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Capítulo 33

Era noite em Bravença. O clima estava agradável, o céu bem estrelado, e um silêncio amistoso convidava todos os habitantes a se deitarem em suas camas confortáveis, e assim encerrarem mais um dia árduo.

Ou pelo menos, na maioria do reino.

- Brindemos!! - James grita levantando seu copo com uma cerveja ainda espumando prestes a transbordar.

Ouviu-se gritos de alegria entusiasmados e o tilintar de copos se chocando uns com os outros, enquanto duques, marqueses, barões e até reis, aproveitavam o que seria apenas o início da noite na taverna reservada por ninguém menos que James Leonel, o príncipe das tavernas. Encarregado por entreter os homens nobres que acompanharam suas mulheres até o castelo segundo ordens diretas da própria rainha, como bem recordava...

"[...]Tudo que peço é que fique encarregado de entretê-los enquanto cuido de minhas meninas. Mantenha-os ocupados e longe dos meus assuntos com suas mulheres. Consegue fazer isso? "

Claro que conseguiria, mal desconfiava a loira que a sintonia dos dois estava mais alinhada do que nunca, pois já havia feito planos para aquela semana diferenciada antes mesmo da dama comentar, e, nesses planos, mulheres não estavam inclusas. Mas de certo iria mantê-los ocupados, disso não haviam dúvidas.

E que outra maneira melhor de se manter homens ocupados do que a garantia de que todas as noites enquanto o evento durasse, teriam a sua disposição uma taverna exclusiva para eles desfrutarem a noite entre amigos e colegas, longe de assuntos políticos, problemas femininos e com muita bebida envolvida? James havia providenciado tudo do bom e do melhor para sua pequena semana de farra, ou melhor, tarefa, a qual foi designado.

Chegar em suas residências sem o conforto da presença feminina era algo que não estavam acostumados, de fato. Entretanto, naquela semana, James os faria ter uma pequena noção de como sobreviver.

- Ao príncipe e sua recepção calorosa! - Gritam em êxtase.

- A rainha, que possibilitou essa façanha, mantendo as mulheres ocupadas enquanto nos embebedamos! - Exclama o príncipe sendo seguido pelos demais homens, muitos já alterados pelo álcool e o clima descontraído.

- A rainha!

James se senta no banco ao qual estava em pé para fazer o brinde e vira mais um copo. Sem dúvidas estava de bom humor, e por que não estaria? A ideia maluca de sua noiva ao mesmo tempo que atraiu diversas mulheres para dentro do castelo, trancafiou-as em eventos que não requeriam presença masculina! Nunca tivera tantos de seus amigos nobres reunidos em um só lugar, sempre eram detidos pelas obrigações domésticas que viam incluso no pacote "casamento", impossibilitando tais reuniões recorrentes.

Olhando ao redor para a grande multidão de homens se divertindo, parecendo sem preocupações, sabia que tinha conseguido realizar com êxito sua missão.

Como será que Eleanor se virou em sua missão?

Provavelmente se saíra bem, mal a via nos corredores do castelo e quando se esbarravam por ventura em algum deles, ela apenas acenava apressada já se encaminhando para o próximo compromisso do dia.

"O que ela tanto faz que parece não ter tempo para mais nada?" surgiu o pensamento intrusivo.

- Como consegue ficar pensativo no meio de tanto barulho? - Max diz com as mãos cobrindo os ouvidos depois de uma risada histérica mais adiante ecoar pelo ressinto - No que tanto pensa?

James sacode sua cabeça voltando para a realidade que o cerca.

Sua mente o enganou novamente, o que significava que estava na hora de mais uma dose, dessa vez de uma bebida mais forte.

- Nada relevante - Responde erguendo a mão para o dono do bar - Gin com gelo.

- É pra já chefe - Disse prontamente o homem atrás do bar.

A bebida mal é posta em sua frente e James a pega e a vira com gosto de uma só vez, pousando o copo na mesa com um baque e em seguida batendo na mesa duas vezes para o atendente, que logo se apressa em encher novamente o copo.

- É impressão minha ou Arthur está conversando com a planta? - Observou James ainda com um pouco de dignidade assistindo a cena deplorável de seu amigo.

- Pela quantidade de bebida que ingeriu, é bem capaz da planta ter começado o assunto - Max ri com o pensamento também atento ao espetáculo - Por Deus ele vai urinar na pobrezinha! Majestade, aí não, majestade!

Max se levanta as pressas e aos tropeços para evitar um show de horrores no meio da taverna, enquanto o príncipe se contorcia de gargalhar.

Foram duas doses. Três doses. Quatro doses. E cinco, seis, sete...

- James já está bêbado? - Arthur pergunta caído no chão ao lado do próprio vômito enquanto Max e funcionários da taverna limpavam a sujeira e ele.

- Não sei, espera um pouco. Não sai daí - Disse o loiro saindo do lado do rei caído para ver como está o príncipe ao qual servia.

Arthur solta o ar com uma risada fraca enquanto encarava o teto de madeira que girava e girava sem parar.

- Lhe garanto que não sairei daqui tão cedo...

Max anda pelo local que exibia bêbados de todas as formas e cores, todos da nobreza. Até chegar onde James estava de cabeça baixa, passou pelo visconde de Sithar abraçado com o galão de cerveja e chorando feito um bebê enquanto estava, nada mais nada menos, que o imperador de Catay, o consolando em sua língua natal. Testemunhou o Barão de Zapheri dançar em cima da mesa junto do Marquês de Ayli, e por último, mas não menos importante, o Gana Cissé fazendo algo que realmente não combinava com seus traços duros e firmes: rindo de orelha a orelha distribuindo beijos no rosto de quem se aproximava. Ele tagarelava algo indecifrável que se não for seu idioma nativo, era muito preocupante, e os homens ao redor ou fingiam entender, ou simplesmente o imitavam entre uma risada e outra.

E no meio de toda aquela patifaria, encontrou o príncipe que não mudou de lugar desde que chegou. Continuou no mesmo banco, no bar, virando dose após dose.

- Quanto já bebeu? - Perguntou Max puxando o banco ao lado de sua alteza.

- O suficiente para dizer que esse seu cabelinho enrolado está medonho - Diz levando a bebida até sua boca com um leve sorriso ao ver o amigo franzir o cenho.

- Gostaria de dizer que não passa da opinião de um bêbado, mas vossa alteza é irritante por natureza - Se atreveu a dizer o loiro.

- Uns goles desta água ardente não iriam me derrubar tão fácil. Está me confundindo com o molenga jogado no chão ali do lado? - Fala olhando na direção do rei que continuava caído no chão. Ele ri brevemente balançando a cabeça antes de se voltar para a bebida - Arthur perdeu a manha.

- Nem todos começam a beber tão precocemente como sua alteza - Comenta observando o príncipe brincar com o líquido no copo.

- Meu pai me ensinou cedo os bons costumes - Seus olhos seguiam o balançar da bebida com interesse genuíno, conforme ia mexendo o copo levemente.

- Muitos discordariam desse ponto de vista - Rebate e James ri levemente balançando a cabeça.

- Muitos guardam suas verdadeiras opiniões para si e dizem apenas o que sabem que outros vão querer escutar - Ele vira o copo novamente terminando de beber e passa a mão na boca - O emaranhado em cima da sua cabeça é a prova.

- Para a sua informação principesca, esse "emaranhado", é o meu imã para as mulheres, meu caro - Diz com orgulho passando os dedos pelos cachos bagunçados.

- E mesmo assim a dama supervisora insiste em lhe ignorar, como ela consegue ser imune aos seus encantos? - Diz transbordando sarcasmo.

James continua a importunar Max como passatempo, enquanto o pajem tentava defender sua honra rotineiramente abalada com o príncipe por perto. Eles estão em uma discussão acalorada, com argumentos sendo feitos e rebatidos, quando a porta da taverna se abre revelando convidados atrasados.

Junto dos convidados entra uma corrente de ar fria que faz tremeluzir o fogo das lamparinas, a luz baixa cai sobre os rostos presentes formando sombras, tornando necessário o príncipe estreitar os olhos tentando reconhecer os quatro homens.

- Pelo visto tem uma tempestade a caminho - Diz fechando a porta rapidamente enquanto a luz voltava a reluzir normalmente no ressinto.

O semblante de James se fecha.

- Lorde Félix, que prazer revê-lo - Cumprimenta o príncipe buscando usar de entusiasmo, sem sucesso aparente.

Félix sorri e se aproxima dele com um aperto de mão caloroso, enquanto seus companheiros se curvam brevemente.

- Vossa alteza, eu e meus homens agradecemos o convite. Perdoe-nos o atraso, essas estradas montanhosas de Solent pareciam não ter fim - Félix dizia ainda segurando a mão de James firmemente e a balançando, James lança um olhar torto para o aperto de mão e para o homem que o sacudia, até o lorde perceber e o soltar - Ah, desculpe.

- Que bom que vieram, conseguiram escapar da chuva que está por vir - Max diz enquanto Félix se sentava ao lado de James, que pedia mais uma bebida com cara fechada.

- De fato, escapamos por um triz - Concorda entre risos.

- Ou talvez tenham sido os senhores que trouxeram consigo a tempestade até Bravença - Comenta James erguendo o copo brevemente antes de virar o líquido marrom.

- Verdade, não podemos descartar essa hipótese - Foi a resposta bem humorada de Félix, virando-se para o bar - Vou querer o mesmo que ele, por favor.

- É pra já, senhor - Félix balança a cabeça agradecendo o serviço e se volta novamente para James.

- Como vão as coisas em Bravença? Houve muitos acontecimentos enquanto estive em Solent nessas ultimas semanas?

- Esteve em Solent durante semanas? Parece que foi ontem que o vi circulando pelo castelo - Diz o príncipe parecendo espantado, o que tira um pequeno sorriso de seu companheiro que acabava de receber sua bebida.

- Estive, o tempo tende a passar tão rápido que mal percebemos - Beberica do seu drink apoiando o braço no balcão.

- Realmente, não percebi sua ausência - James sorri brevemente antes de pedir outra bebida apressadamente.

Félix apenas dá um leve sorriso em resposta enquanto continua bebendo, deixando o assunto morrer ali. James faz o mesmo, agradecendo mentalmente por terem acabado logo com as formalidades. O fato era que em todas as ocasiões onde ambos estavam presentes, trocavam formalidades básicas e nada além disso.

Félix mostrava respeito pelo príncipe de Annikra e noivo de sua amiga e rainha, Eleanor, obviamente. Assim como o príncipe reconhecia o bom trabalho do caçador de recompensas na região, além da estima que sua noiva tinha pelo sujeito. Porém, o que um príncipe e um caçador de recompensas teriam para conversar?

- E como está Eleanor? - Perguntou por fim parando de adiar o assunto inevitável.

A menção ao nome da rainha e a maneira casual com que ele foi mencionado provoca um arrepio incômodo pela espinha do príncipe, que rapidamente vira mais uma dose para afastar essa sensação irritante.

- Sua majestade está bem, obrigado por perguntar - Foi a curta resposta que obteve, mas não pareceu se importar, pois prosseguiu falando.

- Não consegui passar no castelo ou me atrasaria ainda mais, não tive tempo de dar meus cumprimentos a ela adequadamente. Imagino que devam estar ocupados com os preparativos do casamento, deve ser motivo de muita ansiedade para ambos, imagino.

- Você não faz idéia...ei, reabasteça meu copo! - James diz para o atendente que se apressa a pegar mais uma garrafa.

- Alteza, está abusando da bebida... - Max diz temeroso vendo a garrafa se aproximar do balcão e faz um sinal para o barista levar a bebida embora.

James rapidamente toma a garrafa da mão do barista.

- Eu fico com isso, pode ir - Diz sorridente colocando a garrafa nos braços de forma protetora.

- Senhor...

- Não me atormente Max, se quiser ficar aqui, beba conosco, ou será mandado para o outro lado do recinto por ordem minha - Foram as palavras finais do príncipe para seu servo.

Max sem ver muita escolha, se mantém sentado ao lado de James sem mais comentários. Sabia por experiências passadas que se James continuasse a beber no ritmo atual em que estava, precisaria de seus serviços muito em breve e precisaria estar por perto quando acontecesse.

- Onde paramos, lorde Félix? - Continuou casualmente voltando sua atenção como se não houvesse tido nenhuma interrupção.

- Creio que falávamos sobre o casamento real mais aguardado deste ano - Brincou o homem - Não vou mentir, fiquei surpreso quando soube que a então princesa, iria se casar.

- Não mais do que eu, lhe garanto - Félix ergue as sobrancelhas em solidariedade as palavras do príncipe.

- Realmente é uma notícia e tanto para digerir. Conhecendo Eleanor, tenho uma leve idéia de como deve ter sido sua reação, desde pequena sempre teve uma personalidade forte - Ele fica imerso em pensamentos, relembrando do semblante emburrado que uma pequena princesa fazia ao ser contrariada. Semblante este, muito diferente do qual testemunhou no festival de verão ao citar pela primeira vez o casamento arranjado e como se sentia.

- Acabo sempre por me esquecer que cresceram juntos - Confessa Max fazendo aparecer um sorriso no homem que já havia se acostumado com essa frase.

- É um fato curioso mesmo para os de fora - Concordou tendo em vista as circunstâncias que os uniu - Seguimos rumos muito diferentes como era de se esperar, mas acredito que compartilhamos as mesmas boas lembranças da infância. A rainha é uma pessoa extraordinária, teve que se manter forte em momentos desafiadores. Casamento arranjado ou não, os dois ficam bonitos juntos, espero que sejam felizes na vida a dois e que construam uma família com amor.

- Palavras bonitas ditas por um entusiasta do romance, senhor Félix? - Se o olhar zombeteiro no rosto do príncipe não deixava claro por si só o sarcasmo naquela pergunta, seu rosto estampado com um sorriso irônico o entregava por completo.

- Félix? Esse homem é um romântico incorrigível, chega a ser nauseante quando está na companhia de alguma moça! - Um dos amigos que viajam junto do caçador comenta se aproximando, caçoando do moreno que fica levemente envergonhado instantaneamente.

- Ei, eu não sou de ficar sempre acompanhado de moças, não suje meu bom nome, Aldous! - Tratou de se defender com um sorriso descontraído disfarçando a vergonha, mas o colega não deu sossego.

- Pode até ser verdade, para o lamentar das donzelas - Félix balança a cabeça revirando os olhos com o comentário - Mas que esse homem sabe persuadir uma mulher apenas com palavras bonitas, não tenha dúvidas! - Terminou entoando uma risada que ecoou pelo local, bagunçando em seguida o cabelo comprido do rapaz que o empurra constrangido.

- Aldous, chega de bebida para você! - Félix diz impotente naquela situação. O clima descontraído pairava sobre eles, a bebida facilitando esse feito - Não devem acreditar nas palavras deste homem, sou um cavalheiro, não um galanteador como ele faz parecer.

- Imagino que a rainha não conheça este seu lado, companheiro - James que até então assistia quieto a cena, comenta passando a mão na boca da garrafa quase vazia.

- Oh não, e se depender de mim, só conhecerá quando realmente encontrar uma dama para desposar. No momento, essa não é minha prioridade, estou bem, focado no meu trabalho e nada mais - Se explicou rapidamente ainda sob o olhar do príncipe que parecia pensativo.

- E o que acha dela? - Questionou James para a surpresa de Félix, que o encara sem entender bem a questão.

- O que acho de quem, alteza?

- De Eleanor, a rainha, quem mais, estamos falando sobre ela. Qual sua opinião sobre sua majestade? - Persistiu em perguntar para o real espanto do caçador de recompensas.

Félix se mexe desconfortavelmente em seu acento com olhos inquietantes, indo de sua bebida para James, e o lugar ao seu redor.

- A rainha é uma boa regente, uma dama respeitável, sem dúvidas. Digna de devoção... - Enquanto formulava o restante da resposta o príncipe o interrompe com um suspiro impaciente.

- Estou dizendo dela como mulher! Não se acanhe pelo fato de eu ser o noivo, deve ter uma opinião em vista dos anos que a conhece, pois bem, diga-me! - Félix parece incomodado com o pedido repentino do príncipe, ele encara fixamente o balcão com os copos antes de prosseguir.

- A beleza da rainha é admirável, não há contestações sobre este assunto, mas disso creio que já saiba bem, sua alteza - Termina com um leve sorriso insinuante erguendo as sobrancelhas.

James franze o cenho, insatisfeito com a resposta de Félix.

- E quanto a você, Félix? - James pergunta, tomando um gole da bebida, os olhos estreitados. - Já considerou que ela poderia ser mais do que uma boa regente?

Félix olha diretamente nos olhos do príncipe, seus próprios pensamentos refletidos em sua expressão que se tornou séria. O silêncio perdurou por um momento considerável enquanto Félix parecia escolher suas palavras com cuidado.

- Eleanor é uma amiga de longa data, uma companheira confiável. Mas entendo que sua majestade é uma rainha antes de ser qualquer outra coisa e sempre tive muito respeito como tal - Pontua sua frase pensando encerrar o assunto.

Entretanto, os comentários de Félix parecem não satisfazer James que começava a balançar as pernas inquieto em seu acento, o encarando fixamente.

- Você a vê apenas como uma amiga, então? - James pressiona, a voz começando a ficar mais áspera. - Uma amiga que você nunca considerou de outra forma?

- O que quer dizer com isso, James? - A voz de Félix fica tensa. - Eleanor é uma mulher admirável, mas nossa relação sempre foi de amizade e lealdade mútua - Rebate prontamente com um pouco de impaciência.

Max engole em seco não só pelo rumo que a conversa estava tomando, mas sim pelo pequeno deslize que Félix cometeu ao não se dirigir formalmente ao príncipe - ainda mais tendo em vista a situação atual.

James ri sarcasticamente, o álcool claramente mostrando o resultado de inúmeras doses.

- Ah, claro, amizade e lealdade - Repete as palavras imitando o tom dele - Diga-me, esse seria mais um modo de disfarçar que já imaginou ela banhan...

- Atente-se as suas palavras, alteza! - Exclama interrompendo descontente - Não está sóbrio, deveria descansar - Continua de maneira mais calma ao perceber o descontrole.

- Pelo contrário, estou completamente lúcido! - Exclama convicto - Você simplesmente nunca percebeu o que estava bem na sua frente, não é mesmo? A rainha merece mais do que ser vista como uma figura decorativa em um trono. Imagine por um momento como seria tê-la bem...

Félix se levanta abruptamente, fazendo a cadeira arrastar no chão.

- Basta! A rainha merece mais respeito do que você está demonstrando agora!

Os punhos de Félix estão fortemente cerrados, tentando ao máximo canalizar sua raiva. Como poderia o homem a sua frente ter tão pouco caso pela rainha? Por sua noiva? Ele tentava ao máximo inibir seu ódio crescente com o membro da realeza a sua frente, que mantinha um sorriso provocativo no rosto com o semblante desafiador.

James exalava a confiança de quem sabia que era intocável, o que só aumentava a fúria do homem a sua frente.

A tensão na taverna aumenta gradativamente com os outros nobres percebendo a briga iminente entre os dois homens.

- Sente-se, Félix, o que pensa que vai fazer? - Diz o príncipe instigando o caos.

- Seu tolo arrogante. Não sabe quando parar, não é?

Antes que alguém possa intervir, Félix puxa sua espada da bainha, o brilho do aço cortando o ar, apontando diretamente para o rosto do príncipe. Uma onda de surpresa e descrença é escutada ao redor.

Rapidamente os guardas disfarçados no recinto para a segurança dos nobres presentes reagem ao perigo aparente. Espadas foram puxadas, e em questão de segundos, Félix se viu cercado por lâminas apontadas para ele.

James, com um sorriso arrogante, olhou para Félix, completamente seguro.

- Termine o que começou, Félix - James desafiou, sua voz cheia de desprezo. Ele ri se divertindo com a situação - Anda, fere o príncipe de Annikra.

Confiante de que ele não mexeria um músculo se quer em sua direção, o príncipe mantém sólida sua afronta ao se inclinar para frente tornando a distância entre ele e a lâmina, mínima.

Félix manteve a espada firme, seus olhos fixos nos de James. Mas seus companheiros de trabalho, percebendo a situação calamitosa que seu colega estava prestes a entrar , começaram a murmurar apelos para que ele recuasse.

- Félix, abaixe a espada. Isso é loucura - Aldous sussurra ansiosamente segurando o braço de Félix de maneira firme junto dos outros caçadores, buscando o afastar do membro da realeza.

Se vendo diante daquela situação, cercado por guardas apontando suas espadas em sua direção, os olhares e murmúrios fornecido pelos muitos expectadores daquela cena, os apelos de seus colegas para que abaixasse a arma, a mão de Félix começa a tremer tentando se manter firme, mas travando uma luta interna.

Ele encara o sorriso cínico do príncipe que estava ali, bem ao seu alcance, e ao mesmo tempo, tão inalcançável como bem sabia.

Finalmente, com um suspiro profundo, Félix abaixou a espada, ainda respirando pesadamente de raiva.

Ele guardou a lâmina, mas a tensão em seu corpo permaneceu visível, ainda sob a mira das lâminas dos guardas.

James fez um sinal para os guardas, que abaixaram suas espadas em resposta. O príncipe continuou a encarar Félix, um sorriso sarcástico dançando em seus lábios.

Os olhos dos dois se encontraram por um breve momento antes de Félix se voltar para os presentes na taverna.

- Perdoem-me pelo incômodo proporcionado, se me dão licença...

Félix e seus companheiros se retiram do recinto sem olhar para atrás, acompanhados pelos olhares atentos até a saída.

James riu consigo mesmo, observando-os ir.

- Que papel patético você desempenhou... - Ele murmurou com desdém se servindo de mais um copo de bebida.

O lugar ficou em silêncio, o clima ainda carregado pela tensão recente. James se levanta ao perceber o silêncio.

- O que há com vocês? Vamos nos divertir! Isto é uma festividade! - Ele anunciou, tentando reacender a atmosfera de celebração.

Aos poucos como que de forma obediente, o clima foi melhorando e voltando a ficar mais leve. James se senta virando o copo novamente.

Max que observou tudo, quieto até então, repousa o copo no balcão e encara James com um semblante sério.

- Passou dos limites esta noite, alteza - Diz o pajem desgostoso.

- Eu que estabeleço os limites, Max - Diz sem dar muita importância ao loiro emburrado - E além disso, eu só disse verdades. Félix só fez aquilo para manter sua falsa postura de cavalheiro. No fundo, ele concorda com tudo o que eu disse - Ri de maneira desdenhosa - Ele está em busca do favor da garota mimada com a coroa, tolo.

Entre os nobres presentes, estava o intérprete do Gana Cissé, Julien Allen, também alterado pela bebida. Em alto e bom som perto do príncipe e seu servo, ele diz?

- Tolice mesmo é Bravença ter tido duas rainhas consecutivas no comando. Já está na hora de um homem assumir o lugar da garotinha mimada, não é mesmo? - Diz arrastado cambaleando até se sentar ao lado de James. Ele ri sozinho com seu próprio comentário.

James riu junto com ele, parecendo compartilhar do mesmo sentimento, os dois rindo praticamente abraçados, vermelhos pela risada e a bebida.

Mas de repente, sua expressão muda.

Em um movimento rápido, ele bateu a cabeça do intérprete contra o balcão, abrindo um corte em sua testa e desnorteando o pequeno homem. Ele agarra o homem pela camisa e o puxa em sua direção, pega a garrafa que havia esvaziado e a quebra contra o balcão, pressionando friamente o vidro quebrado contra a garganta do homem com o olhar desesperador.

- Retire o que disse agora - James rosnou, sua voz baixa e ameaçadora - Ou vai se arrepender amargamente dessas palavras...

Apavorado e confuso, o intérprete se encolhe tentando recuar.

- Eu... e-eu retiro o que disse...retiro o que disse - Ele gaguejou amedrontado.

James afrouxa o aperto do vidro na garganta dele, seus olhos ainda faiscando de raiva.

- M-mas... - Disse o interprete perdendo a chance de permanecer calado - Foi o senhor...foi o senhor mesmo quem disse q-que a rainha...que a rainha é uma... garota mimada - Sua voz foi abaixando gradativamente conforme fala, até as últimas palavras serem quase um sussurro inaudível.

- Sim, e ela é a minha garotinha mimada, ouviu bem? - Aperta novamente o vidro contra o pescoço do coitado que fecha fortemente os olhos - Nunca mais fale mal de sua majestade, a rainha, entendeu? Seja insolente novamente com minha noiva e vai se arrepender dessa sua reles vida miserável.

- S-s-sim senhor, alteza, senhor... - James o soltou, permanecendo apenas as palavras cortantes.

Julien suspira aliviado, cedo demais.

Com um empurrão, ele joga o homem contra a mesa mais próxima o derrubando, e sai furioso da taverna.

O homem caído coloca as mãos no pescoço ainda agoniado, Max o ajuda a levantar estendendo a mão.

- Em nome do príncipe, peço sinceras desculpas pelo comportamento inadequado - Diz Max, tentando restaurar a calma - Gostaria também de salientar que o que aconteceu aqui esta noite, nunca ocorreu. Esse assunto morre aqui - Ele disse com um sorriso gentil tranquilizador - Ou eu mesmo farei morrer.

Ele acrescentou friamente, seu semblante ficando repentinamente sério e ameaçador antes de se retirar e ir atrás do príncipe.

Obrigada por lerem mais esse capítulo! E aí, o que estão achando? Clima tenso na casa dos brothers! Comentem e votem, vejo vocês nos próximos capítulos. Beijinhos da Will~










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