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Capítulo 30

A biblioteca real está iluminada e tranquila naquela manhã em Bravença. Fileiras e mais fileiras de livros, todos com uma história para contar, sejam elas reais ou fictícias. Estantes repletas de um conteúdo inestimável, onde poucos tinham real acesso para se aventurar por entre toda aquela literatura que instiga até os mais sábios.

E no meio de todo aquele ambiente rico em conhecimento e sabedoria, se encontra um James Leonel envolto em pensamentos, rabiscando incessantemente um pequeno caderno.

- Não, isto está errado - Diz ele amassando mais uma folha rabiscada e descartando logo em seguida, do mesmo modo que fez com as outras vinte e uma folhas amassadas ao seu lado.

Ele escrevia compulsivamente com o rosto franzido e contorcido em uma careta concentrada. Sua mão se mexia impulsivamente enquanto as palavras fluíam da sua mente e repousavam de modo suave sobre o papel amarelado.

Mas nada parecia estar bom, nada parecia estar certo. E lá se vai outra folha amassada para a coleção no canto da biblioteca, ao lado de um homem visivelmente desapontado sentado no chão ao lado dela.

O príncipe ouve passos vindo em sua direção e logo segura todas as folhas de papeis amassadas em desespero. Como ele pôde gastar tantas assim e agora não conseguir um meio rápido e eficiente para descarta-las de uma só vez?

A porta da biblioteca se abre, e para o seu alívio aparente, era apenas uma das empregadas do castelo que veio fazer a limpeza corriqueira.

Soltando um suspiro, ele sinaliza para que ela entrasse e fizesse seu serviço sem o atrapalhar.

- Ah, por gentileza, poderia jogar fora esses papéis para mim? - Indagou e a mulher acena a cabeça confirmando - Obrigado.

Ele volta sua atenção novamente para a folha vazia em seu caderno, mais uma de várias que poderiam vir e mesmo assim não preencheria o objetivo pelo qual escrevia tanto, não saciava sua sede por respostas.

Sede.

Ele pega o seu cantil que mantém sempre cheio para em momentos oportunos, como este em que se encontra, e logo após de aberto toma grandes doses da bebida alcoólica que nele havia. O líquido quente desce queimando por sua garganta, na intenção de saciar sua sede.

A empregada o encara de soslaio com curiosidade, e ele devolve seu olhar de modo frio amedrontando a moça que segue com suas obrigações.

Após passar a manhã inteira recluso, ele apenas pede para Max lhe trazer algo para comer e permanece em sua fortaleza resguardada por livros.

Max recolhe o último papel amassado que seu amo havia jogado, mas o papel é arrancado mais que depressa de sua mão que se recolhe em reflexo.

- Não mexa nas minhas coisas e poderá ficar ao meu lado. Me atrapalhe e voltará para a masmorra - Diz um James sério mantendo o papel amassado em seu colo, longe do alcance de Max que o encarava intrigado.

- Me mandará novamente para a masmorra? Quer enganar a quem vossa alteza, não sobrevive um dia sem mim. Não teria nem se alimentado se não lhe trouxesse algo - Narra os fatos - Algo relacionado aos reinos não seria, não é da sua índole se preocupar tanto com Annikra e muito menos com Bravença. O que seria tão cofidenci...

Quando Max se encurva novamente para pegar o papel, James agarra seu punho o encarando nada feliz.

- Tente novamente e ficará sem mão.

Ele o solta e Max puxa seu braço contra o corpo protegendo sua preciosa mão.

Seus olhos abaixam e focam no cantil ao lado de James, relembrando a quantidade de vezes que o viu nas mãos de alguma empregada naquele dia, indo e vindo para reabastecer o vício do príncipe.

- Está bêbado novamente - Max proclama indignado - Ora, bebe desenfreadamente e depois sou eu que tenho a mão decepada! Quantas vezes eu lhe disse para maneirar com a bebida nesses últimos dias? Se a rainha souber do seu descontrole com os convidados no castelo, será o seu fim.

- Que rainha? - Indaga desamassando com cuidado a folha para a curiosidade de Max.

Quando percebe que o loiro estava a espreita, abaixou a folha e a colocou dentro do livro ao seu lado que consultava vez após vez. Um Max frustrado tenta disfarçar vendo que havia sido pego. Ele limpa a garganta e continua falando:

- A bebida realmente afetou sua cabeça! Que rainha? Evidente que é a rainha Eleanor, vulgo sua noiva! E basta de bebida para você - Ele pega o cantil ao lado do príncipe que ainda está alheio.

- Minha noiva... - Repete brincando com as palavras que ainda não se encaixavam em sua mente.

Um arrepio percorre sua espinha e o faz colocar a mão na testa praguejando.

- Minha cabeça parece que vai explodir.

- Não seria uma perda tão grande para a sociedade - Ressoa a voz feminina no ressinto.

- Majestade - Max se curva com a entrada de Eleanor e James a encara de modo breve antes de fechar os olhos com força.

- O que faz aqui? - James pergunta fechando seu caderno.

- O que faço na minha biblioteca não é a grande questão, e sim o que os senhores fazem. Mal os vejo com um livro na mão e pela minha pouca experiência, quando estão quietos há algo de errado.

Max sinaliza para o príncipe sentado no chão com a cabeça entre os joelhos.

- "Algo" de errado.

Eleanor suspira juntando as peças. Ela se agacha em frente a James que mantem a cabeça baixa. Deveria esbofeteá-lo na cabeça por andar bêbado e por todas as dores de cabeça que ele já lhe causara desde que chegou ao seu reino. Todas as suas gracinhas para cima de outras mulheres que poderiam humilhar seu nome, todos os momentos que havia tirado sua paciência, poderia tentar colocar o juízo que lhe faltava com uma pancada na cabeça nesse momento vulnerável.

Vontade não faltava, principalmente após o incidente "Marian".

Mas ao invés disso ela apenas colocou a mão em sua testa para checar se estava febril, o obrigando a erguer a cabeça.

- Está fazendo Max de babá novamente James Leonel? Dê graças por eu estar cansada o suficiente para não dar um murro nesta sua cara vermelha de bêbado!

James consegue sorrir bobo com o comentário e pende a cabeça para frente.

- Como sou sortudo! Não vai me castigar garotinha? - Murmura achando graça e Eleanor faz uma careta se afastando.

- Argh, seu hálito fede a álcool. Pensa se alguma convidada o vê neste estado deplorável? Ainda bem que fui eu que passei quando viu a porta entreaberta fora do horário habitual.

- Max? - Diz James.

- Sim?

- Está despedido. Não fechou a porta ao entrar, é culpa sua ela estar aqui - Max ergue as sobrancelhas.

- Devo fingir indignação ou estou livre para comemorar?

- Max, seja gentil e chame Melissa e Gaspar para me ajudar com esse traste. Ele tem que estar sóbrio e em estado são até o jantar ao anoitecer.

- Sim, majestade.

Max se retira e Eleanor se senta ao lado de James em silêncio, quebrando o silêncio apenas para dar u longo suspiro cansado.

- Você é impossível. Fica aí parado se embriagando enquanto eu cuido de tudo ao nosso redor, se fosse para residir em Bravença e viver as minhas custas ficasse em Annikra - Disse - E o que fazia todo esse tempo recluso?

- O que houve? Estava com saudades? - Ela revira os olhos com a implicância do rapaz.

- Sim, como estava! Não sei como pude sobreviver tanto tempo sem seu charme avassalador e seu bafo de bêbado! - Diz com grande exagero em sua dramatização de donzela apaixonada.

- Tenho um charme avassalador? - James diz virando a cabeça para ela que o empurra de volta.

- Bafo de bêbado, não se esqueça dessa parte.

- Está rendida com meu charme avassalador. Confessar não machuca sabia? - Ela ri das besteiras que dizia estando bêbado, realmente, não poderia comparecer no jantar estando a falar asneiras desse tipo.

- Você já sentiu falta de algo que nunca teve? - A loira fala o pegando de surpresa.

- Você já?

Eleanor fecha os olhos concordando com um balançar de cabeça.

- Vejo uma menina que cavalga e se aventura, desbrava novos lugares, vive emoções e sente a adrenalina correr pelo seu corpo. Suas maiores preocupações é caçar para comer e onde irá acampar naquela noite. Suas maiores responsabilidades? Ela não sabe o que essa palavra significa. Ela simplesmente faz o que tem vontade, sem ninguém para pô-la em jugo.

James a observou calado até ela mesma ficar quieta, para então acrescentar:

- Isso não passa de pura fantasia. É inútil sonhar com uma vida assim - Eleanor abre os olhos e solta um suspiro.

- Tem razão, é inútil. Por que quando você abre os olhos, se vê rodeada de pessoas esperando que cumpra suas responsabilidades que não são poucas. Em uma sociedade que dita o certo e o errado, o que pode fazer e o que não pode, e onde a única adrenalina é a de esperar por um novo evento grandioso onde terá um momento de paz - Ela resmunga - Mas é divertido pensar um pouco, te faz sair da realidade. Sair da realidade as vezes é bom James, mas não sempre. Então por favor, tente permanecer nessa realidade comigo por mais tempo certo? Não fuja da realidade ao ponto de ter que viver bêbado.

Ela o encara nos olhos mostrando não estar brincando. Ela era mais nova, e teve que ser arrancada da realidade de poucas obrigações que antigamente já lhe estressavam, mas mesmo assim tentava se manter firme não por ela, mas pelos outros. Se fosse para reger sozinha, regeria e daria o seu melhor. Mas se tivessem que reger juntos, ela esperava a colaboração daquele ao seu lado que deveria ser seu parceiro.

James mantem o contato ao dela ainda com a cabeça tonta e latejante. Realmente havia bebido por razões que só o seu íntimo saberia responder. Mas assim, parado, no silêncio reconfortante de uma biblioteca vazia, encarando os olhos de uma pessoa que por mais estranho que fosse podia chamar de amiga...

Estava começando a achar que não é só com o álcool que um homem pode se embriagar.

- E se for beber, pelo menos me convide, assim ou eu consigo controlar suas doses ou pelo menos os dois caíram bêbados - Completa a loira comum sorriso travesso contagiando James.

Os dois riem do quão patético foi encerrar o monólogo daquela maneira. depois do que começou sendo uma lição de moral da rainha. Mas a risada que preenchia o local trazia vida e luz tanto para a quieta biblioteca, como para os parceiros com uma quase amizade.

- Mas o senhor ainda não me disse o que fez o dia inteiro enfiado nessa biblioteca. Não acredito se me disser que estava pesquisando assuntos diplomáticos e muito menos lendo por vontade própria - Ela se esgueira para olhar o caderno cuidadosamente fechado ao lado de James - O que escrevia?

Antes de um James desconfortável tentar responder aquela pergunta, Max empurra a porta trazendo uma bacia funda de madeira, Melissa atrás dele com uma toalha, Gaspar segurando uma bandeja com um grande jarro, e Luiza atrás com um sorrisinho no rosto.

Os dois encaram aquela multidão que adentrou de maneira tão incomum em um misto de confusão e curiosidade.

- O que seria tudo isso? - Perguntou Eleanor achando graça.

- Serviço real anti-bêbado ao seu dispor majestade! - Max fala quase orgulhoso do seu feito, e as meninas atrás dele seguravam a risada.

James apoia a mão na cabeça e dessa vez não se sabe se era por conta da forte dor de cabeça, ou da vergonha que sentia depois daquela anunciação.

- Fiquem a vontade para demonstrar como funciona essa tropa salvadora de ressacas - Diz achando graça de toda a situação. Quando Max estava prestes a começar o seu procedimento infalível Eleanor acrescenta - Apenas não bagunce minha preciosa biblioteca ou ponha em risco a integridade de meus livros.

Max para analisando como faria o que iria fazer, sem ferir os enaltecidos livros de sua majestade.

- James venha mais para frente por favor - Max fala o mais doce possível.

James instintivamente obedece alheio a situação com a dor latejante aumentando em sua cabeça.

Melissa coloca a bacia em frente ao alvo citado e James franze a testa, finalmente encarando as pessoas ao seu redor cheios de expectativa, parando no semblante ansioso de Max com o jarro na mão.

- O que vocês...

Antes de concluir suas palavras foram lavadas pela água despejada em sua cabeça.

- Mas que...!

Max despeja mais água gelada no rosto do príncipe que tentava se recompor da ducha anterior sem sucesso. As gargalhadas podiam ser ouvidas do outro lado do castelo sem sombra de dúvidas, e o praguejar de James ecoava pelos corredores do castelo.

Tirando Gaspar que apenas mantinha um sorriso divertido no rosto, todos os outros espectadores se contorciam de dar risada e ignoravam o olhar feroz de James que os amaldiçoava até a quinta geração.

- Parem, piedade, minha barriga está doendo de tanto rir! - Diz entre risos a loira enquanto entregava a toalha para James se secar.

O príncipe de mau humor toma a toalha das mãos dela bruscamente, mas olhando ao redor vendo o ambiente descontraído que pairava, não evitou balançar a cabeça rindo da situação.

Aquelas pessoas que riam sem medo de serem mandados repentinamente para a masmorra por desacato a realeza, não se sentiam como empregados diante dos seus chefes, mas como amigos, ou melhor, família.

A família mais improvável que poderiam imaginar se formar.

- Me sinto realizado, posso morrer em paz - Max diz secando as lágrimas após tanto rir.

- Perfeito, pois você é um homem morto Max!

James se levanta ainda cambaleando e Max corre pela biblioteca e se põe atrás de Luiza em defesa.

- Me salve senhorita Luiza!

- O que eu teria haver com suas encrencas Max?

- Ora, se eu morrer, ficará viúva! - Responde se esquivando de James, os dois girando em torno da pobre mulher.

- Não somos casados Max! - Luiza diz o segurando pela gola para que James pudesse o pegar - Como ficaria viúva de um homem que não é meu marido?

- Estou disposto a resolver esse ligeiro problema...Ei! - Max se debate nos braços de James que o prende com o braço e bagunça seu cabelo loiro já bagunçado.

Eleanor se levanta observando a cena como um todo. Max se debatendo nos braços de James, Melissa e Luiza rindo, Gaspar do seu jeito pomposo de sempre apenas com um sorriso amistoso no rosto, e James tratando Max como se fosse um irmão mais novo desobediente.

É, aquela era a família mais improvável.

- E como faço agora hein? Tudo o que fizeram foi me encharcar ao invés de tirar a dor que está me matando.

- Pois vá logo tomar um banho, se troque e se arrume, Gaspar irá prover para você um remédio eficaz que tirará a dor de sua cabeça. Mas ande e se apronte rápido, sua mãe havia pedido para realizar um jantar com todos sem exceção, provavelmente tentará criar laços com os regentes de Catay.

- Devo bater continência? - Diz James abrindo a porta da biblioteca cavalheiramente sinalizando para a rainha passar.

- "General Eleanor", soa bem, não?

Eleanor passa pela porta junto com os outros. Quando Max, sendo o ultimo a se retirar, chega perto da porta, James sinaliza para que o seu pajem pegue seu caderno que havia ficado jogado no canto.

- Eu poderia..?

- Nem ouse - Respondeu o príncipe retirando o caderno das mãos curiosas de Max.

Após Max passar, James fecha a porta da biblioteca. Deixando lá fechadas bons momentos e bons segredos, guardados em silêncio pelas estantes que eram as únicas a testemunhar.

Obrigada pela leitura e desculpem a demora. Demoro para eu me ajustara a nova rotina em minha casa, além de ter passado bastante tempo me aprofundando em pesquisas para o livro se tornar cada vez mais cativante para vocês! Mas me contém, o que estão achando? Muita coisa ainda vai acontecer.

Até o próximo cap^^


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