu pai — Hagrid continuou, indignado — Quero dizer, eles são famosos. Você é famoso.
— Quê? Meu pai e minha mãe eram famosos?
Dahlia franziu a testa, cada vez mais confusa.
— Hã, a minha mãe disse que o tio James era uma pessoa horrível e que afastou a tia Lily da família, os dois morreram em um acidente de carro e a culpa foi do tio James — ela disse, lentamente — Nunca ouvi que eles eram famosos.
Hagrid arregalou os olhos e ficou ainda mais vermelho.
— Sua mãe disse o quê? — ele perguntou, correndo os dedos pelos cabelos, então encarou Harry, perplexo — Você não sabe quem é?
Vernon repentinamente teve um surto de coragem.
— Pare! Pare agora mesmo — ordenou, furioso — Eu o proíbo de contar qualquer coisa aos dois!
Um homem mais corajoso do que Vernon Dursley teria se intimidado com o olhar furioso que Hagrid lhe deu; quando Hagrid falou, cada sílaba tremia de raiva.
— Você nunca contou? Nunca contou o que Dumbledore deixou escrito naquela carta para ele? Eu estava lá! Eu vi Dumbledore deixar a carta, Dursley! E você escondeu dele todos esses anos? Você não pensou que a sua filha também poderia acabar se tornando uma de nós?
Harry e Dahlia trocaram outro olhar.
— Escondeu o que de mim? — perguntou Harry, ansioso.
— PARE! EU O PROÍBO! – gritou Vernon em pânico.
Petúnia deixou escapar um grito sufocado de horror, Dahlia imediatamente deu um passo na direção da mãe, que se afastou como se ela fosse um bicho venenoso.
— Mãe, a senhora está bem?
O coração de Dahlia doeu quando sua mãe se recusou a lhe encarar.
— Ah, isso é ridículo! — Hagrid bufou — Harry e Dahlia, vocês dois são bruxos.
O casebre mergulhou em silêncio. Ouviam-se apenas o mar e o assobio do vento enquanto os dois jovens encaravam o gigante em choque.
— Eu sou o quê ? – ofegou Harry
— Eu acho que isso é um sonho muito estranho — Dahlia murmurou.
— Vocês são bruxos, é claro — repetiu Hagrid recostando-se no sofá, que gemeu e afundou ainda mais — e bruxos de primeira, eu diria, depois que receberem um pequeno treino. Com bruxos tão talentosos quanto James e Lily na família, o que mais vocês poderiam ser? E acho que já está na hora de lerem as suas cartas.
Harry e Dahlia estenderam a mão para finalmente receberem o envelope meio amarelo, endereçado em tinta verde para o Sr. Harry Potter e outro para a Srta. Dahlia Dursley. O Soalho, Casebre-sobre-o-Rochedo, O Mar. Eles sabiam que o conteúdo era igual de ambas, então pegaram qualquer uma para ler.
ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS
Diretor: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)
Prezado Sr. Potter,
Temos o prazer de informar que V. Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começa em 1 de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
Atenciosamente, Minerva McGonagall
Diretora Substituta
Dahlia e Harry se encararam em choque, nenhum dos dois sabia exatamente o que dizer, então a garota arregalou os olhos.
— O que querem dizer com "estão aguardando a minha coruja"? — ela perguntou, nervosa — Ai meu Deus, se a gente não enviar uma coruja, não vamos poder ir para a escola?
— Gárgulas galopantes! Isto me lembra uma coisa — disse Hagrid, batendo a mão na testa com força suficiente para derrubar um cavalo, e de outro bolso interno do casaco tirou uma coruja, uma coruja de verdade, viva, meio arrepiada, uma longa pena e um rolo de pergaminho. Com a língua entre os dentes, ele rabiscou um bilhete que os dois jovens conseguiram ler de cabeça para baixo:
"Prezado Sr. Dumbledore, Entreguei a carta a Harry e Dahlia. Vou levá-los amanhã para comprar o material. O tempo está horrível. Espero que o senhor esteja bem. Hagrid."
Hagrid enrolou o pergaminho, entregou-o à coruja, que o prendeu no bico, depois ele foi até a porta e lançou a ave na tempestade. Quando voltou, sentou-se como se aquilo fosse tão normal quanto pegar o telefone.
— Onde é que eu estava? – disse Hagrid, mas, naquele momento, Vernon, ainda cor de cera, mas parecendo muito furioso, adiantou-se até a luz da lareira.
— Eles não vão – falou.
Hagrid resmungou.
— Eu gostaria de ver um grande trouxa como você impedi-los — respondeu.
— Um o quê? — Dahlia perguntou, não se sentindo confortável da maneira que o gigante estava chamando seu pai.
Ele deve ter percebido isso, pois suspirou.
— Um trouxa — explicou Hagrid — é como chamamos gente que não é mágica como nós. E vocês tiveram o azar de serem criados na família dos maiores trouxas que já vi na vida.
Dahlia cruzou os braços.
— Sabe, eles ainda são meus pais — ela murmurou, parecendo triste — podem ter todos os defeitos do mundo, mas... Eles ainda são os meus pais.
Hagrid sentiu pena da garota, ele sabia que ela não tinha culpa de ser filha dos Dursley, enquanto olhava para ela, o gigante percebeu que era impossível olhar para ela e não lembrar-se de Lily. As duas eram estranhamente parecidas.
— Juramos quando o aceitamos que poríamos um fim nessa bobagem — disse Vernon — juramos que erradicaríamos isso nele. Agora você vem até aqui e diz que a nossa filha, a minha princesinha, também é uma.
— Você sabia? — perguntou Harry — Você sabia que sou um... bruxo? E que Dahlia também era?
Petúnia olhou para o teto, parecendo que ia desabar em lágrimas.
— Sabia! Claro que sabíamos sobre você, como poderia não ser, a maldita da minha irmã sendo o que era? Ah, ela recebeu uma carta igual a essa e desapareceu, foi para aquela... aquela escola... e voltava para casa nas férias com os bolsos cheios de ovas de sapo, transformando xícaras em ratos. Eu era a única que a via como ela era... um aborto da natureza! Mas para minha mãe e meu pai, ah não, era Lílian isso e Lílian aquilo, tinham orgulho de ter uma bruxa na família!
Ela parou para suspirar profundamente e aí continuou seu discurso. Parecia que estava querendo dizer aquilo havia anos.
— Então ela conheceu Potter na escola e eles saíram de casa, casaram e tiveram você, e é claro que eu sabia que você ia ser igual, esquisito, anormal, e então ela vai e me faz o favor de se explodir e nos deixar entalados com você! — ela disse, furiosa — E agora a minha filha também se tornou uma, eu passei todos esses anos rezando para que meus filhos não fossem como a maldita da minha irmã! Eu me recuso a ter uma filha bruxa!
Harry ficou branco enquanto Dahlia estava quieta, com lágrimas silenciosas escorrendo pelo seu rosto.
— Se explodir? Você me disse que eles morreram num acidente de carro!
— ACIDENTE DE CARRO! — rugiu Hagrid, erguendo-se com tanta raiva que os Dursley voltaram correndo para o canto da sala. — Como é que um acidente de carro poderia matar Lily e James Potter? Isto é um absurdo! Um escândalo! E Harry Potter não conhecer a própria história, quando qualquer garoto no nosso mundo conhece o nome dele!
No final, Dahlia e Harry acabaram indo embora com Hagrid.
A garota até havia tentado se despedir dos pais, mas eles sequer olharam para ela, como se a garota fosse um bicho imundo que não merecesse atenção.
Harry estava feliz por finalmente conseguir se livrar dos Dursley, mas ao mesmo tempo, ele estava triste por Dahlia, que havia tido o seu coração quebrado pela família que sempre a amou.
Quando chegaram no local onde passariam o resto da noite, a garota chorou até adormecer.
"Chá doce no verão
Jure que não dirá a ninguém"
DAHLIA DURSLEY SE SENTIA UMA ESTRANHA dentro da própria casa, depois que o gigante Hagrid levou a dupla para comprar seus materiais escolares em um lugar chamado Beco Diagonal, Dahlia e Harry voltaram para a casa da família Dursley e foi a pior sensação que a garota já sentiu na vida.
Petúnia a ignorava e agia como se estivesse de luto, sendo que a filha estava viva e bem ali. Vernon nem lhe encarava, então havia Dudley, que parecia ter medo de se aproximar.
A garota estava começando a desejar nunca ter descoberto que era bruxa, pois assim ainda teria o amor da sua família.
— Precisamos arrumar as coisas para ir para a escola amanhã.
Dahlia nem sequer encarou o primo, ela estava deitada na cama olhando o teto, nos últimos dias, ela não teve energia nem para sair do quarto, pois temia doía ser ignorada.
— É.
Harry suspirou e sentou na beirada da cama da prima.
— Sabe, essa é uma oportunidade imperdível — ele comentou, tentando não parecer tão animado — Nós somos bruxos e vamos aprender a fazer feitiços, conhecer animais que existem só nos livros de fantasia e...
— E em troca, meus pais me odeiam — ela resmungou — Olha, me desculpa se eu não tô animada com isso.
Ele fez uma careta.
— Mas você adora aprender coisas novas...
— Harry, minha mãe está agindo como se eu estivesse morta — ela retrucou, os olhos lacrimejando — Meus pais me odeiam e meu irmão está com medo de mim.
Harry encarou ela.
— Eu não te odeio ou tenho medo de você.
— Bom, você é o único.
Os dois ficaram em silêncio, então ele deu um sorriso hesitante.
— Tenho certeza que você vai ser a bruxa mais incrível de todo o mundo mágico.
Dahlia olhou para ele, os olhos estavam vermelhos por ter passado os últimos dias chorando e se lamentando pela forma que a família estava a tratando.
— Você acha?
— Sim.
Ela o abraçou apertado, Harry devolveu o abraço e sentiu seu coração quebrar quando ela começou a soluçar. Ele sabia que Dahlia era uma garota forte, então o quebrava ver a prima daquele jeito.
Harry não imaginava ser possível odiar Petúnia e Vernon Dursley ainda mais, mas naquele momento, ele odiou.
— Vamos conhecer pessoas novas e vai ser tão legal que nem vamos lembrar desse lugar, eu prometo.
"E embora eu não me lembre de seu rosto
Eu ainda tenho amor por você
De suas tranças como um padrão"
DAHLIA ESTAVA CONFUSA, ela encarou onde supostamente deveria ser a estação onde pegariam o trem para Hogwarts, ela franziu a testa, pois a plataforma que Harry havia dito simplesmente não existia.
— Hã... Tem certeza que você leu certo?
Harry suspirou, frustrado.
— Eu li!
Os dois trocaram um olhar confuso.
— Não tem nenhuma plataforma entre a nove e a dez — Dahlia resmungou — então tem alguma coisa errada.
— Ah, deve ser algo de bruxo, tipo, secreto.
Dahlia não estava acreditando muito naquilo, mas ela não se importava, pois qualquer coisa era melhor do que ficar pensando na sua família, que não havia nem se despedido.
Eles perceberam uma família grande e barulhenta se aproximando, Dahlia os encarou, percebendo que todos tinham cabelos ruivos. Todos tinham corujas e empurravam malas grandes como as de Dahlia e Harry.
— Agora, qual é o número da plataforma? — perguntou a mãe dos meninos.
— Nove e meia — ouviu-se a voz fina de uma menininha, também de cabelos ruivos que estava segurando a mão da mulher. — Mamãe, não posso ir...
— Você ainda não tem idade, Gina, agora fique quieta. Está bem, Percy, você vai primeiro.
O que parecia o menino mais velho marchou em direção às plataformas nove e dez, Dahlia cutucou o primo e juntos eles observaram a cena. Assim que o menino chegou à linha divisória entre as duas plataformas, um grande grupo de turistas invadiu a plataforma à frente da dupla e quando a última mochila acabou de passar, o menino havia desaparecido.
— Fred, você agora — mandou a mulher.
— Eu não sou Fred, sou George — retrucou o menino. — Francamente, mulher, você diz que é nossa mãe? Não consegue ver que sou o George?
— Desculpe, George, querido.
— É brincadeira, eu sou o Fred.
Dahlia avançou na direção daquela família, já que seu primo ainda parecia congelado e confuso.
— Oi, tudo bem? Eu e meu primo estamos indo para Hogwarts, mas estamos meio perdidos... Vocês poderiam nos ajudar?
A mulher a encarou e sorriu.
— Olá, querida. É a primeira vez que vão à Hogwarts? O Rony é novo também.
O garoto - Fred - sorriu maliciosamente e colocou a mão no carrinho de Dahlia.
— Eu te ajudo a atravessar. Se ficar com medo, é só fechar os olhos e correr.
Antes que ela pudesse responder, o garoto já estava puxando ela e o carrinho, ela gritou e fechou os olhos, quando percebeu que eles tinham parado, voltou a abrir os olhos.
Uma locomotiva vermelha a vapor estava parada à plataforma apinhada de gente. Um letreiro no alto informava Expresso de Hogwarts, 11 horas.
— Uau.
— Acho que não me apresentei direito, sou Fred Weasley.
Ela olhou para a mão estendida do garoto e fez uma careta ao apertar.
— Dahlia Dursley... E nunca mais faça isso sem avisar antes, eu achei que ia morrer!
Isso fez o garoto gargalhar.
— Vem, eu vou te ajudar a colocar suas coisas no trem e arrumar uma cabine.
Dahlia deu uma breve olhada para a barreira e viu outro garoto surgindo - idêntico a Fred.
— E aí? Sou o George.
— Dahlia Dursley — ela repetiu — Uau, vocês são parecidos mesmo.
Os gêmeos trocaram um olhar risonho.
— Ela é divertida.
— Certeza que vai ser da Grifinória.
— Vamos te ajudar.
Dahlia suspirou.
— Eu preciso esperar meu primo, Harry.
Fred colocou a mão no ombro dela.
— Ronyzinho vai ajudar ele, relaxa — ele piscou — agora vem com a gente, sabemos tudinho sobre Hogwarts.
— Somos as melhores pessoas para te apresentar tudo.
A garota suspirou.
— Ok, mas se aprontarem comigo...
Os dois fizeram expressões inocentes que ela não acreditou nem por um segundo.
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