Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 29

O ar quente e úmido pairava sobre Eleanor enquanto banhava-se. A água na funda banheira de madeira enlaçava seu corpo por completo, suas mãos brincando na água morna e transparente, sua mente borbulhando de pensamentos e emoções confusas.

Melissa passava a áspera esponja por sua pele delicada, observando sua senhora encarar fixamente um ponto aleatório à sua frente em total e completo silêncio, alheia de tudo ao seu redor. Será que ao menos se dera conta que estava mergulhada na banheira? 

O rosto franzido de Melissa esbouçava toda sua preocupação com o súbito e aparente silêncio de sua amiga naquela manhã - coisa fora do comum vindo da falante rainha de Bravença.

Melissa suspira por fim.

- Irá me contar o que lhe perturbou para estar tão reservada essa manhã? Mal trocou duas palavras comigo, decidiu banhar-se logo cedo, sem ao menos ver a programação de hoje - Dispara antes de  analisar o semblante da loira - Está doente?

Eleanor parece voltar a realidade quando Melissa retira uma mecha molhada de seu cabelo da testa, encarando Mel de maneira perdida e desorientada antes de mudar subitamente a expressão para uma nada agradável.

Melissa sai de perto quando Eleanor levanta-se da banheira em um pulo amarrando os cabelos de qualquer jeito, bufando nervosa.

- Como ele pôde? Como? Como?! - Bradava ao sair da água por completo.

Melissa corre e lhe entrega a toalha que guardava para se secar. O corpo nu de Eleanor logo é envolto pelo tecido mas a jovem parecia não se importar em estar molhada ou não, enquanto sua serva lhe embrulhava rapidamente para que não se resfriasse mesmo com o calor avassalador que fazia em Bravença.

- Eleanor pare e respire! Não está falando coisa com coisa, quem lhe fez o quê? Está me preocupando - Melissa diz parando em frente a loira que abaixa a cabeça ao ser repreendida.

- Tens razão, desculpe-me - Fala finalmente ao se sentar na beirada de sua cama - Não tive uma boa noite de sono, parece que ele me perturba até em meus sonhos.

Os tornando pesadelos, pensou.

Melissa esvaziava a banheira ouvindo com atenção sua senhora aflita. Tentando juntar as peças do mau humor de Eleanor com suas palavras ditas até então.

- Que lhe perturba inclusive em sonhos. Está falando do príncipe James? 

O semblante de Eleanor se fecha ao ouvir o nome do dito cujo.

- E de mais quem seria, Melissa? Aquele homem me irrita de uma maneira surreal, mas quando finalmente parecemos nos acertar em uma quase tolerância mútua, ele vem e estraga tudo outra vez! 

Melissa entrega as roupas uma por uma para Eleanor vestir enquanto fala.

- Me diga o que aprontou dessa vez.

Eleanor solta o ar pesadamente enquanto punha o corpete marrom que Melissa lhe deu.

- Ontem eu vaguei pelos corredores e andares do castelo como bem sabe, não consigo ficar tranquila sem me assegurar pessoalmente que tudo está na mais perfeita ordem. Ainda mais com tantas convidadas importantes alojadas em minha residência.

Enquanto Melissa amarrava os cordões do corpete para ficar justo no corpo da rainha, Eleanor subia o pantelette branco com babados.

- Compreendo. Erga os braços - Melissa passa o vestido marrom pela cabeça de Eleanor que veste as mangas bufantes rapidamente - Continue.

- Eis que eu percebo a dispensa iluminada e me aproximo pensando que esqueceram de apagar a lamparina, mas não, haviam pessoas no local. James e Marian, em um clima nada propenso para uma mulher casada e um homem noivo - A revelação faz Melissa arfar surpresa encontrando os olhos de Eleanor.

- Eles estavam demonstrando...afeto? - Indagou a jovem corada.

- Não exatamente, se tivessem eu de fato teria tido um ataque nervoso com a cena horrenda. Mas Melissa, eles estavam tão próximos entende? James acariciando seus cabelos, ela encostada no peito dele... - A moça segurava as mãos em frente ao  corpo observando os nós brancos dos dedos se formando enquanto seus cabelos eram secos - Suspeitei que tivessem um passado pelo modo ousado de Marian, mas não que ainda fossem tão próximos como vi.

- Majestade, me permite fazer uma pergunta como amiga? - Pergunta cuidadosamente a morena.

- Por favor, diga.

- Com todo respeito, não está desenvolvendo sentimentos por James Leonel, não é mesmo?

Melissa e Eleanor se encaram por segundos agonizantes e intermináveis.

Antes da rainha cair na gargalhada e levar Melissa com ela.

- Eu? Tendo sentimentos por James? Melissa, não me faça rir! - A frase de Eleanor sai intercortada em meio a risadas.

- Me desculpe, não sei o que passou pela minha cabeça - Melissa diz rindo da tolice que havia proferido. 

James e Eleanor? Jamais!

- Obrigada por me fazer rir em um momento como esse querida Mel, apenas você para me fazer rir desse modo - Melissa sorri limpando a lágrima do canto dos olhos após tantas risadas.

- A seu dispor majestade - Diz fazendo uma reverencia pomposa e recebendo um revirar de olhos da loira.

Eleanor puxa o ar profundamente em seu peito e o solta devagar, tentando pensar em uma maneira calma e apropriada para abordar o assunto com seu noivo.

Uma forma adulta e civilizada de preferência.

- Certo, vamos para mais um dia.

 Ela passa as mãos por seus cabelos úmidos que refrescavam sua pele naquela manhã, os deixaria secar naturalmente com a brisa fresca da manhã com a esperança que também refrescasse seus pensamentos e os clareasse.

As portas são abertas e Eleanor vê o corredor dourado deserto de uma manhã prestes a começar. A ala dos dormitórios reais costumava a ser mais frequentada pelas arrumadeiras após a família real despertar, ou seja, Eleanor e no momento, James que se estabeleceu dois quartos ao lado do seu.

Um rangido de portas se abrindo é escutado no corredor silencioso do começo do dia. 

Melissa e Eleanor são atraídas pelo barulho observando uma das grandes portas dos aposentos de James se abrir lentamente em uma fresta.

Mas para a perplexidade das duas, principalmente da rainha que controlava seus nervos, não foi James que saia de seus aposentos.

Mas sim uma Marian se esgueirando ainda com as roupas do dia anterior. 

Seu cabelo preto estava emaranhado e sua maquiagem um pouco borrada no rosto, estava com uma cara cansada e a manga do seu vestido lilás pendendo deixando seu ombro nu amostra.

Olhando para os dois lados furtivamente, ela encontra  o olhar feroz de Eleanor lhe encarando em puro ódio. 

Seu semblante vacila ao encontrar o olhar cortante da rainha de Bravença, mas logo é substituído por um olhar soberbo e um triunfante sorriso de lado.

- Bom dia majestade, belo dia não? 

- Sua... - Eleanor cerra os punhos -  O que você fazia no quarto de James?

- Façam suas apostas ou deixarei que usufruam de suas imaginações  - Marian ergue as sobrancelhas fechando a porta atrás de si.

- Santo Cristo... - Melissa murmura colocando as mãos em frente a boca desacreditada.

- Gostaria de me desculpar por ter presenciado essa cena, mas não posso infelizmente, não depois desta noite. Agora, se me dão licença, tenho que repor as horas de sono perdidas - Marian pega a borda do seu vestido e reverencia - Não me aguarde no desjejum matinal essa manhã.

O ar estava espesso na saída de Marian. Melissa apreensiva com o silêncio de sua senhora depois do desacato direto. O peito da rainha subindo e descendo com a respiração pesada.

- E-Eleanor, lembre-se que é isso que ela quer. O melhor modo é se acalmar e resolver a situação de uma maneira calma e bran...

- Ah pode deixar que eu irei cuidar desse caso de uma forma calma e branda! - Eleanor pega o vaso que decorava uma pequena mesa no corredor - Vou quebrar esse vaso na cabeça daquele traidor duas caras da forma mais branda possível!

- Não Eleanor! - Melissa agarra a amiga que erguia o vaso e se debatia para ir até o quarto de James.

- Me solte Melissa, me solte! Vou esterilizar aquele energúmeno de uma vez por todas! Me solte!

Gaspar que virava o corredor já indo checar o motivo da rainha estar demorando tanto, vê a cena no corredor e se apressa para acudir a pobre Melissa lutando contra a força de Eleanor.

- Elê por favor se acalme! O que está havendo?! 

- James está havendo! - Disse Melissa que conseguiu tirar o pesado vaso das mãos da amiga.

- Eu vou matá-lo Gaspar, eu vou matá-lo! Metade dos meus problemas sumirão com a morte dele! 

- Sim, e outra metade surgirá em dobro se o fizer! Esqueceu dos rebeldes, da guerra que pode recomeçar? Eu presenciei duas guerras minha criança, não quero ter que passar pela terceira - Gaspar dizia segurando os braços de Eleanor que aos poucos foram parando de se debater - Isso, se acalme. Pense nas damas que vieram lhe visitar e estão à apenas alguns corredores de distancia daqui. A grande rainha de Bravença não pode ser vista nesse estado, concorda?

- Concordo... - Diz por fim mais calma, apenas com a vergonha lhe invadindo.

- Isso, muito bem. Se acalme, vamos tomar um chá e se quiser você me diz o que está lhe aborrecendo pode ser? - Eleanor balança a cabeça aceitando quieta.

Gaspar lhe estende a mão e ela a segura rapidamente, e assim seguem pelo corredor até a escada para o andar de baixo. Gaspar poderia não entender muito bem dos assuntos femininos da rainha, mas conhecia quem entenderia.

[...]

- ...Então foi isso que ocorreu - Eleanor termina de explicar o incidente da noite anterior e o de pouco antes naquela mesma manhã.

A imperatriz Xiao escuta pacientemente com a testa levemente franzida. Quando Gaspar levou Eleanor até os aposentos da imperatriz, Eleanor ficou confusa, mas foi recebida de imediato com um sorriso no rosto pela segunda imperatriz de Catay, que ao ver o semblante da jovem deu-lhe total atenção.

Após segundos de silêncio onde Xiao e Eleanor apenas encaravam suas pequenas xícaras de chá, Xiao quebra o silêncio com um riso leve antes de bebericar novamente seu chá.

Os olhos verdes da loira lhe encaram confusos com essa reação inesperada.

- Disse algo engraçado? - Indaga e Xiao percebe seu semblante.

A imperatriz sorri ternamente acalmando a jovem.

- Acabei me perdendo em devaneios majestade, sinto muito. Escutando seu relato me veio em mente quando me casei com o imperador e sua primeira esposa veio junto para a minha infelicidade.

- Não compreendo, pensei que ambas tivessem uma relação harmoniosa - Revelou Eleanor e Xiao não deixa de escapar uma risada desdenhosa.

- Harmoniosa? Nos odiamos isso sim! 

Eleanor encara perplexa a mulher a sua frente que dizia sobre a primeira imperatriz com tanto descaso. Eleanor nunca teria imaginado que as duas se davam mal, de maneira alguma! Desde que chegaram em Bravença, as duas eram inseparáveis, cochichando entre si e convivendo em uma perfeita paz que Marian e ela nunca teriam.

- As duas pareciam muito amigas.

- E somos - Xiao diz quebrando o pouco raciocínio que a jovem tinha conseguido dessa situação - Veja bem, nossa situação é delicada. Nos odiamos mutuamente e isso não tem como ser negado, afinal, lutamos pela atenção do mesmo senhor...

Mā mī, mā mī!¹  - O pequeno príncipe herdeiro vem andando desajeitado em direção de sua mãe, as amas de Xiao o seguem logo atrás se curvando diversas vezes pela interrupção. Três delas seguravam as irmãs mais novas do menino fujão.

Duìbùqǐ, nǚshì, tā xǐng lái zhǎo nǐle.²

Xiao abre os braços pegando seu filho e o pondo em seu colo, seus olhos puxados estavam ainda mais pequenos por conta do sono aparente. A imperatriz o aconchega em seus braços e sinaliza para suas servas se aproximarem com suas filhas.

As três se sentam alinhadas nas almofadas postas no chão, que Eleanor supôs ser um costume de seu reino, e as bebês gordinhas encaram ao redor atentas.

- Espero que não se importe com a presença de minhas servas, dividi o quarto para que meus filhos ficassem no mesmo ambiente que eu. Não se preocupe, elas não entendem seu idioma.

Eleanor concordou quieta observando as meninas distraídas olhando para os seus bracinhos, sorrindo banguela para suas cuidadoras que faziam graça, enquanto seu irmão mais velho caiu no sono no colo da mãe.

- Sua família é muito linda Xiao - Fala sinceramente admirando as crianças.

Fēicháng gǎnxié ³, muito obrigada - Agradece sorrindo - Meus filhos são a minha maior dádiva, presentes enviados pelos céus. Sinto um forte carinho também por Zhimo, filho da imperatriz Zhen, ele é meio-irmão dos meus filhos não é? O que eu estava querendo dizer Eleanor, é que por mais que Zhen e eu disputemos a atenção de nosso marido e brigamos muitas vezes, estamos fadadas a conviver juntas. Tem momentos que eu não a suporto, mas ela é o mais próximo que eu tenho de uma amiga desde que me casei. Homens são complicados.

- Homens são complicados - Concordou Eleanor -  Como lido com esse que tanto me tira a paz?

- Não vejo o príncipe James sendo muito diferente de Yelu, que mesmo com duas esposas insiste em ter várias concubinas. Por vezes eu o amo, por vezes eu o odeio, e sem ele não me vejo. Infelizmente, não posso contestar suas escolhas, nossos costumes são...mais rígidos que os seus.

Eleanor gostaria de perguntar o que Xiao quis dizer com "mais rígido", mas sentiu que não lhe cabia perguntar.

- Minha jovem Eleanor, se isso te incomoda a esse ponto, está livre para indagar o que houve noite passada! Tens um reino inteiro, e o comanda mesmo tão nova e moça. Acha que James lhe trairia?

- Eu tenho minhas dúvidas...

- Pois retiras imediatamente, não leve uma vida amargurada com o seu futuro casamento como eu e Zhen. E se precisar tem duas velhas ranzinzas que tem uma dívida com você - Xiao segura a mão da rainha que sorri ternamente para a nova amiga que havia feito.

- Quem é a velha ranzinza sua velha ranzinza? - Zhen diz abrindo a porta e adentrando sem cerimônias nos aposentos de Xiao.

- Você é a velha ranzinza sua velha intrometida! Entrando desse jeito em meus aposentos, ora.

- Aposentos de Bravença que foram cedidos aos seus caprichos, e o que está fazendo importunando a jovem rainha  a essa hora da manhã? Eleanor não perca tempo com essa velha rabugenta.

- Velha rabugenta? Sou mais nova que você! O que veio fazer aqui além de nos incomodar?

Eleanor ri das duas mulheres adultas que faziam mais barulho que as crianças presentes no cômodo, e as duas param sorrindo vendo a jovem se divertir as suas custas. 

Uma batida é entoada na grande porta do quarto e devagar Gaspar abre uma brecha.

- Com licença, perdoem-me pela interrupção. Majestade, perdeu o desjejum matinal com suas convidadas, Lillian está lhe procurando para checar se o arranjo floral foi lhe entregue como havia pedido, e o Príncipe James parecia estar lhe procurando, devo avisá-lo que está com as imperatrizes?

Eleanor pensa sobre tudo que Gaspar lhe disse. Perdeu muito tempo precioso conversando sobre seus problemas pessoais com a imperatriz, o certo seria se despedir delas agradecendo-lhes por esse tempo e seguir com suas obrigações reais.

Mas por outro lado...

- Gaspar, comunique que estou em uma reunião importante e que não quero ser incomodada no momento, isso vale para Lillian, minhas convidadas e principalmente James. Peça minhas sinceras desculpas por essa quebra na programação diária e promova um dia de cuidados especiais para minhas convidadas, será meu pedido de desculpas por não estar presente hoje.

- Mas minha senhora...

- Isso é tudo Gaspar, obrigada - Eleanor diz decidida e Gaspar presta uma reverencia antes de fechar a porta e se retirar.

As imperatrizes lhe olham surpresas pela atitude repentina da jovem, mudando drasticamente sua rotina para permanecer com elas.

- Pois bem, onde nós paramos? - Diz a rainha servindo-se de mais um pouco de chá com um sorriso no rosto.

Ela era a rainha daquele reino, e podia tirar um tempo para o seu bem-estar, longe de problemas.

Longe de James.

[...]

A tarde após desfrutar da companhia das imperatrizes por toda manhã até a refeição, Eleanor tinha duas únicas certezas.

Primeiro, conversaria com as imperatrizes mais vezes. Seus conselhos eram dados de forma esclarecedora, sempre tinham algum assunto, e a risada com as brigas sem sentido das duas eram garantidas.

Segundo, ignoraria tanto James como Marian. Desde o começo deixaram claro que o relacionamento deles não passavam de um acordo político, e que, se ele mante-se contato com outras mulheres sem ser em público, não haveria problemas.

Ela estava decidida. Não perderia mais o seu tempo precioso com reles assuntos quando tinha um reino para cuidar e sua sanidade para preservar. 

James não era mais criança, mesmo agindo como uma na grande maioria das vezes. Eleanor não era sua mãe e só a ideia lhe enojava. Pois então ele cuidaria de sua própria vida desde que não interrompesse seu reinado ou reputação.

Mas parecia que James ainda não lia pensamentos.

- Apenas me esclareça o motivo de estar com o semblante mais feio que o normal Eleanor! Eu tenho o direito de saber como noivo, não acha? - James repetia a pergunta que não parava de lhe fazer desde que a encontrou naquela tarde.

Eleanor acompanhada por Melissa, caminhavam tranquilamente colhendo alguma flores dos jardins dos fundos. 

- A tarde não está esplêndida hoje Mel? - Diz a rainha ignorando o homem que as seguia irritado.

- Sim majestade, está uma tarde muito bela - Melissa diz colocando outra flor que Eleanor colhera na cesta cheia de flores que carregava consigo.

- Eleanor - James chama mantendo o passo.

- Sabe Melissa, com o clima tão agradável eu mal me lembro o que tanto me irritava essa manhã. Estou pensando inclusive em dar uma volta de carruagem, me acompanharia?

- Eleanor... - James persiste.

- Seria um prazer, faz tempo que não saímos dos limites do castelo. Apenas não se esquece de vestir sua capa, ainda pode ser perigoso. Não me esqueço da última vez que testemunhamos rebeldes chantagistas - Melissa relembra apreensiva e Eleanor concorda.

- Vê se pode, chantageando comerciantes para elevarem os preços e culparem a mim, Deus tenha misericórdia dessas pobres almas quando eu os prender e....

- Eleanor!

James grita fazendo as duas tremerem e se virarem para o homem que andava furioso ao seu encontro.

- Oh, olá James, posso ajudar em algo? - Pergunta a loira fazendo pouco caso.

- Sim, você pode.

James agarra o pulso de Eleanor e a puxa para longe de Melissa, andando na direção oposta.

- E-ei! Espera! Seu... - Eleanor tentava puxar seu braço do aperto firme de James, mas sua força comparada com a dele era quase nula.

James para levando a loira para atrás da capela, soltando finalmente seu pulso.

- Seu bruto! O que pensa que está fazendo?! - Grita indignada.

- Ah, me perdoe majestade! Deveria marcar uma audiência na sala do trono para ter um minuto de sua atenção? - Seu tom ácido irrita ainda mais a rainha.

- Sim, deveria! O que você quer dessa vez além de tirar minha paz? 

- Saber onde esteve a manhã inteira, sabe como eu sofri na mão da Lillian e da Madame Delaney? Tínhamos que treinar a valsa do casamento, a grande rainha Eleanor teve u compromisso urgente!  Me fizerma dançar com o Max! 

- Realmente, não devia ter perdido essa cena - Sorri de lado imaginando James guiando Max em uma dança.

- Não mude de assunto, temos um compromisso esqueceu? - O semblante de Eleanor se contorce em indignação.

- Eu não esqueci, e você? 

- O que isso tem haver comigo?

- Pergunte para a sua amiga de bebidas que  passou a noite no seu quarto! - Grita a loira.

James abre a boca e depois fecha, volta a abrir, porém não diz nada novamente. Eleanor cruza os braços.

- Como soube? - Pergunta finalmente.

- Quem não soube, essa é a questão! Marian praticamente esfregou na minha face, sabe como é sortudo por ainda estar vivo? - O homem engole em seco e Eleanor solta o ar cansada - Pode se relacionar com quem bem entender, apenas não debaixo do meu nariz, com centenas de convidadas e com a esposa do seu amigo que por sinal me odeia! 

- Acredite em mim quando eu digo: Não dormi com a Marian. Ou melhor, apenas dormimos, apenas.

- A história já está mudando pelo visto - Diz fazendo James revirar os olhos.

- Eu e a Marian não tivemos nenhum contato amoroso, fim. E se a minha palavra não for o suficiente para satisfazer vossa majestade real, que seja - James se vira para ir embora.

- Então me explique por que a vi saindo do seu quarto e o encontro de vocês na despensa! Pensei que havia dito que iriamos ser amigos pelo menos não disse? Por que então não me conta o que houve?

James por um momento em silêncio.

Eleanor com expectativa encarando-o de costas.

- Eu não posso... 

- Mas eu pensei que amigos...

- Sou seu amigo, Eleanor. Mas também sou amigo da Marian, e não posso lhe contar o que ocorreu sem trair a confiança dela. Sinto muito - James se afasta sem se virar para ela nenhuma vez mais.

Eleanor se senta apoiada atrás da capela, refletindo em tudo que lhe disse.

James era um mulherengo alcoólatra que tirava sua paciência e lhe causava dor de cabeça constante.

Mas também de certo modo havia virado um...amigo? Podia considerar James seu amigo?

Não o via como enxergava Félix, mas também não conseguia vê-lo como enxergava Gaspar ou Melissa. Não conseguia definir a relação que os dois tem.

Entretanto, após ver como protegeu a amizade com Marian, seu interior se convenceu que ele não trairia a confiança dela se a considerasse uma amiga.

"- Sou seu amigo, Eleanor"

- Eleanor! O que faz encolhida ai? Estava te procurando! - A voz de Melissa diz não muito distante e a loira vê sua amiga vindo em sua direção apressada.

- O que houve?

- A Lady Lívia e a rainha Maria chegaram.

[....]

¹Mãe, mãe.

²Desculpe senhora, ele acordou te procurando.

³Muito obrigada.



Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro