Capítulo 18
Eleanor encarava a grande porta da sala do trono pensativa. Iria ser a primeira vez que seus súditos lhe contatariam diretamente após sua coroação em vez de seu conselheiro, estava ansiosa para o momento como nunca estivera antes. Porém depois do dia em Annikra...
- ... Em todo reino tem grupos como aquele, onde temos que conter ao máximo para que não prejudique os de mente boa.
- Rainha Eleanor? Posso permitir a entrada? - Pergunta Sebastian a tirando de seus pensamentos.
Gaspar e Melissa estavam ao seu lado dando apoio como sempre.
- Não se preocupe Elê, tenho certeza que ocorrerá tudo perfeitamente bem como idealizou - Tranquiliza Melissa parada ao seu lado esquerdo.
- Sim majestade, o general mandou reforçar a guarda em toda Bravença depois das ameaças que escutaram em Annikra. Creio que Maria tenha feito o mesmo visto que se retirou para Annikra - Gaspar comenta do seu lado direito do trono e Eleanor concorda um pouco mais calma.
- Estou pronta, deixe-os entrar - Eleanor diz por fim e Sebastian sinaliza para os guardas ao lado da porta, abrindo-as em seguida revelando uma grande quantidade de súditos enfileirados.
Eleanor de olhos arregalados encara a quantidade de pessoas que teria que aconselhar como governante e estupefata olha para seus amigos buscando socorro. Mas era tarde para fugir. Teria que encarar a multidão calmamente e manter o controle.
- Vossa majestade é uma honra vir até sua presença - Fala o primeiro que entrou se ajoelhando perante ela, Eleanor acena para que levante - Recentemente tenho tido problemas com respeito as terras que me pertencem, moro na província de Sinshek afastado do centro na área rural. Meu pasto está sendo atacado pelos temidos lobos o que vem me causando grande prejuízo.
- Compreendo...então deve...deve... - Eleanor pensa em uma solução plausível. Como conselheira era uma ótima leitora - Mandaremos caçadores rondarem a área caso voltem para o nosso território, aconselho que cerque o local e evite se afastar muito de sua residência nesse período.
- Obrigado majestade - Eleanor sorri vendo o homem sendo guiado até a saída por um guarda.
- Entre o próximo - Pede mais confiante. Uma jovem dama entra com duas crianças pequenas.
- Majestade obrigada por me receber - Diz reverenciando - Moro em Ayli com meus filhos, sou viúva e é difícil manter o sustento com os recentes preços estabelecidos no comércio da região. Vim até sua Majestade para clamar que diminua os preços para que possamos sobreviver.
Eleanor a encara aterrorizada não sabendo do valor absurdo que o comércio de Ayli estava exigindo de seus clientes.
- Obviamente os preços serão reduzidos, que absurdo! Sebastian providencie uma reunião com o conselho privado para debatermos a baixa dos preços da região - Ordena e Sebastian anota em seu pergaminho rapidamente - Não se preocupe tomaremos providencias, isso eu lhe garanto.
- Fico grata majestade. Vamos meninos - Diz se retirando acompanhada de um guarda. Uma das crianças ao sair acena para Eleanor, que sorri acenando de volta.
Olha para os lado procurando saber a opinião de Gaspar e Melissa sobre seu desempenho, e ambos sorriem acenando positivamente com a cabeça.
- Mande entrar o próximo - Fala mais animada.
Uma senhora entra, parecia cansada por andar e Eleanor sorri tristemente em sua direção.
- Oh majestade, é mais bonita do que imaginei - Fala a observando e Eleanor agradece o elogio.
- O que te trouxe até mim hoje minha cara?
- Não estou mais na minha juventude confesso, apenas gostaria de ver minha jovem regente antes de minha partida. Seria muito egoísmo de minha parte majestade?
- De forma alguma. Fico radiante com sua presença - Confessa Eleanor feliz e a senhora sorri.
- Minha visão limitada atrapalha que eu a enxergue infelizmente...
Eleanor se levanta do trono e caminha em sua direção calmamente ficando diante da senhora corcunda.
- Me vê assim? - Pergunta e a senhorinha sorri analisando seu rosto de perto.
- Bem melhor. Como estou feliz! - Ela abraça repentinamente Eleanor deixando os guardas atentos, Eleanor surpresa, e os outros presentes soltarem exclamações pela audácia da senhora.
Devagar Eleanor a abraça de volta.
- Vida longa a rainha - Sussurra a senhora tão baixo que Eleanor mal a escuta.
- Como disse?
De repente Eleanor sente uma dor em seu braço, a senhorinha sorria em sua direção, os guardas correram vindo até ela e Eleanor encarava seu braço estática. Um corte havia sido feito e sangrava em uma grande quantidade.
- Para trás rainha é uma tentativa de assassinato! - Gritou os guardas a puxando para outra sala.
- Prendam-na por ameaçar a vida da rainha! - Gritou Sebastian para os guardas que a seguravam - As visitas de hoje se encerram aqui!
- Morte a realeza! Farsante!! - A senhorinha gritava, cuspindo em seguida com repugnância.
Eleanor era escoltada para fora atormentada e pressionando o ferimento.
- Eleanor gostaria de conversar sobre... - Começa Melissa mas Eleanor levanta o dedo em sua direção pedindo para parar.
Encarava seu braço enfaixado depois de limpo e verificado para ter certeza de que a lâmina não estava envenenada.
- Pequena Eleanor não fique desse modo...não sabe a quantidade de vezes que seus pais ou até mesmo seus avós tiveram casos semelhantes de atentados as suas vidas - Eleanor encara Gaspar com os olhos segurando as lágrimas.
Mas além das lágrimas seu olhar transbordava indignação.
- Mas por quê?? O que eu lhes fiz para ser alvo de tamanho ódio?? O que eu fiz Gaspar?! Me diga...
Melissa abraça Eleanor acariciando seus cabelos enquanto as lágrimas quentes escorriam pelo seu rosto.
- James e Maria estavam certos afinal...? - Pergunta para si mesma - O passado de Bravença e Annikra não será esquecido tão facilmente. Teremos pessoas como essas sempre...
- Não não pense desse modo meu amor - Luiza fala vindo em sua direção com um copo de água fresca para que pudesse se acalmar - Sim passamos por bastantes situações calamitosas que afetaram muitos...
Luiza e Melissa sabiam disso muito bem. Faziam parte dos órfãos escolhidos de cada província para servirem no castelo depois de perderem seus pais na guerra assim como Félix. Luiza sendo a mais velha das irmãs chegou no castelo adolescente e começou com designações simples para sua idade, Melissa ainda bebê era cuidada pelas mais velhas até que tivesse idade para auxiliar. Com o tempo Luiza passou a ter uma designação importante, sendo dama de companhia da própria rainha Catarina e hoje, a serviçal responsável pelas demais.
- ...Mas do que adiantaria ficarmos remoendo e lamentando pelo passado que não pode ser mudado?
- Verdade Elê. Essas pessoas não entendem que o que passou ficou para trás e que devemos cooperar para que o Reino cresça forte - Melissa concorda com sua irmã.
- Será que está no passado mesmo..? - Comenta Max baixo com James que observavam a situação.
-Como? - Eleanor o encara e Max percebe ter falado alto demais ficando envergonhado.
- Desculpe minha intromissão majestade... - Começa dizendo e Melissa revira os olhos.
- Novidade - Luiza murmura se lembrando de todas as vezes que o pajem do príncipe se intrometia em seus assuntos com cantadas infortunas. Max a encara ofendido antes de continuar.
- Tenho parentes em Bravença majestade, e tenho que confessar que algumas áreas de Bravença não estão diferentes da cena calamitosa depois das guerras e...Aí! - James deposita um tapa na sua nuca e Max o encara emburrado.
- Saio todas as manhãs para providenciar os mantimentos da cozinha e está tudo na mais perfeita ordem senhor Max - Luiza se manifesta.
- Eleanor visitou as províncias depois de sua coroação e não havia relatos como este que o senhor diz - Completa Melissa.
- As províncias são grandes, extensas demais para serem vistas por completo em um único dia se me permite dizer...Aí! - James bate novamente em sua nuca.
- Não não permito - Fala para Max que passava a mão na sua nuca dolorida.
Eleanor se levanta passando a mão em seu braço enfaixado.
- Então mostre-me.
- Como??? - Perguntam em uníssono espantados.
- Me mostre o que não sei sobre meu povo.
Eleanor andava assustada, temerosa com o que poderia descobrir sobre seu país. País que ela pensava saber como ninguém. Mas, que pelo visto, não conhecia assim tão bem. E isso a preocupava profundamente.
- Eleanor sabe que não precisa andar pelo reino em busca de respostas visto o que passara hoje - Melissa diz mostrando preocupação por sua amiga que na manhã daquele dia foi ferida.
- Tenho que concordar com Melissa majestade, sua condição física não está adequada para sair publicamente por Bravença - Concorda Gaspar e Eleanor suspira se virando para eles com aquele olhar perdido.
- Eu fiquei muito tempo sem saber do meu próprio reino, não acham? Odeio me sentir exclusa, odeio quando me aconselham sobre algo que devo fazer e eu mesma não sabia do ocorrido, odeio parecer pequena no conselho privado, odeio e odeio! Se for para reger, quero fazer certo e reger com todo o meu ser. Uma rainha que não conhece seu reino como a palma de sua mão pode ser chamada rainha? - Eles a encaravam quietos diante de seus argumentos. Eleanor abaixa mais seu capuz e continua andando - Sem mais contradições devemos seguir até a região que Max contara.
Naquele momento todos lançaram olhares intimidadores para Max que sorria erguendo os ombros desesperado.
- Culpa sua Eleanor estar destemida a ver o que não sabe sobre Bravença! - Pronúncia o que todos pensavam naquele momento e Max sorri sem jeito para Luiza.
- Como poderia saber que iria conferir com seus próprios olhos..? - James ri cínico.
- Oh nos perdoe, realmente não era de se esperar que a atual rainha de Bravença conhecida anteriormente como princesa rebelde, fosse se interessar pelos seus súditos que tanto preza. Max quando voltarmos ao castelo temos que conversar sobre o que é apropriado dizer em cada ocasião - Repreende James e Max o encara pasmo.
- Não irei receber conselhos vindo de vossa alteza! É humilhante.
- Vejam - Diz Eleanor parando seu cavalo após entrarem mais a fundo na província de Ayli.
Ayli estava diferente, diferente de um modo que seus olhos jamais viram. A agitada Ayli onde comerciantes perambulavam, com suas festas exuberantes e tavernas agitadas, parecia sem cor, sem vida.
As ruas estavam sujas e vazias, os estabelecimentos fechados e o silencio prevalecia naquela parte da província. Uma criatura passam rápido por eles assustando Melissa que se agarra em Max por impulso e o empurra rapidamente quando a ameaça passa. Um rato asqueroso a essa hora em público?
Conforme iam a trotes lentos em seus cavalos, Eleanor ficava horrorizada. Uma criança, um menino que não deveria ter mais de dez anos, passa por eles rapidamente os encarando. Eleanor desce do cavalo e vai em direção do menino que a encarava de longe atrás de um barril.
- Será o benedito que já não lhe basta uma facada por dia? - Sussurrou James descendo de seu cavalo indo para perto da rainha ingênua - Espere Eleanor você nem o conhece.
- É uma criança James, o que uma criança poderia me fazer?
- Disse a moça atacada por uma senhorinha hoje mais cedo - Resmunga James revirando os olhos com a teimosia de sua acompanhante.
- Ei, não irei te machucar. Pode parar de se esconder... - O garoto sai aos poucos de trás de seu esconderijo nada secreto - Qual o seu nome..? Sabe me dizer o que aconteceu nesta parte da província...? - Pergunta cautelosa com uma voz suave para não o assustar.
Mas ao invés de se assustar, o garoto vê sua mão estendida e se aproxima. Eleanor sorri vendo que ganhou sua confiança.
Em um movimento ágil o menino agarra seu bracelete dado por Félix e tenta o arrancar de seu braço. James tira a mão do garoto com facilidade por ser mais forte e Eleanor o encarava assustada, dando passos para trás.
- Por que fez isso?! - Exclama indignada.
- Fome - Murmura o menino pela primeira vez dizendo, antes de sair correndo da presença deles.
Olhando em volta Eleanor presta atenção nos preços dos estabelecimentos. Um preço extremamente alto para plebeus.
- Moedas de ouro? Estão cobrando moedas de ouro em simples alimentos?! - Fala estupefata - Seis moedas de ouro equivalem a meses de trabalho braçal para um plebeu. Moedas de prata tem um valor menor e ainda assim correspondem a dias de trabalho. Deveriam cobrar moedas de bronze para serem justos!
- Não é de se admirar que o pobrezinho esteja passando fome... - Comenta Melissa aflita.
Eleanor se lembra da jovem moça com os filhos que veio a seu encontro nesta manhã, havia comentado esse absurdo com ela. Mas vendo com seus próprios olhos a gravidade causou-lhe um impacto ainda mais forte.
A neblina de começo da noite começou a levantar tornando tudo ainda mais difícil. Gaspar insistia que deveriam retornar ao castelo, não era seguro para a rainha estar nesta parte da província sem guardas.
Uma luz brilha de uma porta entre aberta em um beco próximo e Eleanor faz sinal de silêncio. Vozes podiam ser ouvidas.
- Não por favor! É tudo o que tenho! - Clama a voz de uma mulher.
- Pensasse bem antes de se opor a nossa gentil proposta. Aumente os preços do seu estabelecimento assim como os outros tem feito. Ou perderá todo seu ganho até então. Escolha - Responde um homem parecendo impaciente.
- Não por favor...
- Um... - Começa contando.
- Por favor eu não posso aumentar os preços dessa forma, por favor não...
- Dois... - Continua dando a mínima para seu tom suplicante.
James e Max irritados com essa situação já puxavam aos poucos as espadas da bainha injuriados, mas Eleanor acena para que largassem as armas.
- E-Eu... - Fala com voz trêmula a mulher.
- Trê...
- Eu aumento eu aumento! Por favor me deixe em paz - Suplica e barulho de moedas são ouvidos antes da mulher sair correndo pela porta com um pequeno saco de moedas.
- Vamos acabar logo com isso - James murmura impaciente para Eleanor que nega novamente.
- São apenas dois homens, se atacarmos agora podemos perder a oportunidade de encontrar o esconderijo desses... - Lhe doía muito dizer essa palavra de Bravences - ...desses rebeldes.
James solta o ar pesadamente se contendo.
- Como pode me pedir para não agir quando... - Um rato passa entre os cascos do cavalo de Eleanor o assustando fazendo-o assim relinchar alto e empinar.
- Não estamos sozinhos - Fala uma das vozes e mais do que depressa o grupo se dirige para seus cavalos, montando rapidamente para saírem do local antes de serem pegos.
Ao voltarem para o castelo, Eleanor imediatamente convoca uma reunião com o conselho privado questionando o que vira na província Eles se entreolham sérios parecendo desconfortáveis com tal descoberta de sua rainha, e Eleanor aguardava uma explicação.
- Majestade entenda que não queríamos lhe encher de informações desagradáveis já em seu primeiros dias como soberana de Bravença, esperávamos lhe contar quando já estivesse se habituado a nova rotina - Começou dizendo o conde de Ayli.
- Não pensaram que essa habituação poderia durar dias, meses ou estações para ocorrer?? Em quanto me habituo pessoas passam fome e são ameaçadas por brutamontes! O que infernos estavam pensando?! - Gritou consternada fazendo o padre fazer o sinal da cruz.
- Nos perdoe majestade, não era nossa intenção lhe privar de informações importantes - Fala o barão de Shitar.
- O que está acontecendo em Bravença? - Pergunta direta por fim.
- Majestade, Bravença vem testemunhando ações encadeadas por rebeldes a anos, porém vinha aumentando consideravelmente com o passar dos anos. Ameaçam por meio de atos violentos, queimando plantações ou desviando nosso suplemento de água, fazendo comerciantes aumentarem os preços dos alimentos para que seja impossível de se sustentar. Ações essas que não vem acontecendo apenas em Bravença, mas também em Annikra - Eleanor absorvia as informações boquiaberta - Apenas partes de cada província estão com grande influencia dos rebeldes, por isso aparentemente não é um alarde. Nossos guardas tentaram conter o avanço, mas sinto que não podemos confiar em todos os guardas, informações confidenciais sobre o carregamento dos impostos tem chegado aos ouvidos dos rebeldes. Fomos saqueados duas vezes semanas antes de seu pai adoecer. Majestade, eles exigem que providencias sejam tomadas quanto a relação de Bravença e Annikra, exigem que suas terras retornem aos donos legítimos e que o prejuízo que as guerras desencadearam sejam pagos...
- E para isso acontecer de forma pacifica onde ambos os reinos e rebeldes de cada país saiam de acordo... - Continuou dizendo o visconde de Zapheri.
- O casamento entre os dois reinos... - Eleanor deduz por fim se sentando em sua cadeira perplexa.
- O casamento unirá os dois reinos, assim Annikra e Bravença voltaram a serem um por assim dizer. Acordos das terras que foram tomadas de Annikra podem ser realizados para voltarem a seus antigos donos, e o mesmo de Bravença. O cais será compartilhado conosco dando trabalho para muitos cidadãos e o forte comércio de Bravença beneficiará os annikranos. Um acordo somente de troca de benefícios mútuos não resultaria em tal resultado. Seu pai viu que se realmente aumentasse os rebeldes, seria necessário o arranjo matrimonial e sendo assim tomou a ação de te dar em casamento antes de nascer por precaução.
Eleanor se levanta lentamente sem proferir uma só palavra e sai da sala de reuniões. As informações amargas desciam pela sua garganta apulso, formando um nó em sua garganta e fazendo seus olhos arderem vermelhos. Entendia o que estava acontecendo e a realidade era cruel com ela e seus sentimentos.
- Uma garota de dezoito anos não está pronta para governar um país. O certo seria esperar até o casamento acontecer para ser coroada regente, com um marido ao seu lado colocando ordem, estaria cumprindo seu papel perfeitamente. James regeria por fim como superior dos dois reinos e, se dermos sorte, o próximo herdeiro nascerá homem!
- Ah criança... - Maria diz a encarando com um sorriso triste - Bravença e Annikra passaram por muitas coisas, algumas das quais não serão esquecidas facilmente, deveria tomar cuidado com o que diz mesmo dentro do seu próprio castelo minha cara...
- Encarem os fatos, precisamos de vocês e vocês de nós. Nem sempre podemos vencer minha cara Eleanor, esse é o peso que a coroa trás.
Não não não!
Passa por James, Max e Melissa quase correndo e esbarra no ombro de James.
- Desse jeito levará meu ombro com você garotinha - James diz acariciando seu ombro de leve até perceber o rosto molhado da loira.
- Elê o que aconteceu?? - Melissa pergunta preocupada.
- O casamento não será cancelado - As palavras saem e James pisca algumas vezes com a testa franzida.
- Como..? - Pergunta alheio a encarando.
- Iremos nos casar na primavera James - Fala uma última vez secando suas lágrimas. James franze o cenho negando com a cabeça como não acreditasse.
- Está me dizendo que irá desistir?? Irá desistir da sua, da nossa liberdade após todo aquele esforço?! - Urrou irado em sua direção com as mãos em punho.
- Está além da nossa felicidade James...
- Está sendo covarde fugindo dessa forma! Me iludi pensando que pudesse ser mais forte do que isso, é apenas uma garotinha mimada - James sai pelo corredor nervoso sem olhar para trás e Max logo o segue.
Melissa vem e abraça a amiga que segurava as lágrimas.
Não estava sendo covarde, pelo contrário. Estava tentando juntar coragem e aceitar o melhor destino para seu reino, seu povo.
- Esse é o peso da coroa... - Sibilou encarando o quadro na parede de sua família, todos com coroas, enquanto abraçava Melissa.
Seus votos e comentários são muito importantes, se chegou até aqui deixe sua estrelinha! Muito obrigada por ler mais um capítulo. O que irá acontecer agora? Até o próximo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro