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Capítulo 28

O vento soprava veemente contra o rosto corado de Eleanor. As gotículas de suor se formando em sua testa apareciam com a adrenalina em seu corpo de montar novamente seu amado cavalo branco, Pétala. Não o montava desde a noite de seu décimo oitavo aniversário onde soube de seu casamento, e não pôde visita-lo com tanta frequência desde que se tornou oficialmente rainha. Mas nada poderia substituir a indescritível sensação de estar ao lado de seu fiel companheiro de tantas horas.

A sensação de liberdade que cavalgar lhe proporcionava era arrebatadora.

- Avante Pétala! Corra garoto! - Incentivava apertando as rédeas para que virasse na próxima árvore - Vamos! Elas logo nos alcançarão!

Os cascos de Pétala batiam sem cessar contra o gramado do jardim, correndo a toda velocidade e a plenos pulmões. Eleanor e Pétala iriam finalmente completar a volta pelos arredores do castelo, passando pelo jardim da frente, as estátuas laterais, o jardim dos fundos e o estábulo juntamente do pombal. A linha de chegada sorrindo para eles logo em frente: A fonte em frente ao labirinto.

Eleanor encara confiante a chegada com um sorriso convencido no rosto, com coroa maior ou não, ainda não havia perdido o jeito na montaria.

- Essa corrida é nossa Pétala! - Grita animada, ignorando seus cabelos esvoaçantes que insistiam em cair frente aos seus olhos.

- Não conte com isso!

James passa por ela em seu cavalo Fornalha, trotando furiosamente e relinchando ao passar pela loira estática. Eleanor range os dentes e aperta Pétala em baixo de si, implorando para que fosse mais rápido.

- Não não não! Mais rápido Pétala, mais rápido menino! - Estimulava o pobre animal que já corria estafado.

James gargalhava com o desespero de sua noiva em lhe ultrapassar, sabendo muito bem o espírito competitivo da rainha. O que tornava sua vitória ainda mais prazerosa.

Em um momento estava na liderança, prestes a vencer a corrida. No outro estava vendo James empinar seu cavalo após alcançar a linha de chegada, fula por ter sido ultrapassada.

- Revanche! Sua vitória foi injusta! - Bradava a loira parando Pétala ao lado de James e Fornalha.

- Ou alguém é muito orgulhosa para aceitar a derrota - Responde James com um grande sorriso no rosto, para o enraivecer maior da rainha.

Eleanor encarava seu noivo com a cara fechada enquanto o observava descer de seu cavalo, como uma criança que haviam negado um doce. James acaricia Fornalha sem tirar os olhos de Eleanor, aproveitando cada segundo do que enxergava como uma triunfante vitória. Eleanor enrola os cabelos semi presos atrás de si, retirando mechas desarrumadas de frente aos olhos para poder enxergar sua descida.

- Precisa de ajuda? - Diz o príncipe lhe estendendo a mão cordialmente, recebendo um tapa na mesma em resposta da gentil rainha.

James levanta as mãos se rendendo, e Eleanor desce de Pétala por fim, ouvindo os cascos dos cavalos de suas companheiras se aproximarem.

- Como são rápidos cavalgando! Deixaram-nos para trás em um piscar de olhos! - Camille exclama indignada com a agilidade de seus amigos.

Atrás dela chegam em sequência as irmãs Sienna, Tallulah e Rose, filhas do Duque.

- Que semblante desagradável é este em seu rosto minha amiga? - Perguntou a loira Sienna descendo de seu cavalo.

- Não nos diga que perdeu a corrida - Incrementou Tallulah de forma engraçada, até ver Camille balançando a cabeça freneticamente em negação e seu rosto se fechar em descrença.

- Eleanor perdeu uma cavalgada? Mas isso é impossível, nunca perdeu uma corrida sequer! - Exclamou Rose, a mais nova das irmãs.

- Até esse momento - James diz com gosto segurando as rédeas de seu cavalo - Teria que acontecer algum momento sendo que o adversário que vos fala, também nunca perdeu uma corrida sequer - Pisca galante para as meninas que trocam risinhos.

- Até esse momento - Relembra Eleanor passando por ele guiando seu cavalo.

James lhe segue com o olhar achando graça da sutil, porém presente, ameaça de sua noiva.

Era o quarto dia consecutivo com suas convidadas de outras regiões. Eleanor estava amando cada momento que passava ao lado de suas convidadas, compartilhando de experiências, expectativas, assuntos políticos ou apenas conversas entre mulheres, cada momento para ela era único. Hoje em Bravença fazia um lindo dia de Sol, e seria um desperdício imenso prende-las atrás das paredes do castelo em um dia tão belo.

A ideia de uma cavalgada pelos arredores logo se passou pela sua mente, porém nem todas compartilhavam do mesmo amor pelos cavalos, ou da mesma disposição da rainha animada, por isso apenas Eleanor e suas amigas das províncias abdicaram do seu tempo e foram cavalgar. A jovem logo se animou de passar esse tempo com suas amigas filhas de nobres, pois as via raramente, apenas em festivais e eventos da nobreza.

Ter um momento apenas para sentir o vento bater contra o rosto e refrescar seus pensamentos, era glorioso.

Momento esse que foi ofuscado pelo seu noivo que exibia suas habilidades na montaria, passando voando pela caminhada tranquila de Eleanor e suas amigas.

- Ah Eleanor, o príncipe não aparenta ser tão ruim quanto nos descrevia - Ressalta Rose olhando de soslaio para James guiando seu cavalo mais adiante.

- Ei ele é o noivo da rainha, pare de sonhar acordada! - Tallulah repreende em tom brincalhão para a irmã mais nova, fazendo a rainha rir - Mas temos que concordar majestade, o príncipe aparenta ser um bom partido.

- Bom partido? - Eleanor repete achando graça.

- Claro! Herdeiro do trono do maior reino da região, ótimo cavalheiro e de boa aparência. Estaríamos lutando por um partido desses se tivéssemos chance, mas o máximo que nos chega são filhos de marqueses de reputação duvidosa.

Eleanor encara as costas de James a sua frente. Ele era alto e seus ombros largos, Eleanor não chegava a alcançar seu pescoço sem sapato de salto. O cabelo castanho sempre bem penteado para trás, com aquele topete lustroso e barba alinhada. Não podia negar que seu noivo tinha uma boa aparência.

- Bem, James pode ser sim um bom partido visto dessa maneira - Suas amigas abafam gritinhos histéricos ao ouvir Eleanor o elogiar.

James olha de relance para trás fazendo as meninas rirem travessas e Eleanor corar levemente. Ele junta as sobrancelhas confuso, mas com um sorriso de canto brincando em seus lábios. Ao voltar sua atenção para frente Eleanor lança um olhar repreensivo para as irmãs que a provocavam.

- Uma pena que as gêmeas não puderam nos acompanhar hoje - Camille diz casualmente e as meninas concordam.

- Realmente uma pena - Rose fala - Mas por outro lado, deve ser difícil conviver conosco sendo que...bem...

Rose olha de soslaio para Eleanor que suspira com um sorriso constrangido no rosto.

- Não fez nada de errado majestade. Fez o que era certo para o seu reinado - Tallulah garantiu tentando tranquilizar a amiga, todas concordam de imediato.

Eleanor sorri minimamente pelo esforço de suas companheiras.

- Fico grata pelo apoio meninas. Foi difícil para mim ter que banir minhas amigas da nobreza por um erro que não cometeram, infelizmente também pagam pelo preço dos erros dos pais. Se ao menos o antigo barão não tivesse sido contra o meu reinado - Lamenta a loira. Camille repousa gentilmente a mão no ombro de Eleanor.

- Ser rainha é ter que tomar decisões muitas vezes difíceis, elas com certeza entendem Eleanor. Foi muita gentileza sua convida-las mesmo após o ocorrido, apenas dê um tempo para elas se acostumarem com a nova vida.

Eleanor concorda. Sabia que como rainha era seu dever impor sua autoridade e neutralizar qualquer ameaça ao seu reinado, mas também não era de seu feitio esquecer velhas amizades. Esperava que as gêmeas também não esquecessem.

A certa distancia do estábulo, seus servos responsáveis pela área tomaram as rédeas dos cavalos e os guiaram para o estábulo. Eleanor se despede de Pétala com um afago carinhoso antes de seguir caminho com suas amigas e James, mais afastado dando espaço para as damas conversarem.

Sentia-se a velha Eleanor que foi por tantos anos. Conversando sobre pretendentes e presentes ruins, novidades dos últimos bailes que suas amigas frequentaram, assuntos de dentro da nobreza que Eleanor nem cogitava a existência, e todo e qualquer assunto costumeiro que tinha quando princesa. Assuntos esses difíceis de se ter quando rainha.

Se aproximando do castelo ela avista Melissa e Gaspar acompanhando as imperatrizes vindo de uma direção da grande entrada, ela sorri e acena animada em vê-los juntos. Mas ao olhar para outra direção, vindo do jardim lateral da ala oeste, se encontrava Marian acompanhada de suas criadas.

Eleanor não as via no mesmo ambiente desde que Marian havia posto tudo a perder e mostrado sua verdadeira face às imperatrizes. Para a sorte de Eleanor, com seu descuido conseguiu se acertar com as senhoras de Catay. Para o azar de Marian, desde então elas evitam contato com a rainha supérflua.

Pelo o olhar que Marian lhes lança, era de se imaginar que já havia notado o distanciamento de suas subordinadas de alta postura.

Entretanto o foco da rainha de Solent não era as imperatrizes.

E muito menos Eleanor.

- James querido! - Exclama ao ver o príncipe caminhando extasiada em sua direção.

Marian anda rapidamente até James, agarrando o braço do pobre homem que não sabia como reagir diante da situação lhe imposta. Eleanor contrai o rosto em uma careta ao ver novamente a rainha casada se oferecendo para o seu noivo tão indiscretamente.

- Cavalgada pela manhã? Ficarei magoada se esquecer de me convidar na próxima.

James sorri do modo tranquilo de sempre, mas afasta gentilmente a rainha que o encara chorosa.

- Bom dia rainha Marian, senhoritas - Cumprimenta cordial - Vieram desfrutar do lindo dia de Sol?

- De fato era essa minha intenção, a vista está maravilhosa - Diz fixada no homem a sua frente.

James desvia o olhar de Marian para Eleanor não muito longe, observando a cena com uma expressão feroz. Ele volta a encarar Marian não mais preocupado com o que sua noiva faria com ela caso não se afastasse, e sim com o que faria com ele se permitisse a situação por mais um segundo.

James limpa a garganta arrumando o colarinho de sua camisa engomada, tentando escapar daquela situação de uma maneira simples, fácil e rápida.

- Bem, espero que aproveite a paisagem se assim desejar. Se me der licença vou me retirar para os meus aposentos, todo esse tempo no Sol está começando a me incomodar.

- Está com a razão senhor Leonel - Marian arruma seu cabelo que caia sobre os ombros, o colocando de lado deixando amostra seu pescoço - O clima esquentou não é mesmo?

Eleanor pisa a passos firmes até os dois, os punhos cerrados tentando controlar a raiva que sentia crescendo dentro de si. Não sabia exatamente se estava brava com Marian lhe desrespeitando publicamente em frente às suas convidadas, com James não reagindo firme em afasta-la, ou o simples fato dos dois estarem juntos ali naquele momento.

Não havia uma razão lógica para ela estar tão enraivecida, mas olhar Marian mexendo nos cordões de seu busto e James com o olhar perdido na moça, a repulsa subia a cada passo que se aproximava.

- Basta! - Eleanor grita empurrando Marian para longe sem cerimônia, a rainha oferecida lhe encara desacreditada assim como todos naquele momento - Se irá ficar sob os meus cuidados pelo menos tenha a decência de não cantar meu noivo tão descaradamente Marian!

Marian a encara boquiaberta com aquela expressão inocente de se fazer de vitima. Mas estava difícil segurar o riso que ameaçava vir a qualquer momento. Eleanor aguentava firme para não estapear a expressão cínica da mulher a sua frente.

- Perdeu o juízo majestade? Creio que saiba muito bem que James e eu somos velhos amigos. Não lhe é propício agir de tal maneira, estaria a grande rainha de Bravença com ciúmes? - Marian diz achando graça.

"E é pelo motivo de todas as amigas do meu noivo acabarem em sua cama que eu me preocupo", pensou a loira segurando-se. Não se importava de James dar atenção para outras mulheres, nunca teve problemas com isso. Porém James tinha duas regras claras que, se quebradas, Eleanor quebraria seu sorriso perfeito.

Primeiro, era proibido se relacionar com outras mulheres em locais públicos. Tudo o que Eleanor menos precisava era lidar com assuntos de sua vida pessoal circulando entre seus súditos. Como governar pessoas que perderam todo o senso de respeito pela sua pessoa?

Segundo, podia se relacionar com qualquer mulher, menos com uma especificamente. Marian.

De todas as mulheres vulgares que James poderia arranjar para si, Eleanor não suportaria conviver com um homem que compartilhou qualquer tipo de afeto com a pessoa que mais detestava nos quatro reinos.

Eleanor respira tentando ao máximo recuperar o controle. Era exatamente isso que Marian queria.

- Ciúmes? Tolice a sua Marian, confio no meu noivo. Não confio em você - Respondeu de forma direta o mais devagar possível.

- Eleanor - James fala em alerta.

 Marian arqueia as sobrancelhas se divertindo, um sorriso debochado nos lábios. Seu olhar cruzado com o da loira a sua frente, abria uma batalha acirrada. James perdido como um peão no tabuleiro de xadrez, observando as rainhas se enfrentarem. As outras peças irrelevantes no lance, aguardando a jogada final.

- Finalmente está colocando as garras para fora pequena Bellarose. Não conhecia esse seu lado, James lhe ensinou bem - Marian diz aproximando-se mais e mais de Eleanor, até parar face a face com a rainha pouco contente - Sua insegurança me fascina. Me diga, como é não ser boa o suficiente para agradar seu companheiro? - Pergunta em um sussurro.

- Esta situação não me é familiar, por que não nos responda estando tão bem habituada? - Marian endurece o semblante, Eleanor lhe encarando com um olhar frio - Nunca mais ouse pronunciar o sobrenome de minha mãe, não o suje com sua boca depravada.

 As imperatrizes que conseguiram escutar a conversa enquanto se aproximavam a passos rápidos, vão até Eleanor em sua defesa. Melissa e Gaspar impotentes em fazê-las mudar de opinião, seguem as convidadas apressados.

- Majestades - Zhen diz se inclinando brevemente em uma saudação respeitosa junto de Xiao - Poderíamos ter um momento de sua atenção, rainha Eleanor? 

Marian revira os olhos com a chegada das imperatrizes, sussurrando algo para suas acompanhantes arrancando-lhes risos. 

Eleanor fecha os olhos brevemente respirando fundo, ao abrir os olhos novamente após um longo suspiro, enxerga Zhen e Xiao encarando sua pessoa com olhares acolhedores, chamando ela para longe daquela situação.

- Não lhes ensinaram que é desrespeitoso interromper uma conversa? Não existem bons modos no fim de mundo que vieram ou não receberam educação do dono de vocês? Oh me perdoem, não devem ter nos enxergado com esses olhos defeituosos - Marian dispara sem paciência para as imperatrizes que permanecem quietas sem esboçar reação. Marian puxa seus olhos zombando das imperatrizes - Dizem que os olhos são as janelas da alma, ou seriam brechas?

James, Eleanor, Camille, todos estavam sem reação escutando tamanha afronta mesmo sendo vinda de Marian. Para Eleanor aquela era a gota d'agua, Marian poderia ter tudo contra sua pessoa, lhe importunar e agir do modo mais odioso, mas não tinha o direito de importunar suas convidadas especiais.

Se fosse preciso tomar medidas mais drásticas,  estaria pronta.

Ao contrário das reações por parte das imperatrizes insultadas. As duas não perderam a postura e delicadeza ao se dirigir a palavra novamente à Marian.

- Ditado interessante. Nosso povo também tem um - Fala Zhen de forma branda - Gǒu fèi bùshì yīnwèi tāmen yǒnggǎn, ér shì yīnwèi tāmen hàipà.

Zhen entrelaça seu braço com o de Eleanor. Eleanor fica surpresa por um breve momento, antes de um sorriso confiante aparecer no seu rosto e encarar Marian de volta.

Marian encara as duas com repúdio  enquanto Camille e as meninas se colocavam ao lado de Eleanor na defensiva.

- Fácil dizer qualquer estupidez quando não compreendemos seu idioma antiquado! - Vocifera Marian.

- É simples - Xiao diz serena enquanto Marian cruzava os braços impaciente - "O cão não ladra por valentia e sim por medo"

Marian arregala os olhos indignada enquanto as meninas e, até mesmo James, seguravam o riso.

- Como ousa! Está me comparando a um cão?!

Zhen e Xiao dão as costas para a rainha nervosa, junto de Eleanor e suas acompanhantes.

- A senhorita que disse, não nós - Fala Zhen.

- Passar bem, majestade - Termina Xiao.

Marian fica parada estática observando-as se afastarem. Ela olha para James ao seu lado parado junto de Melissa e Gaspar, observando junto dela enquanto se afastavam rumo ao castelo.

James percebendo Marian lhe encarando percebe que ficou para trás e se apressou em seguir sua noiva junto de Gaspar e Melissa. Sobrando apenas Marian e suas criadas.

A noite caiu em Bravença. Depois de um longo dia de recreações, conversas, planejamentos, e alguns desentendimentos, Eleanor estava pronta para terminar de verificar as áreas de seu castelo, se retirando para repousar por fim.

Nos últimos dias com suas convidadas hospedadas em sua residência, fez questão dela mesma rondar os andares de seu castelo para se assegurar que não houvesse nada fora do comum.

Cantarolava baixinho uma cantiga muito tocada nos festivais de outono, perdida em seus pensamentos enquanto deslizava de cômodo em cômodo.

Guardas que faziam a ronda noturna cumprimentam educadamente sua majestade com reverências breves, seguindo para a próxima ala. Empregados que terminavam seus afazeres e já se retiravam para seus quartos cruzavam seu caminho desejando-lhe boa noite.

Todos se aprontavam para dormir no castelo e em Bravença. Caminhava pelos corredores já escuros com os castiçais apagados, apenas a luz da Lua servindo como guia.

Ou pelo menos era o que pensava antes de descer as escadas para o andar térreo.

Uma luz brilhava vindo da despensa. Eleanor olha para os lados e tudo estava quieto, a essa altura os criados desse piso já teriam se retirado para descansar.

- Devem ter esquecido.

A loira se aproxima da despensa para apagar o castiçal que ainda iluminava o local. Mas ao se aproximar tem a impressão de escutar murmúrios vindo do local.

Até mesmo, algumas risadas.

- Desse jeito você me deixa louco sabia?

Eleanor para a alguma distância ao conseguir ouvir a voz vindo da sala.

- Não seria nenhuma novidade. O que aconteceu com você? Está querendo bancar o bom menino? Nós dois sabemos que essa farça não dura, e que você é beeem melhor quando não está fingindo ser algo que não é.

A voz estava baixa e um pouco diferente do habitual, mas não restava dúvidas para Eleanor.

As vozes que conversavam na calada da noite, eram de James e Marian.

Eleanor congela com a respiração pesada. Devia ser apenas um mal entendido, James não teria um caso com Marian.

Isso. Iria até lá pedir explicações antes de tirar conclusões precipitadas.

- É tão bom tê-lo por perto novamente James querido, não sabe como senti saudades dos seus braços em minha volta - Eleanor escuta Marian falar e seus pés simplesmente não lhe obedeciam - Não finja que não sente saudades de mim, não negue isso para si mesmo. Eu te conheço James Leonel! Não consegue...mentir para mim...

James ri junto de Marian por algum motivo que ela desconhecia. Forçou-se a dar mais um passo para frente, independente do que veria.

Assim o fazendo, consegue enxergar minimamente por uma pequena brecha o que acontecia.

A visão que teve fez seu peito doer.

- É impossível mentir para você não é mesmo? - Escuta James murmurar. A distância que bisbilhotava não era suficiente para entender exatamente o que falavam - Não conseguiria mentir de qualquer maneira, não para você. Sabe muito bem que eu me importo.

Eleanor chega até o lado da porta e se encosta levemente na parede, com as mãos em frente a boca em um misto de emoções. James estava sentado com Marian do seu lado. Ela estava recostada em seu peito de cabeça baixa enquanto ele afagava carinhosamente seus cabelos negros.

Ela ergue a cabeça lentamente e o encara parecendo cansada.

- Me beija. Vamos voltar de onde paramos, não precisamos contar para ninguém...

"Não..."

- Marian...

"Não...!"

Eleanor fecha os olhos engolindo a raiva que a consumia. Queria entrar lá e gritar com os dois, queria estragar aquele momento, queria esmurrar James por ficar ao lado daquele ser!

Mas não o fez.

Suas pernas fraquejaram e tudo o que queria era subir aquelas escadas sutilmente assim como havia chegado. Ela não tinha o direito de se envolver. Deixou claro para James que não se importava em ele se relacionar com outras mulheres, desde que não o fizesse publicamente.

Não tinha ninguém mais por perto, não estava infringindo sua ordem. Sobre não se relacionar com Marian, era algo que havia estabelecido no íntimo e não o mencionara vez alguma.

Naquele lugar apenas uma pessoa estava sobrando, e esse alguém era ela.

Mas não por muito tempo.

A loira se vira sem olhar para trás,  deixando os dois por fim.

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