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Capítulo 22

 Sentada no chão encostada na última estante da biblioteca do castelo, se encontrava a rainha, entretida lendo secretamente. Ler era seu passatempo preferido, amava sentar-se e ler um bom livro.

Não era natural uma dama ler, na verdade, era encarado pela maioria dos homens como vergonhoso. Porém sua mãe sempre prezou pelo seu conhecimento e ensinou-lhe a ler desde pequena, não somente Eleanor, mas fez questão de ensinar Melissa e Luiza junto, assim como havia aprendido. Infelizmente seu passatempo preferido havia ficado de lado após sua coroação por motivos óbvios. Não tinha mais tempo para passar lendo quando tinha um reino inteiro para reger. 

- Ora mas onde essa garota se enfiou dessa vez? Eleanor! Está na hora da sua aula diária! - Ouvia Delaney a chamando sem cogitar a ideia de que poderia estar na biblioteca.

Eleanor relaxa confortável. A biblioteca sempre se mantinha fechada quando não havia reuniões do conselho privado, ou um dos membros do clero para abri-la. Muitos dos livros ali presentes eram confiscados pelo clero, sendo assim até mesmo a rainha tinha um acesso limitado. Estava no lugar mais improvável aos olhos de seus servos que pouco sabiam sobre os túneis secretos do castelo.

Mas por sorte a rainha sabia.

Havia despistado todos que poderiam atrapalhar seu momento de descanso. O que incluía Melissa e Gaspar infelizmente. Sebastian havia mencionado algo como reinos e embarcações ou algo assim, mas com sua concentração longe mal havia o escutado. Torcia para não ser nada realmente muito urgente, pois bem sabia que não podia negligenciar suas responsabilidades por muito tempo como antes, quando era princesa. Apenas o suficiente para não ter um colapso nervoso.

James por sua vez deveria estar cavalgando com Max a uma hora dessas, bem bem longe dali desejou a loira querendo continuar em seu momento de paz. Desde o festival de verão pareciam estar tentando amenizar as discussões e conflitos entre eles, mas chegar ao ponto de realmente se aturarem era um milagre que levaria mais algum tempo para ocorrer.

"No meio dessa aflição lembrou-se da espada que estava fincada na bigorna em frente à catedral e pareceu-lhe que uma espada assim serviria muito bem ao seu irmão. Assim, disse a si mesmo: 'Vou lá e, se conseguir, pego aquela espada, pois ela certamente servirá muito bem para que meu irmão termine a luta'"

Entretida com seu livro preferido, Eleanor mal escutou o rangido fraco vindo da passagem secreta. A mesma passagem que havia tomado para entrar sem suspeitas na biblioteca trancada. Passos se aproximavam sorrateiramente, e a rainha só percebeu que não estava sozinha quando viu uma sombra se projetar aumentando em tamanho conforme se aproximava.

Tomada por um impulso coloca o livro no chão e se inclina para tentar ver quem havia entrado na sala.

- Aha! - Gritou Melissa que segurava uma travessa, Eleanor se desequilibra caindo para trás com o susto - Ousou se esconder de mim majestade?

- Melissa como que...

- Eleanor eu lhe conheço melhor que si mesma - Eleanor abre a boca para contestar mas Melissa interrompe - O certo seria eu avisar Gaspar e Delaney que estão loucos lhe procurando que está se escondendo aqui.

- Mas minha boa dama de companhia e amiga jamais faria uma coisa dessas... - Melissa arqueou as sobrancelhas enquanto Eleanor sorria incerta - ...Faria...?

Melissa se senta ao seu lado colocando a travessa no chão entre as duas.

- Temo a ira da minha rainha que parece exausta - Eleanor sorri fraco voltando a relaxar pegando seu livro - Mas não pense que serei boa assim sempre vossa loirice real.

Eleanor concorda porém já estava longe dali imersa em sua leitura. Melissa revira os olhos enquanto servia um pouco de chá para ambas.

- A lenda do rei Artur novamente? Leu esse livro incontáveis vezes deve saber a história de cor certamente. Não vejo graça em ficar com o rosto enfiado em um livro que leu inúmeras vezes - Comenta Melissa enquanto Eleanor não tirava os olhos do livro.

- Não é minha culpa essa história ser simplesmente incrível. É impossível não se envolver com os personagens entende? - Melissa nega com a cabeça e Eleanor revira os olhos - Quando irá compreender a magia da leitura minha jovem amiga?

- Perdoe-me por não enxergar graça em um monte de letras em um papel, tenho trabalho para fazer e não tenho tempo para esse tipo de entretenimento.

Eleanor não aceita essa resposta e puxa a amiga para ver o livro junto dela animadamente, Melissa resmunga tentando se afastar mas a loira foi mais rápida entrelaçando seus braços com firmeza.

- Veja só minha querida Melissa - Apontou-lhe a passagem no livro - Artur irá retirar a espada excalibur da bigorna sólida sem ao menos se dar conta da façanha que isso significa!

- Fascinante - Responde Melissa sem animo algum mas Eleanor entusiasmada com sua leitura não percebe.

- E nem é o ponto mais fascinante, pois o próprio mago Merlin profetizou que somente um herdeiro direto do falecido rei conseguiria retirar a espada! Mas Artur não sabe que é descendente do rei Uther Pendragon!

Melissa ri de sua empolgação vendo como o rosto de sua senhora se iluminava falando da história que bem conhecia a tempos e tempos. Eleanor para de falar a encarando sem entender e Melissa apenas lhe entrega a xícara de chá.

Eleanor suspirou com a mente longe dali enquanto bebericava de seu chá. Desejava poder viver uma aventura como a do rei Artur da lenda, ter uma espada poderosa com um conselheiro mágico e realizar atos deslumbrantes como o dele.

Melissa a encarava com a testa franzida parecendo pensar intensamente.

- Pensando em um certo mago fictício talvez? - Arriscou e Eleanor sorri assentindo.

- Não seria incrível?

- Bom, na falta de um mago a senhorita tem uma boa dama de companhia, um mordomo fiel e dois cavalheiros valentes. Um em especial creio eu - Brinca sem saber que acabou de tocar em uma ferida que ainda estava cicatrizando.

Eleanor sorri fraco pensando em como era sortuda. Talvez se sua vida fosse um livro e o Rei Artur estivesse lendo, iria desejar ter os bons companheiros que ela tem ao seu lado.

Félix. Havia se passado um bom tempo em que não ousava sequer pensar neste nome, pois ainda lhe doía no íntimo.

Balançando a cabeça ela tenta afastar esses pensamentos para longe e seguir em frente como havia decidido depois do fatídico dia.

- ...E assim se encerra a lenda do Rei Artur e os cavalheiros da távola redonda" - Conclui Eleanor fechando o livro calmamente com Melissa deitada em seu colo - Melissa? O livro acabou.

Melissa levanta a cabeça meio desnorteada encarando o livro fechado incrédula.

- Nãoo! - Pega o livro e folheia a última página novamente - Não pode acabar, tem de haver uma continuação da história de Artur!

- Bom, não percamos a esperança, afinal de contas...

- "Não existe morte pior que o fim da esperança" - Falam em uníssono a frase do livro.

Melissa ergue os olhos para as mais altas prateleiras de cada estante. Nelas continham os livros proibidos pelo clero, livro que somente os santos podiam ler. Melissa sorri se virando para Eleanor.

- Eles continuam ali desde a última vez que tentou pega-los junto de Félix - Comenta e Eleanor solta um risinho.

- Recebemos uma bela bronca naquele dia, minha mãe ordenou que eu nunca mais pensasse em cometer esse erro novamente. A senhorita não parava de chorar mesmo tendo apenas observado - Melissa revira os olhos - Sabe o que dizem sobre esses livros. Apenas santos podem folheá-los sem provocar a ira de Deus. Há boatos de que um pecador ousou ler seus ensinamentos e adoeceu repentinamente após.

As duas riram relembrando. Quem contava esses boatos tentando amedrontar as pequenas meninas era Félix, que jurava ter escutado dos guardas sobre o sujeito amaldiçoado. Na época as crianças  ouviam aterrorizadas, hoje relembravam com graça.

- Mas e então rainha? O que há de tão importante naqueles livros que apenas santos podem ler? - Indagou.

- Se eu soubesse com certeza lhe contaria. Eu mesma não posso sequer tocar nesses livros mesmo hoje.

Melissa encarava os livros pensativa.

- Aposto que neles há a continuação da lenda de Artur - Eleanor ri da ideia sem cabimento quando as duas escutam a grande porta da biblioteca abrir ruidosamente. 

Melissa coloca a mão na boca e Eleanor faz sinal de silencio para a amiga.

- Sabemos que está aí majestade, por favor apareça - Pede Gaspar andando pela biblioteca verificando atrás de cada estante - Vamos sabe que tem trabalho a fazer.

- Necessita aprender os costumes dos reinos vizinhos se quiser fechar o acordo comercial rainha Eleanor - Escuta Delaney dizer também a procurando - Fugir de suas responsabilidades não são atitudes de uma rainha exemplar, não passei anos lhe educando para ter que passar por isso. Que vergonha.

- Minha jovem rainha os arranjos para o casamento não irão se realizar sozinhos ou somente com o meu bom gosto, precisa me confirmar detalhes essenciais para que tudo ocorra perfeitamente como previsto. O vestido terá calda rendada ou prefere um estilo bufante? As cortinas serão da cor do salão principal ou mudaremos para combinar com a decoração? O noivo tem preferencia quanto ao arranjo de flores? Serão convidados cerca de quantas pessoas?

- Minha menina temo ter notícias a lhe transmitir também. Mensagens de exploradores enviados pelo falecido rei foram recebidas - Gaspar começa a dizer, sua voz se aproximando da última estante do lado direito da biblioteca real - Bravença fez contato com outros reinos e povos ainda não conhecidos.

Eleanor se levanta em um pulo assustando Melissa encolhida em seu canto, saindo e encontrando Gaspar que logo chegaria até elas.

- Novos reinos? Como não soube que meu pai enviou exploradores? - Pergunta ignorando os olhares irritados que a encaravam.

- Na verdade a senhorita foi informada. Sebastian lhe informou diversas vezes, inclusive hoje cedo antes de sumir repentinamente - Então era isso que Sebastian lhe dizia quando não escutava.

Eleanor sinaliza para Gaspar continuar dizendo agora que tinha sua total atenção, Delaney e Lillian que também necessitavam de sua atenção apenas suspiram pesadamente.

- Primeiramente, Melissa quer por favor se levantar e sair de trás da estante onde está? - Gaspar pede e Melissa sorri sem jeito diante do seu olhar repreensivo, se levantando em seguida recolhendo a travessa com os utensílios de chá - Com a aliança de Annikra e Bravença se solidificando com o futuro casamento, seu pai com o consentimento da Rainha Maria teve permissão para utilizar o porto de Annikra. Enviou uma navegação com uma quantidade considerável de suprimentos, sem estimativa de volta. Foram localizados dois reinos que descreveram como "diferentes" dos que conhecemos. Um deles se mostrou hostil de primeira com nossa embarcação, porém  o clima foi amenizado com presentes dados.

Gaspar e Eleanor se sentam nas poltronas perto da lareira apagada. Lillian e Delaney fazem o mesmo percebendo que o assunto seria longo.

- Propomos um tratado de paz entre os reinos, porém ainda está pendente por não conhecerem vossa senhoria pessoalmente. Mais informações sobre os povos estão em outras cartas destinadas somente a senhorita que serão entregues em seus aposentos.

Eleanor para pensativa. Novos reinos. Desde a fundação de Bravença os reinos que tiveram conhecimento da existência eram Annikra, Solent, e Calleah. Sabia que deveriam existir outros reinos pois o oceano era imenso como havia visto ao visitar Annikra com James. Mas finalmente ter contato com outros povos era algo inesperado.

Eleanor sinaliza para Lillian falar o que a surpreende.

- B-bem, o casamento. Sei que é atarefada majestade mas realmente necessito de sua aprovação para cada mínimo detalhe. Um casamento real é uma realização importante para todos e estou me dedicando muito para que não saia menos que perfeito - Confessa inquieta - Os convites do casamento, quantos devemos ter em mente enviar? Quanto mais rápido soubermos dessa parte mais rápido podemos seguir para os outros arranjos pois esse é o mais demorado de concluir.

Eleanor aponta para Delaney.

- Rainha Eleanor é de suma importância que não despiste as nossas aulas, mesmo sendo rainha. Há pontos que não tive tempo de lhe mostrar e modos que não tive a oportunidade de lhe ensinar. Todos estritamente importantes para a regência e para o sua progresso como regente. Normalmente não me preocuparia com assuntos de política, comércio e mapas de navegações com a senhorita tendo somente dezoito anos, mas com o imprevisto da morte do rei Ricardo...

- Rei Ricardo que descanse em paz - Proferem todos.

- ...É mais do que necessário que se situalize nesta área. Ainda mais agora que o Senhor Gaspar informou novos reinos - Completa e Eleanor suspira fechando os olhos, se obrigando a pensar.

Teria que pensar em uma solução plausível para cada uma das situações. Realmente não tinha tempo para leituras e chá com amigas, tinha que cuidar de seu reino para que não desmoronasse. Precisava tratar de assuntos maçantes que eram necessários para continuar com um bom relacionamento com os reinos vizinhos, e agora havia mais reinos para se preocupar. Sem contar o seu casamento que  quanto mais rápido sua organização mais rápido vários problemas sumiriam de seu reino e um problema maior ficaria preso a ela pelo resto de sua vida sempre ao seu lado.

Melissa tamborilava os dedos na madeira da estante e todos se viram para ela incomodados.

- Desculpe.

Pense. Pense. Pense.

- Preciso de chá Melissa será que pode... - Eleanor para a fala no meio e franze o cenho - Chá... - Se levanta abruptamente assustando os presentes - Chá! Chá é a resposta! 

- Entendi majestade irei trazer o chá em um minuto - Melissa esclarece já se movendo para sair.

- Senta aí o chá pode esperar! - Ordena Eleanor e Melissa encara sua rainha se perguntando internamente como é que tinha jurado devoção aquele ser indeciso em sua frente.

Eleanor andava pela sala de um lado para o outro agitada.

- A resposta é simples, chá! - Exclamou novamente para a confusão de todos que ouviam a rainha delirar - Gaspar nas cartas recebidas pelos exploradores, eles mencionaram alguma princesa, imperatriz ou rainha em algum desses reinos??

- Que eu me lembre sim... - Responde automaticamente.

- Lillian anota em sua agenda - Lillian mais que depressa  pega um pergaminho vazio sobre a mesa e molha a ponta da pena no tinteiro - Faremos um chá, um chá entre as ladys da nobreza de todos os reinos que conhecemos. Duquesas e suas filhas, baronesas e suas filhas, condessas e suas filhas, marquesas e suas filhas, rainhas, princesas, imperatrizes. Convide todas sem exceção. Faremos um chá no castelo e iremos receber as de reinos distantes caso necessário, em comemoração ao meu casamento que se aproxima. Na semana que ocorrer a visita poderemos pegar diversas ideias de decorações e arranjos com a opinião sofisticada de cada dama presente - Eleanor sorri para Lillian que anotava rapidamente - Terei que estudar bastante para poder me situar aos costumes de cada reino e recebe-las de braços abertos como se estivessem em seu próprio reino - Diz direcionada para madame Delaney que concorda - E seria uma ótima oportunidade para conhecer amistosamente as rainhas e princesas dos novos reinos deixando a recepção dos homens com James e os outros cavalheiros da nobreza - Encara Gaspar que sorri assentindo.

- Fantástica ideia majestade! Irei por em prática agora mesmo, neste momento! - Profere Lillian animada - Mas enquanto a opinião de James sobre os arranjos de casamento?

- Lillian sinceramente, se James quiser que uma vaca leve as alianças até o altar e Max profira a cerimônia não me importarei. Apenas resolva os assuntos que tenha haver com ele, com ele - Diz simplesmente e Lillian concorda se retirando.

- Gostei de sua atitude, digna de uma verdadeira rainha, majestade. Mas não pense que pegarei leve somente por conta disso, iremos estudar muito nas próximas semanas - Adverte madame Delaney do jeitinho dela.

- Estou contanto com isso madame Delaney - Brinca e por um milésimo de segundo, pensa ter visto um traço de sorriso em seu rosto.

- Senhor Gaspar - Se despede saindo da biblioteca e Gaspar limpa a garganta.

- Eleanor estou contente por ter conciliado tudo tão rapidamente - Sorri orgulhoso - Mas ainda estou irritado com seu sumiço essa tarde.

Eleanor sorri sem graça antes dele se retirar e restar apenas ela e Melissa novamente. Melissa a encarava séria fixamente.

- O que houve Mel?

- A Vossa loirice real vai querer que eu traga chá ou não afinal?! - Indaga inconformada e Eleanor ri da amiga confusa.

- Mas tarde aceitarei com prazer - Sorri abrindo a porta para a amiga que agradece levando a travessa com os utensílios.

- Elê...

- Hum?

- James decidindo algo na realização do casamento..? - Pergunta incerta depois do que Eleanor disse para Lillian.

Eleanor balança a cabeça negativamente achando graça.

- Está brincando? Nunca que eu deixaria que aquele ser decidisse algo importante - Melissa suspira aliviada depois do exemplo que havia dado anteriormente.

- Por um segundo imaginei uma vaca com as alian...

 - Max nunca proferira a cerimônia - Completa fazendo uma careta.

- E é com isso que se preocupa? - Melissa e Eleanor riem fechando a biblioteca.

Enquanto passavam pelo corredor conversando entretidas, James e Max passam indo para o lado oposto e as meninas riem os encarando.

 - Qual o motivo do riso? - Pergunta James sem entender.

- Nada James, apenas uma vaca irá levar nossas alianças no dia do casamento - Eleanor diz entre risos e Melissa gargalha.

Os meninos encaram elas confusos enquanto viam as duas se afastando ainda rindo.

- Perdemos algo? - Indaga Max se virando para James, e o príncipe da de ombros continuando seu caminho.

Voltei! Que tal deixar seu voto hein? Comente para eu saber o que achou e até o próximo capítulo real 👑💛





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