"Deveria ter escrito isso ontem,
mas caí no sono.
Talvez o ontem ainda persista,
Em algum universo paralelo
Que não este.
E nele, ainda exista tempo para escrevê-lo."

Novamente uma segunda cinza
Em uma manhã azul
Sem nuvens
cinzentas.

O mal do azul para o mar de todos
É quando o cinza está somente no seu
mar.

É quando as nuvens estão apenas na sua
cabeça
cinza.

À parte isso há coragem para abrir a janela
do barco.
E o vento que leva folhas e leva também a poeira
de tudo o que é velho
Traz também o seu cheiro
um pouco seguro e um tanto desejo

As cores dos olhos que nunca vi
já não me importam mais
porque o cheiro fora-me suficiente para iludir-me
o suficiente.

Como é possível sem que eu saiba o seu nome?

Plagiei o final de Calvário Cometa.